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Um belo exemplo de respeito pelo Passado e pela História. Formulamos votos que as intenções se transformem em fatos:
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A presença de Portugal no Brasil deixou marcas ainda visivelmente determinantes na paisagem de várias cidades. Esses e outros sítios em diversos países e mesmo em outros continentes que não o europeu fazem parte da história daquele país, que agora está disposto a inventariar, conservar e reabilitar o patrimônio com influência portuguesa espalhado pelo mundo.
A notícia foi veiculada na última semana em Lisboa, depois de ter sido anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
Salvador, que tem vários monumentos construídos durante o período colonial – muitos deles precisando ser restaurados – deverá ser beneficiada. O secretário municipal de Relações Internacionais, Leonel Leal, foi procurado por A TARDE para comentar a iniciativa, mas está em uma feira imobiliária, na Espanha, e o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leonardo Falangola, estava em Brasília.
Dos 17 bens considerados patrimônio da humanidade pela Unesco no Brasil, pelo menos sete têm origem portuguesa. São eles os centros de Ouro Preto e Diamantina e o Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, em Minas Gerais, Olinda, em Pernambuco, São Luís do Maranhão e Goiás Velho. Estes integram o programa de inventariação, conservação e reabilitação.
“Muito alvissareiro. Eles (o governo) falam especialmente dos centros tombados e, é claro, são sítios que têm toda a afinidade com Portugal. Salvador foi construída à imagem e semelhança da Cidade do Porto. Tem uma citação de que a cidade estava sendo construída para ser uma nova Lisboa – ela foi intencionalmente construída como espelho de uma cidade portuguesa”, animou-se a coordenadora do Setor de Cultura da Unesco, Jurema Machado. Dentre outros, ela mencionou o Santuário de Matosinhos, que é “análogo ao de Braga, com os outros sacrossantos, que conduz para o topo”. A coordenadora lembra que será a primeira experiência de recuperação do patrimônio brasileiro com o governo português e que todos esses sítios têm uma demanda por conservação. Disse, também, que não se pode esperar que sejam recursos capazes de transformar esses lugares. “Não se espera que sejam recursos muito vultosos. As informações são muito preliminares por enquanto. Não sabemos se a ajuda será em projeto, se será para execução. O ministro fala que seria um programa de longo prazo. Então, certamente será uma linha de atuação do governo português”, analisou. De acordo com Jurema Machado, só havia cooperação portuguesa com a iniciativa privada, a exemplo das ações da Fundação Ricardo Espírito Santo, no Museu do Aleijadinho, em Ouro Preto e na Igreja do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro.
Mary Weinstein, de A Tarde (Bahia) - 13/04/2008
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