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Um velho postal dos correios... que serviu a alguém, por certo a uma turista acidental na então vila da Régua, num quente dia de verão de Agosto, para dar noticias à família ou a uma amiga do coração e lhes mostrar uma pérola preciosa do lugar onde tinha passado, neste nosso bonito coreto que se encontrava escondido no meio de árvores de um espectacular jardim.
Um postal que nos trouxe recordações dos quinze anos, quando nessa altura escutavamos as marchas das bandas de música, nos dias que antecediam as grandiosos festas de N. Senhora do Socorro.
O velho coreto.... perdeu-se na nossa memória. Como se perdeu ali nos bancos de madeira verde daquele jardim, o nosso primeiro amor de adolescentes, a ternura das emoções, as promessas eternas e a emoção dos beijos que ali roubamos à rapariga dos nossos sonhos, debaixo da sombra dos grande plátanos e com o cheiro das hortênsias e a frescura da água que caía na taça.
Como este nosso velho amor, que nem o nome lembro, o coreto fez parte de um momento das nossas vivas...
Que raio de saudades tenho desse tempo em que o coreto era parte da nossa cidade. E do meu amor...!
Tenho a certeza absoluta que, um dia, os encontrarei num novo jardim... Alexandre Herculano!
- Peso da Régua, Setembro de 2009 :: Por J. A. Almeida para "Escritos do Douro".
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- Em Exposição no Matadouro Municipal: O CORETO DA RÉGUA!
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