Primeiro contato (antes da tal crise) - Aplique aqui... ou ali... banco sólido... de primeiro mundo... classificação AAAA ou ++++... não tem risco... pode ficar descansado... suas economias de uma vida de trabalho estão seguras connosco... garantia absoluta... Durma sossegado que vai morrer tranquilo, pode crer!
Segundo contato (no burburinho da tal crise) - E agora meu? Cadê o meu?...
Resposta quase encabulda - Pois é... nós só indicamos as opções... o risco é do investidor... o banco e seus altos e capacitados gerentes financeiros, com alto grau de formação MBA e XYZ, almoçando caviar e ostras, transportados em belas Ferrari's e Lamborghini's não se responsabilizam por nada... os classificadores de risco internacional é que avaliaram mal e nos induziram a vender gato por lebre... Agora aguenta. Vai dar uma curva e aparece por aqui quando a coisa melhorar para tomarmos um cafézinho...
-Aviso: A "cena" acima é ficção e não tem a ver com pessoas ou factos reais. Qualquer semelhança é pura coincidência.
Pois é... Quem mandou ser otário? Ou ambicioso de mais e confiou suas economias a essas verdadeiras "quadrilhas" especializadas em "gerir" fundos, que também cobram altíssimas comissões de intermediação sem correrem risco algum, vivem à "grande e á francesa" embrenhados nas nuances "alavancadas" desse verdadeiro "casino" em que se transformou a economia mundial... E na hora H fogem com "o rabo à seringa" e "lavam as mãos" sem serem incriminados sequer. Nem enjaulados em prisões fétidas por sua leviandade e irresponsabilidade na gestão de recursos de poupadores que neles confiaram e pelas consequências perniciosas que já vão atingindo a população deste mundo globalizado.
Caiu no "conto do vigário"... É essa a realidade. A Islândia entre outro países de maior porte, como Estados Unidos (onde nasceu a crise), etç. é um exemplo claro do "engodo", alavancado desonesta e impunemente pelos tais gestores e classificadores de risco confiáveis(?) que vendem pirita (ouro dos tolos) como sendo algo valioso, produtivo e rentável... É um paízinho gelado lá nos confins da Europa, vivendo à larga e à custa de recursos de poupadores internacionais, canalizados por interesse de instituições ditas confiáveis que inundaram seus poucos bancos geridos politicamente e agora falidos. E, seu governo, irresponsável e incompetente agora dá o calote puro e simples ao mundo internacional de investidores. Classificado e vendido como AAA, descobre-se que nem o último ZZZ do alfabeto merece. Como dificilmente algum dia alguém voltará a colocar por lá suas "poupanças".
Entretanto e pelo que vejo na net, países do G20 reúnem-se sábado em Washington em Cimeira tentando dar os primeiros passos para ultrapassar a crise financeira sem precedentes. Eis o que leio:
"""Os países do G20 realizam, no sábado, em Washington, a primeira de várias cimeiras para discutir a reforma do sistema financeiro, com os Estados Unidos, onde a crise começou, a acolherem uma iniciativa europeia para ultrapassar esta situação sem precedentes.
A cimeira realiza-se precisamente dois meses após a falência do banco de investimento Lemanh Brothers, a 15 de Setembro, que "confirmou" os sinais de crise que já vinham do outro lado do Atlântico desde o início do ano, lançando definitivamente o pânico nos mercados financeiros.
Rapidamente se percebeu que se estava perante uma crise sem precedentes, que partiu do "coração do sistema", os Estados Unidos, mas iria ter repercussões no resto do globo, o que as semanas seguintes se encarregaram de demonstrar.
A resposta norte-americana tardou - apenas a 3 de Outubro a Câmara dos Representantes do Congresso aprovou uma versão reformulada do chamado 'Plano Paulson', o plano de 700 mil milhões de dólares para sanear o sistema financeiro norte-americano através da compra de activos tóxicos - e a Europa criticou a reacção dos Estados Unidos a uma crise global por si criada.
O presidente em exercício da União Europeia, o chefe de Estado francês Nicolas Sarkozy, iniciou então no seu estilo dinâmico uma série de iniciativas tendo em vista uma resposta europeia, começando por acolher a 04 de Outubro em Paris uma reunião dos países europeus do G8 (França, Reino Unido, Alemanha e Itália), onde reivindicou desde logo uma reforma, "o mais depressa possível", das regras do capitalismo financeiro. Uma semana depois, Paris acolheu nova cimeira "inventada" por Sarkozy, desta vez uma reunião ao nível de chefes de Estado e de Governo da Zona Euro, tendo então o presidente francês anunciado que a UE ia pedir aos Estados Unidos a organização de uma cimeira destinada a "refundar o sistema financeiro internacional". "Na Europa, não vamos deixar tudo isto continuar da mesma maneira. Haverá responsáveis que deverão assumir as suas responsabilidades", afirmou então Sarkozy.
A 16 de Outubro nova cimeira, mais uma, desta vez em Bruxelas e a 27, e dois dias depois Sarkozy e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, encontraram-se nos Estados Unidos, em Camp David, com o (ainda) presidente norte-americano George W. Bush, tendo sido então alcançado um acordo sobre a realização de cimeiras internacionais para debater o sistema financeiro. Convicta de que deve ter um papel de liderança na reforma do sistema financeiro internacional, até porque lançou a iniciativa da cimeira de Washington, a UE preparou a sua posição comum, ou o mais comum possível, em nova cimeira extraordinária a 07 de Novembro, em Bruxelas, num encontro de chefes de Estado e de Governo dos 27.
Em Washington, os europeus irão pressionar os países do G20, e principalmente os Estados Unidos, a aprovar até ao início de 2009 medidas concretas para reforma do sistema financeiro internacional."""
E, a nós, comuns mortais, resta-nos só esperar para ver no que tudo isto vai dar e "rezar" para que o calote não seja maior ainda e trágico em suas consequências. E incentivar para que se punam exemplarmente os responsáveis.
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