Semana finda foi notícia o seguinte facto, a empresa americana Anadarko revelou as suas conclusões sobre os trabalhos da procura de petróleo na bacia do Rovuma. Disse a Anadarko, através dos seus porta vozes, para o Presidente moçambicano nos Estados Unidos, que após aturados trabalhos de pesquisa estavam decididos a começar com as perfurações, muito provavelmente em Janeiro de 2008.
A Anadarko foi mais explícita ao dizer que em comparação com as características geológicas de outras bacias, onde foram encontradas grandes reservas de petróleo, a bacia do Rovuma apresenta as mesmas configurações e formações geológicas que levam a ter a quase certeza de que há petróleo.
Os resultados obtidos durante as prospecções indicam uma possível existência de petróleo tanto na zona terrestre como nas águas profundas. A uma distância de oito milhas da costa.
Ainda na semana passada, a 26ª sessão do Governo de Moçambique aprovou os termos do contrato de investimento do Projecto Ayr Petro Nacala, cujo objectivo é construir e operar uma refinaria de petróleo bruto em Nacala Velha, com um investimento global de 5 biliões de dólares americanos, a refinaria terá uma capacidade de produção de 300 mil barris/dia destinados à exportação.
Há semanas, voltou a ser notícia a pretensão dos Estados Unidos da América de estabelecer em Moçambique, com maiores suspeitas em Nacala, uma base militar. Sobre este assunto, há um vigoroso não dos países da SADC , acompanhado por discursos inflamados dos militantes do nacionalismo moçambicano.
Recentemente, uma fragata americana escalou as águas moçambicanas.
A questão da base americana vem do seu tempo.
Mas é preciso recordar que foi em Nacala que o Marechal Samora Machel instalou uma das mais modernas esquadrlhas de aviação do exército moçambicano.
Perante os três factos descritos, interessa reflectir sobre os interesses que se desenham no norte de Moçambique.
Especulando, os americanos descobriram petróleo na bacia do Rovuma, o Governo moçambicano avança com um investimento de vulto, uma refinaria num porto naturalmente adequado e os americanos, atentos, querem controlar as rotas.
O raciocínio pode estar errado, mas os empreendedores moçambicanos que fizerem as malas para aquela região à busca de mais valia poderão tecer outros juízos num futuro breve.
E para o que nos resta, embora tudo se passe com uma velocidade osfucante, revisitemos a história, Nampula, concretamente, a Ilha de Moçambique foi a primeira capital de Moçambique. Contasse que muito ouro estava na superfície da terra e fazia a folia dos árabes.
O poeta chegou depois, com os dois olhos e não foi rei.
É preciso prestar atenção aos ventos que sopram do Norte.(x)
Benedito Ngomane - Aconteceu Assim... - MediaFAX 3885 de 08/10/07
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