Maputo – O exército moçambicano acaba de desmantelar as tendas, erguidas no recinto onde funcionavam os escritórios da Renamo, na vila de Mocímboa da Praia (MP), no norte de Moçambique.
A ocupação dos escritórios da Renamo, pelo exército, seguiu-se aos sangrentos acontecimentos de 5 e 6 de Setembro, que se saldaram em pelo menos 12 mortos, e mais de 50 feridos.
O anúncio de retirada do exército foi feito domingo ao mediaFAX, pelo presidente do município local, Amadeu Pedro Francisco, no fim de mais de 20 dias de ocupação e resulta do melhoramento do clima de segurança na Vila de Mocímboa da Praia.
As tropas saíram da sede da Renamo, em resultado do ambiente calmo que, neste momento, se vive no terreno", confirmou Pedro Francisco, justificando a ocupação, em clara violação dos dispositivos que regem o estado de direito em Moçambique.
O mayor de Mocímboa da Praia esclareceu que a ocupação da sede da Ranamo não obedecia a um plano permanente, mas tinha como objectivo fazer retomar a segurança na vila.
Mocímboa da Praia vive desde as últimas eleições intercalares para a presidência daquele município, em Maio, um ambiente de grande agitação.
Mocímboa da Praia vive desde as últimas eleições intercalares para a presidência daquele município, em Maio, um ambiente de grande agitação.
As eleições ganhas pelo candidato da Frelimo, Amadeu Pedro Francisco, foram rejeitadas pela Renamo que alegou viciação de resultados.
"Neste momento, todos os residentes da vila estão tranquilos e apelamos à manutenção dessa tranquilidade", apelou Francisco, o fim da ocupação das unidades do exército, que cercavam os escritórios da Renamo. A retirada do exército ocorreu semana passada, disse o mayor da vila.
"Neste momento, todos os residentes da vila estão tranquilos e apelamos à manutenção dessa tranquilidade", apelou Francisco, o fim da ocupação das unidades do exército, que cercavam os escritórios da Renamo. A retirada do exército ocorreu semana passada, disse o mayor da vila.
Acrescentou que as comunidades já retornaram às actividades diárias, numa vila em que a base de sobrevivência da sua população reside na pesca artesanal e área madeireira.
A vila possui uma indústria de processamento de mariscos , a COPEC, que exporta o produto para o mercado externo, preferencialmente para Portugal.
A área madeireira que emprega uma faixa da população é monopólio de empresários de origem indiana, caso Faruk Jamal, da Miti.
A vila possui uma indústria de processamento de mariscos , a COPEC, que exporta o produto para o mercado externo, preferencialmente para Portugal.
A área madeireira que emprega uma faixa da população é monopólio de empresários de origem indiana, caso Faruk Jamal, da Miti.
A sede distrital da Renamo que esteve ocupada pelo exército, está localizada em Nanduadue, o bairro mais populoso da vila, com pelo menos 18 mil habitantes, num universo de 47.300 pessoas.
A maioria da sua população de origem islâmica, pertence à tribo mwaní.
O delegado substituto da Renamo na vila da MP, Pedro Santos, confirmou ao mediaFAX, o fim da ocupação do seu escritório e disse que alguns funcionários partidários já estavam de volta à sede do partido.
"Os soldados abandonaram o local na semana passada, devia ser quarta-feira e, na sexta-feira, alguns colegas estiveram lá a trabalhar", respondeu Santos, a partir de MP.
Ele denunciou a continuação da detenção e incomunicabilidade do delegado distrital da Renamo, Correia Suleimane, na sequência dos acontecimentos de 5 e 6 de Setembro.
Uma comissão independente descreveu a detenção só dos elementos da Renamo, como ilegal. Pelo menos 37 pessoas estão detidas, quase na totalidade membros, ou simpatizantes da Renamo, segundo fontes independentes.
Os dados oficiais indicam a detenção de apenas 12 pessoas, todos filiados ao maior partido da oposição. Nenhum dos detidos foi encontrado em flagrante delito, segundo o substituto delegado da Renamo, Pedro Santos.
A maioria da sua população de origem islâmica, pertence à tribo mwaní.
O delegado substituto da Renamo na vila da MP, Pedro Santos, confirmou ao mediaFAX, o fim da ocupação do seu escritório e disse que alguns funcionários partidários já estavam de volta à sede do partido.
"Os soldados abandonaram o local na semana passada, devia ser quarta-feira e, na sexta-feira, alguns colegas estiveram lá a trabalhar", respondeu Santos, a partir de MP.
Ele denunciou a continuação da detenção e incomunicabilidade do delegado distrital da Renamo, Correia Suleimane, na sequência dos acontecimentos de 5 e 6 de Setembro.
Uma comissão independente descreveu a detenção só dos elementos da Renamo, como ilegal. Pelo menos 37 pessoas estão detidas, quase na totalidade membros, ou simpatizantes da Renamo, segundo fontes independentes.
Os dados oficiais indicam a detenção de apenas 12 pessoas, todos filiados ao maior partido da oposição. Nenhum dos detidos foi encontrado em flagrante delito, segundo o substituto delegado da Renamo, Pedro Santos.
(Miguel Munguambe e redacção)
Via: MediaFax - Edição n. 3383 de 10/10/2005