5/19/06

Digressão do Grupo Eyuphuro.


Formado em 1981 e liderado originalmente por Omar Issa e pelo dueto de cantores-compositores GimoRemane e Zena Bacar, Eyuphuro (que em língua Macua significa Furacão) sempre se empenhou emmanter os ritmos tradicionais da província de Nampula, sua terra natal, tais como o tufo, namahandga, masepua, djarimane, morro e chakacha, embora também se inspirem em estilos mais cosmopolitas da Ilha de Moçambique, situada a norte do País e ligada por uma ponte de 3,5 Km.
A música de Eyuphuro reflecte o papel da Ilha enquanto ponto de encontro das culturas africana, árabe e latina, desde o Séc. VIII, o que criou uma enorme fusão de influências musicais. Introduziram assim um novo Afropop, rico na guitarra acústica, harmonia vocal e ritmos 12/8 com um distinto swing moçambicano. Em 1989-91 gravaram "Mama Mosambiki", uma das melhores gravações alguma vez produzidas na região; um álbum que foi um dos primeiros lançamentos da Real World, editora do Peter Gabriel e que contou com tournées na Europa e EUA.
Quase dez anos depois, após uma interrupção na carreira da banda, apresentam "Yellela", colocado em segundo lugar na tabela da World Music em 2001.
Nos anos seguintes os Eyuphuro gravaram novos temas para o álbum "25 anos" e para o álbum "Watana".
No regresso de uma extensa tournée que comemorou os seus 25 anos, a banda convida o cantor Ali Faque que agora também integra a formação em palco.
A digressão do grupo Eyuphuro (one of Africa's most distinctive bands, Folk Roots) pela Europa, agendada para 8 de Junho - 11 de Julho de 2006, inclui 2 shows em Portugal.
O primeiro concerto da digressão vai ter lugar no dia 8 de Junho no Festival Cineport (FESTIVAL DE CINEMA DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA) em Lagos, Portugal.
Além deste concerto o grupo vai participar num Seminário no dia 9 de Junho no Salão Nobre dos Paços do Concelho sobre o lema: PARCERIAS PARA A COOPERAÇÃO CULTURAL NO ESPAÇO DA CPLP.
No dia 9 de Julho os Eyuphuro vão actuar no AFRICA-FESTIVAL LISBOA, Portugal.
O Africa Festival, é o mais importante festival dedicado apenas à musica Africana em Portugal. O Festival irá decorrer no jardim da torre de Belém em Lisboa nos proximos dias 6, 7, 8 e 9 de Julho de 2006.
Cabe aos Eyuphuro a grande honra de encerrar este magnifico festival com chave de ouro, que já contou no ano passado com a presença de um outro conjunto Moçambicano: Mabulu.Durante a digressão a Pro Music vai produzir um DVD, incluindo imagens dos concertos no MONTREUX JAZZ FESTIVAL, no AFRICAFESTIVAL em Portugal e na Ilha de Moçambique, terra natal da "voz de ouro de Moçambique", Zena Bacar.
Para mais informações: http://www.mozambique-music.com/

5/18/06

Guebuza promete 50 casas para ex-combatentes da guerra colonial.

O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, prometeu construir "em breve", na província de Cabo Delgado, norte do país, 50 casas para ex-combatentes de luta de libertação nacional, projecto paralisado há anos por motivos desconhecidos.
Armando Guebuza deu estas garantias no final de uma visita ao distrito de Nagade, no âmbito da presidência aberta na província de Cabo Delgado, que terminou na terça-feira.
Durante a sua estada em Cabo Delgado, Guebuza visitou duas casas inacabadas de um total de 50, que serão distribuídas por 700 ex- militares residentes no distrito de Nangade, uma importante base militar da FRELIMO durante a guerrilha contra o regime colonial português, terminada em 1974.
No final, Guebuza assegurou que "agora o projecto vai andar", mas não avançou datas.
Em Cabo Delgado, há anos que os ex-combatentes, muitos deles mutilados, acusam o Governo de "exclusão social", por não esclarecer a situação de construção de casas, orçadas em mais de 530 mil euros.
A propósito, o ministro para os Assuntos dos Antigos Combatentes, Feliciano Gundana, admitiu instaurar processos disciplinares caso se conclua que houve no meio deste problema algum acto ilegal.
Gundana confirmou que, há anos, o executivo moçambicano disponibilizou recursos para a construção das referidas casas aos ex- combatentes, mas escusou-se a entrar em pormenores sobre o assunto.
"Naturalmente que vai ser alocado um valor adicional ao projecto para suportar o actual custo dos materiais de construção", comentou ainda Gundana.
O chefe de Estado moçambicano também reconheceu que "algo não correu bem" no referido processo, apelando, por isso, para a necessidade de se trabalhar "para que o projecto nunca mais volte a parar".