(imagem daqui)
Maputo, Quarta-Feira, 28 de Novembro de 2007:: Notícias - Foi adiado para os dias 7 e 8 de Dezembro próximo o Festival de Wimbe, que devia ter lugar a partir desta sexta-feira até 1 de Dezembro, Dia Mundial de Combate à SIDA.
A acontecer, esta será a terceira edição que se espera chame a Pemba artistas nacionais e internacionais, bem como grupos culturais que se juntariam à gastronomia moçambicana, em especial a de Cabo Delgado.
Entretanto, este adiamento vem criar alguns transtornos de ordem logística, tendo em conta que já haviam sido feitas algumas reservas.
A decisão do adiamento vem do Governo Provincial, através da Direcção Provincial de Turismo, que, num comunicado enviado à nossa redacção, refere que, “por motivos organizacionais e alheios à nossa vontade, serve a presente para dar a conhecer do adiamento da data da realização da terceira edição do Festival Wimbe de 30 de Novembro a 1 de Dezembro para os dias 7 e 8 do mesmo mês”.
Porém, o nosso jornal soube de outras fontes que a decisão do adiamento das datas surge em virtude de a organização não ter conseguido angariar, em tempo útil, os patrocínios que esperava dos agentes económicos.
O festival vai custar perto de 980 mil meticais, contando com a presença de artistas de renome que já foram convidados.
Fonte da organização garantiu-nos a presença do congolês, radicado em Paris (França), Caisha, das bandas moçambicanas Djaakas, Sáldicos e os Garimpeiros, para além da possível vinda do angolano Paulo Flores, pela mão das Linhas Aéreas de Moçambique.
O mesmo comunicado diz ainda que “nada vai falhar de novo. Foi um mero pormenor organizacional”, disse a fonte, reiterando que no dia 8 de Dezembro poderemos ter em definitivo o Festival do Wimbe, o que a realizar-se poderá fazer com que no mesmo mês, já nos fins, tenha lugar um outro, desta feita organizado pelo município, que é o chamado “Festival da Baía de Pemba”.
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“TAMBU” NÃO CONSEGUE ENTRAR NO ZIMBABWE.
Enquanto isso, um grupo de nove artistas de teatro do agrupamento “Tambu Tambulani Tambu”, convidado para um festival dos países da sub-região da SADC, sobre a SIDA, promovido pelo Rooftop Promotions, que desde segunda-feira decorre em Harare, no Zimbabwe, estando previsto o seu término para o dia 3 do próximo mês, encontra-se retida na parte moçambicana da fronteira com o Zimbabwe, em Cuchamano, província de Tete.
Problemas de ordem migratória estão por detrás do impasse em que se encontra o grupo de artistas, proveniente de Cabo Delgado que devido à exiguidade de tempo não puderam tratar os passaportes atempadamente, tendo decidido viajar com de “permitys”, documentos de curta duração.
Com este tipo de documentos, os artistas atravessaram o Malawi, mas em Tete não lhes foi possível convencer as autoridades da Migração a entrarem no Zimbabwe, sobretudo, porque, como disse ao Jornal, o coordenador do grupo, Víctor Raposo, “ninguém em Tete estava para decidir o nosso destino, pois todos, segundo nos foi informado, estavam na vila do Songo, na cerimónia de reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa para a contraparte moçambicana”.
Mesmo assim, os artistas decidiram viajar até a fronteira de Cuchamano, na tentativa de que pudessem conseguir outro tipo de documento precário que viabilizasse a sua entrada no Zimbabwe, mas debalde.
Deste modo, os artistas decidiram pernoitar em Tete, ao mesmo tempo que decidiram enviar um dos seus colegas, que era o único portador de passaporte, para Harare, para informar a organização sobre o que estava a acontecer com o grupo moçambicano.
Até ao fim da tarde de ontem, o enviado a Harare não havia regressado e o resto do grupo já se encontrava à espera na cidade de Tete, 150 quilómetros de Cuchamano, alojado numa casa amiga.
Enquanto isso, problemas de ordem logística estão a apoquentar o grupo que tinha meios apenas para a viagem de ida até Harare, vivendo de “aperto ao cinto” e alguma solidariedade isolada de pessoas que acabam sabendo que o grupo se encontra em situações complicadas.
O “Tambu Tambulani Tambu” leva ao festival de Harare “Vestígios de Pegadas”, exibida por várias vezes no norte de Moçambique.
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