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6/03/08

Ecos da imprensa moçambicana - APREENSÃO DE MADEIRA ILEGALMENTE EXPLORADA EM MELUCO.

Pelo que lemos no "Vertical" de hoje, é notório que em Moçambique e específicamente em Cabo Delgado também se trava uma luta quase inglória e de "resistência" para combater os "assassinos da floresta".
Transcrevo:
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No dia 28 de Maio de 2008, ao abrigo de um evento organizado pela delegação do MISA da província de Cabo Delgado, tivemos a oportunidade de acompanhar um grupo de jornalistas ao distrito de Meluco, sito nesta província, para cobrir um caso de exploração ilegal de recursos florestais, que culminou na apreensão de dois camiões carregados de toros de madeira pau-preto, no posto administrativo de Muaguide, na noite de 26 para 27 de Março de 2008, pelos fiscais do Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas, com apoio da Polícia da República de Moçambique afecta a este distrito.
Muito resumidamente, a reportagem decorreu na sede do Distrito de Meluco (onde foram entrevistados o Director Distrital de Actividades Económicas, bem como alguns fiscais do turismo e da agricultura envolvidos na operação de apreensão da madeira), na sede do posto administrativo de Muaguide (local da apreensão da madeira, tendo sido entrevistada a respectiva chefe do posto), em Montepuez (donde era proveniente o infractor, que foi igualmente entrevistado, sendo nesta cidade onde foram alugados os dois camiões) e, finalmente, na cidade de Pemba (onde se procurou, sem sucesso, ouvir o substituto do Director Provincial da Agricultura).
Em termos resumidos, o infractor, de nome Fernando Elias, proveniente de Montepuez, recorreu ao aluguer de dois camiões, a um cidadão de nome Juma Combola, para transportar madeira da espécie pau preto adquirida na aldeia de Namitie, junto a Meluco sede, em plena zona tampão do Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas. O infractor utilizou o período da noite, de modo a se aproveitar de uma eventual fragilidade no corpo de fiscalização, fazendo passar os dois camiões a alta velocidade na sede do Distrito, facto que alertou de imediato as autoridades locais, as quais ordenaram de imediato a perseguição das viaturas.
Os camiões vieram a ser interceptados em Muaguide, após uma tentativa inicial de não acatar a ordem de paragem, onde a jovem fiscal Zaina Bandi, afecta ao Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas, levantou o auto de notícia, traduzido na aplicação ao infractor de uma multa de 80 000,00 Meticais.
No entanto, a equipa de reportagem constatou que os camiões foram libertos às primeiras horas do dia 27 de Março, depois de descarregar a madeira pau-preto junto à sede do posto administrativo de Muaguide, onde ainda hoje pode ser vista.
Estranhamente, não foi respeitado o disposto no n.º 5 do artigo 37. º da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei n.º 10/99, de 7 de Julho), segundo o qual "é obrigatória a apreensão, pelos fiscais de florestas e fauna bravia, dos produtos florestais e faunísticos e dos instrumentos utilizados na prática da infracção".
Sabe-se ainda que a multa não foi paga até ao presente momento.
Segundo informações obtidas juntos dos fiscais, a ordem foi emitida pelo Director Distrital de actividades Económicas de Meluco, Sr. Faustino Alberto.
Em entrevista ao próprio, este alegou que "o receio é termos os camiões à nossa responsabilidade e alguém tirar os pneus".
A equipa de reportagem constatou ainda, por trás da Direcção Distrital de Actividades Económicas, a existência de 40 toros de madeira pau-ferro, apreendidas ao mesmo cidadão Fernando Elias, num caso que remonta ano de 2006, o que torna o mesmo em reincidente, e, portanto, sujeito a eventuais sanções acessórias mais gravosas, nos termos do artigo 44.° da Lei de Florestas e Fauna Bravia.
Para além deste caso, constamos ainda a ocorrência de uma outra infracção, desta vez no passado dia 24 de Abril, quando um camião alugado, de marca Mercedes Benz, ostentando a chapa de matrícula MLX 20 - 16, carregado de barrotes e tábuas de três espécies florestais -metonha, chanfuta e umbila, foi interceptado, por volta das 22 horas, no posto administrativo de Muaguide, pelos fiscais do Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas.
O camião foi alugado por um empresário de Pemba, unicamente referido como Sr. Sábado, a a organização não governamental de nome UMOCAZ, para transportar produtos florestais adquiridos a comunidades locais no distrito de Meluco. Todo o processo foi feito sem obedecer ao disposto na legislação de florestas e fauna bravia. Desta vez, o camião foi apreendido como mecanismo para pressionar o pagamento da multa aplicada, ainda que, com enorme prejuízo para a referida organização, que invoca não ter nenhum tipo de envolvimento no cometimento da
infracção.
Da leitura destes factos podemos extrair as seguintes ilações:
O corpo de fiscalização actua unicamente após o dano ter sido cometido na floresta, com impactos irreversíveis no equilíbrio ecológico;
O sistema de sanções baseado fundamentalmente na aplicação de multas nem sempre tem-se revelado adequado e satisfatório, tendo presente, por um lado, o facto de muitas vezes estas não serem pagas, e, por outro lado, não visarem a reparação dos danos ambientais.
Aliás, verifica-se a falta de uma sanção direccionada efectivamente para a restauração ou compensação ecológica dos danos causados na floresta;
O Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas tem vindo a ser alvo de uma pressão intensa por parte de operadores florestais ilegais, indiciando quem fora dos seus limites, já possa estar a rarear as espécies florestais com valor comercial. Colhemos um dado referente ao aumento de operadores florestais de Cabo Delgado que passou a exercer a sua actividade na província do Niassa.
Os nossos parabéns ao fiscais a trabalhar no distrito de Meluco por, não obstante as inúmeras dificuldades quanto a condições de trabalho, tendo presentes ainda os constantes riscos e ameaças a que estão sujeitos, conforme nos foi reportado pelos próprios.
Entretanto, a título de informação, vai realizar-se, nos dias 2 a 3 de Junho, na vila da Namaacha, a III Reunião da Direcção Nacional de Terras e Florestas, que esperamos vir a produzir resultados para muitos dos problemas que enfermam o sector florestal.
Tendo tido acesso à respectiva agenda, ficámos a saber que serão abordados diversos temas importantes, com especial destaque para a apresentação do Relatório Anual de Terras e Florestas - 2007, para os constrangimentos e lições na Implementação do Diploma Ministerial sobre os mecanismos e utilização dos 20% destinados às comunidades locais e para os mecanismos de distribuição dos 50% das Multas aos Fiscais.
Logo a seguir, nos dias 4 a 6 de Junho, no mesmo local, terá lugar o Fórum Nacional de Florestas e Fauna Bravia, para o qual o movimento Amigos da Floresta foi convidado, e em que vão ser abordados temas bastante diversificados com enorme importância para a sustentabilidade florestal. Faremos cobertura deste evento oportunamente.
Protegendo as florestas, construindo o desenvolvimento sustentável...
*Carlos Serra (Amigos da Floresta) - Vertical de 03/06/2008

11/09/12

O massacre dos elefantes em MAREJA - QUIRIMBAS

Transcrição de @Verdade - A FACE AMARGA DA RESERVA DE MAREJA

Escrito por Hélder Xavier   
Quinta, 25 Outubro 2012 15:28
Com apenas duas armas de fogo manuais e seis munições, um grupo de 10 guardas florestais vive uma cruzada solitária para proteger os elefantes de um massacre sem precedentes, protagonizado por caçadores furtivos forte e sofisticadamente armados na Reserva de Mareja, no Parque Nacional das Quirimbas, em Cabo Delgado. Todas as semanas, pelo menos, dois animais são abatidos, dos quais são retiradas as pontas de marfim, que são posteriormente vendidas no mercado negro. A batalha acontece aos olhos das autoridades governamentais e policiais locais que, por conforto e cumplicidade, não agem.

A sensivelmente duas horas e meia da capital provincial de Cabo Delgado, cidade de Pemba, localiza-se Mareja, um projecto ecoturístico de conservação e gestão de recursos naturais dentro do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) desenvolvido pelo alemão Dominik Beissel e abraçado pela comunidade local.

A região é isolada, sobretudo na época chuvosa, e a população leva uma vida recatada. O quotidiano é monótono, até porque a energia eléctrica e a água canalizada ainda não chegaram àquela localidade. Apesar disso, os habitantes, que sobrevivem exclusivamente da agricultura, continuam a viver normalmente, além de se mostrarem hospitaleiros em relação aos visitantes.

Quando se caminha pela mata adentro, por momentos, temos a sensação de estarmos a entrar numa outra dimensão, por assim dizer. Porém, esporadicamente, o silêncio é interrompido pelos macacos que pulam de galho em galho. A zona é uma reserva e nela é possível encontrar quatro dos “big five”, nomeadamente leões, leopardos, búfalos e elefantes.

O lugar é (aparentemente) tranquilo e bonito. Mas a tranquilidade e a exuberância do local não escondem uma actividade que tem vindo a ganhar proporções gigantescas nos últimos dias no interior daquela reserva, em particular, e do parque, em geral: o massacre de elefantes. Os ossos espalhados ao longo do caminho que leva até a Mareja denunciam a prática da caça ilegal.

Quase todas as semanas, pelo menos dois animais são abatidos pelos caçadores furtivos fortemente armados. No passado mês de Agosto, dois elefantes foram mortos e, em Setembro, quatro. “Nestes dois meses, foram abatidos oito elefantes nesta reserva e o número tem vindo a crescer. Em 2011, no mesmo período, registámos mais de 10 casos”, informou um dos guardas florestais do parque.

O pior massacre de elefantes aconteceu no mês de Outubro do ano passado (2011), em que apenas numa semana foram mortos pouco mais de 10 animais. Os furtivos atiram indiscriminadamente, até porque o que interessa são as pontas de marfim, não importando a idade do animal. Eles usam armas de fogo automáticas do tipo AKM, calibre 365, rádios de comunicação e materiais de caça sofisticados, além disso, possuem helicópteros.

Os guardas florestais, tanto os que são apoiados pelo projecto de Mareja assim como os do PNQ, não dispõem de meios à altura para parar a acção do grupo naquela região, onde, no melhor estilo dos cowboys norte-americanos, fala mais alto quem tem o argumento de uma arma de fogo.

Ao contrário dos caçadores furtivos, o grupo de 10 guardas florestais apoiado pelo projecto de protecção de elefantes do alemão Dominik tem apenas duas armas de fogo manuais, meia dúzia de munições e algumas facas e catanas. Mensalmente, ganham menos de dois mil meticais pelo trabalho de fiscalização. Durante os três dias (e noites) de patrulha, cada pessoa tem direito a menos de 200 gramas de arroz e uma lata de sardinha.

“Não conheço os caçadores furtivos, mas sei que eles andam armados”, afirmou Amade Cause, guarda florestal há três anos na Reserva de Mareja, e acrescentou: “nós só andamos com uma faca e não podemos fazer nada”. O Parque Nacional das Quirimbas conta com uma brigada de fiscalização constituída por apenas quatro guardas florestais armados e dois comunitários, apesar de o local ocupar uma área de 7.500 quilómetros quadrados, abrangendo ecossistemas marinhos e terrestres.

As autoridades fazem vista grossa
Semanalmente, o número de elefantes mortos cresce de forma alarmante. Ou seja, a cada semana que passa a acção dos caçadores furtivos tende a intensificar- se, colocando a nu a incapacidade de reacção das equipas de guardas florestais. As zonas mais críticas são Mareja e Meloco.

Nos dias 6 e 9 de Setembro último, na Reserva de Mareja, por volta das 6h30 da manhã, ouviu-se o ruído de um tiro e, de seguida, uma rajada de metralhadora. Os guardas florestais foram atrás para controlar a situação e, quando chegaram às proximidades do local do massacre, limitaram-se a assistir aos caçadores furtivos a retirarem as pontas de marfim.

“Não tivemos como agir porque eles estavam muito bem armados e qualquer reacção nossa seria fatal para todos nós”, disse Amade Cause, um dos fiscais que presenciou o acontecimento, tendo de imediato sido informadas as estruturas policiais e do PNQ. Tem sido assim todas as semanas.

As autoridades, tanto policiais como do parque, encarregadas de combater essa prática que coloca as espécies de elefantes em perigo de extinção, acham que a melhor coisa a fazer é fingir que o problema não lhes diz respeito. Na verdade, a Polícia recusa-se a intervir nesse assunto.

“Sinto-me em pânico vendo isso acontecer e, o pior de tudo, é que a reacção da Polícia não é imediata. Ou seja, ela age como se não tivesse nada a ver com o assunto”, disse uma fonte ligada ao Parque Nacional das Quirimbas que não quis ser identificada, tendo acrescentado que se poderia parar esta situação caso houvesse força de vontade por parte do Governo.

Sensivelmente uma hora depois, um helicóptero sobrevoava a zona tendo pousado nas proximidades de um riacho, e levado as pontas de marfim. Duas semanas mais tarde, os guardas florestais do projecto Mareja decidiram voltar para o local. Pelo caminho uma enorme árvore derrubada (supostamente por um elefante em fuga) impedia o trânsito da viatura “pick up” na qual nos fazíamos transportar.

Foram necessários pouco mais de 30 minutos para remover o obstáculo e deixar a estrada livre. No local, os fiscais encontraram quatro elefantes mortos (três fêmeas e um macho). Os furtivos não retiraram as pontas de marfim de um dos animais porque as dimensões não ultrapassavam 50cm, uma vez que ainda era um elefante bebé.

Há vários relatos de aeronaves sobrevoando o espaço logo após o abate de elefantes. A título de exemplo, no ano passado, concretamente no dia 23 de Novembro, pelas 15h45, foi identificada uma aeronave de cor azul escura com a referência EC-120. O facto foi comunicado às autoridades locais que se limitaram a sacudir a água do capote fazendo um comentário tranquilizador para si próprios:

“Este é um problema que nos ultrapassa, pois não temos meios para colocar freio a esta situação”. A Polícia da República de Moçambique (PRM) a nível da província de Cabo Delgado recebeu dos fiscais do Parque Nacional das Quirimbas uma fotografia do helicóptero que sobrevoou aquela região para averiguação, porém, nenhuma investigação foi levada a acabo.

Os guardas florestais acreditam que haja gente graúda interessada no massacre de elefantes no Parque Nacional das Quirimbas, protegendo os caçadores ilegais, uma vez que quando capturam os furtivos e os levam às autoridades policiais, eles são soltos no dia seguinte. E o pior de tudo é o facto de a lei não defender os fiscais quando estes os alvejam.

Amade Cause contou que, nos anos transactos, um dos seus colegas foi condenado à prisão, além de pagar uma indemnização por ter alvejado a tiro um caçador furtivo. “As autoridades governamentais e a Polícia não agem em grande parte por conforto e, arrisco- me a dizer, também por cumplicidade”, disse.

Em meados do ano passado, os guardas florestais encontraram no interior do acampamento construído na machamba do líder comunitário local mais de 100 munições e 100 mil meticais em dinheiro. Já havia suspeitas de que ele encobria os caçadores furtivos. Porém, apesar de ter sido encontrado em flagrante, não foi preso.

O que está em curso, na realidade, no PNQ, é o processo sem paralelo de consolidação do tráfico de pontas de marfim no território moçambicano. Crescendo aos saltos, diga-se de passagem, a questão que se coloca é como pôr cobro a isso.

As autoridades do PNQ reconhecem a sua incapacidade para travar a acção dos caçadores furtivos, razão pela qual têm vindo a solicitar o apoio da PRM quando ouvem o ruído dos disparos. Mas a resposta por parte da Polícia aparece, no mínimo, 10 dias depois. Falta de viaturas e homens são as desculpas mais evocadas. A situação é mais crítica quando o facto acontece nos fins-de-semana.

“Geralmente, os casos de massacre acontecem simultaneamente em lugares diferentes, facto que também dificulta a nossa reacção, uma vez que o parque não dispõe de meios materiais e humanos”, disse a fonte do PNQ que temos vindo a citar.

A comunidade “protege” os caçadores furtivos
Na Reserva de Mareja, assim como em todo Parque Nacional das Quirimbas, o que há de peculiar não é somente a acção rápida, ousada e o facto de os caçadores furtivos possuírem meios materiais para a actividade, mas também o silêncio cúmplice de algumas pessoas integrantes das comunidades locais.

Nas vizinhanças, existem moradores que encobrem esse grupo de pessoas que se dedica à caça clandestina de elefantes para retirar as pontas de marfim. Regularmente, tem havido campanhas de sensibilização da população no sentido de denunciar os envolvidos nessa actividade que em dois anos já dizimou mais de 50 animais. Como resultado disso, foram formados guardas florestais comunitários. Mas nem tudo tem sido um mar de rosas.

Este ano, alguns dos fiscais comunitários tiveram de ser expulsos da equipa de guardas florestais por facilitarem a vida dos caçadores furtivos, informando-os dos locais de maior concentração de elefantes, além dos passos da equipa de fiscalização.

O destino das pontas de marfim
Este produto, que tem um valor comercial bastante alto (atinge preços exorbitantes no mercado negro), é traficado para os países asiáticos como China, Coreia do Norte, Tailândia e Filipinas.

Casos de apreensão de pontas de marfim
No mês em curso (Outubro), um cidadão norte-coreano foi surpreendido pela Autoridade Tributária (AT) na posse 130 unidades de pontas de marfim – equivalente a três quilogramas – no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo.

Em Setembro, um grupo de seis caçadores furtivos foi neutralizado no Posto Administrativo de Chinthopo, no distrito de Mágoè, em Tete, na posse de quantidades consideráveis de marfim retirado de elefantes abatidos clandestinamente. A quadrilha era constituída por três moçambicanos e igual número de zimbabweanos.

Em Maputo, seis toneladas de marfim apreendido a caçadores furtivos e proveniente de elefantes abatidos foram roubadas de um armazém do Ministério da Agricultura. Em Agosto do mesmo ano, dois funcionários públicos afectos ao Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE), no Guro, na província de Manica, foram detidos sob a acusação de roubo de marfim das instalações do serviço para ser comercializado no mercado negro. As presas teriam como destino o continente asiático.

Em Fevereiro, a Polícia da República de Moçambique (PRM) no Niassa, em coordenação com os guardas florestais da Reserva do Niassa, deteve um indivíduo indiciado de ser caçador furtivo.

Em 2011, as autoridades encontraram 126 pontas de marfim num contentor apreendido no porto de Pemba, que equivaliam a 63 elefantes abatidos de forma ilegal, num contentor de uma empresa que opera na área da exploração de madeira.
= > Assine a petição aqui < =
Elefantes mortos para extração de marfim (imagens recolhidas na net)




















Clique nas imagens para ampliar. Transcrição do Jornal de distribuição gratuita moçambicano @Verdade, com a devida vénia. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Outubro de 2012. Permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue só com a citação da origem/autores/créditos.

12/03/12

O massacre dos elefantes em MAREJA - QUIRIMBAS - Parte 2

Ajude a acabar com o massacre dos elefantes em MAREJA-QUIRIMBAS - Assine a petição (http://is.gd/2bl0B1)

In GlobalVoices - Português - Postado em 19 Novembro, 2012 16:06 GMT  (transcrição)
Caça Furtiva de Elefantes em Moçambique

Uma reportagem publicada no Jornal @Verdade no final de Outubro de 2012, põe a descoberto a caça ilegal de elefantes na Reserva de Mareja, situada em Cabo Delgado, na região Norte de Moçambique.

Segundo o artigo, o “massacre” é perpetrado por grupos de caçadores furtivos “sofisticadamente armados” e “tem vindo a ganhar proporções gigantescas”:

""Todas as semanas, pelo menos, dois animais são abatidos, dos quais são retiradas as pontas de marfim, que são posteriormente vendidas no mercado negro. A batalha acontece aos olhos das autoridades governamentais e policiais locais que, por conforto e cumplicidade, não agem.""

São frequentemente ouvidos ruídos de tiros e depois avistados helicópteros ou aeronaves a sobrevoar a reserva. Estes servirão para carregar as pontas de marfim roubadas aos animais em vias de extinção, e assim dar continuidade ao tráfico de um produto que “atinge preços exorbitantes no mercado negro”, e é exportado para países asiáticos como China, Coreia do Norte, Tailândia e Filipinas.
(Imagem daqui)

Um comentário deixado ao artigo por Conor Christie através do Facebook acrescenta:

""Trabalhei um pouco na coutada 4 na provincia de Manica e quando lá, fomos avisados que os caçadores vêm das zonas da Beira e vêm BEM EQUIPADOS. Nós tinhamos o equivalente a dois guardas das Quirimbas, e fomos avisados para não confrontar os elementos. As pessoas que têm acesso a esse tipo de armamentos não são os camponeses. Quando lá, sabíamos que caçadores furtivos alugavam AK47 (AKM) do comando ai do Save. Comprávamos balas por mil Meticais [$33 USD] cada, indicando que o acesso às armas é fácil. Na minha opinião, as pessoas atrás dessas mortes nas Quirimbas são pessoas com patencia [sic].""

Outra leitora do jornal, Kita Chilaule, expressou a sua indignação:

""Não acredito que não hajam formas de travar estes caçadores furtivos. Penso que eles não são um numero superior aos guardas mas sim têm a protecção do governo local ate porque esta claro que existe aqui uma cumplicidade e corrupção. O lamentável é a destruição do património do ecoturismo desta zona.""

E continua:

""Esses caçadores a maioria são estrangeiros não podem ter poder de acção mais que os nacionais. Peço a quem é de direito para travar esta pratica degradante de fauna bravia.""

Inserida no Parque Nacional das Quirimbas, que ocupa uma área de aproximadamente 7.506 quilómetros quadrados, a Reserva da Mareja é vigiada por um grupo de 10 guardas florestais precariamente equipados para fazerem frente à caça furtiva. No website da Associação de Camponeses de Mareja está em curso uma campanha de consciencialização e angariação de fundos para fortalecerem o trabalho de protecção dos elefantes.
(O vídeo acima é de Dominik Beissel; mais filmagens dos elefantes no seu habitat natural aqui.)

No seguimento da notícia publicada pelo Jornal @Verdade, foi criada uma petição no site Avaaz:

""Solicita-se a atenção do mundo que preza a sustentabilidade ecológica e a vida nas florestas, assim como do GOVERNO DE MOÇAMBIQUE, para que providências sejam tomadas de forma a acabar com o extermínio dos elefantes em Moçambique.""

“Conflito Homem-Elefante”

Já desde 2006 que o autor do blog Forever Pemba tem reportado sobre conflitos relacionados com a fauna bravia, e em especial os elefantes, naquela região:

""Nos últimos tempos, os animais, principalmente elefantes, matam pessoas, criando insegurança nas comunidades, assim como se lhes acusa de fomentarem, com macacos e porcos selvagens, a fome, ao destruírem parcial ou completamente as culturas.""

Criticando a implementação de algumas das “medidas de estancamento” da “destruição” causada pelos animais promovidas pelas autoridades locais, tais como a formação de caçadores comunitários, o blog analisa uma notícia publicada no jornal Notícias em 2007:
(Imagem daqui)

""Em resumo e lendo o texto, entende-se que, as autoridades responsáveis em Cabo Delgado, depois de apresentarem os elefantes e outros animais como inimigos perigosos para o ser humano, agirão, como afirmam com um tom beatificante, quase piedoso, para não dizer cínico.""

O website da WWF-Moçambique indica que em 1999 a Direcção Nacional de Florestas e Fauna Bravia (DNFFB) do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural publicou a Estratégia Nacional de Gestão de Elefantes em Moçambique, com a definição de metas para a conservação da população de cerca de 18.000 elefantes africanos que existem no país.

No entanto, a aplicação da convenção, segundo um relatório de Setembro de 2012, tem-se mostrado deficitária.

- Escrito por Sara Moreira - GlobalVoices em 19NOV2012


Clique nas imagens para ampliar. Transcrição do GlobalVOICES - Português, com a devida vénia. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Novembro de 2012. Permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue só com a citação da origem/autores/créditos.

2/09/07

Pesquisas sísmicas no parque das Quirimbas ????


Realização de pesquisa de hidrocarbonetos no parque das Quirimbas.
Por temerem pela destruição de mais de 70 diferentes espécies de peixe e mangais, tartarugas marinhas e dugongos, as organizações ambientalistas moçambicana Impacto e sul-africana Mark Wood estão a desaconselhar a efectivação de pesquisas sísmicas visando a descoberta de hidrocarbonetos noParque Nacional das Quirimbas, na província nortenha de Cabo Delgado.
Os trabalhos estão para ser executados pelo consórcio moçambicano/norueguês Hydro Oil & Gás Moçambique que ganhou o concurso público internacional lançado há cerca de dois anos pelo Governo para prospecção e produção dos hidrocarbonetos nos blocos 2 e 5 da Bacia do rio Rovuma.
Previa-se que a primeira fase das pesquisas decorresse de Fevereiro corrente a Julho de 2007, segundo fonte competente do Ministério dos Recursos Minerais, ajuntando que as restantes arrancariam depois das análises da primeira, uma vez que o acordo prevê que cobrissem um período máximo de oito anos,segundo a mesma fonte, ouvida esta quarta-feira pelo Correio da Manhã.
Aquelas duas organizações de defesa do meio ambiente sustentam a sua oposição lembrando que “existeno país um dispositivo legal que proíbe a efectivação de trabalhos de prospecção sísmica do petróleo e gás natural nas zonas do uso para parques nacionais”.
Num extenso documento produzido após estudos do impacto ambiental, a Impacto e Mark Wood salientam que a prospecção do petróleo e gás natural na Bacia do Rovuma apenas deve circunscrever os blocos 2 e 5 autorizados pelo Governo e não o Parque Nacional das Quirimbas.
“A pretensão não deve ser aceite para não serem devastadas as espécies marinhas que lá existem”, sublinham aquelas organizações ambientalistas no seu documento a ser depositado dentro em breve no Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) após consulta pública a partir do dia 13 de Fevereiro corrente, nas cidades de Maputo e de Pemba.

Pistolas
Mas o consórcio justifica o alargamento da área a ser trabalhada dizendo que nas proximidades da ilha poderá ocorrer o petróleo e/ou o gás natural.
Aquelas espécies marinhas iriam ser destruídas pelo som a ser produzido por disparos de pistolas em uso naquele tipo de pesquisas sísmicas visando a descoberta dos hidrocarbonetos.

J. Ubisse - CORREIO DA MANHÃ - Maputo - 09.02.2007

9/26/08

Ronda pela net - A paradisíaca Ilha do Ibo é divulgada ao mundo exterior...

(Clique na imagem para ampliar)

Os encantos naturais do norte de Moçambique, mais concretamente o litoral de Cabo Delgado que tão bem conhecemos e é paixão desde nossa infância africana, vão sendo "descobertos" pelo mundo exterior. E os investimentos locais em infra-estruturas voltadas para o turismo especializado também vão acontecendo, com qualidade e preços para todos os gostos mas nem sempre para todos os bolsos. Afinal o que é raro fica caro e é o custo condizente que permite usufruirmos do pouco e belo que a natureza, tão maltratada pelo homem, ainda abriga.

Hoje descobri mais um blogue que divulga os paraísos intocados que são Pemba, Arquipélago das Quirimbas e específicamente a histórica e bela Ilha do Ibo. O post está em inglês mas poderá ser fácilmente "aportuguesado" (a tradução é mecânica, impessoal) aqui.

Para terem uma idéia, começa assim:

""IBO ISLAND LODGE.
Práticamente desconhecido do mundo exterior e não perturbado durante séculos, existe um lugar onde o tempo parou. É a Ibo Island, ou como é chamada pelos locais, a Ilha do Ibo.

Aninhada no impressionante Arquipélago das Quirimbas ao norte de Moçambique, considerado Património Mundial, Ibo é uma ilha bela, remota e intocada pelo desenvolvimento comercial e uma das mais intrigantes ilhas idílicas e românticas que você poderia sonhar e visitar. Por sua vez, o Ibo Island Lodge está situado no oceano Índico nessa paradisíaca Ilha do Ibo, ao norte da pequena cidade de Pemba, no Arquipélago das Quirimbas... ...""

E a explanação, sempre em inglês, poderá ser lida na íntegra no The Private Islands Blog, especializado em classificar e divulgar tudo quanto é ilha existente pelo mundo, desde as particulares para venda até a santuários da natureza como a nossa querida Ilha do Ibo. Alegra-nos entretanto, o reconhecimento e destaque merecidos que a Ilha do Ibo, Pemba e o Arquipélago das Quirimbas vão tendo. Mas preocupa-nos também o desgaste que já vai acontecendo, por uso indevido, inconveniente, desregulamentado e mercantil da costa de Cabo Delgado, com destaque que é exemplo disso para a bela praia do Wimbe. Segundo nos contam, não tardará que ao cidadão comum fique impossível admirá-la da estrada, tal a abundância de construções e muros altos, sem ordenamento e regras, que a invadiram. E isto sem falarmos dos outros tipos de poluição ambiental que se alastrou às ruas e bairros da cidade de Pemba e arredores.

8/08/07

QUIRIMBAS - A guerra dos animais...

Cabo Delgado : FADM tentam mitigar conflito Homem/animal.
Estão já em Cabo Delgado os primeiros 15 militares das FADM com a missão de afugentar ou mesmo matar os animais bravios identificados como responsáveis pela morte de pessoas e destruição de culturas dos camponeses no interior do Parque Nacional das Quirimbas, localizado nos distritos centrais da província. Esta informação foi prestada recentemente pelo governador provincial, Lázaro Mathe, que acrescentou que a medida segue-se a uma recente contagem terrestre, a primeira do género, dos animais existentes no Parque Nacional das Quirimbas, cujos primeiros dados numéricos não revelou por alegadamente serem necessárias outras contagens para se aproximarem à realidade da população animal, principalmente de elefantes existente no interior do parque.
De acordo com a fonte, a decisão de pôr militares no terreno para a mitigação do conflito vem igualmente na sequência do cumprimento da orientação central, segundo a qual, em face do grau de instabilidade social que os animais criaram, é necessário tomar medidas conjuntas entre os Ministérios da Defesa Nacional, Interior, Agricultura, Turismo e de Coordenação da Acção Ambiental.
O Parque Nacional das Quirimbas ocupa uma área de aproximadamente 7506 quilómetros quadrados, 5984 dos quais no continente, e estende-se pelos distritos de Quissanga, Metuge, Macomia, Meluco, Ancuabe e Montepuez e interior e distrito insular do Ibo. Trata-se, por outro lado, de uma área em que despontaram empreendimentos turísticos de alta qualidade, bem como estão a ocorrer levantamentos sísmicos visando a descoberta de petróleo ou gás natural.
Nos últimos tempos, os animais, principalmente elefantes, matam pessoas, criando insegurança nas comunidades, assim como se lhes acusa de fomentarem, com macacos e porcos selvagens, a fome, ao destruírem parcial ou completamente as culturas.
Uma outra medida visando a diminuição do conflito, de acordo com dados avançados pelo governador de Cabo Delgado, passa pela construção de barreiras físicas que vão delimitar as regiões onde as populações irão desenvolver normalmente as suas actividades e zonas dos animais bravios, permitindo deste modo que nenhuma das espécies seja prejudicada.
Trata-se de um projecto cujo desenho, feito pela Direcção do Turismo, foi apreciado pelo Governo provincial que, por seu turno, o encaminhou aos órgãos centrais para decisão final. O governador descarta a hipótese disso trazer um novo conflito resultante da impossibilidade de as comunidades explorarem para a sua subsistência os recursos naturais localizados nas zonas vedadas.“São as próprias populações que estão a indicar os locais a vedar”, disse Mathe, para quem as outras regiões com os mesmos problemas, como a faixa do Rovuma, poderão se sentir aliviadas com as actuais medidas, se bem que, disse, os animais usam os mesmos corredores.
Maputo, Quarta-Feira, 8 de Agosto de 2007:: Notícias

7/20/07

Pemba Beach paradise...

As our Airlink flight from Johannesburg soars gently down into Pemba, the capital of Cabo Delgado province in far northern Mozambique, I'm keeping a beady eye out for all the trappings of tropical paradise. Palm trees, turquoise water, coral reefs, traditional dhows plying the water, crayfish big enough to be seen from the air... you know the deal. But baobabs on the beach? I realised then that a flying visit to Pemba was going to be more than your average tropical escape.
Situated on what is said to be the third largest natural harbour in the world, the town of Pemba — thanks to increased air access via direct flights on Airlink — is fast becoming the gateway to the fantastic beaches this coast has to offer and the islands of the Quirimbas Archipelago further north.
There's a range of accommodation on offer in the area — from guesthouses to backpackers — but undoubtedly the most luxurious place to stay is the impressive Pemba Beach Hotel. Arabian wind towers, terracotta walls and Moorish arches are a gentle reminder of the days when the calm waters of East Africa were a popular stomping ground for Arabian slave traders to load up their deadly cargo.
Thankfully nowadays the dhows you'll see offshore will be full of tourists and fishermen catching your dinner rather than slaves off to servitude in a distant land. Dhow cruises in the bay are just one of the many options popular with the tourists who come here to enjoy the balmy waters of the Indian Ocean... whether you're in the mood for adrenalin action or something a little more sedate there'll be something to drag you away from that sun lounger.
Under da sea
With warm waters, fantastic visibility and incredible array of marine life, diving is a popular option and the Pemba Beach Hotel offers a fully-kitted dive centre where you can do anything from a fun recreational dive right through to advanced certifications. Boat dives (with no launch through the surf!) can take you to a choice of sites within minutes, so you can easily spend a few days blowing bubbles.
One of the most popular sites is 'The Gap', where the reef drops off the edge of the continental shelf all the way to 120m below the surface. If that's a bit extreme for you, there are snorkelling spots just off the beach in front of the resort (equipment provided at the Club Navale) or you can hop on one of the regular snorkelling trips ($25) by boat to coral reefs further afield.
More of a hunter than a watcher? Andre Bloemhof runs regular fishing safaris (either full or half-day) where you can troll for Marlin, Kingfish, Wahoo, Dorado and Tuna on deep-sea reefs and in and around the stunning Quirimbas Archipelago. Starting at $300 per person it's an expensive day out, but is sure to get your heart rate going. For cheaper thrills you can also throw a line off the end of the resort’s jetty, where you might bag yourself a small Kingfish or Snapper.
Drop the locals a line
If you want to get a feel for how the local fishermen do it though, hop onto one of the dhow trips run by Kaskazini tours (at Pemba Beach hotel). Run by the ever helpful Genevieve, you can book yourself on well-priced dhow trips ranging from a sunset cruise with their local skipper to a five-day safari exploring the southern islands of the pristine Quirimbas Archipelago.
Sound like far too much exertion? The Sanctuary Spa is the latest addition to Pemba Beach, offering a range of treatments from this well-known South African spa group. Book yourself in for a bit of pampering with a front-row seat to the Indian Ocean.
When evening rolls around, the Quirimbas Restaurantr is the place you want to end up, tucking into the buffet that stretches on into the distance. Fragrant curries, fresh marlin and tuna on the skillet, crayfish tails to your heart’s content and a pile of prawns that does Mozambique’s reputation justice. White tablecloths, excellent service and the musical accompaniment of the Indian Ocean complete the picture of a perfect dinner in the tropics. The beachfront restaurant at the Club Navale is also an option for something more casual, but it’s a place best enjoyed at lunchtimes, eating barefoot with your toes wiggling in the sand.
Hit the town
Of course you don’t have to — and shouldn’t — spend all your time in the resort. The town of Pemba doesn’t have the impressive Portuguese architecture or attractions of some of Mozambique's larger towns, but a stroll through the market and Old Town are well worth a few hours, if nothing else to see a little of daily life in Cabo Delgado. The dusty streets occasionally reveal a quaint craft stall or carpenter at work, but the beach is really the place to catch a glimpse of day to day life in Pemba.
Start at the reed village of Paquitequete — a mostly Muslim community of fishermen where a 'Salaam' will elicit a warm smile and perhaps an offer to take their photograph. Children lay in the dust, women sell their catch on the beaches and talented carpenters fix their traditional dhows using the most rudimentary tools; while almost everybody pitches in to haul the fishing nets laden with sardines up the beach.
There are a few roadside markets in town where you can pick up colourful local cloth to take home, but if you’re souvenir hunting your best bet is the Makonde Co-op on the road from town to Wimbe beach, where men and children use rudimentary lathes and chisels to skillfully carve out statues, bowls and masks from enormous logs of indigenous hardwoods. It’s also just a few hundred metres from the airport, so a good place to stock up on souvenir for friends and family back home just before you leave.
And you’ll want to take home a souvenir or three. With a wonderful lack of the ‘bakkie brigade’ who descend on the resort towns further south, Pemba is the kind of place you’ll want to remember. The buildings may be crumbling, but the town still holds an air of Mozambique in days gone. The people are as friendly as ever, and as long as you don’t stray too far from Hylton’s hotel buffet you’ll never go hungry.
For more info…
  • Visit the Pemba Beach Hotel & Spa website for more information and to book.
  • Airlink flies direct from Johannesburg to Pemba twice weekly, on Tuesdays and Saturdays. For more information on Pemba and the airline's 25 other destinations, visit www.flyairlink.com or call 011 961 1700.
  • Kaskazini Tours are as close as you’ll get to an information bureau in Pemba, and can assist with booking anything from accommodation and tours to flight. Their website should be your first stop when planning a trip.
  • Wimbe Beach is the most popular strip in town, and offers a range of guesthouses and restaurants to suit all budgets. If you’re staying at Pemba Beach Hotel it’s still worth a visit for an evening drink with the sand between your toes.

Richard Holmes - Thu, 19 Jul 2007 - In travel.iafrica.com

(Se encontrar dificuldades ao ler o texto em inglês, traduza este blogue para a língua portuguesa clicando no tradutor que se encontra ao lado direito do "menu" ou "colando" o texto neste endereço http://babelfish.altavista.com/)

2/19/07

Levantamento sísmico na Bacia do Rovuma : Relatório divide interesses nas Quirimbas.


O relatório de estudo da “Impacto, Lda”, preparado para a norueguesa “Hydro Oil & Gaz Mozambique”, para início dos levantamentos sísmicos em alto mar, nas áreas 2 e 5 da Bacia do Rovuma, apresentado sexta-feira na cidade de Pemba, divide vários grupos de interesse pela exploração multifacetada do Arquipélago das Quirimbas, nomeadamente o Parque Nacional, os operadores turísticos e pescadores artesanais, que acham não terem sido suficientemente reflectidos no estudo aspectos que asseguram que as suas actividades sejam acauteladas.
Mário Jorge Rassul, gestor do projecto e chefe da equipa de participação pública Impacto, Lda, respondendo a uma pergunta da nossa Reportagem sobre as observações consideradas ao seu relatório, disse que tal “faz parte do processo e da fase de revisão do relatório que vai ser comentado. “Trata-se de um rascunho final, está perfeitamente dentro daquilo que é normal e fiquei satisfeito que as pessoas tenham falado com aquela abertura, porque no fundo queremos que a actividade aconteça sem prejuízos”, disse.
Rassul disse que é preciso prever que as pessoas que falam podem ter segundas intenções, sendo um facto que neste momento o Parque Nacional das Quirimbas tem pouca informação primária sobre a pesquisa e que os seus dirigentes não conseguem fazer a recolha dessa informação.
O conflito de interesses parte do facto de que a zona onde serão feitos os levantamentos sísmicos, áreas de exploração em mar aberto, está próxima do Arquipélago das Quirimbas, que se encontra numa das oito áreas teoricamente prioritárias de importância para a conservação global do ecossistema marinho.
Por outro lado, prevê-se aparentemente que possa afectar grandemente o turismo e a actividade piscatória das comunidades locais e outros que dependem da pesca.
Segundo soube o nosso Jornal, a pesquisa sísmica está planificada para o ano corrente, numa área de 13.400 metros quadrados em águas, com profundidades que variam entre menos de 20 e excedendo os 200 metros. Mas para o caso concreto daquelas duas áreas o contrato de concessão dá aos concessionários direitos exclusivos para conduzir a actividade de exploração durante oito semanas, período do qual se prevê sejam efectivamente usados 25 dias, excluindo as paragens que podem surgir por qualquer motivo.
“Este relatório não nos dá a informação sobre o levantamento exaustivo, por exemplo, que nos diga onde estão os digongos e tartarugas. Diz que basta visualizar mamíferos e répteis, o barco sísmico vai parar e à noite como vai ser”, questiona Helena Mota, do WWF, uma organização mundial de defesa da natureza.
John Hewlett, que explora a Ilha Quilálea, afirmou que nenhuma compensação pode corresponder a um esforço de cinco anos, a fazer um “marketing” pelo mundo, para levar o nome de Cabo Delgado como destino turístico mundial e que depois disso terá que haver uma ordem de os turistas não virem a Moçambique, muito particularmente a Cabo Delgado.
O Ministério da Coordenação da Acção Ambiental é que vai determinar os passos seguintes, segundo Mário Rassul, o que pode passar por mandar a reelaboração do relatório, ou que a Impacto faça uma adenda ou vai, como normalmente acontece, incorporar os comentários na recomendação da execução da actividade.
PEDRO NACUO - Maputo, Segunda-Feira, 19 de Fevereiro de 2007:: Notícias

5/11/06

Cabo Delgado-Quirimbas-Guludo entre as 20 melhores praias desertas do mundo.


Escolha do jornal inglês «The Observer»:
A praia do Guludo, no arquipélago das Quirimbas, no Norte de Moçambique, foi escolhida como uma das 20 melhores praias desertas do mundo pelo jornal britânico «The Observer».«Elefantes apanham mangas de árvores e morsas rebolam-se em charcos comendo ervas marinhas nesta praia branca e virgem do Parque Nacional das Quirimbas, no Norte de Moçambique», escreve o jornal, que inclui apenas três destinos africanos entre as 20 melhores praias desertas do mundo.Para além do Guludo, Rocktail Bay, na África do Sul, e Bosluisbail, na Namíbia, completam a lista das melhores praias, nas quais não se inclui qualquer outra de países de língua oficial portuguesa.O jornal, que publicou a lista no domingo, recorda que o Parque Nacional das Quirimbas, na província de Cabo Delgado, foi criado em 2002 e integra uma vasta área no continente e 11 ilhas.Entre elas, a mais conhecida é a ilha histórica do Ibo, outrora um importante local de venda de escravos e cruzamento de diversas culturas resultante da passagem de navegadores árabes, chineses e portugueses.

12/30/06

ILHA DO IBO - Incluida pelo "The Independent" como um dos "The top destinations for 2007"


The top destinations for 2007
From exotic escapes to action-packed adventures, Frank Partridge explores the new horizons that will delight even the most world-weary traveller during the year ahead
Published: 30 December 2006
...SOMEWHERE MORE EXOTIC?
Mozambique is is now at peace, but it is taking some time for most travellers to consider the formerly war-wracked African republic as a serious destination. A step in the right direction is the Ibo Island Lodge (http://www.iboislandlodge.com/), which has just opened in northern Mozambique, 45 miles from Pemba, an unspoilt area of exquisite, surreal beauty.
Ibo Island, part of a coral archipelago of 32 islands, was once an important Portuguese trading post, and contains the scattered ruins of abandoned villages and 18th-century forts. The 12-room lodge consists of three waterfront mansions, restored in colonial style - all antique furniture and heavy wooden shutters. You can explore the other islands by boat, in waters ideal for swimming, snorkelling and kayaking. Return flights from Pemba cost £150; half-board at the lodge costs $295 (£160) per person per night.
Week-long packages can be arranged through the UK operator Rainbow Tours (020-7226 1004; http://www.rainbowtours.co.uk/). International flights, light-aircraft transfer, full board at the lodge, a historical tour and some complimentary watersports will cost £1,795 per person.
In "The Independent" - 30/12/2006
IBO HISTORY
Ibo Island is part of the beautiful Quirimbas Archipelago. Ibo Island supports one of the oldest towns in Mozambique, and is definitely one of the most interesting and atmospheric towns in the whole country. Ibo Island is regarded as one of Africa’s best-kept secrets, and many people say Ibo Island was the highlight of their time spent in Mozambique.
Mozambique’s recorded history goes back many centuries and the country has been subject to conquest and exploitation since time immemorial. As early as AD600 Arab traders had established contact with the local inhabitants and subsequently established fortified trading posts along the coastline. Via these trading posts slaves, gold and ivory were shipped to the Arab world.
Ibo Island is one of the most ancient settlements in Mozambique, after Ilha do Moçambique (usually just known as “Ilha” in Mozambique) The specific history of Ibo can be dated back to at least the 1600 – Chinese grave stones still bear their readable dates, though Arab influence dates earlier. The Fort of Forma de Cisterna was constructed by the Arabs even before the Portuguese occupation.
Ibo Island and all the Quirimbas islands that had water have always supported human habitation, and at the time of the first Portuguese contact these islands were called the Maluane Islands because the local population generally Muslim traders designed woven cloth - both in silk and cotton and dyed with local indigo. This cloth was called Maluane, and was much sought after on the mainland.
When the Portuguese first arrived in the Quirimbas, the main trading centre in the archipelago was on the large Quirimba Island (next island south of Ibo Island. The Portuguese attacked Quirimba Island in 1522, because the trading Muslims of Quirimba refused to trade with the Portuguese Christians, and intended probably to eliminate them as trading rivals. The town was set alight and destroyed, dhows sunk, some 60 Muslims killed and much looting took place with large amounts of ivory and other trade goods seized.
By 1590 seven of the nine biggest islands were ruled by a Portuguese lord, and two by the Muslims. Ibo Island traded in amber, jet, ivory, ambergris and turtle shell. The locals had to pay 5% of their produce to the islands lord – as well as a contribution to the church. On Ibo the Portuguese built large rainwater cisterns that enabled them to raise cattle, pigs and goats. Meat, millet, rice, beans and palm products were all exported and even Ilha de Mozambique seems to have been supplied from Ibo Island. By this time Ibo Island had become the most important centre of the islands and in the mid 17th century the Archipelago was ruled by two main ‘Mazumgo’ (white) families – the Morues and the Meneses.
At this time the slave trade also became significant, with the French needing labour for their plantations in Mauritius and Reunion. The Portuguese tried to control this trade, for monetary, not humanitarian, reasons but the Quirimbas Islands were ideal for clandestine pursuits and the trade brought more prosperity to Ibo even after the market switched to Brazil and indeed, even after it was illegal. Of this period Newitt writes:
After the government of Mocambique was separated from that of Goa in 1752 the governor-general began building a fort at Ibo, which was raised to the status of municipality. In 1770 the new district of Cabo Delgado was created (on Ibo Island) with its own governor. A church and warehouses were built and in 1786 the island acquired a customs house. In 1791 Antonio de Melo e Castro began work on a new fort. This fine star shaped building rose on the mudflats guarding the narrow shipping channel through the reefs into Ibo Islands harbour. The slave trade bought Ibo great prosperity. Streets of houses were laid out and fine public buildings were erected around the plaza. By the beginning of the nineteenth century Ibo had become a very established trading centre.
Ibo Island gained municipal status in 1763 and by the end of the 18th century, Ibo is regarded to have been the second most important Portuguese trading centre Ilha do Mozambique. Throughout the 18th and 19th century the population of Ibo Island and the adjacent regions were consistently under attack from Dutch and Madagascar forces. As a result of the attacks the Fort of São João Batista (St. John Baptist) was completed in 1791. The little chapel housed inside of the fort was built in 1795, followed by the Fort Santo Antonio (St. Anthony) and Fort of the Bairro de Rituto built in 1847.
It wasn’t until 1897, when Ibo Island was integrated into the administration of the Niassa Company that the island and population enjoyed relative safety and peace.In 1902 the capital District of Cabo Delgado was transferred from Ibo Island to Port Amelia, currently the city of Pemba, which remains the capital until today. This signalled the slow demise of the island, which eventually led to is total abandonment as a formal trading centre some years later.

9/02/08

Retalhos da história de PEMBA - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia. Parte 3.

(Clique na imagem para ampliar)
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A COMPANHIA DO NIASSA E A FUNDAÇÃO DE PORTO AMÉLIA. - (continuação daqui!)
.
O chamado distrito militar de Cabo Delgado que se localizava em Pampira, na orla da baía de Pemba, foi extinto em 1981 e o território entre os rios Rovuma e o Lúrio foi concedido a partir de 1894 a uma companhia majestática - a Companhia do Niassa, isto é, sem deter o controlo ou exercer qualquer tipo de autoridade ou influência no interior do território, o governo português entregava a exploração de todo o norte de Moçambique a uma sociedade privada.
A Companhia do Niassa inspirou-se no modelo da British South Africa Company criada por Cecil Rhodes e era uma companhia privada de capitais e influência maioritáriamente britânicas, tendo por objecto a exploração colonial do território. A administração da Companhia do Niassa era exercida por seis administradores em Lisboa e quatro em Londres, tendo o governo português um Intendente no Ibo, cujo concelho não integrava os territórios da companhia.
Assentava num negócio financeiro que se pretendia ser muito lucrativo para satisfazer os seus accionistas e, estatutáriamente, tinha a concessão por 35 anos para a exploração de um território com cerca de 200.000 Km², devendo construir um caminho-de-ferro e podendo cobrar impostos, arrecadar as receitas da alfândega e exercer em exclusivo o direito de conceder as autorizações para quaisquer actividades comerciais, agrícolas, minerais e industriais.
O resultado não poderia ser bom, devido às lógicas bolsistas e às mudanças de accionistas, de orientações e de gestão da companhia e, sobretudo, porque o seu sentido não era o desenvolvimento do território, mas apenas a sua exploração.
Como salienta René Pélissier, "o extremo norte, colónia privada no interior de uma colónia portuguesa, era portanto a quintessência da mais egoista dominação europeia. A Companhia não estava em África para colonizar mas sim para extorquir o máximo lucro"(René Pélissier, Op. cit., Vol. I, p. 396).
Em Maio de 1897, quando a sede da Companhia ainda estava no Ibo, foi designado o capitão José Augusto Soares da Costa Cabral para instalar uma povoação na baía de Pemba, que deveria posteriormente ser a capital dos territórios da Companhia do Niassa.
Em 13 de Outubro de 1899 foi criado um posto fiscal à entrada da baía de Pemba e em 30 de Dezembro de 1899, por proposta da Companhia do Niassa, a povoação de Pampira passou a denominar-se Porto Amélia, em homenagem à raínha de Portugal.
O Boletim da Companhia do Niassa, n.º 23, de 13 de Janeiro de 1900, insere a Ordem n.º 230, cujo teor é o seguinte:

-- Tendo o Exm.° Conselho de Aministração da Companhia do Niassa deliberado dar o nome de Sua Magestade a Rainha Senhora Dona Amélia à nova povoação de Pemba, que deve ser a futura capital dos territórios, prestando assim um preito de homenagem, respeito e sympatia a tão Excelsa Senhora, e tendo Sua magestade auctorizado tal deliberação;

Hei por conveniente ordenar que essa povoação na bahia de Pemba, e futura capital dos territórios da Companhia do Nyassa, se denomine - Porto Amélia.

Secretaria do Governo dos territórios de Cabo Delgado, no Ibo, 30 de Dezembro de 1899.

O Governador - J. A. A. Mesquita Guimarães.

O autor:
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.
Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
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O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;
Edição - Comissão Cultural da Marinha;
Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
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- Em breve neste blogue:
  • O nascimento de Mocimboa da Praia;
  • Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas;
  • A Ilha do Ibo;
  • As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.

1/21/09

Rumo ao paraíso chamado PEMBA...

A paixão, a afinidade com Pemba pode parecer parcial, favorecimento, vício ou maluquice de velho... Pode ser e até será em parte, quem sabe? Afinal a distância, a imaginação, o tempo, a saudade tão ao jeito lusitano de ser relevam defeitos e enaltecem virtudes, belezas, exacerbam amores perenes, loucos, de idolatria, ardor, entusiamo... afinal de "paixão apaixonada" mesmo, como acontece com adolescentes, jovens, eternos jovens que desejamos ser pelo menos em espírito e sentir ao entardecer da vida e de todos os dias.

Mas, para que esse "complexo" de "parcialidade apaixonada" não se acentue e possa tranquilizar a consciência em busca do equilíbrio sempre necessário, transcrevo a "voz especializada" do portal "travel - iafrica.com", mesmo em inglês tal e qual é publicado, como prova de que minha "paixão" não é louca e tem razão de ser:
- Nota - Poderá traduzir "aqui"!

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- Pemba Beach paradise, Article By: Richard Holmes, Tue, 20 Jan 2009 10:28.
As our Airlink flight from Johannesburg soars gently down into Pemba, the capital of Cabo Delgado province in far northern Mozambique, I'm keeping a beady eye out for all the trappings of tropical paradise. Palm trees, turquoise water, coral reefs, traditional dhows plying the water, crayfish big enough to be seen from the air... you know the deal. But baobabs on the beach? I realised then that a flying visit to Pemba was going to be more than your average tropical escape.

Situated on what is said to be the third largest natural harbour in the world, the town of Pemba — thanks to increased air access via direct flights on Airlink — is fast becoming the gateway to the fantastic beaches this coast has to offer and the islands of the Quirimbas Archipelago further north.

There's a range of accommodation on offer in the area — from guesthouses to backpackers — but undoubtedly the most luxurious place to stay is the impressive Pemba Beach Hotel. Arabian wind towers, terracotta walls and Moorish arches are a gentle reminder of the days when the calm waters of East Africa were a popular stomping ground for Arabian slave traders to load up their deadly cargo.

Thankfully nowadays the dhows you'll see offshore will be full of tourists and fishermen catching your dinner rather than slaves off to servitude in a distant land. Dhow cruises in the bay are just one of the many options popular with the tourists who come here to enjoy the balmy waters of the Indian Ocean... whether you're in the mood for adrenalin action or something a little more sedate there'll be something to drag you away from that sun lounger.

- Under da sea.
With warm waters, fantastic visibility and incredible array of marine life, diving is a popular option and the Pemba Beach Hotel offers a fully-kitted dive centre where you can do anything from a fun recreational dive right through to advanced certifications. Boat dives (with no launch through the surf!) can take you to a choice of sites within minutes, so you can easily spend a few days blowing bubbles.

One of the most popular sites is 'The Gap', where the reef drops off the edge of the continental shelf all the way to 120m below the surface. If that's a bit extreme for you, there are snorkelling spots just off the beach in front of the resort (equipment provided at the Club Navale) or you can hop on one of the regular snorkelling trips ($25) by boat to coral reefs further afield.

More of a hunter than a watcher? Andre Bloemhof runs regular fishing safaris (either full or half-day) where you can troll for Marlin, Kingfish, Wahoo, Dorado and Tuna on deep-sea reefs and in and around the stunning Quirimbas Archipelago. Starting at $300 per person it's an expensive day out, but is sure to get your heart rate going. For cheaper thrills you can also throw a line off the end of the resort’s jetty, where you might bag yourself a small Kingfish or Snapper.

- Drop the locals a line.
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When evening rolls around, the Quirimbas Restaurantr is the place you want to end up, tucking into the buffet that stretches on into the distance. Fragrant curries, fresh marlin and tuna on the skillet, crayfish tails to your heart’s content and a pile of prawns that does Mozambique’s reputation justice. White tablecloths, excellent service and the musical accompaniment of the Indian Ocean complete the picture of a perfect dinner in the tropics. The beachfront restaurant at the Club Navale is also an option for something more casual, but it’s a place best enjoyed at lunchtimes, eating barefoot with your toes wiggling in the sand.

- Hit the town.
Of course you don’t have to — and shouldn’t — spend all your time in the resort. The town of Pemba doesn’t have the impressive Portuguese architecture or attractions of some of Mozambique's larger towns, but a stroll through the market and Old Town are well worth a few hours, if nothing else to see a little of daily life in Cabo Delgado. The dusty streets occasionally reveal a quaint craft stall or carpenter at work, but the beach is really the place to catch a glimpse of day to day life in Pemba.

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There are a few roadside markets in town where you can pick up colourful local cloth to take home, but if you’re souvenir hunting your best bet is the Makonde Co-op on the road from town to Wimbe beach, where men and children use rudimentary lathes and chisels to skillfully carve out statues, bowls and masks from enormous logs of indigenous hardwoods. It’s also just a few hundred metres from the airport, so a good place to stock up on souvenir for friends and family back home just before you leave.

And you’ll want to take home a souvenir or three. With a wonderful lack of the ‘bakkie brigade’ who descend on the resort towns further south, Pemba is the kind of place you’ll want to remember. The buildings may be crumbling, but the town still holds an air of Mozambique in days gone. The people are as friendly as ever, and as long as you don’t stray too far from Hylton’s hotel buffet you’ll never go hungry.

For more info:

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  • Airlink flies direct from Johannesburg to Pemba twice weekly, on Tuesdays and Saturdays. For more information on Pemba and the airline's 25 other destinations, visit http://www.flyairlink.com/ or call 011 961 1700.
  • "Kaskazini Tours" are as close as you’ll get to an information bureau in Pemba, and can assist with booking anything from accommodation and tours to flight. Their website should be your first stop when planning a trip.
  • Wimbe Beach is the most popular strip in town, and offers a range of guesthouses and restaurants to suit all budgets. If you’re staying at Pemba Beach Hotel it’s still worth a visit for an evening drink with the sand between your toes.