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7/21/09

Ecos da imprensa Moçambicana - Prejuízos causados por desastres naturais ascendem a USD 370 milhões/ano

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Correio da Manhã, Ano XIII, Nº 3115, Maputo, terça-feira, 21/Julho/2009 - Prejuízos causados por desastres naturais ascendem a USD 370 milhões/ano, O CORRESPONDENTE A 6,1% DA PRODUÇÃO GLOBAL DE MOÇAMBIQUE - A degradação do meio ambiente causada por cheias, secas e ciclones tem provocado prejuízos estimados em cerca de 370 milhões de dólares norte americanos, em média anual. O valor corresponde a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), realçando, entretanto, que, apesar de a pressão sobre os recursos naturais ser baixa, “o país é fortemente vulnerável a mudanças climáticas, reflectindo-se no seu crescimento económico”.

Os actuais indicadores de crescimento económico usados por Moçambique, como as poupanças nacionais brutas, “negligenciam os efeitos económicos da degradação dos recursos naturais”, alerta a mesma agência, ajuntando que a abordagem da trajectória de desenvolvimento de Moçambique não é sustentável “pois as poupanças líquidas ajustadas revelam uma maior destruição da riqueza do que a sua acumulação, pondo em perigo o futuro crescimento e bem-estar da população”, no entender igualmente da AFD.

Para inverter o cenário, a Agência Francesa de Desenvolvimento aponta que vai desembolsar, até 2010, cerca de 16 milhões de euros, para apoiar programas governamentais relacionados com a conservação de áreas protegidas, de forma a “salvar” várias espécies ameaçadas devido ao impacto negativo das mudanças climáticas.

Os parques nacionais do Limpopo, em Gaza, e das Quirimbas, na província de Cabo Delgado, são algumas das áreas protegidas que deverão merecer a intervenção daquela agência do Governo da França.
- J. Ubisse.

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1/03/09

Parque Nacional das Quirimbas: Potenciar investigação na gestão dos recursos...

Parque Nacional das Quirimbas: Potenciar investigação na gestão dos recursos – defende Nelson Manjate, coordenador do programa de investigação naquela área de conservação.

Reforçar a componente investigação é uma das prioridades para este ano no Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas (PNQ), em Cabo Delgado, por forma a melhorar os mecanismos de gestão dos recursos marinhos e florestais disponíveis e minimizar os conflitos entre o Homem e a fauna bravia naquela área de conservação. Nelson Manjate, coordenador do programa de investigação no parque, diz que é preciso quantificar e mapear os recursos disponíveis, por forma a determinar-se com clareza a parte que pode beneficiar as comunidades em termos de rendimentos, e aquela que deve ser mantida no estrito interesse da conservação.

Na hora do balanço do plano de maneio 2004/2008, Nelson Manjate disse estar em curso uma avaliação visando aferir o alcance das intervenções feitas ao longo desse período, numa perspectiva que poderá iluminar o processo de elaboração de uma nova matriz, onde a componente investigação constitui uma prioridade.

“Precisamos estabelecer prioridades que sejam pertinentes na gestão do parque. Outros sonhos poderão ser abraçados no futuro mas, nesta fase, precisamos ser muito objectivos: Potenciar a investigação para o reforço da gestão e minimização do conflito Homem/fauna bravia, sobretudo com o elefante, macacos e porcos selvagens que abundam no parque. É importante que se estabeleça um critério científico de uso dos recursos, isto é, deixar que as comunidades deles tirem benefícios sem sair dos limites estabelecidos...”, explica Nelson Manjate.

Uma das actividades de vulto no PNQ é a pesca artesanal, tendo sido estabelecido um programa de controlo das capturas com vista a avaliar as tendências e a partir disso fazer-se a necessária monitoria.

O objectivo desse programa, segundo a nossa fonte, é ver o nível de captura em cada área de pesca, identificar casos de sobrepesca e recomendar medidas de controlo aos gestores do parque.

“Temos também um programa de controlo total que envolve as comunidades. Por exemplo, nas áreas de desova das tartarugas envolvemos fiscais comunitários para vigiar. O período de desova inicia em Novembro e prolonga-se por seis meses. Acontece que os ovos das tartarugas são roubados por desconhecidos, idos sobretudo da Tanzania os quais além dos ovos também compram as próprias tartarugas para comer. Os fiscais comunitários fazem vigilância a esta situação. Em 2009 vamos iniciar com um programa de marcação de tartarugas envolvendo um grupo de fiscais treinados para o efeito. A ideia é termos um controlo efectivo da população de tartarugas no parque...”, explica Nelson Manjate.

Ainda na componente investigação, o parque tem privilegiado a transmissão de técnicas de produção de ostra doze meses ao ano, considerando que a cultura daquele marisco é uma das fontes de rendimento das comunidades locais.

Com relação à disponibilidade de animais no parque, a nossa fonte disse haver potencialmente mamíferos. Segundo afirmou, há uma colaboração com as estâncias turísticas que oferecem serviços de mergulho, actividade que lhes permite obter dados sobre o tipo de animais existentes.

Uma das perspectivas na área da investigação é a elaboração de um estudo sócioeconómico do impacto da monitoria da pesca artesanal.

A ideia, segundo Nelson Manjate, é saber qual é o rendimento que o peixe produz para as famílias, considerando que a pesca é uma das actividades principais das comunidades.
- Maputo, Sábado, 3 de Janeiro de 2009:: Notícias.

8/27/08

Jóia da Coroa de Moçambique: Parque Nacional da Gorongosa

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Li no Bar da Tininha-MSN de hà pouco, afirmado pelo luso de nascimento e moçambicano de coração Celestino Gonçalves (Marrabenta), "arca" valiosa, vasta, felizmente saudável e viva, contemporânea em conhecimentos, dados e histórias do Moçambique colonial que, o Parque Nacional da Gorongosa - santuário da fauna bravia moçambicana, regista progressos que confirmam sua recuperação após anos de abandono desastroso que o devastou, pós saída do governo português de Moçambique em 1975. E indica um site (Sofala OnLine-Gorongosa) de onde transcrevo:
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Sobre o nascimento, a história, as agruras e as desgraças por onde passou o Parque Nacional da Gorongosa, há muito que tudo isso está relatado. A partir do momento em que a actual equipa tomou a inciativa de chamar a si o futuro do Parque, as coisas mudaram, para melhor, como da noite para o dia. É verdade que ainda há muito caminho a percorrer e um imenso trabalho a levar a cabo para que o PNG venha a experimentar algumas semelhanças com o Parque Nacional da Gorongoza existente em África e mesmo em todo o mundo, até aos anos 80. Desde que assumiu a liderança da gestão do PNG, a Fundação Carr e a sua vasta equipa tem dado o seu melhor, tendo em vista a efectiva recuperação do Parque, em todas as vertentes. A recuperação do acampamento do Chitengo, a reintrodução de algumas espécies praticamente extintas, a deslocação das populações residentes no interior do Parque para a sua periferia, são apenas alguns exemplos do trabalho levado a cabo. Faltava, no entanto, uma ferramenta essencial à prossecução do fim em vista. Esse indispensável utensílio de trabalho só no mês passado (Julho de 2008) foi assinado. O Governo Moçambicano, através do Ministério do Turismo, e Greg Carr, presidente da Fundação com o seu nome, deram corpo ao, então celebrado, ACORDO DE GESTÃO CONJUNTA.
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O Parque Nacional da Gorongosa fica situado na zona limite sul do Grande Vale do Rift Africano, no coração da zona centro de Moçambique. A sua diversidade de ecossistemas – da exuberante floresta tropical às vastas planícies aluviais acolheu, em tempos, algumas das mais densas populações de animais selvagens em toda a África. Nos anos 50 e 60, turistas de todo o mundo afluíam à “Jóia da Coroa de Moçambique”.
Seguiram-se quase 30 anos de guerra e nos anos 80, o parque transformou-se num campo de batalha, tendo de ser deixado ao abandono.
Durante a guerra, soldados e civis caçaram grande maioria dos mamíferos existentes no parque.
Mesmo depois da paz ter sido acordada, em 1992, a caça furtiva continuou incontrolável.
Em 1996, com a ajuda de várias agências internacionais, o governo Moçambicano conseguiu reduzir substancialmente a caça furtiva. Aquando da reabertura do parque, verificou-se a extinção de alguns dos mamíferos do parque mas os pássaros – cerca de 400 espécies sobreviveram à guerra, relativamente ilesos.
Desde então, muitas das fortemente afectadas populações de mamíferos começaram a crescer lentamente. As poucas espécies extintas podem eventualmente ser reintroduzidas a partir de outras regiões da zona sul do continente africano. Ainda que seriamente ameaçado pela perda temporária de espécies-chave e pela desflorestação na Serra da Gorongosa, o ecossistema da Gorongosa permanece basicamente intacto e saudável.
O estado moçambicano reconheceu que o parque representa uma grande oportunidade no desenvolvimento da economia da zona central de Moçambique, uma das regiões mais pobres do mundo. O governo Moçambicano empreende, de momento, uma parceria com uma organização não governamental com sede nos Estados Unidos, no intuito de desenvolver uma aposta no ecoturismo. Esta destina-se a criar postos de trabalho e outras oportunidades para os locais, enquanto se procede a um investimento na protecção e reabilitação dos magníficos recursos naturais da Gorongosa. O projecto de reabilitação começou em 2004 e está a progredir a olhos vistos:
A equipa de conservação está a trabalhar arduamente para parar com a desflorestação da Serra da Gorongosa e reconstituir as populações animais do parque.
A equipa de investigação está a levar a cabo pesquisa científica alargada e a fazer planos a longo prazo para assegurar que, uma vez restaurado, o equilíbrio ecológico delicado do parque não seja perturbado.
A equipa das relações comunitárias está a trabalhar conjuntamente com diferentes parceiros na melhoria das condições de vida das pessoas que vivem na zona intermédia que rodeia o parque, ao criar emprego, financiar escolas e clínicas e ao dar formação em agricultura sustentável aos agricultores locais.
  • Link's que o levam a conhecer o Parque Nacional da Gorongosa em Moçambique: Aqui; Aqui e Aqui

Acrescento: Se deseja conhecer África-Moçambique, seu litoral sem igual, seus santuários naturais, as emoções (não predatórias) da vida da selva, não esqueça de incluir no roteiro, além da bela Pemba e ilhas/paraíso próximas, o Parque Nacional da Gorongoza. Jamais se arrependerá!