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7/01/09

Desmatamento favorece mosquito transmissor da malária, aponta estudo.

Ronda pela net: Globo Amazônia:

Um alerta para o Brasil, que vem do Brasil e que serve para Moçambique em África e demais países que fomentam, por interesse económico, o desmatamento:

Cientistas encontraram mais larvas em áreas devastadas.Amostras do inseto foram coletadas em 844 pontos da Amazônia peruana.

O desmatamento favorece a ocorrência do principal transmissor de malária na Amazônia, o mosquito Anopheles darlingi, aponta estudo publicado na edição de julho do “American Journal of Tropical Medicine and Hygiene”. Cientistas analisaram larvas coletadas na água ao longo de 112 quilômetros da rodovia que liga Iquitos a Nauta, na Amazônia peruana. Os pesquisadores verificaram que esta espécie de mosquitos estava presente em 10,3% dos 844 pontos em que foi feita coleta de larvas.

Com imagens de satélite e observações em campo, eles concluíram que nos lugares onde o A. darlingi está presente, a cobertura florestal média é de 24,1%, comparado com 41% para os lugares sem a presença do inseto.

Intrigado com o rápido aumento dos casos de malária na Amazônia peruana nos anos 90, o grupo resolveu estudar a doença na região – em 1997 cerca de um terço da população local havia tido a doença. Em 2006, um estudo já havia documentado a maior incidência de Anopheles darlingi adulto em áreas desmatadas da floresta.

Não está claro ainda qual é o mecanismo ecológico que causa esta variação na ocorrência do inseto. William Pan, professor da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, um dos autores do estudo, está fazendo uma pesquisa adicional com a população humana da região. Um terço das pessoas que ele está estudando tiveram malária no último ano e, de acordo com Pan, a maioria delas vive em áreas desmatadas recentemente.

O Anopheles darlingi é o principal vetor de disseminação da malária também na Amazônia brasileira. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma criança morre pela doença a cada 30 segundos no mundo.

Em 2006, de acordo com a OMS, a malária matou cerca de um milhão de pessoas, PRINCIPALMENTE NA ÁFRICA.
- Do Globo Amazônia, em São Paulo/Brasil, 30/06/09.

  • Mais post's neste blogue sobre "desmatamento" - Aqui!

3/03/09

Entre Novembro/08 e Janeiro/09, a Amazônia brasileira perdeu área igual a metade da cidade de São Paulo...

Apesar de "abrandada" por números estatísticos não muito firmes comparativos com periodo idêntico anterior que indicam diminuição, a notícia está aí e assusta... o desmatamento da Amazônia continua e desapareceram mais 754,3 quilômetros quadrados de florestas entre novembro de 2008 e janeiro de 2009.

A área equivale a metade da cidade de São Paulo - Brasil.

A ganância e o lucro fácil continuam a incentivar a destruição do meio-ambiente e do planeta. E as autoridades brasileiras terão muito, mas muito e urgente trabalho pela frente se realmente estão empenhadas em colocar fim à impunidade e a esse crime que envolve interesses políticos e comerciais escusos.

Transcrevo a notícia que está nas manchetes do dia e que li no portal "Globo Amazônia":

""Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta terça-feira (3) indicam que a floresta amazônica perdeu 754,3 quilômetros quadrados de florestas entre novembro de 2008 e janeiro de 2009.

A área equivale a metade do município de São Paulo. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 70% no ritmo de devastação. Entre novembro de 2007 e janeiro de 2008, a degradação florestal detectada pelo Inpe na Amazônia foi de 2.529,2 km². Quando comparado aos três meses anteriores (agosto a outubro de 2008), o índice apresenta queda de 60%. Nesse período, a degradação acumulada da floresta foi de 1.884 km².

A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m².

Apesar da queda significativa, o desmatamento na virada de 2008 para 2009 pode ter sido maior, já que as nuvens atrapalharam a visão dos satélites, encobrindo entre 63% e 86% da Amazônia. Estados como o Acre, Amazonas, Amapá e Roraima praticamente não foram monitorados, pois permaneceram encobertos.

Os estados onde mais houve degradação florestal, segundo o Inpe, foram o Pará (319 km²), Mato Grosso (272 km²) e Maranhão (88 km²) e Rondônia (58 km²). Nos outros estados da Amazônia Legal, o desmatamento medido pelos satélites não passou de 6 km².

Em breve, os focos de desmatamento detectados pelo Inpe poderão ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo do "Globo Amazônia", que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.

O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja destruída.

Normalmente, a divulgação dos números Deter é mensal, mas por causa do aumento das nuvens, o Inpe preferiu agrupar os dados do trimestre no mesmo levantamento.

O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição.

Os dados desses sistema são divulgados pelo instituto no final do ano.""
- Globo Amazônia, em São Paulo, 03/03/09 - 10h33 - Atualizado em 03/03/09 - 14h08.

  • Do mesmo portal "Globo Amazônia" - Aprenda a vigiar a floresta utilizando o mapa do Globo Amazônia - Aqui!
  • Amazônia.org - Aqui!

Post's anteriores deste blogue sobre a Amazônia e o meio-ambiente:

  • Ecos da imprensa do Brasil: Área desmatada da Amazônia dobrou em Agosto - Aqui!
  • Amazônia brasileira: Em dois meses desmatamento igual a duas cidades do Rio de Janeiro - Aqui!
  • Brasil: Desmatamento da Amazônia assusta... - Aqui!
  • A Amazônia, os biocombustíveis e o meio ambiente - Aqui!
  • Aquecimento global e a irresponsabilidade do ser humano - Aqui!
  • Planeta TERRA - Mais uma vez os biocombustíveis - Aqui!
  • Amazônia para sempre... - Aqui!

6/03/08

Brasil - O desmatamento da Amazónia assusta...

(Imagem original daqui. Clique na imagem para ampliar)
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Lamentável mas real. Impunidade e interesses económicos privados permitem a destruição crescente da floresta amazônica.
Transcrevo do blogue da jornalista brasileira Miriam Leitão:
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Notícias da floresta
O termômetro mostra: o desmatamento é assustador.
Os dados, afinal divulgados pelo Inpe, mostram que o desmatamento se acelerou em abril.
O Inpe explicou que, em março, houve mais cobertura de nuvens do que em abril.
Isso significa que os dados de março podem estar subestimados, mas os de abril, com mais visibilidade, não deixam dúvidas: o ritmo do desmatamento está crescendo, e ele é mais acentuado nos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia.
Desses três, só o Pará tem demonstrado preocupação em enfrentar o problema.
O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, quis quebrar o termômetro do Inpe, quis criar um "Inpe do B" para ele mesmo, brigou com a ex-ministra Marina Silva e acusou a Polícia Federal.
O fato que os números não deixam duvida é que a devastação avança mais no estado que ele governa.
E não por acaso, afinal ele tem defendido de forma cada vez mais explícita a idéia de que a produção cresça às custas da Amazônia.
É bom lembrar que o Brasil tem terras disponíveis em extensão maior do que a hoje ocupada para produzir 142 milhões de toneladas de grãos.
O Inpe fez a divulgação em São José dos Campos, cercando cada informação com as devidas qualificações técnicas para lembrar algumas coisas.
Primeiro, ele não é um órgão que está no meio da briga política.
Segundo, que ele é uma instituição científica à disposição da sociedade brasileira e que sua preocupação não é ideológica, nem partidária, mas, sim, em melhorar as condições científicas de cumprir seu papel, dando à sociedade brasileira os meios para decidir os caminhos da Amazônia.
O país perdeu um campo de futebol a cada dez minutos na Amazônia, nos últimos 20 anos.
Pode escolher continuar perdendo, ou mudar a curva.
Miriam Leitão - 02/06/08 - 18h24.