POR SUPOR-SE SER O LÍDER DOS DESACATOS DE MOCÍMBOA DA PRAIA, Frelimo quer expulsão do deputado da Renamo da Assembleia da República.
Maputo -Continua a haver colisão entre os dois principais partidos moçambicanos: a Frelimo e a Renamo.
Ontem, no plenário e antes da ordem do dia que daria continuidade às perguntas ao Governo, a
bancada parlamentar da Frelimo voltou a desobstruir a ferida referente aos desacatos de Setembro último, em Mocímboa da Praia, os quais ceifaram mais de uma dezena de vidas humanas e contabilizaram cinquenta feridos, sendo todos referentes à população civil.
A Frelimo, algo que cheira ao pontapear da Lei- Mãe, é pela expulsão, da Assembleia da República (AR), do deputado da Renamo e representante político deste partido em Cabo Delgado, por supostamente ter liderado os desacatos da pacata vila de Mocímboa da Praia.
Armindo Milaco, ainda de acordo com o partido no poder, foi quem rebentou com as hostilidades, pois coube ao mesmo a tarefa de atiçar o fogo para que se empossasse Saíde Assane, candidato da Renamo, derrotado na eleição intercalar de Maio pretérito.
Com efeito, de acordo com fontes oficiosas, Assane perdeu o escrutínio por uma margem ínfima: 5%, pois ficou com 47% enquanto que o candidato da Frelimo, Amadeu Pedro, arrecadou 52%.
A "perdiz", na hora, disse que os resultados estavam adulterados e prometeu não reconhecer o resultado do escrutínio, facto que a levou a empossar o seu "edil", na localidade de Nanduada, a quatrocentos quilómetros da capital provincial, Pemba.
O facto foi presenciado por alguns populares, bem como por alguns membros da Renamo idos de Maputo.
Porém, os desacatos envolvendo a polícia, simpatizantes da Renamo e da Frelimo, teriam supostamente sido gerados pela criação do Governo paralelo e Milaco, tudo fez para que a manifestação ganhasse corpo.
Dadas as acusações e a pretensão de expulsar o seu deputado da AR, a "perdiz" não cruzou os braços.
Retribui pela mesma moeda e disse alto e em bom tom que, se houve hostilidades e morte de inocentes em Mocímboa da Praia, é porque a Frelimo tomou vanguarda nelas e é a "principal responsável" pelo sucedido.
O acalmar dos nervos de ambas as bancadas só foi possível com a intervenção do presidente da AR, Eduardo Mulémbwè. O mesmo chamou os deputados à razão ao explicar-lhes que deviam olhar ùnicamente para a discussão da ordem do dia, a qual levou de volta os ministros da Saúde e de Finanças, Paulo Ivo Garrido e Manuel Chang, respectivamente.
Na discussão de ontem, tal como na da quarta-feira última, voltaram à tona as questões referentes à dívida ao Tesouro, que ainda não foi paga e que os responsáveis seriam algumas pessoas ligadas à nomenklatura política hodierna.
No que se refere à Saúde, a questão referente à pandemia do HIV/SIDA é que foi predominante. A Renamo quis saber de Garrido quais é que eram as perspectivas do Governo com vista a diminuição do número de pessoas infectadas por esta doença.
Paulo Ivo Garrido reconheceu haver muito que fazer para inverter o cenário e aconselhou para que a mitigação daquela doença não fosse vista como tarefa do Governo, mas sim de todo o povo moçambicano.
Laurindos Macuácua
Texto extraído do: DIÁRIO DE NOTÍCIAS - Sexta-feira, 21 de Outubro de 2005 – Edição nº 505
Propriedade: Media - Jornalistas Associados Limitada
Redacção e Administração:
Rua da Resistência, Nº1141, 1ºAndar – Maputo - Moçambique
Telefone: 21414391
Fax: 21414390
E-mail: diariodenoticias@tvcabo.co.mz
Maputo -Continua a haver colisão entre os dois principais partidos moçambicanos: a Frelimo e a Renamo.
Ontem, no plenário e antes da ordem do dia que daria continuidade às perguntas ao Governo, a
bancada parlamentar da Frelimo voltou a desobstruir a ferida referente aos desacatos de Setembro último, em Mocímboa da Praia, os quais ceifaram mais de uma dezena de vidas humanas e contabilizaram cinquenta feridos, sendo todos referentes à população civil.
A Frelimo, algo que cheira ao pontapear da Lei- Mãe, é pela expulsão, da Assembleia da República (AR), do deputado da Renamo e representante político deste partido em Cabo Delgado, por supostamente ter liderado os desacatos da pacata vila de Mocímboa da Praia.
Armindo Milaco, ainda de acordo com o partido no poder, foi quem rebentou com as hostilidades, pois coube ao mesmo a tarefa de atiçar o fogo para que se empossasse Saíde Assane, candidato da Renamo, derrotado na eleição intercalar de Maio pretérito.
Com efeito, de acordo com fontes oficiosas, Assane perdeu o escrutínio por uma margem ínfima: 5%, pois ficou com 47% enquanto que o candidato da Frelimo, Amadeu Pedro, arrecadou 52%.
A "perdiz", na hora, disse que os resultados estavam adulterados e prometeu não reconhecer o resultado do escrutínio, facto que a levou a empossar o seu "edil", na localidade de Nanduada, a quatrocentos quilómetros da capital provincial, Pemba.
O facto foi presenciado por alguns populares, bem como por alguns membros da Renamo idos de Maputo.
Porém, os desacatos envolvendo a polícia, simpatizantes da Renamo e da Frelimo, teriam supostamente sido gerados pela criação do Governo paralelo e Milaco, tudo fez para que a manifestação ganhasse corpo.
Dadas as acusações e a pretensão de expulsar o seu deputado da AR, a "perdiz" não cruzou os braços.
Retribui pela mesma moeda e disse alto e em bom tom que, se houve hostilidades e morte de inocentes em Mocímboa da Praia, é porque a Frelimo tomou vanguarda nelas e é a "principal responsável" pelo sucedido.
O acalmar dos nervos de ambas as bancadas só foi possível com a intervenção do presidente da AR, Eduardo Mulémbwè. O mesmo chamou os deputados à razão ao explicar-lhes que deviam olhar ùnicamente para a discussão da ordem do dia, a qual levou de volta os ministros da Saúde e de Finanças, Paulo Ivo Garrido e Manuel Chang, respectivamente.
Na discussão de ontem, tal como na da quarta-feira última, voltaram à tona as questões referentes à dívida ao Tesouro, que ainda não foi paga e que os responsáveis seriam algumas pessoas ligadas à nomenklatura política hodierna.
No que se refere à Saúde, a questão referente à pandemia do HIV/SIDA é que foi predominante. A Renamo quis saber de Garrido quais é que eram as perspectivas do Governo com vista a diminuição do número de pessoas infectadas por esta doença.
Paulo Ivo Garrido reconheceu haver muito que fazer para inverter o cenário e aconselhou para que a mitigação daquela doença não fosse vista como tarefa do Governo, mas sim de todo o povo moçambicano.
Laurindos Macuácua
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