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4/08/06

Poetas Vivos Moçambicanos - Virgílio de Lemos.


Diz Inez Andrade Paes - Para que não se esqueçam dos Poetas vivos, transcrevo um poema do Moçambicano Virgílio de Lemos há longos anos residindo em França:
Do livro - Negra Azul
Edição - Instituto Camões
Eu feito Romeiro
falando da tua essência
não afectada
mas transfigurada.

Assim procuro
com os pés no presente
de areias soltas e quentes
cajus e canhos,
casas que são palácios
meninas que são princesas
em suas diferentes naturezas,
ódios, alcóois e ópios,
tecer um véu cheio de nós
fusão natural
expressão de um povo
não resignado
com sangue novo.

3/26/06

"O Mar Que Toca em Ti" de Inez Andrade Paes continua acendendo corações...


(Clique na imagem para ampliar e poder ler o texto.)

PALAVRAS INDISCRETAS - Por Jacinto Guimarães.
Há notícias feitas de imagens, que dispensam palavras. Despertando emoções, não nos deixam indiferentes.
Outras vezes é o artesanato das palavras que cria as imagens, cerzindo sentimentos que não deixam a vida cair no esquecimento.
Foi assim que li a foto de um jornal e vi um livro de memórias africanas.
==========
O trabalho inédito de Inez Andrade Paes "O Mar que Toca em Ti" encontra-se à venda na Livraria Minerva de Ovar ou diretamente com a autora, pelo e-mail: inezapaes@yahoo.com.br ao custo de Euros 7,50 (envio pelo correio à cobrança).
Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora.
Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net, aqui:

2/04/06

O MAR QUE TOCA EM TI.


Saiu o novo livro de Inês Andrade Paes:
O MAR QUE TOCA EM TI !
É sobre uma semana vivida em Pemba.
Eis um trecho da nova publicação:
... ... Nesse dia só bem à tardinha tivemos o meio de transporte que nos sacudiu os corpos e abriu o olhar para ver o quanto parada a Baixa está, a beleza das casas senhoriais ainda em pé surgem sem se ver vivalma. Algumas com árvores imponentes dentro das paredes, já talvez com duas décadas e fora nos quintais mais velhas a contorcerem-se nos espaços mostrando alguns ramos tão amaciados pelos corpos das brincadeiras das crianças. Toda esta baixa me segreda e aquece o coração.
- quantas vezes percorri aqueles passeios pelas mãos ou solta ao lado de minha Mãe, Pai ou irmãos. Quantas vezes entrei naquelas lojas tão secretas de odores que ainda guardo sempre com a curiosidade de saber o que seria este ou aquele cheiro que para lá do balcão surgia. Ainda hoje fervilha na memória o movimento de uma Baixa de comércio, as voltas pelas obras a edificar ou a preservar sempre acompanhada de meu Pai instruindo-me para hoje. O presente assenta no passado repete-o várias vezes minha Mãe -
Só o saculejar do meu corpo me indica que estou viva e que a Baixa está lá em cima na cidade, desordenada e urgentemente a precisar de uma orientação ponderada.
Voltamos com o Sol a pôr-se e em silêncio. ... ...
Este trabalho inédito de Inez Andrade Paes encontra-se à venda na Livraria Minerva de Ovar ou diretamente com a autora, pelo e-mail: inezapaes@yahoo.com.br ao custo de Euros 7,50 (envio pelo correio à cobrança).
Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora.
Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net, aqui:
Gente e Olhares:
http://geocities.yahoo.com.br/arteinez/
O que os meus olhos vêm:
http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/inezfotos.htm
Quadros:
http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/arteinez.htm
Pássaros:
http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/passaros.htm

12/08/05

O Íbis-branco de Inez Andrade Paes


Clique na imagem para ampliar.
Trabalho inédito de *Inez Andrade Paes, em 2005.
*Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora.
Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados, com limitações, aqui:

11/30/05

A Poesia de Inez Andrade Paes.



Outono

é do rio
que me chamam

quase em segredo
chamam

lentas e pequenas
vagas
que a maior brisa
levanta

húmidas pedras
já com lodo
abafam

quem chama

serão as folhas
quase mortas
ou as vagas
que a brisa
levanta

é de perto
que chamam

*Inez Andrade Paes - 29 Nov.2005
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*Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora.
Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados, com limitações, aqui:
-
Gente e Olhares - http://geocities.yahoo.com.br/arteinez/
- O que os meus olhos vêm - http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/inezfotos.htm
- Quadros - http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/arteinez.htm
- Pássaros - http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/passaros.htm

11/08/05

OS PÁSSAROS



OS PÁSSAROS

num olhar vago
ver-te-ei
com traços de memória

por queda e rendição
do que vos fizeram
sofrer

o homem

pássaro alado
que bem alto
voas
nem tu
escapas ao golpe
do instinto

fadado

o homem

*Inez Andrade Paes/Novembro de 2005
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*Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora.
Alguns de seus procurados trabalhos podem ser apreciados, com limitações, aqui:

10/17/05

A Arte de Inez Andrade Paes em Válega - Ovar



Posted by Picasa

A não perder

Biblioteca Municipal de Ovar - Pólo de Válega

Cortejo Etnográfico de Válega - 2005
Fotografias de: Inez Andrade Paes , artista plástica natural de PEMBA

Via: http://geocities.yahoo.com.br/arteinez/index.htm

9/30/05

Espaço para a arte de Inez Andrade Paes

A Natureza foi sempre refúgio e fonte de inspiração para o ser humano.

Assim escrevem sobre pássaros e Inez Andrade Paes:

Frequentemente, a sua acepção poética compreende um universo de concórdia e equilibrio a que se sobrepõem as representações classícas do Jardim do Paraíso. Uma Arcádia perdida onde, no pastoral e bucólico, se abrem rasgões de presença divina servida por uma ortodoxia pagã.

Nestas representações, as aves - os pássaros - são simbolo capital e têm, por isso, presença abundantemente marcada. Criaturas do espaço, espíritos do vento, as aves substancializam a própria alegoria do Ar. É esse "outro" ser que "fala", que dá voz a uma história - a chave de íntimos segredos. Se a sua ausência não nos traria perplexidade, estimularia certamente a erupção de um lento terror.
No sexto livro de "A Eneida", Vergílio escreveu: "Fácílis descensus Averno. Fácil é descer aos infernos". Averno era, para Vergílio, o portal do Hades. Um lago tão venenoso que os vapores das águas fétidas matariam qualquer pássaro que por sobre ele voasse. A palavra Averno deriva do grego "aorno" na qual "a" é prefixo de negação e "orno" ou "ornis" significa pássaro. O Inferno seria, assim, um lugar sem pássaros.

A presença dos pássaros fascina pela beleza da plumagem e a poesia do voo. São também os pássaros, muitas vezes, símbolo de poder espíritual - a pomba branca do Espírito Santo, a águia de S. Jono de Patmos (ou Zeus), o pavão de Juno, etç. - e de estatuto social - a posse de araras era restrito apanágio da Família Real. Como emblemas da alma, os pássaros assumem, muitas vezes, corporeidade de boas ou más qualidades, propicios ou desagradáveis augúrios.

"O estatuto dos pássaros" é auspicioso - como diria um augure romano. "Auspicioso" vem de duas palavras latinas: "avis" (pássaro) e "spiceri" (ver, observar) e derivou do antigo hábito de prever o resultado de qualquer empreendimento através da observação do canto e voo dos pássaros ou analise de suas entranhas. Esta mesma atividade que nos fará hoje sorrir, fez parte integrante do percurso que levou ao Renascimento Europeu e para o qual contribuíram, pela atenção meticulosa do detalhe e observação directa do mundo natural, dois grandes pintores: Leonardo daVinci (no Sul) e Albrecht Durer (no Norte).

Desde os primeiros diagramas rupestres até ao detalhe analítica do Renascimento, desde o naturalismo do século XVIII e reconciliação entre arte e ciência no século XIX, até ao ênfase do reconhecimento correcto do meio ambiente e sua representação realista no século XX, que os registos pictóricos de aves não deixaram nunca de participar do imaginário universal a que fazem constante e estimulante apelo.

É extraordinariamente refrescante ver agora esta exposição de pintura de pássaros, na qual, como ciclo poético, Inez Andrade Paes sobrepõe o poder de interpretação das referências naturais à objetividade científica mais crua, ao mesmo tempo que se serve dela. O todo com um resultado que se formaliza em elegante equílibrio.

A limpidez da cor usada no tratamento de cada imagem e a delicada aplicação da linha defenidora dos detalhes fundamentais tem, na sua economia de meios, a qualidade dos clássicos. E é esse mesmo aspecto que confere a estas pinturas o seu carácter contemporâneo.

Sebastian Bruy-Hard, Cambridge, Inglaterra, 2001 (In brochura "Pássaros da Península Ibérica" - Museu Múnicipal de Silves - 9 de Novembro a 2 de Dezembro de 2001)
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Inez Andrade Paes é artista plástica natural de Pemba-Moçambique e reside atualmente em Portugal.
Seus quadros procurados e apreciados no mundo da arte guarnecem coleções particulares. Alguns de seus diversos trabalhos podem ser vistos nestes endereços:

9/28/05

Homenagem a Lêdo Ivo


(Clique na imagem para ampliar)
Posted by Picasa
De Inez Andrade Paes, artista plástica natural de Pemba-Moçambique e residente em Portugal:
Em homenagem a este poeta, Lêdo Ivo, que Álvaro Lins considera " Um dos três grandes da moderna poesia brasileira" e que recentemente foi agraciado com o Prémio Telecom de Literatura Brasileira, deixo-vos este poema que retiro do livro 50 POEMAS ESOLHIDOS PELO AUTOR , por ele oferecido a Glória de Sant' Anna.

Inez Andrade Paes
PRIVILÉGIO

O dia voa como um pássaro
e os pássaros voam como os dias
num movimento perpétuo.

Os dias voam e são pássaros
As belas imagens do mundo
emigram levadas pelas águas.

Onde estou, a horrível plumagem da morte
não se atreve a cobrir-me. No dia inumerável
os sonhos voam como pássaros.

Ajustei-me às constelações.
Sou um homem que está caminhando
rodeado por todas as estações da terra.

Lêdo Ivo

8/21/05

Inez Andrade Paes - GENTE E OLHARES


Um dos inúmeros e excelentes trabalhos de Inez Andrade Paes

Posted by Picasa

Assim falam de Inez:

Foi na terra do mar que Inez pôs em primeiro lugar as suas mãos.
Daí sairam conchas, algas, pequenos grãos de areia que se introduziam entre os dedos e embora fizessem uma ligeira impressão traziam consigo o nácar dos peixes e o azul do mar.
Foi com estes olhos que Inez se arrelampou com o primeiro pôr do sol, com o primeiro arco iris, com a primeira onda agreste que lhe deitou o mar por cima e lhe deixou sal nos lábios.
Foi com estes olhos que Inez viu a terra vermelha, aquela onde até se podiam plantar pedras.
Mas foi com estes olhos que Inez recompôs a saudade e mergulhando as mãos na terra adversa, daí tirou tudo, fez compotas, adoçou a família e os amigos, e como se não bastasse, meteu a imaginação pelo meio para criar coisas que aos nossos olhos se tornaram surpreendentes.
Foi com estes olhos que Inez abraçou o pasto com a mesma ternura que abraça os poetas, o mesmo amor que abraça a alma.
E foi com estes olhos que Inez viu a liberdade dos pássaros e os reproduziu fielmente, para que eles os pássaros pudessem ir para além do vôo, naquilo que os pássaros ensinam as pessoas em trajectórias para além do circulo.
E as mãos de Inez estão aqui.
No tudo que nos leva ao caminho duma descoberta plena.
Por favor Inez não deixes que as tuas mãos saiam do nosso coração.

Teresa Roza d’Oliveira - Julho de 2004 (Pintora nascida na Ilha de Moçambique).

Inez Andrade Paes é natural de Pemba-Moçambique e reside atualmente em Portugal.
Filha da poetisa do mar azul de Pemba - Glória de Sant'Anna é também irmã do artista plástico luso -moçambicano Rui Andrade Paes, que recentemente se destacou na mídia mundial como autor das ilustrações do livro de Madona "Pipas de Massa".

Link's para trabalhos de Inez Andrade Paes:

6/22/05

Só para saber...


Posted by Hello
...e constar:

The New York Times - Best Sellers - 22/06/2005

CHILDREN'S BOOKS:
Top 5 at a Glance
1. OH, THE PLACES YOU'LL GO! written and illustrated by Dr. Seuss
2. 10 LITTLE RUBBER DUCKS, written and illustrated by Eric Carle
3. LOTSA DE CASHA, written by Madonna. Illustrated by Rui Paes*
4. RUNNY BABBIT, by Shel Silverstein
5. THE DRAGONOLOGY HANDBOOK, edited by Dugald A. Steer

*Rui Paes ou Rui Andrade Paes é natural de Pemba, filho do falecido e inesquecível arquiteto Afonso H. Andrade Paes (Pemba guarda até hoje a expressão de seus traços arquitetônicos) e da poetisa do mar azul de Pemba Glória de Sant'Anna. É irmão da também artista plástica nascida em Pemba Inez Andrade Paes.

5/25/05

A Arte de Inez


Posted by Hello
Foi na terra do mar que Inez pôs em primeiro lugar as suas mãos.
Daí sairam conchas, algas, pequenos grãos de areia que se introduziam entre os dedos e embora fizessem uma ligeira impressão traziam consigo o nácar dos peixes e o azul do mar.
Foi com estes olhos que Inez se arrelampou com o primeiro pôr do sol, com o primeiro arco iris, com a primeira onda agreste que lhe deitou o mar por cima e lhe deixou sal nos lábios.
Foi com estes olhos que Inez viu a terra vermelha, aquela onde até se podiam plantar pedras.
Mas foi com estes olhos que Inez recompôs a saudade e mergulhando as mãos na terra adversa, daí tirou tudo, fez compotas, adoçou a família e os amigos, e como se não bastasse, meteu a imaginação pelo meio para criar coisas que aos nossos olhos se tornaram surpreendentes.
Foi com estes olhos que Inez abraçou o pasto com a mesma ternura que abraça os poetas, o mesmo amor que abraça a alma.
E Foi com estes olhos que Inez viu a liberdade dos pássaros e os reproduziu fielmente, para que eles os pássaros pudessem ir para além do vôo, naquilo que os pássaros ensinam as pessoas em trajectórias para além do circulo.
E as mãos de Inez estão aqui.
No tudo que nos leva ao caminho duma descoberta plena.
Por favor Inez não deixes que as tuas mãos saiam do nosso coração.-Assim diz Teresa Roza d’Oliveira em Julho de 2004 (Pintora nascida na Ilha de Moçambique)

Artista plástica, Inez Andrade Paes nasceu em PEMBA.
Filha da poetisa do mar azul de Pemba Glória de Sant'Anna e irmã do também artista plástico natural de Pemba Rui Andrade Paes (que assina a ilustração do livro de Madonna - Pipas de Massa, com lançamento em Portugal e no mundo no próximo dia 1 de Junho) vive em Portugal desde 1975.

A sensibilidade e a arte de Inez estão nestes endereços:
- O que os meus olhos vêm
-
Pássaros
- Quadros I
- Quadros II

4/29/05

Rui Paes...outro nome de Pemba em destaque nas artes...


Posted by Hello (Ilustração de Rui Andrade Paes)

O Rui Andrade Paes (Filho da poetisa do mar azul de Pemba, Glória de Sant'Anna e irmão da também artista plástica Inez Andrade Paes ) ilustrou o próximo livro infantil da Madonna, que irá sair no próximo dia 1 de Junho.
Eis aqui a referência à notícia no DN:
...“Desde há uns cinco anos, muitos editores a apostam na ilustração”, refere, salientado, aí, o papel da Bedeteca e do Salão de Lisboa na divulgação de talentos portugueses “O ilustrador tem vindo a ganhar um estatuto que já lhe permite partilhar a autoria de um livro com quem o escreve.” Um reconhecimento que passa fronteiras: Madonna escolheu o português Rui Paes para ilustrar o seu próximo livro Pipa de Massa, com edição marcada para 1 de Junho.
© JTM/Diário de Notícias
Imagem de autoria de Rui Paes, ilustrativa do livro:

Imagem da capa do Livro:
ou
O livro vai-se chamar em Português "Pipa de Massa".

Esperamos para a semana um artigo na revista Visão...
Para nossa alegria ninguém "segura" esta Família Andrade Paes !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

4/22/05

Exposição - Quadros de Inez Andrade Paes


Posted by Hello

Envolta nas magníficas cores criadas pela artista plástica Inez Andrade Paes (natural de Pemba), acontece exposição de quadros inéditos, dia 25 de Abril às 13h, em simultâneo com a inauguração do Polo da Biblioteca de Válega - Ovar - Portugal.
Aguarda-se a presença dos Amigos, também !

4/19/05

Ainda a PENEIRA MACUA...


Posted by Hello
As palavras-poema :

"...uma das prendas que trouxe de Pemba foi uma peneira que na altura gostei muito, passei várias vezes os meus dedos por ela e até a cheirei..."

e um poema:

PENEIRA

no movimento
certo
ritmado
quase ausente
levantas mapira

o vento lento
sopra
a poeira
que pousa a teu lado

em tuas mãos
em teu regaço

na peneira
volta a pousar
por breves momentos

noutro
levantar
a casca tomba

pesada

rolando
na esteira

a teu lado


Autora das palavras-poema e do poema:
Inez Andrade Paes

4/14/05

O que os meus olhos vêm


Uma forma diferente de perceber a natureza...e uma nova página da Home Pemba.
Autora das fotos - Inez Andrade Paes

"O que os meus olhos vêm" está em :
http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/inezfotos.htm
Posted by Hello

3/18/05

GESTOS


Gestos

formas
tocam
invisíveis

tocam

sua geometria
guardei
moldada com o olhar
nas horas mortas

num gesto
sereno e franco
se quebram
e se perdem
para outro olhar
como o meu

bocados reunidos
na tentativa
de continuar
sua história

reunidos

deduzo do gesto
as palavras
que me prendem
me recriminam
e me consolam

deduzo dos gestos
a presença
dos meus mortos

que me prendem
me fitam
me consolam

reuno os bocados
e componho
com o olhar
nas horas mortas

Inez Andrade Paes
-Artista nascida em Pemba residindo em Portugal
*Conheça a ARTE DE INEZ ANDRADE PAES
( http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/arteinez.htm )