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8/22/08

ÁGUA - O petróleo do futuro...

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Quando um país importa produtos de outros países, é importante ter consciência do impacto gerado sobre os recursos de água nas regiões em que estes produtos foram produzidos.
-Stuart Orr.
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Cerca de 2.500 representantes de 140 países participam desde segunda-feira na Semana Internacional da Água, na capital da Suécia, Estocolmo, numa conferência cujo lema é "Progresso e Perspectivas sobre Água: Para um Mundo mais limpo e saudável, com especial atenção ao saneamento".
Segundo os organizadores da conferência, mais de 2,5 biliões de pessoas ainda sofrem com a falta de acesso a condições básicas de saneamento em todo o mundo.
Em cada ano, 1,4 milhão de crianças morrem de doenças relacionadas à falta de saneamento básico.
A ameaça imposta pelas más condições sanitárias é, segundo os organizadores, um dos maiores problemas ambientais da actualidade.
Nos Estados Unidos cada pessoa utiliza diriamente 400 litros de água, na Europa 300 litros, enquanto nos países em vias de desenvolvimento apenas 10 litros.
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Maiores importadores.
O relatório da Organização Mundial para o Ambiente, WWF, aponta o Brasil como líder de um ranking de países importadores de água virtual agrícola – a água usada em plantações para a produção de alimentos, bebidas e roupas.
O relatório foi apresentado esta quarta-feira na Semana Internacional da Água, que reúne cerca de 2 500 representantes de 140 países, na capital da Suécia, Estocolmo.
O autor do estudo e especialista do WWF no mapeamento mundial da água, Stuart Orr, diz que o Brasil lidera o ranking por que importa mais produtos que consomem água para serem produzidos (como cereais e vestuário) do que exporta.
Segundo o relatório, o Brasil exporta 91 biliões de m3 de água agrícola virtual por ano e importa 199 biliões de m3 – o que representa uma importação líquida de 107 bilhões de m3 a cada ano.
Em segundo lugar no ranking do WWF está o México (com uma importação líquida de 84 biliões de m3 por ano , seguido do Japão (83 biliões de m3), China (78 biliões de m3), Itália (50 biliões de m3) e Grã-Bretanha (40 biliões de m3).
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Impacto.
"Quando um país importa produtos de outros países, é importante ter consciência do impacto gerado sobre os recursos de água nas regiões em que estes produtos foram produzidos", disse Orr à BBC Brasil.
"Por exemplo, uma camisa produzida com algodão cultivado no Paquistão ou no Uzbequistão requer 2,7 mil litros de água numa região que já apresenta sinais de escassez", afirmou.
O especialista do WWF ressaltou a importância de que o Brasil, assim como os demais países, levem em consideração o impacto gerado pelas suas importações nos recursos de água das nações que exportam os produtos.
"Se um produto é produzido numa região ameaçada, há duas alternativas: ou discutir formas de melhorar o gerenciamento local da água, ou mudar de fornecedor. O que não podemos fazer é exportar os nossos problemas para outros países e consumir água de regiões ameaçadas", afirmou.
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Grã-Bretanha.
O relatório de Orr concentrou-se na Grã-Bretanha, que é hoje o sexto maior importador de água virtual.
Segundo Orr, cada pessoa na Grã-Bretanha consome nas tarefas diárias uma média de 150 litros de água por dia. Este total, porém, chega a 4 645 l de água per capita por dia quando se leva em conta a água "virtual" consumida na produção de alimentos, roupas e outros produtos.
Apenas 38% do total de água consumida na Grã-Bretanha vem dos seus próprios rios, lagos e reservas, conforme o WWF.
O restante vem de recursos de vários países, utilizados para irrigar e processar alimentos e fibras que as pessoas consomem na Grã-Bretanha.
"O que nos preocupa particularmente é que enormes quantidades destes produtos são cultivadas em regiões mais secas do mundo, onde os recursos da água ou já estão ameaçados ou muito provavelmente estarão sob ameaça no futuro próximo", diz o relatório.
Para produzir apenas um tomate no Marrocos, segundo o estudo, são necessários 13 litros de água. Levados em conta todos os ingredientes, uma chávena de café representa 140 litros de água.
Os especialistas reunidos em Estocolmo falam da água como "o novo petróleo" – um recurso limitado, que já está se esgotando em diversas áreas e que se tornará cada vez mais caro, promovendo um impacto crítico nos preços ao consumidor.
A conferência, organizada pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo (SIWI), tem como tema central este ano o saneamento – "Progresso e perspectivas sobre a água: por um mundo limpo e saudável, com especial atenção ao saneamento".
Segundo os organizadores da conferência, mais de 2,5 biliões de pessoas ainda sofrem com a falta de acesso a condições básicas de saneamento em todo o mundo.
Em cada ano, 1,4 milhão de crianças morrem de doenças relacionadas à falta de saneamento básico.
A ameaça imposta pelas más condições sanitárias é, segundo os organizadores, um dos maiores problemas ambientais da actualidade.
- BBC para África, 21 Agosto, 2008 - Publicado em 12:54 GMT.

4/04/08

Nas cidades de PEMBA, BEIRA, QUELIMANE e NAMPULA 468 mil moçambicanos sem água potável.

Ano XII, Nº 2796, Sexta-feira 04/Abril/2008 - Quatrocentos e sessenta e oito mil moçambicanos residentes nas zonas periféricas das cidades de Maputo, Beira, Quelimane, Nampula e Pemba não têm ainda acesso à água potável do sistema nacional de abastecimento do precioso líquido, segundo o Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH).
Para colmatar a situação, o Banco Mundial (BIRD) acaba de garantir o desembolso de cerca de seis milhões de dólares norte-americanos para o financiamento de obras de instalação de mais de 29 mil novas torneiras de água naquelas cidades moçambicanas, segundo Susan Hume, gestora de programas daquela instituição financeira, em Moçambique.
“Trata-se de famílias que dispõem de capacidade financeira para pagar pelo consumo de água canalizada, mas que não têm condições de aceder a ligações de torneiras nas suas residências”, realçou Nelson Beet, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG).
Ao abrigo de um acordo assinado esta quinta-feira em Maputo, entre o Governo e o BIRD, cada beneficiário daquele precioso líquido passará a pagar somente 10% do valor requerido para efectivação de uma ligação doméstica, actualmente estimada entre quatro e seis mil meticais.De referir que o Banco Mundial desembolsou aquele montante na qualidade de administrador da Parceria Global de Ajuda Baseada em Resultados (GPOBA), uma organização internacional que tem como principais patrocinadores o Reino Unido, Países Baixos, Austrália e Suíça.O GPOBA dispõe de um total de 41.2 milhões de dólares norte-americanos para apoio a vários projectos de desenvolvimento de Moçambique ao longo de 2008.
J. Ubisse - C.M.
  • Post anterior sobre a "Falta de água em Pemba" - 26/03/08 - Aqui !

3/26/08

Falta água em Pemba.

Maputo, Quarta-Feira, 26 de Março de 2008:: Notícias - A cidade de Pemba e arredores está a enfrentar um deficiente fornecimento de água desde sábado passado, devido a uma avaria considerada grossa na conduta adutora, na zona das salinas de Miéze, cerca de 18 quilómetros do centro da capital provincial.
De acordo com o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG), uma equipa técnica da empresa está no local para normalizar o problema e sucedem-se apelos para mais racionalização da pouca água existente nos reservatórios e tanques, à espera de que a avaria seja reparada. O FIPAG diz estar a envidar todos os esforços ao seu alcance visando colmatar a situação no mais curto espaço de tempo possível, perante uma crise que, desta vez, tem pouca expressão, em virtude de se tratar de período chuvoso, havendo, por isso, recurso a águas pluviais, entretanto não tratadas, temendo-se que possam tornar-se em privilegiados canais de transmissão de doenças, entre as quais as diarreias.

12/29/07

Cabo Delgado - Abastecimento de água é fracasso !

Política Nacional de Água sofre revés em C. Delgado
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A Política Nacional de Água, que introduz o princípio de procura e responsabiliza as comunidades beneficiárias pela gestão, operação e reparação de fontes, está a dar mostras que em Cabo Delgado não encontra a aceitabilidade que seria de desejar, resultando disso a queda da cobertura da província, hoje estimada em 30 por cento, quando comparada com dados dos meados da década 90, conforme soube o “Notícias” de fontes ligadas ao sector.
Apesar do maior envolvimento das comunidades na implantação dos projectos ligados sobretudo à água rural, o aumento de fontes inoperacionais mostra-se preocupante e em 10 anos de vigência da citada política nacional, acompanhada de trabalhos sociais que incluem a formação de comités de saneamento e grupos de manutenção, metade das fontes encontram-se avariadas.
O director das Obras Públicas e Habitação de Cabo Delgado, Arlindo Francisco, apela para que o quadro actual seja revertido. “Investir em tantas construções, reabilitação de fontes e não pouco em consultorias, trabalhos de mobilização e preparação das comunidades e no fim termos a fonte inoperacional, revela outra forma de pobreza absoluta e ela precisa de ser combatida”, disse Arlindo Francisco... ... ...
Leia a reportagem de Pedro Nacuo, na íntegra, aqui - Notícias :: Maputo, Sábado, 29 de Dezembro de 2007

7/31/07

Cabo Delgado - Estradas e electrificação...

A província de Cabo Delgado precisa de uma maior intervenção e reforço do Governo central para alcançar as metas inscritas no quadro do plano quinquenal do Executivo, principalmente para as estradas e expansão da rede de energia eléctrica. A Primeira-Ministra, Luísa Diogo, considera que a expansão da rede de energia pode viabilizar o desenvolvimento das telecomunicações e o sector da Educação, a partir da introdução de cursos nocturnos, a Saúde, que poderá conservar convenientemente as vacinas, o turismo, actualmente tido como dos potenciais contribuintes para a receita da província, entre outros.
Na opinião da PM, que recentemente esteve em Pemba, particularmente o problema da energia eléctrica deve ser resolvido, com um acompanhamento cerrado dos órgãos centrais. Ela prometeu que tal vai acontecer, porque reconhece que a província está a fazer aquilo que está ao seu alcance.
“A província faz aquilo que pode, que é fazer o acompanhamento e de nos alertar sobre determinadas questões ligadas ao programa do Governo. Nós, a nível central, temos que ver se o trabalho de electrificação está a acontecer no terreno ao ritmo que desejamos ou não”, disse.
Por outro lado, Luísa Diogo entende que há outros desafios a enfrentar em Cabo Delgado, entre os quais o abastecimento de água ao chamado “Planalto dos Macondes”, que integra os distritos de Mueda, Nangade e Muidumbe, que considerou uma grande preocupação do Executivo.
“Há distritos onde 50 porcento da população ainda não tem água, muito embora a província esteja a fazer um trabalho extraordinário em relação à construção de pequenos sistemas e abertura de furos. É preciso fazer mais, porque as pessoas percorrem grandes distâncias para trazer água para o seu sustento”, disse.
Este facto contrasta com a realidade segundo a qual, e de acordo com a primeira-ministra, a província tem uma taxa de cobertura de abastecimento de água acima de algumas no país, cerca de 50 porcento.
Também fazem parte do grupo de questões que são pontos de penumbra do cumprimento do programa quinquenal do Governo em Cabo Delgado as estradas e pontes e as telecomunicações, que a PM acredita poderem ser ultrapassadas se for resolvido o problema da electrificação.
Porém, impressionou à primeira-ministra o crescimento que é notável na província, tendo como aspectos de realce o cumprimento das orientações deixadas pelo Presidente da República na sua última visita, em Abril último. Entre tais tarefas constam as ligadas à transformação da escola como unidade produtiva, através da aplicação do princípio “um aluno/uma planta” e a colocação de quadros qualificados nos distritos, tendo em conta que estes são pólos de desenvolvimento.
Maputo, Terça-Feira, 31 de Julho de 2007:: Notícias