Corrida aos biocombustíveis compromete segurança alimentar.
(Maputo) A corrida para a produção de biocombustíveis no País, pode comprometer a segurança alimentar e nutricional(SAN)no sector familiar.
Segundo um técnico do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) que nos falou na condição de anonimato, “a produção de biocombustíveis vai complicar mais a SAN no País, porque se actualmente os agricultores do sector familiar não conseguem produzir o suficiente para garantir a SAN, o que vai acontecer se deixarem de produzir comida e plantarem Jatropha por exemplo?”, indagou.
A nossa fonte disse que a campanha de plantio da Jatropha lançada pelo governo no ano transacto, já está a reflectir-se em alguns distritos, pois muitos camponeses do sector familiar, reduziram a produção de alimentos e envolveram-se no plantio da Jatropha e actualmente regista-se a insuficiência de alimentos e a falta de mercado para a Jatropha.
“O plantio da Jatropha devia ser em projectos localizados, devia se excluir o sector familiar porque as populações reduziram a produção de alimentos. O camponês, primeiro, tem que produzir comida para si próprio”. A nossa fonte disse ainda que ao nível do Ministério da Agricultura (MINAG) houve debates acesos em relação ao plantio da Jatropha, porque enquanto os técnicos do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) e do IIAM
alertavam para a necessidade de não se envolver o sector familiar na produção da Jatropha o Governo defendia o contrário, “nós alertamos, porque a Jatropha ainda não tem mercado, mas o Ministro disse que independentemente do que der e vier, devia se envolver o sector familiar porque essas são as orientações superiores”.
“O plantio da Jatropha devia ser em projectos localizados, devia se excluir o sector familiar porque as populações reduziram a produção de alimentos. O camponês, primeiro, tem que produzir comida para si próprio”. A nossa fonte disse ainda que ao nível do Ministério da Agricultura (MINAG) houve debates acesos em relação ao plantio da Jatropha, porque enquanto os técnicos do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) e do IIAM
alertavam para a necessidade de não se envolver o sector familiar na produção da Jatropha o Governo defendia o contrário, “nós alertamos, porque a Jatropha ainda não tem mercado, mas o Ministro disse que independentemente do que der e vier, devia se envolver o sector familiar porque essas são as orientações superiores”.
Segundo dados do SETSAN, a prevalência da insegurança alimentar em Moçambique é de 34 porcento dos agregados familiares, onde 20,3 porcento são classificados como altamente vulneráveis, sendo que a vulnerabilidade à insegurança alimentar é mais saliente na zona norte do País, particularmente nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Tete.
Recorde-se que durante a sua presidência aberta no presente ano, o Presidente da República, Armando Guebuza, disse ter ficado impressionado com o plantio Jatropha no País. No ano passado, Guebuza liderou pessoalmente a campanha da promoção do cultivo desta planta.
(Daniel Maposse)-MediaFAX 03.09.07
(Daniel Maposse)-MediaFAX 03.09.07
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