9/22/06

Pemba - Milho mais barato entre Maio e Agosto.

Os preços de milho branco praticado no mercado retalhista da cidade de Pemba no período entre Maio e Agosto de 2006 foram baixos que os praticados em igual período de 2005. Por exemplo, em Agosto último o preço foi 4,13 MTn/kg contra 5,53 MTn/kg praticados em Agosto de 2005.
Na maioria dos outros mercados, os preços foram baixos entre Junho e Agosto de 2006 em relação a igual período de 2005.
Em 2005, na cidade de Pemba, os preços começaram a subir fortemente a partir de finais de Junho, comportamento que se manteve até o fim do ano.
Com o início das colheitas da campanha 2005/06, os preços deste produto caíram drasticamente de Fevereiro a Maio de 2006, tendo passado de cerca de 11 MTn/kg para menos de 4 MTn/kg. A oferta de milho àquele mercado começou a enfraquecer a partir de Julho último, altura em que os preços começaram a subir lentamente.
Isto pode revelar que a produção de 2005/06 foi maior que a de 2004/05. Comportamento contrário foi observado na Cidade de Nampula onde durante o período de Maio a Agosto de 2006 os preços de milho oscilaram a volta dos preços praticados em igual período de 2005. Comportamento similar registou-se nos mercados das cidades da Beira e Chimoio.
Entretanto, o preço de milho branco praticado ao consumidor subiu 20%25 no mercado da cidade de Lichinga, da semana passada (11/Setembro) para a presente (18/Setembro), passando a custar 3,43 MTn/kg.
Segundo observações do SIMA a subida foi causada pela fraca oferta deste cereal naquele mercado, pois havia poucos retalhistas a vender pequenas quantidades de milho nesta semana. Embora os preços deste produto tenham subido em Lichinga, ao nível da zona norte, os preços mais altos continuam os praticados nas cidades de Nampula e Nacala de 4,29 MTn/kg.
A cidade de Lichinga é abastecida de milho branco pelos distritos de Lichinga e Sanga, enquanto a Cidade de Nampula está a receber milho produzidos nos distritos de Alto Molócuè e Gilé, na província da Zambézia; e do distrito de Mecubúri, na província de Nampula.
No entanto, na zona centro, concretamente nos mercados retalhistas das cidades da Beira e Tete houve queda de preços de milho devido ao aumento da oferta deste cereal, para o caso da Cidade de Tete.
Os preços caíram 12%25 na Beira, passando para 4,46 MTn/kg e 15%25 na Cidade de Tete, custando esta semana 3,14 MTn/kg.
AMENDOIM CARO
No presente alguns mercados caracterizaram-se pela subida de preços de amendoim.
O preço do amendoim pequeno subiu na Cidade de Chimoio em 25%25, passando a custar 25,28 MTn/kg, enquanto o do amendoim grande subiu nos mercados da Cidade de Maputo em 11%25, alcançando os 21,56 MTn/kg, na Cidade de Nacala em 12%25, passando para 13,62 MTn/kg, e por último na Cidade da Beira em 39%25 estando esta semana a 18,00 MTn/kg.
Entretanto, segundo as constatações do SIMA regista-se neste momento uma redução de mandioca seca nos mercados retalhista na zona norte do país.
Nesta semana, a mandioca seca foi encontra à venda a retalho nos mercados da Cidade de Nampula e Pemba aos preços de 4,50 MTn/kg e 3,33 MTn/kg, respectivamente.
De acordo com as opiniões de alguns comerciantes contactados pelo SIMA, a oferta da mandioca seca irá aumentar nas próximas semanas, pois neste momento os produtores já começaram a processar a mandioca para venda-la no período de escassez de milho branco.
Na presente semana (18 de Setembro), o mercado grossista da Cidade de Quelimane foi o que tinha maior quantidade de mandioca seca, cerca de 15 toneladas, à venda em sacos de 50 kg ao preço de 120,00 MTn.
Na zonas sul e centro, com a excepção da província da Zambézia, não é frequente a venda da mandioca seca, facto que pode ser explicado com aspectos culturais.
Maputo, Quinta-Feira, 21 de Setembro de 2006:: Notícias

9/19/06

Cabo Delgado: Construção de complexo residencial gera polémica.


A construção de 48 moradias para um grupo de antigos combatentes da luta de libertação nacional no distrito de Nangade, em Cabo Delgado, está a gerar um mal-estar entre dois empreiteiros e o Governo provincial, este último na qualidade de dono da obra. Trata-se da Varinda Construções, empreiteiro que inicialmente venceu o concurso para a construção daquele complexo residencial, cujas obras estavam orçadas em 15 milhões de meticais da nova família (MTn) e a Neusa Construções, que já está a executar as mesmas obras que já custam 19 milhões de MTn.
Segundo Abu Bacar Varinda, da Varinda Construções, a sua empresa foi arrancada as obras mesmo depois de as ter ganha num concurso público sem ter sido alertada do facto pelo dono da mesma que é o Governo provincial.
"Nem sequer nos avisaram que tínhamos que deixar as obras, apenas soubemos de amigos. No entanto já gastamos cerca de dois milhões de MTn e não sabemos quem nos irá pagar", disse. Ainda segundo Abu Bacar, fora da Neusa Construções não ter concorrido, elevou os custos da construção do complexo dado que irá cobrar por cada moradia 400 mil MTn, contra os 300 mil MTn que a sua empresa havia se predisposto a exigir para cada casa.
Por seu turno, João Ntchonho, director provincial para Assuntos dos Antigos combatentes, disse que Abu Bacar exigia 700 mil MTn/casa, o que fez com que aquele departamento do Governo procurasse um outro empreiteiro mais barato.
"Ele queria muito mais do que podíamos dar e procuramos alguém da praça que pudesse nos cobrar um preço inferior ao dele", tendo acrescentado que se tratou de uma adjudicação dirigida por ser uma obra social.
No entanto, Abu Bacar questiona como é que o valor total seria 15 milhões de MTn para 48 moradias se cada casa estivesse ao preço de 700 mil MTn.
Sabe-se, porém que, recentemente, sumiram 15 milhões de MTn dos cofres do Governo provincial de Cabo Delgado, valor este que era destinado para a construção daquele complexo. Este valor estava sob gestão da Direcção Provincial da Mulher e Acção Social.
O facto faz pairar certa insatisfação em alguns círculos, dado que ao invés do Governo esclarecer o sumiço daquele valor, disponibilizou outro e acrescido em dois milhões de MTn, portanto 19 milhões MTn, para a mesma empreitada.
Maputo, Terça-Feira, 19 de Setembro de 2006:: Notícias