Maputo – Paralelamente, ao que acontece em quase todas as províncias do País, a juventude de Cabo Delgado clama por postos de trabalho, mais oportunidades de acesso à formação profissional e ensino superior.
Em contacto com o A TribunaFax, Omar Sahale, 22 anos, residente na Cidade de Pemba, diz que a juventude daquela sua província está esquecida.
A maior parte está desempregada, facto que leva a se enveredar pelo crime, consumo de estupefacientes e bebidas alcoólicas, sobretudo, de fabrico caseiro.
“Aqui na província na há emprego. Muitos jovens mesmo depois de concluir a 12ª classe, não conseguem trabalho. Não temos acesso à formação profissional nem ensino superior. Para conseguir formação profissional tem que ir para Nampula e ou Maputo. Para tal, nem todas as famílias têm a possibilidade de mandar seu filho estudar fora da província”, disse.
Revelou ter concluído o nível médio, ano passado, e tentou concorrer para uma vaga na Universidade Eduardo Mondlane, UEM, mas, não conseguiu.
“Este ano está a passar sem uma ocupação. Tentei meter a minha candidatura em instituições públicas e privadas, aguardo resposta. Caso contrário, voltarei a tentar, próximo ano, entrar para UEM”, prometeu.
Saíde Mpaco, outro jovem com quem a nossa Reportagem conversou, disse ser vendedor ambulante no Mercado Mbanguia, o maior centro comercial informal de Pemba, onde vende produtos alimentares e cosméticos.
Disse ter apenas 10ª classe e não conseguiu continuar com os estudos, devido a falta de meios. “Sou órfão de pai. Minha mãe não consegue custear os meus estudos, por isso, parei de estudar e abri um pequeno negócio”, afirmou e de seguida prometeu que “se o negócio continuar a correr bem, para o ano volto à escola”.
O secretário provincial do Conselho Nacional da Juventude, David Machimbuko referiu que apelou ao governo para olhar mais para a juventude, criando mais oportunidades, quer de emprego, quer de acesso a formação profissional, e a credito para iniciativas juvenis, negando que esta situação, possa concorrer para que os jovens se enveredem pela droga e crime.
Segundo Machimbuko, a aposta da sua agremiação constitui para incentivar os governos distritais para que no âmbito dos 7 milhões, desembolsem 100 mil meticais, de modo a que a juventude concorra para financiar iniciativas juvenis.
“Estamos apostados neste projecto. Fizemos esta proposta a governos distritais que se mostraram receptivos”, disse Machimbuko.
Em Cabo Delgado, apenas a Fundação Aga Khan tem uma linha de crédito para a juventude que tenha capacidade de investir e fazer reembolsos. Esta iniciativa é aplicada em Pemba e nos distritos de Macomia e Mocimboa da Praia. Cabo Delgado conta com pouco mais de 60 grupos juvenis.
(NN) - A TribunaFAX de 03 de Setembro 2007.
Em contacto com o A TribunaFax, Omar Sahale, 22 anos, residente na Cidade de Pemba, diz que a juventude daquela sua província está esquecida.
A maior parte está desempregada, facto que leva a se enveredar pelo crime, consumo de estupefacientes e bebidas alcoólicas, sobretudo, de fabrico caseiro.
“Aqui na província na há emprego. Muitos jovens mesmo depois de concluir a 12ª classe, não conseguem trabalho. Não temos acesso à formação profissional nem ensino superior. Para conseguir formação profissional tem que ir para Nampula e ou Maputo. Para tal, nem todas as famílias têm a possibilidade de mandar seu filho estudar fora da província”, disse.
Revelou ter concluído o nível médio, ano passado, e tentou concorrer para uma vaga na Universidade Eduardo Mondlane, UEM, mas, não conseguiu.
“Este ano está a passar sem uma ocupação. Tentei meter a minha candidatura em instituições públicas e privadas, aguardo resposta. Caso contrário, voltarei a tentar, próximo ano, entrar para UEM”, prometeu.
Saíde Mpaco, outro jovem com quem a nossa Reportagem conversou, disse ser vendedor ambulante no Mercado Mbanguia, o maior centro comercial informal de Pemba, onde vende produtos alimentares e cosméticos.
Disse ter apenas 10ª classe e não conseguiu continuar com os estudos, devido a falta de meios. “Sou órfão de pai. Minha mãe não consegue custear os meus estudos, por isso, parei de estudar e abri um pequeno negócio”, afirmou e de seguida prometeu que “se o negócio continuar a correr bem, para o ano volto à escola”.
O secretário provincial do Conselho Nacional da Juventude, David Machimbuko referiu que apelou ao governo para olhar mais para a juventude, criando mais oportunidades, quer de emprego, quer de acesso a formação profissional, e a credito para iniciativas juvenis, negando que esta situação, possa concorrer para que os jovens se enveredem pela droga e crime.
Segundo Machimbuko, a aposta da sua agremiação constitui para incentivar os governos distritais para que no âmbito dos 7 milhões, desembolsem 100 mil meticais, de modo a que a juventude concorra para financiar iniciativas juvenis.
“Estamos apostados neste projecto. Fizemos esta proposta a governos distritais que se mostraram receptivos”, disse Machimbuko.
Em Cabo Delgado, apenas a Fundação Aga Khan tem uma linha de crédito para a juventude que tenha capacidade de investir e fazer reembolsos. Esta iniciativa é aplicada em Pemba e nos distritos de Macomia e Mocimboa da Praia. Cabo Delgado conta com pouco mais de 60 grupos juvenis.
(NN) - A TribunaFAX de 03 de Setembro 2007.