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12/18/07

Quirimbas - O paraíso à distancia de 300 Euros a diária...

Luis Filipe Fonseca da RTP foi à descoberta de um paraíso moçambicano pouco conhecido: o arquipélago das Quirimbas (Ibo e Matemo)...
E ficou surpreso com a opulência da beleza das Ilhas próximas a Pemba em Cabo Delgado.
Anotou em simultâneo a pobreza contrastante da população local.
- Aprecie o video aqui.
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Alguns link's que falam e mostram Pemba e Quirimbas:
  • Pemba/Porto Amélia na net - aqui !
  • A minha viagem imaginária a Pemba - aqui e aqui (YouTube) !
  • Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
  • Quirimbas o Paraíso -aqui !
  • Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui !
  • Fotos do Pemba Beach Hotel em Pemba/Porto Amélia -aqui !
  • A costa de Pemba - aqui !
  • Maluane Island Resort - Quirimbas - Mozambique - aqui !
  • Matemo Islande Resort - aqui !
  • Medjumbe Island Resort - aqui !
  • Quilalea - Quirimbas - Mozambique - aqui !
  • Islands: Quirimbas Achipelago - aqui !
  • Ilhas do Ibo, Quirimba e Sito - aqui !
  • As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui !

...e muito mais sobre Pemba, Ibo, Quirimbas e arredores aqui e aqui !

11/02/07

PEMBA - O Farol da Maringanha, a lenda e o progresso.

Remexendo os arquivos que o tempo vai acumulando no computador, parei para reler aqui-ForEver PEMBA/30Out2005 sobre o solitário e imponente "farol da Maringanha" onde, em minha infância/adolescência, ficava encantado contemplando o imenso mar azul no horizonte sem fim e o esqueleto meio submerso de um navio naufragado em ocasião remota... E penso ser interessante buscar para a atualidade, desde 27-Set-2002, um artigo de Pedro Nacuo escrito para o Notícias-Maputo:
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EXTRAS - O FAROL DA MARINGANHA
Pudesse eu ligar para (289)824983 ou ir pessoalmente localizar a Rua Actor Nascimento Fernandes, lá para as bandas de Faro, Algarve, na terra de Camões, encontrar Maria dos Anjos Martins e conversarmos hoje sobre o Farol da Maringanha.
Não é por nada.
É que no livro que me ofereceu, com o nome Pemba, de contos lusófonos, em retribuição ao meu “Caso de Montepuez”, ela me pôe muito pensativo quando na página 81 fala do faroleiro que sempre guarnecia aquele farol em tempos de sua juventude.
Apresentando-se com o pseudônimo, Angie Paraízo, a nossa escritora, que é natural de Cabo Delgado, apresenta um faroleiro que ficava horas a fio, sentado nos primeiros degraus do farol esperando ver os tentáculos do polvo gigante que emergia silencioso e rápido do fundo das águas do mar.
Passava as tardes à espera do seu único amigo, a sua única visita, apesar de saber que ele só vinha ao pôr-do-sol.
O velho faroleiro gretado pelo vento e pelo sol, cofió na cabeça de cabelos brancos, pés descalços, olhar perscrutando o mar até ao limite do horizonte.
Ás vezes, conforme Angie Paraízo, o polvo surpreendia o coitado do velho faroleiro, elevando os grandes tentáculos acima do nível do mar, deixando-os deslizar pelas paredes escuras do farol para em seguida rodopiar em espiral provocando agitação nas águas.
O velho sorria e agradecia.
Estamos perante um maringanha morto e monótono.
O que gostaria então de dizer a minha amiga luso-moçambicana, é que no mesmo sítio, estou a dizer, no farol da Maringanha, já não há nada que justifique a solidão de que sofreu o faroleiro.
O bairro da Maringanha não tem hipótese de ficar isolado, não há lugar para ser apenas o polvo a brincadeira do faroleiro e não só.
Maringanha fica hoje alguns quilómetros mais perto da cidade de Pemba, porque a engenhosidade de mentes particularmente empresariais permitiu que o farol seja não só aquele dispositivo sinaleiro, mas também o nome de um complexo turístico-cultural, enfim, lugar para todo o tipo de lazer, que Pemba há muito precisava.
Aliás, não há mato a partir da praia do Wimbe, a pouco e pouco foram aparecendo lugares de restauro e brincadeiras adultas, sendo que a seguir vem a “Aquilla Romana”, depois temos a sempre trabalhadora Célia, o campismo, etç., etç., salta-se um pouco para permitir que um pequeno bosque ainda continue a viver por razões humanas. É que lá está o cemitério dos hindus, é lá onde se queimam, depois do que estamos no complexo “O Farol”.
É Albertino Cuomo, o cabo-verdiano que agora (há duas semanas) fez o destino obrigatório dos que sabem descansar, claro, com certas posses.
Houve tempos em que aos fins-de-semana tínhamos pessoas a irem a Nampula para se deleitarem com os ambientes quentes do “Xitende” ou “Monteiro Splays” ou ainda nas Quintas Nasa, do Galo e muito recentemente no complexo “O Bambo”.
Noutros tempos a gente dirigia-se a Montepuez para usufruir do que “Zavala” proporcionava, hoje não.
Pudesse eu convidar a minha amiga Angie Paraízo para, com ela, com a sua idade, ficar pelo menos trinta minutos no “Farol”, depois iríamos pela costa até noutro complexo pertencente a Chabane Combo, só para ver que o espaço está sendo ocupado, por isso a solidão do faroleiro não mais voltará, pelo menos em Maringanha.
PS-Em tempo: Estiveram cá os “Massucos” do Niassa, para confirmarem que são na verdade os mais-mais da atualidade.
Há muito que Pemba precisava de espetáculos de luxo, fora da cassete que se traz e se imita burlando deste modo o público que muito respeito merece.
Ficou de parabéns Narciso Gabriel e o seu restaurante Wimbe que trouxeram os “Massucos”, agora traga-nos os “Eyuphuros” e verá.
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Nota: Como se passaram cinco anos após este "Extras" de Pedro Nacuo, confiamos que, consequência dos atrativos naturais-geográficos incomuns e belos, prosseguirá hoje o desenvolvimento urbano da Maringanha, no mesmo ritmo, seguindo a modernização arquitetônica de toda a area litoral de Pemba, convencido que prevalece além do interesse financeiro o cuidado com o meio-ambiente. Dizem-nos até que está para breve a inauguração de um novo estádio de futebol lá para os lados do aeroporto se não erra a fonte... Será ?

10/20/07

BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...III História e Lendas.

(Clique na imagem para ampliar - Foto retirada do álbum de "Andre M. Pipa")
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A Baía de Pemba
A baía de Pemba, a 13o 00’ Sul e 40o 30’ Este da costa de África, é vulgarmente considerada a terceira maior do mundo, sendo a primeira a de Guanabara no Brasil seguida da de Sidney na Austrália.
As suas águas ondeando tons, ora azuis ora verdes, apresentam-se mansas em dias de bom sol e agradável tempo mas também escarpadas, rugindo de encontro aos rochedos ou regalando pela areia quando os ventos sopram furiosos do Sul.
Este ventos mais conhecidos na região por “kussi” originam, não raras vezes centros depressionários bastante fortes do tipo tropical que arrasam quase por completo a cidade.
O mais antigo temporal que a documentação disponível nos pôde recordar data de 18 de Dezembro de 1904 que causou vários danos assim como levou ao afundamento um pequeno vapor e um iate.
É feita referência nessa altura à falta de faróis ao largo da baía, sendo o único o da ponta Said Ali que, para além de ter somente 6 milhas de alcance e não 9 como indicavam as cartas de então, não era aconselhável aos navios que passassem no alto mar.
Outro grande temporal devasta Pemba em 1914, destruindo pratica­mente todas as habitações e provocando grandes embaraços aos serviços da Companhia.
Estes ciclones assolam de tempos a tempos a região de Pemba, tendo o mais recente ocorrido em 1987.
Em sua extensão a baía de Pemba atinge os valores de 9 milhas de Norte a Sul e 6 de Leste a Oeste, perfazendo um perímetro de 28 a 30 milhas.
Mas não só por isso ela goza de tal fama como também pela pro­fundidade do canal de acesso e do porto, com sondas que variam entre 60-70 metros na entrada e 10-40 na parte média, para atingir os 25 metros no fundeadouro junto ao cais diminuindo em direcção á costa.
A sua entrada é, pois, franca a qualquer tempo e hora, podendo nela penetrar à vontade navios até cerca de 6 metros de calado.
No entanto, devido a alguns perigos isolados formados por rochas e bancos de coral, é necessária a pilotagem para os navios de alto mar.
A boca de entrada a partir da qual é feita a pilotagem é delimitada a Norte pela ponta Said Ali e a Sul pela ponta Romero, havendo actualmente farolins em ambos os lados.
Desaguam na baía alguns pequenos rios sendo o maior o Meridi cuja foz desemboca nas proximidades do baixo Mueve.
A baía de Pemba constitui, sem dúvida, um porto natural bastante seguro e, apesar de tudo, abrigado dos temporais regionais, tendo sido qualificado por Elton - Cônsul britânico em Moçambique a finais de 1890 - como "O melhor desde Lourenço Marques a Zanzibar”.
Alguns autores supõem que a baía de Pemba possa ter tido uma origem vulcânica, baseando-se no facto de ali se encontrar com abundância a "pedra pomes" própria de rocha vulcanizada.
Mas a sua constituição calcária e não basáltica vem a contradizer tal suposição.
Das origens do nome pouco mais se sabe do que as escassas informações recolhidas da tradição oral, algumas das quais baseadas em lendas, e deve tomar-se em consideração que a designação de Pemba para nome da região não foi a única ao longo dos tempos.
Em anos muito recuados da nossa história a baía de Pemba era frequentada apenas por alguns pescadores malgaches e swahilis que em suas pequenas lanchas e pangaios arrecadavam o alimento sem nunca ali se fixarem.
Conta então uma antiga lenda que por essa altura uma de tais embarcações apanhadas por um temporal naufragou tendo como sobrevivente uma mulher que se viu obrigada a procurar algum refúgio nas proximidades da baía.
A mulher importante (“nuno” em língua local ) conseguiu sobreviver e montar ali a sua guarita.
Naturalmente conotada a "Nuno" pelos pescadores como "mensageira divina" demonstrando que a zona poderia ser perfeitamente habitada, ela fê-los seguir o seu exemplo.
Nasce a zona de Nuno pelo qual foi conhecido por longos anos o actual bairro do Paquitequete.
Mais tarde viria a anexar-se a esta designação a expressão “pampira” (no sitio da borracha) em virtude da grande quantidade da árvore da borracha que no local nascia espontaneamente.
A região servida pela baía de Pemba foi também já conhecida por Mambe expressão que pode simultaneamente significar quantidade e longitude.
Embora certos autores relacionem “mambe” à baía de Pemba, a região a que a administração colonial designa por esse nome se situa mais a norte, no distrito de Macomia.
Uma outra tradição oral refere que um europeu, em data também não precisa, proveniente de Zanzibar faz desembarcar na baía os indígenas que o acompanhavam e, estes, vendo-se assaltados por grandes enxames de moscas gritavam dizendo “pembe” que em swahhili significa mosca.
Teria sido mambe, pembe ou outra a origem da expressão "Pemba" no território moçambicano, certo é que ela figura nas primeiras cartas inglesas como "Pembe Bay”.

10/18/07

ANIVERSÁRIO DE PEMBA.

(Imagem daqui)
Pemba completa hoje 49 anos
A cidade de Pemba completa hoje 49 anos desde que foi elevada a esta categoria, em 1958, por Decreto-Lei de 18 de Outubro do Governo-Geral da então Província Ultramarina de Moçambique, depois de em 1934 ter ascendido à categoria de vila, por Portaria de 19 de Dezembro.
Do programa previsto para as comemorações conta-se o lançamento das festividades das “bodas de ouro”, a assinalar no próximo ano, cuja preparação, segundo a edilidade, deve começar hoje, para que a celebração venha a condizer com a idade da cidade.
Em termos recreativos pouca movimentação está programada, facto que está a ser criticado pelos munícipes, habituados a viver festivais de canto e dança e música em momentos como este.
Maputo, Quinta-Feira, 18 de Outubro de 2007:: Notícias
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Um pouco sobre a história de Pemba:
Em Maio de 1897 a Companhia Colonial determinou ao capitão José Augusto Soares da Costa Cabral para proceder à implantação de um povoado na baía de Pemba – assim as populações nomeavam a região.Passaria a ser a capital dos territórios da companhia majestática.
Lendo-se a documentação daquele tempo, o primeiro estudo de construção de um colonato na Baía havia sido já planejada pelo antigo governador colonial, em 1858. Entretanto, o comércio que se fazia nas margens da Baía se desenvolveu imenso, com as populações locais e com as caravanas que vinham do interior. Em 1897 a companhia majestática construiu um Posto Militar perto da povoação "Muenha Amada" que se localizava a noroeste do hoje Bairro do Paquitequete.Essa região era apelidada "Pampira". E com esse nome passou a chamar-se a povoação junto do Posto Militar abrangendo também a "Muenha Amada".Quando o povoado começou a ser traçado, fala-se, na História de Cabo Delgado e Niassa, do Dr Medeiros, que "Começaram logo a seguir os pedidos de arrendamento e de aforamento de talhões.Proibiam-se as construções que não fossem de alvenaria e que não obedecessem a certas regras.A Companhia extorquiu as terras aos habitantes do local, classificando-as de 1ª Classe para efeitos de concessão. Gerou-se com isso uma onda de especulação em torno dos terrenos, por intermédio a maioria das vezes dos empregados da Companhia, tanto em Pemba como no interior, e foram de tamanha ordem que o Estado Português, ao recuperar a administração em 1929 tinha, entre outras, uma pretensa concessão em Pemba que compreendia quase toda a povoação, incluindo o cemitério público"."Abertos os primeiros estabelecimentos comerciais, foi criado em 13 de Outubro de 1899 um posto fiscal. Pela Portaria do Ministério português da Marinha e Ultramar, de 22 de Novembro de 1899, e proposta do Conselho de Administração da Companhia, Pampira passou a denominar-se Porto Amélia, em homenagem à última rainha de Portugal".
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A Companhia majestática.
O distrito militar de Cabo Delgado, na administração colonial, foi encerrado em 1891. O território compreendido entre o rio Rovuma e o rio Lúrio foi então concedido por Lisboa a uma Companhia majestática que passou a ter poderes soberanos sobre a região.A Companhia tinha exclusividade da coleta do imposto, o monopólio dos direitos alfandegários, da transação de terras, o direito de subconcessionar e de exercer atividades comerciais e industriais, agrícolas e mineiras.Os funcionários coloniais, crioulos e mestiços na sua maior parte, passaram a constituir o grosso dos funcionários médios e inferiores da Companhia e também a servir no seu corpo de milícias.Foi assim um capitão ao serviço da Companhia, José Augusto Soares da Costa Cabral, quem foi encarregado de implantar a povoação na baía de Pemba que está na origem da atual cidade capital da província de Cabo Delgado, no Moçambique independente.
Transcrição daqui.

Mais sobre PEMBA:

O que conta o "blogueiro" Miguel (lá de Angola) em seu não continuado "Agora Com Destino", sobre sua passagem por Pemba:

BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...II

(Imagem original daqui)
A mais bela do mundo?
Jerôme Bignon é o francês que está à frente da robusta, mas menos conhecida organização que agrupa as baías mais belas do mundo, uma espécie de magnatas que ao mesmo tempo que defendem o usufruto das condiçoes naturais e turísticas que a natureza oferece nas costas marítimas, fazem-no igualmente para que tal não resulte na destruição do ambiente e por aí vão, de ano a ano, descobrindo mais locais do mundo que reúnam os requistos que o clube defende.
O Clube das Mais Belas Baías do Mundo é uma agremiação que vai para lá da beleza genuína das baías. Comporta outros requisitos muito rigorosos, sobretudo em relação àquilo que os homens fazem da natureza, o ecossistema marinho ou terrestre e a candidatura de qualquer baía ao clube, é sempre seguida de muitos “lobies” que noutros casos são dirigidos pelos governos e até utilizando vias diplomáticas.
A baía de Pemba, candidata a partir do dia 6 deste Outubro, não precisou de se apresentar pela mão do Governo, mas sim, via sociedade civil, a partir de um trabalho que já vinha sendo feito, há cerca de ano e meio, que encontrou acolhimento no “Cabo Delgado em Movimento”, uma organização dos naturais e amigos daquela provincia setentrional do nosso país.
Quando chegámos a Imbituda, na madrugada do dia 6, precisamente na Praia do Rosa, os moçambicanos que haviam ido preparar o terreno encontravam-se a reler os documentos que traziam e que à tarde do mesmo dia seriam apresentados ao Quarto Congresso do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, em forma de candidatura.
Era preciso usar todos os meios disponíveis e ao alcance para convencer os seus constituintes.
Ia ser apresentada ao clube a baía de Pemba, uma das maiores do país, provavelmente uma das mais profundas e amplas do mundo, que chega a atingir cerca de 52 metros de profundidade, com uma área aproximada de 150 quilómetros quadrados, com uma diversidade de ecossistemas, como estuários, mangais, tapetes de ervas marinhas, praias arenosas e rochosas, recifes de corais e terras húmidas.
Moçambique levou para o Brasil a população de Pemba, heterogénea, como é, através de pequenas obras de arte e cultura dos macua, maconde e muani, junto às suas religiões, a sua gastronomia e disse aos congressistas que 30 porcento dos habitantes de Pemba são dependentes de recursos costeiros.
Foi necessário dizer ao mundo, através do Clube das Mais Belas Baías que a de Pemba, há muito que é admirada, tal como há muitos anos Coutinho escreveu dizendo tratar-se duma espléndida baía que está entre aqueles dois empórios comerciais (Zanzibar e Moçambique) em excepcionais condições geográficas e em circunstâncias tais que aproveitadas convenientemente, terão o exclusivo tráfico do Tanganhica-Niassalândia.
A delegação moçambicana ao Congresso das Mais Belas Baías do Mundo foi dizer tudo sobre Pemba.
Que estando em Moçambique o seu clima é obviamente tropical e que a temperatura anual do ar é de cerca de 25 graus centígrados, um clima que sofre a influência da zona de baixas pressões equatoriais, com prevalência de ventos monsónicos de Nordeste durante o Verão no sul e norte e ventos de Sudoeste durante o Inverno, no sul.
A equipa técnica da apresentação da candidatura ficava durante largas horas incomunicável, com o Dr. Kwasi Agbley, sempre a ensaiar e do outro lado o general Alberto Chipande, presidente da Associação dos Naturais e Amigos de Cabo Delgado, usando o tacto diplomático de que não se lhe conhecia, desdobrava-se em contactos com as delegações de países que já têm as suas praias no Clube das Mais Belas do Mundo.
“Havemos de conseguir, todos estão do nosso lado” dizia amiúde Alberto Chipande, sempre que o “Notícias” se aproximava dele para lhe “medir a temperatura”, cada vez que o tempo se aproximava do acto esperado.
Agostinho Ntauale, presidente do Município de Pemba, que trazia da sua cidade uma mala enorme de objectos de arte e diversa documentação sobre a baía candidata, foi quem abriu a apresentação, pedindo que se distribuissem aos congressistas as pastas que continham a informação relevante sobre a baía.
Afinal, eram pastas forradas de capulanas de diferentes cores, com esferográficas guarnecidas de pau-preto e outros tipos de madeira.
Foi a primeira sensação de que se estava perante um país diferente!
Ntauale solicitou aos presentes para não perderem a oportunidade de chegar à baía de Pemba para se certificarem do que os documentos diziam, nomeadamente que se tratava duma porção de terra que é bela desde a sua existência, mas que não se encontrava no clube, simplesmente porque situações adversas fizeram com que Moçambique só mais tarde se apercebesse da sua existência.
Muito lacónico, apresentou a delegação moçambicana, tendo salientado o nome do general Chipande, a quem pediu para que se dirigisse aos presentes.
Igualmente de poucas palavras, este não escondeu o facto de ter sido, por muito tempo guerrilheiro, durante a luta e libetação de Moçambique e aproveita esse facto para aliá-lo à necessidade de fazer um turismo sustentável, não destruidor, que respeite a natureza, um dos ditames mais presentes no Clube das Mais Belas Baías do Mundo.
“Nós que estivemos durante muito tempo no mato, como gurrilheiros, na luta pela nossa independência nacional, sabemos quanta importância tem a natureza, que não pode ser destruída em nome do turismo ou do desenvolvimento” disse, aplaudido.
Entrementes, Alberto Chipande acabou sendo invadido por abraços dos congressistas, que se estenderam à toda delegação moçambicana, a quem depois se lhe distribuiu os certificados de participação no quarto congresso.
“Já recebemos e dentro de algum tempo havemos de seguir os trâmites normais para a apreciação da candidatura de Moçambique” garantia Jêrome Bignon, presidente do Clube Mundial das Mais Belas Baias.
José Roberto Martins (Beto), presidente do município (prefeito) de Imbituda, onde se localiza a Praia do Rosa, que acolheu o congresso, disse falando ao “notícias” que “faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que Moçambique, através da baía de Pemba, se junte a este clube”.
Portugal, que já tem a baía de Setúbal no clube, falou através do seu chefe da delegação manifestando a sua predisposição em apoiar Moçambique, e falando à nossa Reportagem disse: acho que Moçambique tem belas praias, melhores do que esta onde estamos reunidos, por isso não vejo qual vai ser a dificuldade de aceitar a sua candidatura e eventual aprovação.
Quando quisemos saber do chefe da delegação portuguesa a razão da candidatura de Setúbal em detrimento da mais famosa baia do Algarve, respondeu: Algarve está completamente ocupada, está toda construída, não temos hipóteses de juntar a sua beleza à necessidade de defender o ambiente.
TAREFA SEGUINTE É DOS RESIDENTES DE PEMBA
Era o momento em que tudo de bom devia ser dito.
Que oferece aos turistas um leque de opções que vão desde as danças tradicionais música contemporânea, passando pelo teatro, prática de desporto e mesmo um animado carnaval.
Que o porto de Pemba começa a ser um ponto de referência para cruzeiros internacionais.
No cais são recebidos por qualificados guias turísticos que lhes proporcionam uma agradável visita à cidade.
Por seu turno, o Aeroporto Internacional de Pemba recebe turistas vindos dos quatro cantos do mundo.
Actualmente, tem ligações directas com o aeroporto de Nairobi, Quénia, Dar-Es-Salaam, na Tanzania e Joanesburgo, África do Sul, esperando-se que brevemente seja ampliado para aumentar as opções dos visitantes.
Estes factos podem, entretanto, não ser suficentes se a metalidade das populações locais não mudar quanto ao seu posicionamento em relação à natureza e uma das importantes formas de conservação da diversidade marinha e costeira é a criação de áreas de protecção.
Os consultores avançam em estratégias mais efectivas de protecção da saúde da baía de Pemba e o incremento da consciência, percepção e uso adequado dos recursos, para o que propõem o desenvolvimento de campanhas de protecção da baía para além da advertência aos turistas sobre artigos a comprar aos vendedores.
Aqui pretende-se chamar à atenção dos turistas a não adquirirem produtos de venda ilegal, como seja artigos produzidos na base de carapaças de tartarugas ou corais, entre outros.
O presidente do Conselho Municipal de Pemba, abordado para se pronunciar à volta da aceitação da candidatura da baía do seu município disse que o passo seguinte é sensibilizar o país em geral e os residentes de Pemba, em particular, sobre quanta responsabilidade recai sobre si, imediatamente a seguir, com vista a fazer com que definitivamente a baía conste da lista das mais belas do mundo.
“Temos que fazer muito nos próximos tempos vamos ser visitados pelo presidente do Clube das Mais Belas Baías do Mundo. Ele vem confirmar o que dissemos na nossa apresentação. Teremos que tornar a presença dele em momento de festa. A população de Pemba, terá que voltar a manifestar a sua hospitalidade e carinho com os seus hóspedes. Estamos a entrar para uma fase de prova da nossa própria seriedade”.
Agostinho Ntauale acredita que o seu mandato vai encerrar com a vitória que vai significar a colocação de Pemba naquele grupo de baías mais belas do mundo.
Há muitos interesses em jogo, desde o facto de o clube ser reconhecido internacionalmente como robusto do ponto de vista económico, como pelo prestígio que goza, como fundamentalmente o facto de as baias mais belas poderem ser consideradas pela UNESCO locais a conservar e, em face disso, serem futuramente declaradas Património da Humanidade.
Alberto Chipande disse que os moçambicanos, particularmente os naturais de Cabo Delgado e, sobretudo os residentes da cidade de Pemba, são chamados a vencer mais esta batalha, numa nova frente, de luta pelo desenvolvimento.
“Esta é outra frente que temos que vencer. A tal independência económica que a politica sempre pretendeu trazer também passa por estas iniciativas. A “CD em Movimento” vai se empenhar para que isso dê certo. Temos que ter a importância que temos, que representamos, mas com coisas concretas”.
PEDRO NACUO - Maputo, Quinta-Feira, 18 de Outubro de 2007:: Notícias

8/17/07

Continuamos imaginando Pemba - 4...

( Foto de Sérgio Cabral)

Continuamos imaginando Pemba - 3...

( Foto de Sérgio Cabral)

Continuamos imaginando Pemba - 2...

(Foto de Sérgio Cabral)

6/20/07

Precision to launch aircraft.

20-June-2007: Precision Air, Kenya Airways’s Tanzanian subsidiary, will introduce a new Boeing aircraft by the end of the month as it moves to scale up its presence in the African airspace and beyond. The Boeing 737-200 series jet is being bought as part of a $100 million fleet modernisation deal signed last August. The jet will serve regional long haul flights to Johannesburg, Comoros and Dubai, pushing the airline into the Middle East. The modernisation plan will also see Precision acquire an additional seven new turboprop airplanes between 2008 and 2010.The jets include four 66-seat ATR 72-500s and three smaller ATR 42-500s that seat 47 each. “Once the seven are delivered, Precision Air will boast of having the youngest fleet of aircraft in Africa, customer safety, comfort and reliability,” said Mr Alfonse Kioko, the managing director and CEO of Precision.The firm recorded 27 per cent growth in passenger numbers for the past two years, reaching 425,000 in 2006/2007, Mr Kioko said. “The projection in the airline’s current financial year, which starts in April, is to uplift about 500,000 passengers, equivalent to a 15 per cent increase,” said Precision board chairman Michael Mrishima.The bigger and faster jets will replace the airline’s current eight aircraft. The largest Tanzanian airline, Precision covers 11 domestic routes. It also offers two daily flights to Nairobi, Entebbe in Uganda, and Pemba island off Mozambique, giving it the largest area of coverage in east and central Africa after Kenya Airways.
Written by Zeddy Sambu - Business Daily Africa -Nairobi
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(Se encontrar dificuldades em ler o texto em inglês, traduza este blogue para a língua portuguesa clicando no tradutor que se encontra do lado direito do "menu" ou "colando" o texto neste endereço http://babelfish.altavista.com/)