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8/13/09

ASSASSINATO DE ANTÓNIO SIBA-SIBA MACUÁCUA - O SILÊNCIO E IMPUNIDADE CONVENIENTES!

ANTÓNIO SIBA-SIBA MACUÁCUA:
  • ASSASSINADO EM 11 DE AGOSTO DE 2001
  • INJUSTIÇADO ATÉ 11 DE AGOSTO DE 2009
Diário de Notícias, Maputo, 12 de Agosto de 2009 - PASSADOS OITO ANOS (ONTEM) DO ASSASSINATO DO SEU PROGENITOR, filha de Siba-Siba Macuácua deplora silêncio das autoridades governamentais.

A filha do malogrado Siba-Siba Macuácua, Géssica Siba-Siba, de quinze anos, deplora o silêncio cúmplice das autoridades governamentais e não só, face ao esclarecimento dos contornos da morte violenta a que foi vítima o seu progenitor.
No dia em que passavam oito anos após o assassinato do seu pai, Géssica afirmou que os que lhe prometeram esclarecer os contornos que ditaram a morte violenta do seu pai, bem como levar à barra da justiça os seus autores, passados os longos oito anos nunca mais o fizeram, ademais, afirmou a petiz que “até nunca mais lhe apareceram para continuarem a dar-lhe o conforto prometido”.

Disse em mensagem lida por ocasião da passagem do oitavo aniversário da morte daquele economista que com a sua coragem e abnegação tentativa esclarecer os contornos do rombo financeiro e os créditos mal-parados do ex-Banco Austral que “não era possível esquecer o brutal acto que levou do seu convívio e conforto familiar o seu progenitor”.

Contudo, Géssica Siba-Siba Macuácua disse ainda esperar que se cumpram com “as promessas feitas”.

Foi há oito anos, precisamente a 11 de Agosto de 2001 que o jovem Siba-Siba Macuácua foi violentamente assassinado, através, segundo as autoridades de investigação, ter sido lançado no topo das escadas na parte interior do edifício sede do Banco Austral, no período do fim da manhã quando lá se encontrava na sua labuta.(P. Machava)
  • Post's anteriores deste blog que falam do assassinato impune, infame, vergonhoso do cidadão moçambicano António Siba-Siba Macuácua - Aqui!

8/22/08

ANTÓNIO SIBA SIBA MACUACUA - Assassinado em 2001 e injustiçado até 2007 - Parte 2.

(Clique na imagem para ampliar)
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Vontade política trava investigação do caso Siba-Siba.
A
falta de vontade política minou a investigação do assassinato de António Siba-Siba Macuacua, morto na sede do extinto Banco Austral, em Agosto de 2001, quando se preparava para entregar a ABSA, o relatório de contas mal paradas, que envolve alguns devedores, pertencentes, supostamente, a Frelimo.
Volvidos sete anos após o assassinato do Presidente do Conselho da Administração daquela instituição bancária, função que assumia, interinamente, a Procuradoria Geral da Repúblicas, PGR, decidiu reabrir o “caso Siba Siba”, com o objectivo de encontrar o autor e o mandante da morte do jovem economista. As investigações da PGR recomeçaram com a audição de alguns declarantes, acção que, para alguns analistas, não passa de simples atirar areia aos olhos do povo, pois, as investigações não vão trazer novidades que possam conduzir ao esclarecimento deste assassinato e, deste modo, fazer-se a justiça.
“Com a reabertura do “caso Siba Siba”, gostaria que a justiça fosse feita, mas tenho dúvidas que isso aconteça, pois, a prior, me pareceu que houve falta de vontade política para o esclarecimento deste assassinato”, quem assim afirma é Venâncio Mondlane, analista, em declarações num canal televisivo.
Para melhor elucidar sua alocução, Mondlane explica que, logo após o assassinato de Siba-Siba, houve acções que minaram as investigações em torno do crime. Citou, como exemplo, o exame pericial, processo que foi feito por uma instituição estrangeira, peritos sul-africanos.
“A perícia feita pelos sul-africanos poderia ter sido feita pela Polícia de Investigação Criminal, PIC, que, no caso vertente, foi proibida. Tudo leva a crer que não havia interesse para se chegar à verdade mais cedo”.
A PIC, dirigida, na altura, por António Frangulius, que assumia o cargo de director, iniciou com as investigações, mas, de repente, as mesmas foram interrompidas, devido a falta de meios. Consta que o poder político não quis alocar meios para que Frangulius e sua equipa continuassem com o trabalho de busca de elementos que pudessem esclarecer o assassinato de Siba-Siba.
“A investigação não poderia ter sido interrompida. Volvidos sete anos, os elementos que existem são residuais, não há nada que possa conduzir ao esclarecimento deste crime”, afirma Mondlane, explicando que, num processo como este, a investigação deve ser mais alargada. “A base da investigação não pode ser restrita, só aos devedores do Banco Austral, mas sim, alargada, pois, Siba-Siba era um funcionário do Banco Central”.
Na mesma diapasão, Eduardo Namburete acredita que a reabertura do “caso Sib- Siba”, não vai trazer algo de novo, mas sim, o facto constitui “um teatro para entreter os doadores que pressionam para que o mesmo seja esclarecido”.
“No meu entender, a reabertura deste caso é uma forma encontrada para o encerrar, formalmente, e não para trazer os autores do crime ao conhecimento público”, disse, frisando que a pressão exercida pelos doadores é boa, dai a motivação da PGR em reabrir o dossier Siba Siba Macuacua.
“É um teatro que estamos a assistir, pois, no fim das investigações, não vamos conhecer quem encomendou a morte de Siba-Siba. E se isso acontecesse, seria bom para o bem da justiça moçambicana, pois, iria ressarcir a família do malogrado”.
O ex-director da PIC, António Frangulius, reconheceu, publicamente, que, durante as investigações do “caso Siba-Siba”, houve interferências. “O processo todo teve obstrução, para além de que a PIC não é autónoma e, quando se está neste tipo de dependência, há dificuldades de toda natureza. A mim, disseram-me que havia exiguidade de meios”.
Frangulius sublinhou, ainda, que a investigação levada a cabo pelos peritos sul-africanos não ajudou em nada à polícia moçambicana. “Eu tive algumas fricções, pois, negava a vinda deles, que não passou de perca de tempo. Foi uma vinda ilegal e contraproducente, pois, o que vieram fazer é o que poderíamos ter feito. No corrimão das escadas do banco, havia um arrastamento da mão de Siba Siba, e , essa investigação foi feita pela PIC”.
Segundo explicou, a investigação tem uma séria de itens que depois “morreram” na praia, por falta de meios. “Eu, era director da PIC, e Zainadine estava à frente das investigações, mas teve bolsa de pós-graduação em Direitos Humanos e a investigação foi interrompida.
Passam, agora, sete anos, a PIC tem que ser objectiva”, terminou Frangulius.
- Redacção A TribunaFax, Maputo, quinta-feira 21 de Agosto de 2008, N° 785.
  • ANTÓNIO SIBA SIBA MACUACUA - Assassinado em 2001 e injustiçado até 2007-Parte 1 - Aqui!

8/12/08

ANTÓNIO SIBA SIBA MACUACUA - Assassinado em 2001 e injustiçado até 2007!

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Enquanto o mundo se diverte com os jogos Olímpicos lá para as bandas da China e assiste sereno e quase impávido a mais um abuso de força da Rússia que, covardemente, executa centenas de civis inocentes e indefesos com seus bombardeios lá pela pequena Geórgia-Caúcaso, acontece em Moçambique o aniversário de sete anos do assassinato de António Siba Siba Macuacua sem que se faça justiça. O que é deplorável e reflete o quanto é incapaz e inábil o sistema judicial moçambicano, permitindo que "forças escusas" e a impunidade imperem.
Transcrevo do blogue moçambicano "Defesa de Direitos Humanos":
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SIBA SIBA MACUACUA: 7 ANOS SEM JUSTIÇA!
"Hoje, se assinalam exactamente 7 anos que Siba Siba foi brutalmente assassinado.
Em termos de processo nada até agora foi clarificado.
Como jurista, acredito que daqui para frente pouco será feito, pois, o ambiente já não é favorável para a produção de provas.
O sistema de Administração da Justiça no país, teve tempo, oportunidade e elementos para responsabilizar os autores da morte do jovem economista.
Mas interesses alheios aos da justiça foram mais fortes.
Já escrevi algures neste blog, que: justiça demorada é injustiça!
Ninguém merece, 7 anos de espera, que pelo menos haja réus no processo do caso Siba Siba, este que foi assassinado em plena luz do dia na Avenida 25 de Setembro.
Em memória deste e de outros moçambicanos brutalmente assassinados pelo sistema corrupto e injustiçados pelo sistema de administração de justiça, rendemos a nossa homenagem e juntamos a nossa voz a dos familiares e amigos.
Por um judiciário mais actuante e por um Estado livre de criminosos: A Luta Continua!!
Sempre.
- Custódio Duma-10/08/2008.
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