Transferindo "post" do ForEver Pemba 3
Os Makondes são um povo da África oriental, que habita 3 planaltos do norte de Moçambique e sul da Tanzânia. Têm como actividades principais, a agricultura e a escultura. Sendo apreciados mundialmente pelas suas belas máscaras e esculturas em madeira, que reflectem a sua estética e cultura ricas.
A maioria dos cerca de 1.260.000 Makondes mantêm uma religião tradicional embora parte da população seja hoje cristã.
Os Makondes são um povo Bantu provavelmente originário de uma zona a sul do lago Niassa – Na fronteira entre Moçambique, Malawi e Tanzania. A hipótese desta origem foi apurada a partir da análise de fontes escritas e orais, e é ainda reforçada por semelhanças culturais com o povo Chewa, que ainda hoje habita uma vasta zona a sul e sudoeste do lago Niassa, no Malawi e na Zâmbia.
Os Makondes teriam assim pertencido, em tempos remotos, a uma grande federação Marave, que teria iniciado a sua migração para nordeste, ao longo do vale do rio Lugenda, em tempos bastante longínquos.
Mantiveram-se muito isolados até tarde, pois só no século XX é que os portugueses, que na altura colonizavam Moçambique, conseguiram controlar as zonas por eles habitadas. Isto deveu-se à sua localização, protegida por zonas ingremes de difícil acesso e por florestas densas. O facto de os Makondes terem ganho uma imagem de violentos e irrascíveis, também ajudou ao seu isolamento.
Desta forma, conseguiram manter uma forte coesão cultural, que apesar de ter diminuido nos anos que se seguiram à chegada dos portugueses, ainda assim conseguiu resistir em vários aspectos. Também a religião tradicional se manteve dominante, tendo as conversões ao cristianismo começado apenas por volta de 1930.
Este povo tem grandes preocupações estéticas, que se podem observar não só nas máscaras e esculturas, mas em todo o tipo de objectos. Também na arquitectura das aldeias e caminhos de acesso, se nota um cuidado estético.
Todos os tipos de objectos são feitos com grande sensibilidade estética e demonstram um amor pela beleza, caixas de remédio e rapé, cachimbos, rolhas de garrafa, bilhas, potes e panelas de cerâmica, tambores, insígnias de poder, instrumentos rituais, etc.
Os Makondes, assim como muitos outros povos, dão muita importância aos ritos de passagem, sendo os mais importantes os ritos de iniciação masculina e feminina. E ligada aos ritos de iniciação masculina, está a mais importante dança dos Makondes, o Mapico, onde são usadas máscaras com o mesmo nome.
Esta dança é muito importante na vida dos Makondes de Moçambique, havendo uma aura de mistério e segredo rodeando a preparação das máscaras e a dança propriamente dita, sendo por exemplo importante que não se saiba a identidade do dançarino.
Para a dança, um jovem mascara-se de homem ou animal, vestindo panos e usando uma máscara Mapico na cabeça. Existem vários passos que o dançarino executa, sempre em sintonia com a música dos tambores, apresentando uma espécie de encenação teatral, que encanta e diverte todos os que assistem.
Depois de um extase de actividade por parte do dançarino, segue-se uma encenação de perseguição e fuga, entre o dançarino e um grupo de aldeões.
O Mapico é o centro das festas tradicionais, em que são realizadas as cerimónias de iniciação.
Depois da chegada dos portugueses às áreas Makondes, muito rapidamente as autoridades coloniais e os missionarios, se aperceberam do grande talento e técnica dos artistas, e usaram esse talento para satisfazer os seus interesses. Dando origem a esculturas de cristos e virgens por um lado, e bustos do ditador Salazar, do poeta camões, Alexandre Herculano, e de outras individualidades da história portuguesa, por outro. Também surgiram esculturas tipificadas, tais como: o fumador de cachimbo, o caçador, o lavrador, a mulher transportando água, a mulher pilando alimentos, etc.
O interesse por esta produção de esculturas foi tão grande que levou a uma maior organização da produção, com diversificação e criação de novos temas.
Este fenómeno mudou por completo o mundo do escultor Makonde, que passou de camponês que também esculpe, a um artista quase a tempo inteiro.
Apesar destas mudanças importantes e do impacto da cultura exterior na sociedade Makonde, a tradição continua a ter muita força e a enquadrar a vida dos artistas, que continuam a cumprir os seus deveres na sociedade tradicional.
Aconteceram grandes alterações económicas e sociais nas últimas décadas na sociedade Makonde, que no entanto tem conseguido adaptar-se relativamente bem às mudanças e manter um saudável equilibrio.
- Ntaluma é um escultor moçambicano que nasceu em Nanhagaia, distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, Moçambique, no último ano da década de 60, num Sábado, com o calor do planalto, onde os homens se assustaram com as gargalhadas das parteiras tradicionais Makondes. Dando grande felicidade ao seu pai que estava muito ansioso.
Iniciou o seu trabalho de transmitir a sua mensagem através da madeira, em Novembro de 1990, no Museu de Etnologia de Nampula. Depois de ter recebido os segredos da escultura Makonde, do seu mestre Crisanto Bartolomeu Ambelikola.
Em 1992 chegou a Maputo onde, com um grupo de amigos, fundou a “Favana Grupo de Escultores Makonde”, no parque de campismo de Maputo. Em 1994 começou a ensinar escultura Makonde a moçambicanos e estrangeiros.
Em 2000, integrou a ASEMA - Associação de Escultores Makonde, que funciona no Museu Nacional de Arte de Moçambique.
Chegou a Portugal em 2002 onde começou a desenvolver com outros artistas, um intercâmbio de sensibilidades artísticas.
Em 2003 assumiu a responsabilidade da escola de escultura da ALDCI – Associação Lusófona para o Desenvolvimento, Cultura e Integração - Portugal, integrada na escola da multi-culturalidade.
Está representado em coleções particulares nos quatro cantos do mundo.
As Origens da arte: Quem não se lembra de alguma vez na vida ter visto uma escultura Makonde, que faz rodopiar as pessoas numa viagem que é de todos nós, numa reafirmação de que a arte está permanentemente nos corações de todas as latitudes.
A humanidade é uma parte da natureza com os seus fenômenos.
Para o escultor, uma imagem não é só um simulacro provido de qualidades vivas, é também uma forma de o homem manifestar o seu imaginário. Desde a idade da pedra que os nossos antepassados esculpem com as suas mãos, as formas naturais da terra.
Iniciou o seu trabalho de transmitir a sua mensagem através da madeira, em Novembro de 1990, no Museu de Etnologia de Nampula. Depois de ter recebido os segredos da escultura Makonde, do seu mestre Crisanto Bartolomeu Ambelikola.
Em 1992 chegou a Maputo onde, com um grupo de amigos, fundou a “Favana Grupo de Escultores Makonde”, no parque de campismo de Maputo. Em 1994 começou a ensinar escultura Makonde a moçambicanos e estrangeiros.
Em 2000, integrou a ASEMA - Associação de Escultores Makonde, que funciona no Museu Nacional de Arte de Moçambique.
Chegou a Portugal em 2002 onde começou a desenvolver com outros artistas, um intercâmbio de sensibilidades artísticas.
Em 2003 assumiu a responsabilidade da escola de escultura da ALDCI – Associação Lusófona para o Desenvolvimento, Cultura e Integração - Portugal, integrada na escola da multi-culturalidade.
Está representado em coleções particulares nos quatro cantos do mundo.
As Origens da arte: Quem não se lembra de alguma vez na vida ter visto uma escultura Makonde, que faz rodopiar as pessoas numa viagem que é de todos nós, numa reafirmação de que a arte está permanentemente nos corações de todas as latitudes.
A humanidade é uma parte da natureza com os seus fenômenos.
Para o escultor, uma imagem não é só um simulacro provido de qualidades vivas, é também uma forma de o homem manifestar o seu imaginário. Desde a idade da pedra que os nossos antepassados esculpem com as suas mãos, as formas naturais da terra.
Mais detalhes em:
I am pleased by haven seen these historical hints about the life and origin of my people, it gives me a secure sense of identity, as mozambican and especially as a full member of mokonde tribe. I love you mozambican people as well as the land itself, im really poud of being mozambican; i hop i will be there within near future specifically in december, in order to enjoy mapiko dance and marabenta. May God bless you people we are always together or united through the heart and mind.
ResponderEliminarIt was really pleasure to close to these radio station, i got it while searching for the elements involved in the process of rites of passages in makonde people.
The in the station has really lovely and smart voice, i love baby and my God bless you and all the best to you!!
That all by ATANASIO F ATANASIO from brazil. mozambicanlife@hotmail.com
Thanks for the encouraging words. It is an honor to be able to disclose all the generous people of Makonde art based on years and years of wisdom and experience learned in the beautiful geographic area of northern Mozambique. Cheers and best wishes. And always come to our blog.
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