3/31/09

Briga por ciúme depaupera imagem do Tribunal Judicial de Cabo Delgado em Pemba.

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Em Pemba : Rixas de índole passional criam mal-estar na “Casa da Justiça”. - Brígida Arifa Corte Real Joaquim, estudante da Escola Industrial e Comercial de Pemba, que fará 18 anos de idade no próximo 12 de Maio, anda de porta em porta naquele cidade para se queixar contra Dra. Alexandrina, administradora judicial, recentemente colocada no Tribunal Judicial de Cabo Delgado, que funciona na capital provincial.
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A adolescente alega ter sido agredida fisicamente pela magistrada na casa da mãe onde vive, no Bairro de Ingomane. Também acusa-a de ter se introduzido e vandalizado a sua casa, movida por ciúmes a partir da informação que obteve de que a rapariga se amantizava com o seu esposo, Paulo Nicodemos, escrivão de Direito, no tribunal onde aquela é administradora.
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“Ela violou o domicílio onde eu e minha mãe vivemos, agrediu-me física e publicamente, com as pessoas a assistirem, eu apenas de roupa interior. Vandalizou a nossa casa, tendo-a deixado de rastos, utensílios partidos lá no interior e quando fazia isso dizia ser uma administradora do tribunal. Sinceramente gostaria de saber se é assim”, palavras de Brígida Corte Real.
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A estudante da Escola Industrial e Comercial de Pemba confessou ao nosso Jornal ter desenvolvido uma relação amorosa com Paulo Nicodemos, mas apenas durante o período em que a sua esposa se encontrava a concluir o seu curso, fora de Cabo Delgado.
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“É verdade que andei com ele, mas essa relação acabou assim que soube que a sua esposa chegou, e mesmo assim a senhora vem fazer todos estes desmandos na nossa casa por coisas que ela ouviu dizer e que aconteceram na altura em que ela não estava em Pemba”, defendeu-se.
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Por sua vez, a administradora Alexandrina nega que tenha agredido a sua “rival”, Brígida Corte Real, mas confirma ter ido à casa onde vive, aparentemente para solicitar que ela persuadisse o seu amante, por sinal seu esposo, a desistir de um processo que moveu contra um jovem, de nome Ossiaca, recentemente admitido nos quadros da Procuradoria provincial, que o terá agredido e perseguido reiteradas vezes numa disputa pela posse da mesma adolescente.
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“Eu, no exercício das minhas funções, soube que estava a correr um processo movido pelo meu esposo contra um jovem, por sinal acabado de ser admitido na Procuradoria, de uma alegada agressão física por os dois estarem a disputar a menina. Em vez de eu falar com o senhor Nicodemos, meu marido, fui ter com a rapariga a pedir que o persuadisse a desistir da acção judicial, tendo em conta sobretudo que a carreira profissional do jovem pode ficar afectada logo à partida. Ora, que a agredi fisicamente, que vandalizei a casa onde vive e que a ultrajei publicamente ela vai ter que provar isso em juízo”, disse a Dra. Alexandrina.
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Sem termos perguntado a data em que tal se deu, a administradora judicial adiantou-nos que a queixosa diz ter acontecido a 19 de Março corrente, que entretanto refuta, alegando que quatro dias antes, em 15 de Março, acabava de ter um aborto, não sendo possível que tivesse forças para ir agredir quem quer que fosse.
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Quem conta o que de facto aconteceu com a terceira vertente do problema é Paulo Nicodemos, esposo da Dra. Alexandrina e “damo” da adolescente Brígida, que já moveu, na verdade, um processo judicial contra o jovem Ossiaca Abacar Vasco.
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“Ele agrediu-me há algum tempo e vim saber mais tarde que era por eu estar a andar com a menina, assim como moveu vários tipos de perseguições à minha pessoa e não tive outro recurso senão participar o caso. O que aconteceu é que na altura ela ainda não trabalhava na Procuradoria, o que veio a acontecer mais tarde, agora trabalha no mesmo edifício connosco”.
Ossiaca Vasco prefere considerar tudo isso um problema descabido de ciúmes, se bem que “eu nunca tive nenhum caso com a Brígida e nem conhecia o senhor Nicodemos antes da data em que eu me envolvi fisicamente com ele”.
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Na verdade, conta Ossiaca Vasco, numa noite, dentro do seu bairro, mandou parar a menina que não lhe respondeu até que acabou entrando num mini-bus do Tribunal, donde saiu um senhor que desatou à porrada, chamando-lhe nomes, alegadamente porque queria agredir a miúda.
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“Ele saiu do carro, quis saber o que eu queria da menina, ao mesmo tempo que ia me dando socos, que respondi até que se escapuliu indo parar a uma esquadra. Fiquei detido, porque ele usou os poderes que tem no Tribunal, mas acabei saindo. Os meus pais pediram que anulasse o processo porque não tinha sentido. Anulou e reabriu agora por problemas que tem com a esposa”, disse.
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Ossiaca Vasco confirma que a Dra. Alexandrina fez esforços visando desaconselhar o marido a desistir da acção judicial, mas Paulo Nicodemos mantém-na na sua posição de ir avante com o processo número 67/09, no Tribunal da Cidade de Pemba, que se espera venha a ser julgado brevemente
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Está-se perante uma “novela” quadridimensional, envolvendo uma menor estudante da Escola Industrial e Comercial, um escrivão, uma administradora judicial (estes dois cônjugues), um funcionário da Procuradoria, sendo que os três últimos trabalham no mesmo edifício na cidade de Pemba, a “Casa da Justiça”, onde funcionam todas as repartições ligadas àquele sector.
- Pedro Nacuo, Maputo, Terça-Feira, 31 de Março de 2009 - Notícias.
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Acrescento: Que coisa feia... até parece "novela brasileira" para exportação!!!! Demonstra despreparo de funcionários para determinados cargos públicos onde os bons exemplos de comportamento e ética são imprescindíveis.
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Atualização do "caso" em sexta-feira, 3 de Abril de 2009:
Ainda as rixas passionais na “Casa da Justiça” em Pemba: Ossiaca Vasco não foi julgado no processo 67/09.
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Estava previsto que tivesse lugar, na passada terça-feira, o julgamento do processo 67/09, do Tribunal Judicial da Cidade de Pemba, movido pelo Escrivão de Direito, do Tribunal Provincial, Paulo Nicodemos, contra o jovem Ossiaca Abacar Vasco, ora funcionário da Procuradoria provincial, acusado de agressão física e perseguições constantes à pessoa daquele, na disputa por uma menor de 17 anos de idade, de nome Brígida Arifa Corte Real Joaquim.
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Ossiaca Vasco confirmou ao “Notícias” que o julgamento havia sido agendado para a última terça-feira, no Tribunal da cidade de Pemba, presidido pelo respectivo juiz-presidente, Dr. Orlando Zunguze, que entretanto aconselhou as partes a não levarem avante o litígio com características meramente domésticas.
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“Fomos para o julgamento na terça-feira, mas o Dr. Juiz aconselhou o queixoso a repensar no caso e este acabou mandando anular o processo. Não sei o que é que vai acontecer depois, mas na oportunidade ele disse que abdicava de prosseguir com a queixa”, disse Ossiaca Abacar Vasco.
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Este jovem entra no processo 67/09, do Tribunal da cidade de Pemba, por via duma queixa de Paulo Nicodemos, que o acusa de lhe ter agredido, em Outubro de 2007, na sequência duma disputa de uma menina, estudante da Escola Industrial e Comercial de Pemba, Brígida Corte Real. ... ... ... ===> Leia o restante do texto aqui!

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