8/14/08

"Falsificados" chineses chegam aos Jogos Olímpicos!...

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
Se eles fazem isso com uma criança linda e perfeita, imagine-se o que não farão com as crianças deficientes...!jpg.
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Os jogos Olímpicos vão decorrendo sob aparente tranquilidade. Mas o mundo, aos poucos, vai percebendo os inescrupulosos procedimentos que a ditadura chinesa utiliza para tentar afirmar-se no "cume" dos "poderosos" e sua ambição desmedida que não olha a meios para alcançar os fins. Tudo se vende nessa gigantesca "loja dos chineses" onde nada é original... Até no desporto a ética e a honra se vão perdendo sob frágeis patriotismos e bandeiras amarfanhadas por confirmação de "doping" no visual eletrónico da abertura dos jogos, por desconfiança em atletas-crianças de idade provável e convenientemente adulterada, de ídolos do passado de olhos amendoados, utilizados no presente para acender a tocha olímpica e, valorizarem em simultâneo com oportunismo, premeditação, as ações de suas empresas, ficando milionários da noite para o dia...
Afinal, não muito diferente do que acontece no mundo do capitalismo selvagem... só com a certeza de que por lá, se mata, se prende, se violentam a vida humana e os direitos de cidadania a pretexto do bem comum, do progresso do povo humilhado, atemorizado, sem voz própria, despersonalizado pelo comunismo mais violento de sempre.
Aguardemos o que vem mais por aí nesse insondável e preocupante "grande negócio da China"...
Entretanto e alertado pelo blogue da "Isabel Filipe" transcrevo do jornal português "Diário de Notícias por Alberto Coelho de Morais":
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Pequim falsificou cerimónia de abertura dos Jogos.
Propaganda-Responsável justifica decisão com necessidade de transmitir "imagem perfeita".
A criança de voz perfeita que se ouviu na abertura dos Jogos e os fogos--de-artifício ainda mais perfeitos que se viram, nada disto é tão perfeito como pareceu aos três mil milhões de telespectadores que seguiram a cerimónia de Pequim. A voz não era a da criança em destaque na cerimónia e as imagens dos fogos foram manipulados. Tudo em nome "do interesse nacional", disse ontem o responsável musical do espectáculo, Chen Qigang. "Quisemos projectar uma imagem perfeita, pensámos no melhor para a nação", explicou Chen para justificar a presença em cena Lin Miaoke, de nove anos, ouvindo-se em playback a voz de Yang Peiyi, de sete anos. Decisão tomada ao mais alto nível por um elemento da instância dirigente do Partido Comunista Chinês presente no ensaio final. Sem revelar o nome do dirigente, Chen limitou-se a dizer que lhe foi comunicado ser "um problema" a presença de Yang em palco, "um problema que era preciso resolver, e nós resolvemo-lo", disse este responsável. O "problema" de Yang é que o seu rosto arredondado e uma dentição irregular perturbavam a imagem de perfeição que era imperioso traduzir. Chen justificou as suas declarações de ontem para que a contribuição de Yang não fosse esquecida. Até "porque a sua voz é perfeita, na opinião de todos os membros da nossa equipa". O caso foi revelado na Internet depois de a imprensa chinesa ter louvado em linguagem quase hiperbólica as qualidades de Lin, não fazendo qualquer referência a Yang. Dois comentários sobre o sucedido traduzem a dimensão da indignação: "O sucedido é um insulto para a verdadeira cantora e para todos aqueles que seguiram" o espectáculo. Ontem, na televisão nacional chinesa, Yang foi finalmente entrevistada. Como seria natural, declarou estar satisfeita com o facto de a sua voz se ter ouvido, ainda que não fosse vista. Por seu lado, Lin disse estar emocionada por "ter ficado tão bonita com o meu vestido vermelho".
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E, desenhando os contornos abstrusos que emolduram tais jogos de duvidoso requinte e já se vão espalhando pelo mundo até também africano e ingénuo, o Macua Gil, no seu "Moçambique Para Todos", publica:
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Jogos obscuros por detrás das Olimpíadas de Beijing.
Utilizando o Standard Bank (em que 20% do capital social está na posse do banco estatal chinês, «Industrial & Commercial Bank of China» como ponta de lança, os chineses têm em mira novos recursos minerais e agrícolas na Nigéria (petróleo e gás), em Moçambique (carvão, peixe e produtos agrícolas), no Gana (alumínio, minério de ferro e manganês), e na República Democrática do Congo (toda uma série de metais estratégicos). De várias partes do Mundo, surgem sinais de manifesta preocupação quanto aos verdadeiros desígnios dos investimentos económicos que a República Popular da China tem vindo a efectuar nos últimos anos, refere o escritor Jim Jones, num artigo de opinião publicado no Business Times de Joanesburgo. Relativamente a África, diz o autor, torna-se imperativo observar o que se situa sob as tentativas de empresas estatais chinesas em adquirir petróleo, minerais, e terras férteis em todo o continente africano. Ele salienta que a resposta dada pela Austrália, país que normalmente é favorável ao investimento estrangeiro, é elucidativa, tendo sido despoletada quando, há alguns meses, a China adquiriu 9% do capital social da RTZ, uma mina de minério de ferro. As empresas estatais chinesas produtoras de aço têm vindo a envidar esforços no sentido de obterem controlo absoluto sobre as firmas de minério de ferro, vias-férreas de exportação e portos situados em Pilbara, na região da Austrália Ocidental. Os australianos têm boas razões para se sentirem receosos, na eventualidade das empresas estatais chinesas passarem a ter o controlo da gestão dessas firmas mineiras. Caso isso venha a ocorrer, não tardará que as exportações para a China passem a ser efectuadas a preços prejudiciais para a Austrália como forma de proporcionar matérias-primas baratas ao sector chinês de aço. Jim Jones recorda que em Dezembro do ano passado, o presidente Thabo Mbeki da África do Sul lançou um aviso a todo o continente africano para que não se envolvesse em novas relações de timbre colonial com a China. Foram poucos os que escutaram as palavras de Mbeki, salienta o escritor. Mas agora, utilizando o Standard Bank (em que 20% do capital social está na posse do Banco Industrial e Comercial da China, que é propriedade do Estado) como Cavalo de Tróia, os chineses têm em mira novos recursos minerais e agrícolas na Nigéria (petróleo e gás), em Moçambique (carvão, peixe e produtos agrícolas), no Gana (alumínio, minério de ferro e manganês), e na República Democrática do Congo (toda uma série de metais estratégicos). Os zambianos e os congoleses manifestaram preocupação relativamente a investimentos chineses em minas existentes de cobre e cobalto, algumas das quais encontram-se vedadas ao público e que funcionam sob a alçada de gestores e força laboral provenientes da China, em detrimento da mão-de-obra local. Em 2007, a China e a República Democrática do Congo assinaram um acordo no montante de 8 mil milhões de dólares, destinado à construção de infra-estruturas diversas a troco de matérias-primas. Mas algumas pessoas com boa memória, refere o autor do artigo que temos vindo a citar, recordam-se do fracasso em que redundou a linha férrea de TanZam, construída pela China como forma de pôr fim à dependência das exportações de cobre zambiano em relação à Rodésia. Questiona-se, entretanto, o preço a que serão exportados os minerais congoleses no âmbito do referido acordo. No Sudão, país que recebe ajuda militar da China, não obstante as atrocidades cometidas na região de Darfur, o governo chinês despendeu biliões de dólares em furos de petróleo e em oleodutos para explorar as vastas reservas que se encontram no subsolo daquela região sudanesa. Refere o autor do artigo, que o Ministério da Agricultura chinês anunciou o apoio oficial da China à aquisição de terras em África e América Latina, terras essas que passarão a ser exploradas por trabalhadores chineses a fim de fornecer alimentos a um país que se encontra à beira de não poder produzir comida para consumo próprio. E novamente, o Standard Bank será uma das chaves para fechar o negócio.
- Redacção/Business Times-CANAL DE MOÇAMBIQUE-14.08.2008-In "Moçambique Para Todos".
  • Sobre o boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim I - Aqui !
  • Sobre o boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim II - Aqui!

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