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Manuel Alegre: "Portugueses sofrem porque votaram PS".
"Nunca precisei de pedir licença a ninguém para estar onde estou. E, hoje, apetece-me estar aqui!"
Foi desta forma que o deputado socialista Manuel Alegre terminou o seu discurso no comício festa "Abril Maio, Agora Aqui".
Um comício-festa que se realizou ontem à noite no Teatro da Trindade, em Lisboa, com o objectivo de denunciar as "desigualdades gritantes que existem na sociedade portuguesa" e que corporizou um manifesto já subscrito por diversas personalidades da Esquerda portuguesa, desde bloquistas, socialistas a "renovadores" do PCP e outras esquerdas independentes.
Um comício-festa que se realizou ontem à noite no Teatro da Trindade, em Lisboa, com o objectivo de denunciar as "desigualdades gritantes que existem na sociedade portuguesa" e que corporizou um manifesto já subscrito por diversas personalidades da Esquerda portuguesa, desde bloquistas, socialistas a "renovadores" do PCP e outras esquerdas independentes.
Naquele que foi o discurso mais esperado da noite, Manuel Alegre explicou que o comício-festa mais não foi do que um "acto cultural com contornos políticos" e que o que uniu todos os presentes foi "a preocupação, inquietação e solidariedade para com todos os portugueses que passam momentos difíceis porque votaram nos socialistas".
Foi também a forma que este histórico do PS encontrou para responder aos seus companheiros de partido, nomeadamente Vitalino Canas e António Vitorino, que o criticaram por participar num evento que consideram ter sido organizado pelo Bloco de Esquerda para atacar as políticas do Governo.
Neste comício-festa marcaram presença nomes da Esquerda portuguesa tão diferentes como os de Helena Roseta, Francisco Louçã, Miguel Portas, Mário Tomé, o ex-tarrafalista Edmundo Pedro, o general Alfredo Assunção (que foi braço direito de Salgueiro Maia), Alípio de Freitas (antigo companheiro de Zeca Afonso) e José Neves, um dos fundadores do PS.
Os 490 lugares sentados do teatro Trindade foram escassos para todos quantos queriam assistir ao vivo ao evento - no qual discursaram também o deputado José Soeiro e a professora universitária Isabel Allegro Magalhães -, o que gerou alguns protestos, com algumas pessoas a exibirem os cartões do PS. Como alternativa, foi montado um écrã gigante no espaço Chiado, onde a festa pôde ser acompanhada em directo via internet.
Antes dos discursos, houve um momento musical a cargo do vocalista dos UHF, António Manuel Ribeiro, e dos Rádio Macau, que receberam uma grande ovação quando cantaram "Quando uma rosa morre (outra nasce em seu lugar)".
É este o Portugal de Abril e dos cravos que no deixaram ?
ResponderEliminarJaime,
ResponderEliminarIncentivada pelo li, busquei mais e hoje à tarde assisti à "Grande Entrevista" (RTP).
Não gosto de política e justamente por esse motivo não sei discutir política, mas acredite-me:
o Manuel Alegre me prende a atenção como se eu estivesse em uma aula da qual eu gostasse muito da matéria.
Mas o comentário aqui não é o que eu acho e sim o resultado do que tanta confusão causou:
Assisti a um homem conscientemente afirmando a falta de sensibilidade que os políticos têm para com o povo.
Ele, apesar de político, não deixou de ser aquele grande homem que escreveu "Cão, como nós"!
Um grande abraço e parabéns pelo teu ForEver Pemba.
Mayra
Obrigado pelos comentários do Rui e teu Mayra.
ResponderEliminarÉ bom que os "políticos" se apercebam que a consciência popular vai ficando esclarecida e despertando cada dia mais... Portanto está na hora de deixarem de pensar em si próprios (os ditos políticos) como normalmente fazem com "cara-de-pau" acintosa e voltem sua atenção e trabalho para o tal povo que lhes dá o poder e paga com os impostos seus salários anafados !