10/18/07

Diversificando - Pós 25 de Abril de 1974, PORTUGAL tem uma "nova classe" de pobres.

Para a presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Portugal tem uma nova classe de pobres - pessoas com emprego mas sem um salário para fazer face ás despesas do agregado familiar.
Já o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza considera que falta coragem politica para resolver o problema.
Os idosos e as famílias mais numerosas constituem os principais grupos de risco de pobreza em Portugal, ao mesmo tempo que o fosso entre ricos e pobres continua a aumentar.
Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, diz constatar que há cada vez mais pessoas a pedirem ajuda alimentar do que em anos anteriores.
Ouvida pela TSF, aquela responsável diz mesmo existir uma «nova classe» de «novos pobres» em Portugal, «pessoas que, embora auferindo de um salário, não têm no final do mês todos os rendimentos de que necessitam para fazer face às necessidades do seu agregado familiar».
Isabel Jonet salienta também o facto de muitos jovens trabalharem a recibos verdes, sem possibilidade de pagar a Segurança Social, «que se vêem a braços com situações dramáticas e que muitas vezes têm de pedir apoio a estruturas sociais para poderem sobreviver».
Perante este cenário, Isabel Jonet lança um apelo aos industriais e aos agricultores para que não desperdicem o que lhes sobra, até porque os bancos Alimentares estão receptivos a receber esses bens.
A nova realidade da pobreza em Portugal - pessoas com emprego e um salário que não chega para acudir a todas as necessidades da família - leva o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza a apontar o dedo ao poder político.
Para o padre Jardim Moreira tem faltado «coragem política» para resolver o problema da pobreza em Portugal.
«Não basta pôr soluções de remendos...que ajudam, é certo, mas não resolve. Por isso é preciso coragem política para poder resolver o problema», adiantou.
In - TSF ONLine - 16/10/07
.
Notícias recentes sobre a POBREZA EM PORTUGAL:

MOÇAMBIQUE - Liberdade de Imprensa piorou.

A liberdade de Imprensa em Moçambique caiu 28 lugares durante os últimos 12 meses, de 45ª, em Setembro do ano passado, para 73ª no igual período de 2007, segundo um relatório dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Segundo o relatório publicado na terça-feira em Paris, que coloca o Zimbabué como o país onde é mais difícil informar, Moçambique foi classificado na 73ª posição, com um total de 23 pontos, no Índice de Liberdade de Imprensa-2007.
Comparativamente a edição anterior, a actual classificação de Moçambique representa uma queda de 28 lugares, pois, em Setembro do último ano, o país assumia a 45ª posição com 11,5 pontos, partilhada com Cabo-Verde, Macedónia, Sérvia e Montenegro.
No total, a RSF avalia a situação da liberdade de Imprensa em 169 países de todo mundo.
Na presente edição do relatório da RSF, a Eritreia ocupa a última posição, substituindo a Coreia do Norte, país que, entretanto, é acusado de ainda violar o pleno exercício da actividade jornalística.
"Não existe algo surpreendente acerca disso", pois, "mesmo sem estar a par de todas as violações contra a liberdade de Imprensa na Coreia do Norte e Turquemenistão, classificados na penúltima e antepenúltima posição, a Eritreia merece estar no fundo da classificação", referem a RSF.
A Eritreia mereceu aquela classificação em virtude de o Presidente, Issaias Afeworki, ter proibido todos os "media" privados, além dos poucos jornalistas existentes serem são facilmente controlados pelo poder.
"Temos conhecimento da morte de quarto jornalistas detidos e, por isso, temos toda a razão para recearmos que os restantes venham a ter a mesma sorte" na Eritreia, refere a organização RSF em comunicado.
A nível da África Austral, o Zimbabué assume o último lugar na classificação (149º) dos países violadores da liberdade de Imprensa, com 62 pontos, numa lista que inclui também as Maurícias e Namíbia, ambas na 25ª posição com 8,50 pontos.
A África do Sul ocupa a 43ª posição, com 13 pontos, e Tanzânia na 55ª posição, com 18 pontos.
Para compilar o presente edição, a organização não governamental RSF enviou um questionário com 50 perguntas a 15 organizações de defesa da liberdade de imprensa espalhadas por todo o mundo, ligadas através de uma de rede de 130 correspondentes, jornalistas, investigadores, juristas e activistas para a defesa dos direitos humanos.
A Europa é a região do Mundo que ocupa as primeiras 14 posições em termos de liberdade de imprensa, com Portugal a posicionar-se entre os 10 países onde é possível exercer a actividade jornalística sem restrições.
Lusa/AO online-Internacional 2007-10-17 18:55