(imagem recolhida na net)
MÃE
Deste-me a vida com o teu sofrimento.
De ti me alimentaste com amor.
Sofrias quando eu tinha alguma dor.
Por mim velavas a todo o momento.
Nunca de ti, ouvi qualquer lamento.
Jamais, quando me portava pior,
deixaste de me dar o teu valor
de afecto, sem qualquer ressentimento.
Nunca, outra qualquer mulher no mundo,
me amou tanto ou tanto me quer bem.
Com amor sincero, simples e profundo,
só tu me amaste. Tu e mais ninguém.
Por esse amor tão terno e fecundo:
Apenas estes versos, minha MÃE...
Autor - Mário Mendes - Peso da Régua (Do livro "A pena, que apenas...")
PARA SEMPRE
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Autor - Carlos Drummond de Andrade (aqui)
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