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A "descoberta" recente(?) da alta a nível mundial de preços dos alimentos alarma as nações. Políticas, muitas vezes de cariz populista voltadas para a angariação de votos através da pobreza e ignorância humanas se vêm em perigo de frustar, a médio prazo, multidões e povos esfaimados que cobrarão inevitávelmente o preço a seus eleitos.
Tal era prevísivel pois o mundo é limitado e, sobrecarregado a cada dia por mais "gente" que vai nascendo imprevidentemente, sem planejamento nos grotões de pobreza, está sendo castigado sistemáticamente por desmatamento selvagem, poluição irresponsável, aquecimento global inconsequente, industrialização e consumismo exagerados, etç., etç. como demanda de toda essa "população" excessiva, de custo também alto em programas sociais consequentemente necessários e sustentados por impostos crescentes oriundos dum rol concentrado, propenso a rarear de contribuintes. África será, lamentávelmente, por todas as suas fraquezas sociais, um dos primeiros continentes atingidos por essa onda gigantesca que se aproxima. Díficil será evitar...Mas há que correr contra o tempo... ...
Transcrevo abaixo o que acabo de ler na edição eletrónica do Jornal Folha de São Paulo/BBC-Brasil, deste final de tarde de domingo, a respeito:
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FMI E BIRD PEDEM AÇÃO URGENTE CONTRA ALTA ALIMENTAR
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e o diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, defenderam neste domingo a adoção de medidas urgentes para conter a atual inflação de alimentos.
"Temos agora que colocar nosso dinheiro onde está a nossa boca, para que possamos colocar comida em bocas famintas", disse Zoellick, usando uma expressão idiomática da língua inglesa que significa algo como não ficar apenas no discurso, mas tomar uma ação.
Os comentários dos dois líderes foram feitos na entrevista coletiva que marcou o encerramento da reunião de primavera do FMI e do Bird, em Washington, neste domingo.
De acordo com Zoellick, o fato de o preço de alimentos ter dobrado nos últimos três anos poderá fazer com que 100 milhões de pessoas em países de baixa renda mergulhem ainda mais na pobreza.
O presidente do Banco Mundial lembrou que o Programa Mundial de Alimentos da ONU pediu que até o início de maio sejam feitas contribuições para que o órgão possa sanar seu rombo de US$ 500 milhões.
"Já há indicações de contribuições que chegam quase à metade da cifra exigida, mas não é o bastante. É crucial que governos confirmem seus compromissos o quanto antes e que outros também comecem a fazê-lo."
"Temos agora que colocar nosso dinheiro onde está a nossa boca, para que possamos colocar comida em bocas famintas", disse Zoellick, usando uma expressão idiomática da língua inglesa que significa algo como não ficar apenas no discurso, mas tomar uma ação.
Os comentários dos dois líderes foram feitos na entrevista coletiva que marcou o encerramento da reunião de primavera do FMI e do Bird, em Washington, neste domingo.
De acordo com Zoellick, o fato de o preço de alimentos ter dobrado nos últimos três anos poderá fazer com que 100 milhões de pessoas em países de baixa renda mergulhem ainda mais na pobreza.
O presidente do Banco Mundial lembrou que o Programa Mundial de Alimentos da ONU pediu que até o início de maio sejam feitas contribuições para que o órgão possa sanar seu rombo de US$ 500 milhões.
"Já há indicações de contribuições que chegam quase à metade da cifra exigida, mas não é o bastante. É crucial que governos confirmem seus compromissos o quanto antes e que outros também comecem a fazê-lo."
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INSTABILIDADE
O líder do Bird saudou o fato de que o elevado preço das commodities e seu impacto no crescimento e no desenvolvimento será um dos temas da reunião dos ministros das Finanças do G8, que será realizada em junho, no Japão.
"Mas, falando honestamente, a reunião do G8 será em junho. E não podemos esperar tanto assim."
Tanto Zoellick como Strauss-Kanh destacaram que a inflação poderá causar graves instabilidade políticas. No sábado, o diretor do fundo chegou a afirmar que a crise alimentar poderá levar a guerras em diferentes países.
"Ontem mesmo, nós vimos a queda do governo do Haiti", lembrou, Zoellick, comentando a queda do primeiro-ministro haitiano, Jacques Edouard Alexis, que perdeu seu cargo após uma série de protestos violentos contra a alta do preço de alimentos no país.
Zoellick destacou que o Bird destinou US$ 10 milhões ao Haiti e lembrou que o governo brasileiro também fez uma contribuição ao país caribenho.
O presidente do Banco Mundial lembrou, no entanto, que a contribuição emergencial do Bird exigirá uma "ginástica" para contornar trâmites burocráticos atualmente exigidos já que "muito do nosso dinheiro está alocado mediante determinadas fórmulas e categorias".
"Mas, falando honestamente, a reunião do G8 será em junho. E não podemos esperar tanto assim."
Tanto Zoellick como Strauss-Kanh destacaram que a inflação poderá causar graves instabilidade políticas. No sábado, o diretor do fundo chegou a afirmar que a crise alimentar poderá levar a guerras em diferentes países.
"Ontem mesmo, nós vimos a queda do governo do Haiti", lembrou, Zoellick, comentando a queda do primeiro-ministro haitiano, Jacques Edouard Alexis, que perdeu seu cargo após uma série de protestos violentos contra a alta do preço de alimentos no país.
Zoellick destacou que o Bird destinou US$ 10 milhões ao Haiti e lembrou que o governo brasileiro também fez uma contribuição ao país caribenho.
O presidente do Banco Mundial lembrou, no entanto, que a contribuição emergencial do Bird exigirá uma "ginástica" para contornar trâmites burocráticos atualmente exigidos já que "muito do nosso dinheiro está alocado mediante determinadas fórmulas e categorias".
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ADAPTAÇÃO
A necessidade de adaptação também foi destacada pelo diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss Kahn, que afirmou que a atual crise obrigará o órgão a reestruturar algumas de suas "ferramentas financeiras" que não são apropriadas para lidar com crises como a atual.
Stauss-Kahn chegou a ironizar a maneira como o fundo é visto, muitas vezes associado à recomendação de políticas macroeconômicas duras e com um pesado custo social.
"Muitos podem se surpreender ao ver o diretor do FMI preocupado com crise de alimentos". Mas acrescentou: "Não se surpreendam, nós iremos destinar tempo, recurso e expertise para lidar com isso".
A necessidade de adaptação também foi destacada pelo diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss Kahn, que afirmou que a atual crise obrigará o órgão a reestruturar algumas de suas "ferramentas financeiras" que não são apropriadas para lidar com crises como a atual.
Stauss-Kahn chegou a ironizar a maneira como o fundo é visto, muitas vezes associado à recomendação de políticas macroeconômicas duras e com um pesado custo social.
"Muitos podem se surpreender ao ver o diretor do FMI preocupado com crise de alimentos". Mas acrescentou: "Não se surpreendam, nós iremos destinar tempo, recurso e expertise para lidar com isso".
13/04/2008 - 20h42 - BRUNO GARCEZ da BBC, em Washington.
- ONU - Uso de biocombustíveis se tornou um crime contra a humanidade - O GLOBO OnLine - 14/04/08, 13h00 - Leia o texto Aqui !
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