- Quirimbas - O Paraíso á distância de 300 Euros a diária... - aqui!
- Pemba/Porto Amélia na net - aqui!
- Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
- Quirimbas o Paraíso -aqui!
- Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui!
- Fotos do Pemba Beach Hotel em Pemba/Porto Amélia -aqui!
- A costa de Pemba - aqui!
- Maluane Island Resort - Quirimbas - Mozambique - aqui!
- Matemo Islande Resort - aqui!
- Medjumbe Island Resort - aqui!
- Quilalea - Quirimbas - Mozambique - aqui!
- Islands: Quirimbas Achipelago - aqui!
- Ilhas do Ibo, Quirimba e Sito - aqui!
- As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui!
7/15/08
Pemba - Parque das Quirimbas investe no turismo.
11/26/08
Ronda pela net - The Times fala hoje das Quirimbas.
Here, the grand integrity of nature takes on an immediate yet ethereal quality as brackish deltas etch through the greenery, and a smattering of islands and sand- banked atolls glow in the warm indigo sea...
- Leia o texto na íntegra aqui!
- Traduza aqui!
O que já se publicou neste blogue sobre as Quirimbas e a bela Cabo Delgado:
- Quirimbas - O Paraíso á distância de 300 Euros a diária... - aqui!
- Pemba/Porto Amélia na net - aqui!
- A minha viagem imaginária a Pemba - aqui e aqui (YouTube)!
- Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
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- Matemo Island - o paraíso a dois passos de Pemba - aqui!
- As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui!
- ...e muito mais sobre Pemba, Ibo, Quirimbas e arredores aqui e aqui !
8/26/08
Matemo Isaland - O paraíso a dois passos de Pemba...
Matemo Island Resort is located in the Quirambas Archipelago in Northern Mozambique off the coast of Pemba. The resort offers something for a variety of guests – family holidays, fishing and diving as well as cultural enthusiasts.
- Daqui!
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:: Se encontra dificuldades em entender o idioma inglês, use um dos "tradutores" gratuítos da net. Por exemplo este aqui! ::
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12/18/07
Quirimbas - O paraíso à distancia de 300 Euros a diária...
- Aprecie o video aqui.
Alguns link's que falam e mostram Pemba e Quirimbas:
- Pemba/Porto Amélia na net - aqui !
- Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
- Quirimbas o Paraíso -aqui !
- Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui !
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6/20/07
Cabo Delgado - Plantas medicinais nas Quirimbas.
11/08/07
Parque Nacional das Quirimbas: O saque continua...
1/12/09
Retalhos da História de Cabo Delgado: As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;Edição - Comissão Cultural da Marinha;Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 1 - Aqui!
Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 2 - Aqui!
Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 3 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - O nascimento de Mocimboa da Praia - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 1 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 2 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 3 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - A Ilha do Ibo - Aqui!
11/04/08
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 3
... Em 1857 ocorreu a primeira tentativa importante para ocupar a baía de Pemba com colonos portugueses com a finalidade de criar um núcleo populacional e fixar uma autoridade administrativa forte na região, que foram transportados desde Lisboa na escuna Angra.
No entanto, apesar da presença desta escuna, só a partir de 1861 foi reforçada a repressão do tráfico de escravatura na costa moçambicana com a presença das canhoneiras Barão de Lazarim e Maria Ana, que eram navios modernos e tinham propulsão a vapor.(62)
Embora a atividade operacional destas duas canhoneiras fosse mais acentuada nas áreas para sul da Ilha de Moçambique, navegaram também na baía de Pemba, no porto do Ibo, e na baía de Tungue, correndo a costa até Cabo Delgado, para além de terem visitado Zanzibar em 1861 para apoiar uma visita do governador de Moçambique nas negociações que regularmente mantinha com as autoridades zanzibaristas, para resolver a questão dos limites da fronteira norte de Moçambique. ...
Porém, o negócio da escravatura não acabou com a ação repressiva que foi conduzida pela Marinha e, em príncipios do século XX reacendeu-se, "porque a Marinha Britânica já não vigiava aquelas costas havia muito tempo e a dos portugueses, afligida pelos seus crónicos problemas, só raramente saía dos portos".(63)
Os registos da canhoneira Chaimite revelam que, entre 1901 e 1905, aquele navio ainda andou empenhado na repressão do tráfico da escravatura na região de Angoche, embora não haja referências a esse tipo de actividade na área do arquipélago das Quirimbas.
Em 1931, depois de se referir ao império de terror exercido pelos aprisionamentos dos árabes e pelos massacres dos Manguanguaras que iam reduzindo a população e cortando as comunicações do interior com o Ibo e com o Tungue, escrevia João Coutinho que o tema da escravatura ainda era abordado: "Hoje, porém, as influências alemã e inglesa na costa têm, por um lado, dificultado grandemente o tráfico humano, a ponto de podermos esperar que, apesar de ainda que não de todo extinto, dentro em pouco só existirá dele a memória; e por outro lado, os Maguanguaras têm, de há anos para cá, ido acabando com as suas incursões desde que algumas povoações ajauas nãso só se defenderam com vantagem, como também lhes inflingiram rudes castigos. Acresce que os os árabes vão desaparecendo dali desde que o seu género comercial não tem extracção por falta de mercado, e assim, mercê dos vigilantes occupadores da costa, têem abandonado o seu commercio illicito que, ha annos ainda, levava annualmente mais de 2:000 escravos da riqussima região do Cabo Delgado".(64)
*62 - A canhoneira Barão de Lazarim foi construída no Arsenal da Marinha e foi o primeiro navio a vapor construído em Portugal.
*63 - René Pélissier, História de Moçambique, Vol. I, p. 383.
*64 - João Coutinho, do Nyassa a Pemba, p.8.
O autor:
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;Edição - Comissão Cultural da Marinha;Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 1 - Aqui!
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 2 - Aqui!
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 3 - Aqui!
- Retalhos da História de CABO DELGADO - O nascimento de Mocimboa da Praia - Aqui!
- Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 1 - Aqui!
- Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 2 - Aqui!
- Em breve neste blogue:
- A Ilha do Ibo;
- As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.
11/13/08
Retalhos da História de Cabo Delgado - A ILHA DO IBO.
O autor:
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;Edição - Comissão Cultural da Marinha;Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 1 - Aqui!
Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 2 - Aqui!
Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 3 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - O nascimento de Mocimboa da Praia - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 1 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 2 - Aqui!
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 3 - Aqui!
As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.
12/22/07
Quirimbas é problema para a população local...
Noutros pontos do país, conforme o vice-ministro do Turismo, o problema de conservação está relativamente a caminhar bem, assim como o maneio comunitário tem sido bem sucedido, sendo exemplo disso o projecto “Tchuma Tchato” (nossa riqueza), na província de Tete.
A fonte acredita que “Tchuma Tchato” está a ser bem sucedido porque os benefícios às comunidades são consideráveis, não se podendo dizer o mesmo em relação ao Parque Nacional das Quirimbas que se encontra em fase de consolidação.
“O valor animal em “Tchuma Tchato” é compreendido, aqui precisamos de mostrar esse valor à população, através de benefícios. Para além disso, existe uma rivalidade natural que advém do facto de haver um crescimento demográfico rápido, assim como na população animal, o que adensa a disputa de espaço e torna o conflito cada vez mais renhido”.
No centro do país, de acordo com a fonte, o Parque Nacional de Gorongosa voltou a ser o projecto mais ambicioso do país, mais uma vez porque a população sempre respeito o espaço da estância.
Entretanto, no sul do país, os Parques de Zinave, Banhine e Limpopo, para a nossa fonte devem ser tratados de forma diferente porque têm, igualmente, características diferenciadas das do Parque Nacional das Quirimbas.
“Os problemas que temos tido com alguns deles são resolvidos com o reassentamento da população. É verdade que o processo é moroso, mas essa é que vai ser a solução. E aqui a vantagem é que são poucas pessoas. Estamos a falar de 6.000 e nas Quirimbas são cerca de 100.000 de cinco distritos”.
Num outro desenvolvimento quisemos saber de Rosário Mualeia o que se pode dizer do Turismo de praia em Moçambique, tendo nos respondido que está a subir, recorrendo a um exemplo de no ano passado o país ter sido visitado por 900.000 turistas enquanto que para o presente perspectiva-se 1.2000.000.
Por outro lado, a fonte revelou que em termos de investimento o país saiu de 80 milhões para 600 milhões de dólares norte-americanos, um crescimento que tem a ver com a sustentabilidade do sector turístico em Moçambique.
- Interessante rever (do YouTube) - autoria UnderwaterADV :
This is just a collection of video from 3 dives done in the Quirimbas Archipelago made for the Ilha Quisiva Weblog at http://blog.quisiva.com./ Most of the video was shot on a SCUBA dive done off Ilha Quisiva (http://www.quisiva.com/) in Northern Mozambique in the Indian Ocean, while some of the pictures were taken only a few minutes further North near Sencar & Quilalea. This is the most pristine diving I have seen in over 1000 dives. If you are interested why not take a look at some of my articles on http://blog.quisiva.com/.
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a "Last.FM" no lado direito do menu deste blogue.)
3/26/08
Balanço dos três anos da instituição do Parque Nacional da Quirimbas.
Só o facto de 5.984 quilómetros quadrados pertencerem ao continente e os restantes 1.522 serem habitantes costeiros e marinhos, tendo dentro de si 11 ilhas, é por si, indicador, provavelmente, da razão por que tem que ser preservado, apesar das dificuldades que nestes primeiros anos está a encontrar.
Trata-se de defender as ilhas e a faixa litorânea que são constituídas por rocha costeira e têm origem recente, tendo sido formadas durante o período Terciário por meio de levantamentos ao longo da plataforma continental. Nas próprias ilhas há a tendência para a acumulação de areia ao longo do lado ocidental e daí resulta a maior parte das praias utilizáveis.
A maioria das ilhas não tem água doce, com a excepção de Ibo, Matemo e Quirimbas, por serem suficientemente grandes para manterem uma camada de água doce sobre a camada do lençol freático salino.
O Parque contém uma diversidade de habitates marinhos numa área relativamente pequena, que inclui as florestas de mangal do Ibo e Matemo, os tapetes de ervas marinhas, na desembocadura do rio Montepuez, bem como na área entre as ilhas de Ibo e Matemo, na baía de Quipaco e no espaço a ocidente das ilhas de Quisiwe e Mefundvo.
Há por outro lado, o recife de coral que se estende ao longo de todo o Arquipélago, até para lá dos limites do parque, junto a uma fauna marinha que é conhecida pela existência de pelo menos cinco espécies de tartarugas marinhas que visitam a área e uma delas é dada como nidificando na área do parque. Dungongos, cerca de 140 espécies de moluscos, 375 de peixes e tanta outra riqueza por baixo da agua do mar. E na parte continental?
Na verdade, matas costeiras, savanas ribeirinhas, prolongados mosaicos de um tipo de vegetação que varia não só de acordo com a elevação, distância da costa, como dependente das características do solo e água, mas também conforme o impacto humano sobre estes recursos.
A região do Parque é tida como prioritária para a fauna e nela foram identificadas três rotas importantes de migração de elefantes que atravessam a área e abundam diferentes espécies de animais, desde cudos, fococeros leões, hienas e numerosas aves de rapina.
Ora, em Outubro do ano passado já havia a informação de que a exploração ilegal dos recursos naturais no interior do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), que abarca os já citados seis distritos de Cabo Delgado, designadamente, Quissanga, Ibo, Meluco, Macomia, Pemba-Metuge e Ancuabe, continuava a inquietar as autoridades daquela que hoje já se afirma como instituição a ter em conta na conservação e preservação do ambiente naquele ponto do país.
Dados disponíveis indicavam que em três meses haviam sido apreendidos 469 toros de madeira, 1.604 barrotes, 179 tábuas, 46 pranchas e, em consequência desse comportamento fora-da-lei, aplicadas multas a 7 operadores, avaliadas em cerca de 527 mil Meticais.
Na altura em que o nosso jornal começou a reunir estes dados, já ficava descriminado que se tratava de 178 toros de pau-preto, 152 de pau-ferro, 123 de jambire e 16 de muanga, em mãos de operadores no interior do parque. São, na verdade, de agentes singulares de exploração de madeira, com licenças simples de exploração florestal, passadas pelos serviços respectivos na Agricultura, que acabam invadindo as áreas de conservação.
Com a empresa /Pacific International /, por exemplo, haviam sido encontrados 23 toros de jambire, já na vila-sede do distrito de Ancuabe e pela infracção, sido imposta uma multa de 86.020,00 MT, no mesmo lugar onde foram apreendidos mais 24 toros da mesma espécie, desta feita pertencente a /Mozambique Tienhe/, razão porque havia sido multada em 78.500,00MT.
A multa mais avultada encontrada pela nossa reportagem fora recair ao operador florestal Costa Ferreira, na aldeia Muaja, ainda no interior do distrito de Ancuabe, onde havia depositado em instância 25 toros de pau-ferro e 8 de jambire. A fiscalização do parque determinou que pagasse ao Estado, pela infracção, 250.999,00 MT.
José da Silva Mucavele, por sua vez, iria pagar por ter sido surpreendido com 34 toros de jambire, igualmente em Muaja, cabendo-lhe a multa no valor de 41.000,00 MT e o seu colega, José Vidyoko Kalamuka, da aldeia Napuda, já no distrito de Quissanga, pagaria 70.500,00 MT, por haver sido encontrado com 537 barrotes e 7 tábuas.
A /Kodak Professional Center/, é igualmente uma empresa madeireira, que pelas mesmas razoes teve de ser multada em 108.000,00 MT, em Biaque, distrito de Ancuabe, mesma divisão administrativa onde Khaeronissa Daudo enfrentaria uma multa de 125.500,00 MT, este na área conhecida por Rapale.
Todos estes processos, segundo apurou o /notícias/ haviam sido remetidos ao juízo das execuções fiscais, mas as autoridades do Parque Nacional mantinham o alarido decorrente da contínua violação dos recursos naturais que se pretende proteger.
Interessante porém, é o facto de muitos destes processos continuarem, desde meados do ano passado, à espera do seu veredicto e o destino do produto apreendido estar dependente do desfecho, havendo em alguns casos, apreensão de meios circulantes.
Ancuabe é o distrito onde os furtivos se sentem mais à vontade do que em todos outros pertencentes ao Parque Nacional das Quirimbas. Dados colhidos pelo nosso jornal, indicam que este distrito sozinho chamou à si infracções que resultaram na apreensão de 883 toros de diferentes espécies, mais 387 barrotes. Em contrapartida, Macomia, Pemba-Metuge e Meluco, disputam 680 barrotes e 122 tábuas apreendidas.
A directora Helena Damas começou por dizer que não estava autorizada a falar para a imprensa e que na sua opinião não se tratava de assunto que fosse levado a debate em jornais, alegadamente por o funcionamento do Tribunal obedecer a regras que podem não agradar aos queixosos, neste caso, o Parque.
Helena Damas foi, entretanto, explicando ao nosso jornal que /não é de hoje para amanhã que se resolve um contencioso, tendo em conta que há também recursos que se podem interpor, obedecemos a prazos, são assuntos que envolvem muitos interesses. Os processos estão a seguir os seus trâmites.
Para Damas é estranho que o assunto tenha saído para o público sem que o Parque das Quirimbas sequer se tenha aproximado à Direcção de Execuções Fiscais para se aperceber do que está a acontecer com cada um dos processos à si remetidos.
Há aqui processos de mais de quatro anos, simplesmente porque a sua resolução leva tempo, precisamos de ser cuidadosos, tanto é que, nalguns casos, há aqueles cujos presumíveis infractores não pertencem a esta área fiscal e aí precisamos de trocar correspondência com a área congénere, aclarou.
Para além da acção ilegal de exploração madeireira, conforme as autoridades do PNQ, nota-se uma grande pressão de caça furtiva protagonizada pelas comunidades locais, usando instrumentos proibidos, sendo que, nos últimos três meses do ano passado haviam sido desactivadas e destruídas 195 armadilhas, 71 cabos de aço e 381 laços, com particular incidência nas aldeias Napuda, distrito de Quissanga, Mitepo e Tipamoco, em Meluco.
Nos armazéns do Parque Nacional das Quirimbas há arcos e flechas armazenados, capturados na via pública onde são vendidos a novos candidatos a caçadores furtivos, assim como a turistas e outros compradores que as usam nas cidades como instrumentos eficazes para se defenderem dos ladroes nas suas próprias casas.
Entretanto, curiosa foi a atitude do governo distrital de Macomia, que sem ter coordenado com as autoridades do Parque, se envolveu no que hoje é qualificado como abate ilegal de animais, facto que soubemos ter sido notificado ao governador provincial. Tratou-se duma palapapa, abatida em Napala, zona no interior do parque, por isso estritamente protegida.
Em Namaluco, distrito de Quissanga, a população não quer entregar as pontas dum elefante que se considera ter morrido por causas desconhecidas, exigindo para isso uma compensação no valor de 50.000,00 MT. O Parque, perante tal realidade, nada mais fez do que escrever uma carta ao governo do distrito, que ainda não reagiu. Tal relutância não aconteceu em Pemba-Metuge, onde se confirma ter morrido um outro elefante, em iguais circunstâncias, na aldeia de Mareja.
Estes factos são o dia a dia das regiões no interior do Parque, pois na verdade, segundo reconhece o seu administrador, José Dias, o conflito homem/animais bravios é uma das questões mais criticas na parte terrestre do parque, onde se registam danos nas machambas e ataques a pessoas.
O gráfico que fala das incursões dos paquidermes é elucidativo: foram 398 no ano passado. Uma descida significativa, se se tiver em conta que em 2006 haviam sido registadas 933, do que resultou, então, na morte de 8 pessoas, contra 6 de 2007.
Fomos informados que o Parque está neste momento a fazer um levantamento das distâncias que separam as aldeias ao longo das estradas principais, com o objectivo de definir áreas para a passagem de animais, nas quais terão que ser proibidos o estabelecimento de novas aldeias ou abertura de novas machambas.
O que se pretende agora é alargar as machambas ou aldeias mais para o interior e não ao longo da estrada, justificam as autoridades do PNQ, ao mesmo tempo que se está a estudar a nível do Governo Provincial, doadores, sector privado e comunidades locais, a possibilidade de serem introduzidas vedações eléctricas nas áreas propostas para a conservação e turismo.
Há esforços tendentes a controlar a pesca artesanal a partir de um censo que inicia em Junho próximo, visando à actualização dos dados referentes à situação geral das unidades de pesca existentes e suas características, número de pescadores envolvidos, artes e outros aspectos que se consideram importantes, bem como, ainda se pretende melhorar o controle com uma proposta de um censo semestral.
Regista-se o envenenamento dos cursos de água por pescadores ao longo do rio Montepuez, usando pesticidas. Dois acampamentos com 17 pescadores ilegais foram destruídos, apreendidas duas redes mosquiteiras e retirada de três embarcações.
Na Ilha do Ibo, desde Fevereiro do ano passado que foi operacionalizado o turismo comunitário. Quando quisemos saber dos resultados, obtivemos a seguinte resposta:
Três casas a receber hóspedes e um quarto reabilitado, a associação do turismo comunitário de N´lamba ficou registada ao nível distrital para desenvolver actividades e serviços turísticos, havendo ainda perspectivas de alugar duas a quatro casas para o desenvolvimento de actividades turísticas, como sejam, passeios, saídas, transportes, actividades culturais...
Na verdade, o rendimento proveniente do aluguer dos quartos nos dá a sensação de que há seriedade no tratamento deste tipo de turismo. Em 137 noites vendidas, soubemos que houve ganhos na ordem dos 35.250,00 MT, dos quais 21.150 foram para as donas de casa e 10.575 para o fundo comunitário e 3.525 para a administração.
Em Muagamula o comité de gestão dos recursos naturais de Ningaia tem a responsabilidade quase total. Com dois guardas que trabalham em turnos e para a manutenção e limpeza do sitio de acesso, mas sobretudo para controlar as entradas, que estão fixadas em 50MT para estrangeiros e 25 para os nacionais.
As entradas de turistas no acampamento nos meses de Julho, quando o controle começou, até Novembro, apenas 84, nos informam terem sido colectados 4.200,00 MT.
Em Meluco-sede está a ser reabilitada a pensão Ana Maria para oferecer alojamento básico e estão em formação três guias para passeios nas montanhas e nos arredores e se perspectiva a observação de elefantes nas fontes de água e actividades turísticas, tais como a dança e comida tradicional.
Em Namau, distrito de Pemba-Metuge, está em construção uma ponte-passadeira para a observação do mangal, ao mesmo tempo que está em construção uma casa de hóspedes.
Os ganhos sociais vão ainda muito longe com a atribuição de bolsas de estudo a 30 alunas no distrito considerado piloto de Macomia, na tentativa de incentivar a rapariga a continuar a estudar, sendo elegíveis aquelas que completam a quinta classe e que vivem nas aldeias que se separam a mais de 5 quilómetros duma escola primária do segundo grau. Só uma não conseguiu chegar ao fim do ano passado com bom aproveitamento.
Da mesma forma, continua a construção de uma escola com duas salas de aula, usando material convencional, na aldeia Darumba, posto administrativo de Mucojo, ainda no distrito de Macomia, numa colaboração entre o PNQ e a Direcção da Educação no distrito. Em fase de conclusão está ainda a escola de Mefundvo, que devido a problemas de supervisão está a demorar.
Pedro Nacuo - Maputo, Quarta-Feira, 26 de Março de 2008:: Notícias
- Diversos post´s deste blog sobre as Ilhas Quirimbas, Pemba, Ibo, temas históricos, tradicionais, etç. - Aqui !
10/31/08
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 2
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;Edição - Comissão Cultural da Marinha;Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 1 - Aqui!
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 2 - Aqui!
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 3 - Aqui!
- Retalhos da História de CABO DELGADO - O nascimento de Mocimboa da Praia - Aqui!
- Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 1 - Aqui!
- Em breve neste blogue:
- A Ilha do Ibo;
- As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.
3/04/10
Arquipélago das Quirimbas e Lago Niassa ameaçados de desaparecer...
10/29/08
Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas.
*49 - Repertório remissivo de legislação da Marinha e do Ultramar (1517-1856). Imprensa Nacional, Lisboa, 1856, p. 310.
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;Edição - Comissão Cultural da Marinha;Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 1 - Aqui!
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 2 - Aqui!
- Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 3 - Aqui!
- Retalhos da História de CABO DELGADO - O nascimento de Mocimboa da Praia - Aqui!
- Em breve neste blogue:
- A Ilha do Ibo;
- As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.