Maputo - As queimadas descontroladas no norte do País constituem a maior inquietação para as
acções de reflorestamento em curso naquela região do País.
acções de reflorestamento em curso naquela região do País.
Para acabar com o fenómeno, as autoridades apostam no envolvimento das comunidades na gestão de florestas.
“Para os projectos florestais que estamos a desenvolver, as queimadas constituem a maior preocupação, este hábito (de queimadas) é secular no seio das populações, elas usam-no como método de limpeza de campos.
Para acabar com essa prática, temos um programa de educação contra queimadas onde se inclui maior interacção com as autoridades tradicionais ” disse ontem em Maputo, Dom Mark Koevering, da Igreja Anglicana do Niassa.
De acordo com Dom Mark, cuja igreja está envolvida num projecto florestal orçado em 110 milhões de dólares americanos que serão aplicados no florestamento de zonas desérticas no País.
Para a província do Niassa estão preparados 25 milhões de viveiros (eucaliptos e pinheiros) que serão plantados em 3000 hectares na presente época, o que criará 600 postos de trabalho.
O investimento será aplicado de forma paulatina.
“Começámos o projecto há três anos no plantio de 100 hectares de florestas, altura em que gastámos cerca de 4 milhões de dólares americanos.
Para este ano prevemos aplicar 5 milhões de dólares”, disse.
Na ocasião, Filipe Couto, Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, evidenciou a sua discordância com o fenómeno de queimadas descontroladas, daí que disparou: “ as queimadas tem que acabar”.
Uma fonte do Ministério da Agricultura, MINAG, disse ao mediaFAX que dentro da estratégia daquele ministério, para acabar com as queimadas descontroladas, instituiu-se o sistema de gestão comunitária dos recursos naturais, para o caso em apreço de florestas, onde 20 por cento dos ganhos provenientes da natureza, revertem a favor das populações locais.
A iniciativa reduziu drasticamente a incidência de queimadas descontroladas e isso traduz-se em melhorias de vida das comunidades locais, garantiu a nossa fonte.
Entretanto, a Universidade Eduardo Mondlane e a as empresas Chikweti Forest of Niassa e Tectona Forest of Zambézia, rubricaram ontem um memorando para a cooperação em vários domínios da área florestal.
A UEM juntamente com a Igreja Anglicana detém participações nos projectos de reflorestamento levada a cabo pelas empresas a que fizemos referência.
Daniel Maposse - MediaFAX 3886 de 09/10/07
Daniel Maposse - MediaFAX 3886 de 09/10/07
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