O espetáculo é magnífico. Longe do frio inverno europeu que enche o peito-coração de eternas lembranças dos natais imortais acontecidos em infâncias saudosas, a vida encaminha o ser humano quase peregrino em busca de natais mágicos africanos para o calor de recantos encantados como este do país Brasil, gigante em hospitalidade, calor humano e arte. Em poucas e mal alinhavadas palavras faço aqui resumo do que disse Augusto Pinheiro da Folha de São Paulo/2005 sobre o encanto do pôr do Sol em Jacaré - João Pessoa - Brasil, palavras essas que se podem aplicar todos os dias a todos os espectáculos que o pôr do sol mágico dessa nobre praia da Paraíba nos oferece quase como exclusivo presente de Natal:
"O sol começa a descer por trás da vegetação da ilha da Restinga, na outra margem do rio Paraíba, colorindo o céu de amarelo, laranja e lilás. Então se ouvem os primeiros acordes do "Bolero", de Maurice Ravel. É assim o pôr-do-sol da praia do Jacaré, em Cabedelo (Grande João Pessoa), que cativa turistas como se fosse um monumento histórico famoso. Jurandy do Sax, codinome de José Jurandy Félix, 49, que ganhou notoriedade por tocar o "Bolero" no saxofone, apresenta-se no bar Golfinho, na entrada da praia do Jacaré que, na verdade, é banhada pelo rio Paraíba. Segundo Jurandy, a tradição de tocar o clássico de Ravel ao pôr-do-sol na praia do Jacaré surgiu há cerca de 20 anos, quando um grupo de amigos estava escutando a trilha sonora do filme "Retratos da Vida", que traz a música. "Eles curtiram tanto o momento que repetiram outras vezes."
Para ele, tocar a música ao pôr-do-sol já se tornou um ritual, "algo espiritual". "Tenho que tocar onde eu estiver. Já toquei na estrada, no Rio de Janeiro e em Jacareí (SP)."
Jurandy realiza a performance, de cerca de 20 minutos, diariamente. Partindo de uma canoa, com um remador, de um píer vizinho ao do bar, ele solta as primeiras notas quando passa em frente ao Golfinho.
A novidade agora é a participação de um violino, que encontra o sax quando Jurandy desembarca no píer do bar. Os dois então são acompanhados, do palco, pela banda, que conta com bateria, guitarra e baixo.
Jurandy ainda tenta ingressar no "Guinness Book" (livro dos recordes) como o músico que mais vezes executou o "Bolero". "Já fiz 1.700 apresentações", contabiliza.
Depois do "Bolero", Jurandy toca "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, e "Meu Sublime Turrão", de Genival Macedo, espécie de hino não-oficial da Paraíba. ... ...""""
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