19-12-2007 16:05:00 - Diário Digital / Lusa - Os bispos católicos de Moçambique manifestaram-se hoje preocupados com o «turvo» ambiente político que se vive no país, afirmando que os cidadãos ainda se sentem «inseguros» devido a actual democracia «titubeante e incerta».
Em comunicado, os bispos da Conferência Episcopal de Moçambique afirmam que a Igreja Católica tem vindo a acompanhar a situação social do país, mas acham que, neste momento, ela está «mergulhada em mil e um problemas».
Em comunicado, os bispos da Conferência Episcopal de Moçambique afirmam que a Igreja Católica tem vindo a acompanhar a situação social do país, mas acham que, neste momento, ela está «mergulhada em mil e um problemas».
... «O ambiente político dá impressão de ser turvo, o que faz com que a nossa democracia se sinta titubeante e incerta no país e os cidadãos se sintam inseguros. Assim, apelamos aos fiéis para que sejam ´luz nas trevas e sal` nesta sociedade e se empenhem aceitando ir contra a corrente, remando na direcção da justiça, da verdade e do bem comum, custe o que custar», prossegue.
Na mesma nota, os clérigos demonstram ainda «preocupação» pela eventual «partidarização das instituições sociais e de direito ao acesso ao emprego, justamente aquelas que devem ser indicadoras e lugares da democracia numa sã sociedade».
Os bispos consideram também «gravosa» a situação das calamidades naturais, com todas as consequências daí decorrentes, designadamente a criminalidade e imigração e, sobretudo, a imigração clandestina.
«A criminalidade e a corrupção prosperam e levam-nos a perguntar se não terão a mesma fonte ou causa. Elas parecem não ter medo de ninguém!», acrescenta-se no comunicado.
«O flagelo do HIV/SIDA na nossa sociedade não deixa ou não deveria deixar ninguém com ilusões, pois, ele continua, e cada vez mais, ceifando vidas e fazendo desaparecer famílias inteiras», referem os bispos, que denunciam «a prostituição e a promiscuidade, quase institucionalizadas, são queiramos ou não os principais veículos do HIV/SIDA».
Os bispos consideram também «gravosa» a situação das calamidades naturais, com todas as consequências daí decorrentes, designadamente a criminalidade e imigração e, sobretudo, a imigração clandestina.
«A criminalidade e a corrupção prosperam e levam-nos a perguntar se não terão a mesma fonte ou causa. Elas parecem não ter medo de ninguém!», acrescenta-se no comunicado.
«O flagelo do HIV/SIDA na nossa sociedade não deixa ou não deveria deixar ninguém com ilusões, pois, ele continua, e cada vez mais, ceifando vidas e fazendo desaparecer famílias inteiras», referem os bispos, que denunciam «a prostituição e a promiscuidade, quase institucionalizadas, são queiramos ou não os principais veículos do HIV/SIDA».
... «No entanto, somos também testemunhas do facto de que a vida do povo continua a ser dramaticamente dura, devido a graves carências de todo tipo e a deficiente capacidade de compra por parte do povo», apontam.
«O emprego escasseia e os preços, até de bens de primeira necessidade, sobem continuamente em todas áreas. Isto significa que o quanto se tem vindo a fazer em benefício do povo ainda está longe de responder satisfatoriamente as necessidade reais e mais urgentes das populações», concluem.
Contudo, no seu informe anual recentemente apresentado no parlamente, o Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, considerou «bom» o estado na nação, apontando, como exemplo, os «sucessos» alcançados pelo seu executivo nas várias áreas que ditaram crescimento económico em 8.8 por cento no primeiro semestre deste ano.
«O emprego escasseia e os preços, até de bens de primeira necessidade, sobem continuamente em todas áreas. Isto significa que o quanto se tem vindo a fazer em benefício do povo ainda está longe de responder satisfatoriamente as necessidade reais e mais urgentes das populações», concluem.
Contudo, no seu informe anual recentemente apresentado no parlamente, o Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, considerou «bom» o estado na nação, apontando, como exemplo, os «sucessos» alcançados pelo seu executivo nas várias áreas que ditaram crescimento económico em 8.8 por cento no primeiro semestre deste ano.
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