7/17/06

II FNCMT: Pemba organiza-se !


Todos os obstáculos foram definitivamente ultrapassados. A cidade de Pemba está a fazer os últimos acertos para receber, de 26 a 30 de Julho corrente, o II Festival Nacional da Canção e Música Tradicional.
De acordo com a Direcção Nacional da Cultura, encontram-se já na capital provincial de Cabo Delgado, técnicos da instituição para prepararem a cerimónia de abertura, um acto que é aguardado por todos os participantes com a maior expectativa.
Segundo fonte daquela instituição subordinada ao Ministério da Educação e Cultura, o festival terá a participação de 366 elementos que virão de todas províncias do país, os quais serão acompanhados por um total de 42 técnicos.
Este festival constituirá, segundo os organizadores, um momento de reforço da unidade nacional. É um evento que se realiza como resposta aos esforços do governo moçambicano com apoio de sectores económicos que têm contribuído para o desenvolvimento de Moçambique.
O ministro da Educação e Cultura, Aires Ali, lançou recentemente um apelo à sociedade moçambicana e não só, no sentido de encontrar contribuição para o sucesso da realização canalizando os seus apoios.
Essas ajudas foram, em parte, conseguidas, não querendo isso dizer, entretanto, uma auto-suficiência do festival.
Sendo assim, quaisquer apoios que possam ainda aparecer "serão bem vindos".
Para o apoio deste festival "incentivamos e estimulamos a participação dos que têm contribuído financeira ou materialmente na divulgação e preservação dos nossos valores tradicionais e contemporâneos.
Essas contribuições podem ser feitas no âmbito do mecenato, em que quem apoia também tem benefícios, neste caso fiscais", explicou o governante.
Em Moçambique existe desde 1994 uma Lei de Mecenato, através da qual o Estado quer fomentar o incremento da produção artística e da riqueza cultural do nosso país.
À luz deste instrumento jurídico, o mecenas, se for por exemplo um agente económico, tem benefícios fiscais, a que deverão requerer ao governo.
Entretanto, muitos possíveis mecenas não têm noção deste bem que podem fazer às artes e cultura (e também ao desporto) no país.
Para contornar a situação, o ministro Aires Ali lançou o desafio de o país vir a ter um clube de mecenas da área da cultura, o que, segundo justificou, asseguraria a complementaridade, melhor planificação e monitoria das actividades do sector.
Maputo, Quarta-Feira, 12 de Julho de 2006:: Notícias
SIDA COMO LEMA.
O festival acontece num momento em que os esforços da sociedade moçambicana estão virados para o combate à pandemia do HIV/SIDA.
Sendo assim, e porque através da cultura se pode veicular mensagens para combater o mal, os organizadores do evento escolheram como lema "Celebrando a Diversidade Cultural Livres do HIV/SIDA".
Importa lembrar que foi apurado para a fase nacional do festival um total de dez grupos, nomeadamente Makuru Kuriba (cidade de Maputo), o da Manhiça (província de Maputo), de Xai-Xai (Gaza), Maxixe (Inhambane), Dondo (Sofala), Manica (Manica), Namacurra (Zambézia), Angónia (Tete) e Kanakari (Nampula), faltando ainda os de Cabo Delgado e Niassa.
Maputo, Terça-Feira, 11 de Julho de 2006:: Notícias

7/16/06

Sons de PEMBA...e outras coisas também !



Do Bar da Tininha (Yahoo):

Neste fim de semana, outra vez Pemba vai delirar, dançar, cantar, rir, porque de novo o "Tambu Tambulani Tambu", em segunda edição, vai levar a efeito o festival que desde o ano passado leva o nome de "Tambu".
Muita canção e dança tradicionais, teatro, e desta vez também uma exposição de obras de diferentes artes que por cá acontecem.

Maputo, Sábado, 15 de Julho de 2006:: Notícias

É a malta de Victor Raposo em alta, é o bairro Nanhimbe que vai fervilhar ao mesmo tempo que a capital provincial, a cidade de Pemba, vai se organizando mais, treinando mais para o embate de mais logo, no Festival de Canção e Música Tradicional que trará à baía do Wimbe o país todo. Vamos ver neste fim de semana, para além do próprio "Tambu Tambulani Tambu" os "Novos Horizontes", a ASUMO, o Grupo Acrobático, o Tamba de Paquitequete, os "4H", entre outros. Raposo desta vez não convidou grupos de outras províncias, como foi na primeira edição e justifica que o "Tambu Tambulani Tambu" vai fazer este festival do tamanho zero, conforme o seu orçamento e não vai ser por isso, competitivo.
As despesas mínimas serão suportadas pelos bolsos dos associados que por ora se desdobram a buscar sensibilidades dos agentes económicos locais, poucas vezes cooperativos.
Vai ser na cidade onde, mais uma vez, se nota um movimento invulgar de gente com farda militar, que a pouco e pouco vai metendo o nariz em seara alheia, patrulhando os bairros da cidade e cometendo alguns desacatos que urge travar ainda no ovo.
Passamos várias vezes por comportamentos de militares que deixam muito a desejar, desde espancamentos a pessoas em locais públicos com o uso da farda e arma, que não gostaríamos que voltassem a tais tristes cenas, como acontece aqui, na vizinha Nampula, onde se discute a responsabilidade no caso do baleamento de um jovem da Escola Secundária 12 de Outubro, numa acção protagonizada por militares .
Está a haver muita mistura entre os polícias e os famosos comunitários, agora também o Exército quer pedir identificação aos cidadãos, quer mandar fechar barracas por alegadamente ser alta noite, quer mandar parar pares de namorados...onde estamos, afinal?
São comportamentos a melhorar antes que o grande festival nos encontre em contrapé, se bem que a segurança é o bem com que ficamos depois de assaltadas as ilhas e praias de Cabo Delgado.
PEDRO NACUO
PS: De regresso a Pemba, depois de perto de 40 dias de férias, é chegada a vez de nos alimentarmos das "fofocas" que muitas vezes acertam.
Há muitas novidades!