A apresentar mensagens correspondentes à consulta Mugabe ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta Mugabe ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens

10/10/07

Zimbabwe - Dirigente do ANC insurge-se contra “tirania do regime de Mugabe”

Joanesburgo - Kader Asmal, ex-ministro do governo sul-africano, advogado, deputado e membro do comité executivo do Congresso Nacional Africano (ANC), acusou o governo do presidente Mugabe de “conduzir uma guerra tirânica contra o seu próprio povo”.
Discursando, na quinta-feira à noite, na sessão de lançamento do livro da activista zimbabueana Judith Todd “Trough The Darkness” (Através da Escuridão), Asmal não poupou o regime da Zanu-PF e o seu líder Robert Mugabe, afirmando que só lamenta não ter falado mais cedo sobre a tragédia no Zimbabue.
As palavras de Asmal, que merecem grande destaque na imprensa de Joanesburgo, constituem uma clara afronta à atitude do Presidente da República e líder do ANC, Thabo Mbeki, que nunca denunciou as violações dos direitos humanos no Zimbabue e sempre se recusou a criticar o seu homólogo zimbabweano.
Kader Asmal admitiu que o silêncio tem feito dele cúmplice da situação e questionou os pontos de vista de Thabo Mbeki, segundo os quais apenas os zimbabweanos podem decidir o seu futuro.
Lamentando a forma como as coisas no Zimbabue se transformaramem “cinzas e mais cinzas”, o político e professor universitário afirmou que “a liberdade que se viveu no Zimbabue nos anos 80 tornou-se um pesadelo em consequência da preservação do poder em meia dúzia de mãos”.
Declarando que fala como “orgulhoso cidadão de uma África do Sul livre, que deveria ter aberto a boca e feito campanha há muito contra um regime que colocou o Zimbabue de joelhos”, o político do ANC não hesitou em classificar o Presidente do Zimbabue como um “tirano”.
“E porque é que só falo agora? Eu deveria tê-lo feito nos anos 80, quando milhares de pessoas foram assassinadas pela infame 5ª Brigada em Matabeleland. A Igreja Católica falou, eu não”, penitenciou-se Asmal.
O livro “Through The Darkness”, agora publicado na África do Sul, narra os acontecimentos ocorridos precisamente nos anos que se seguiram à conquista do poder por Robert Mugabe.
Em 1982-83, receoso de uma possível rebelião de dirigentes da tribo ndebele, da região de Bulawayo (à qual pertencia o então “vice” Joshua Nkomo), Mugabe enviou para aquela zona a 5ª Brigada, que havia sido treinada na Coreia do Norte.
Segundo milhares de testemunhos recolhidos pela Igreja Católica, ONG e activistas - e que deram mesmo origem a um relatório da ONU- as tropas, que respondiam directamente a ordens de Robert Mugabe, mataram mais de 20 mil civis, enterrando-os em valas comuns.
A gozar na altura ainda de uma forte imagem de “libertador do Zimbabue”, Mugabe acabaria por não receber mais do que tímidas e raras críticas da comunidade internacional.
(Redacção e Lusa) - In MediaFAX 3886 de 09/10/07

9/29/07

Diversificando - Ditadores & Opressores...A África do Mugabe.

(caricatura daqui)
Se Mugabe não ganhar (as eleições), militares recorrem às armas e derrubam o futuro governo. A ameaça é das chefias do exército do Zimbabué.
O brigadeiro-general David Sigauke, do exército do Zimbabué, ameaçou que a instituição militar derrubará pelas armas qualquer futuro governo que não seja liderado pelo presidente Robert Mugabe ou pelo seu partido, a Zanu-PF.
Discursando no fim-de-semana durante uma cerimónia de graduação de novos recrutas nos arredores da capital, Harare, aquele oficial superior exortou os cidadãos do seu país a «exercer os seus direitos eleitorais com sensatez nas eleições de 2008», recordando que o Zimbabué «não voltará a ser uma colónia».
Segundo o jornal «ZimOnline», o brigadeiro-general Sigauke afirmou aos novos graduados que a instituição militar tem a obrigação de defender a herança histórica e nacional do país bem como a soberania nacional.
«Como soldados temos o privilégio de sermos capazes de defender estes direitos em duas frentes: a primeira através da urna de votos e a segunda através do cano das espingardas se as coisas forem de mal a pior», disse o oficial citado pelo «ZimOnline».
Já em 2002, em vésperas de mais um controverso acto eleitoral ganho pela Zanu-PF de Robert Mugabe, o então comandante-em-chefe do exército (agora reformado), general Vitalis Zvinavashe, ameaçara numa conferência de Imprensa que o exército nunca seria leal a um presidente que não tivesse participado na luta pela independência.
Segundo analistas locais, ambas as ameaças são dirigidas directamente ao Movimento para a Mudança Democrática (MDC, a maior força da oposição), que é liderado por um antigo líder sindical, Morgan Tsvangirai.
Tsvangirai foi derrotado em todos os actos eleitorais desde 2000, embora tenha tido o apoio de inúmeras organizações internacionais e grupos de observadores na denúncia de graves irregularidades executadas pelo regime na preparação e execução das eleições bem como na contagem dos votos desde então.
Mugabe, que tem sistematicamente acusado a oposição de ser «um fantoche do Ocidente», em particular da Grã-Bretanha, tem contado desde a sua ascensão ao poder, em 1980, com a lealdade cega do aparelho militar.
Entre muitas recompensas dadas aos oficiais superiores dos três ramos das forças armadas, o presidente distribuiu pelos seus mais fiéis defensores milhares de hectares das terras que o seu governo expropriou aos agricultores brancos, situação que contribuiu grandemente para o colapso da economia do seu país.
Militares no activo ou na reforma têm sido nomeados em anos recentes para cargos governamentais, para as administrações de empresas públicas e até mesmo para os órgãos que gerem as eleições no país. Por exemplo, o presidente da Comissão Eleitoral, George Chiweshe, é um antigo juíz e general do exército, que foi nomeado para o Supremo em 2001 depois de Mugabe ter levado a cabo uma purga de todos os juízes que não pertenciam ao aparelho do seu partido.
Terça-feira os militares voltaram a ocupar pela força das armas mais uma propriedade agrícola de um zimbabueano branco, apesar de na véspera o vice-presidente Joseph Msika ter anunciado que mais nenhuma exploração agrícola seria expropriada pelo seu governo.
In Portugal Diário - 26/09/200710:38

5/26/07

Cabo Delgado - Nem tudo que brilha é ouro...

Produtos fora do prazo:
Há cerca de três semanas a saúde em Cabo Delgado fez uma incursão pela mais famosa casa de hóspedes da actualidade nacional, o “Beach Hotel” onde foi encontrar esta surpresa: produtos fora do prazo.
Levou amostras de cervejas e água tónica para análises laboratoriais que vieram a provar que, na verdade, não se deveriam consumir no dia em que foram servidos aos clientes do cinco-estrelado hotel.
Uma realidade que não deixa sossegados e que nos aconselha a preferir as nossas barracas, onde os produtos são consumidos no dia que chegam, com pouca probabilidade de ficarem armazenados. Lá o grande problema é a higiene.
Há também quem disse uma vez que Robert Mugabe está fora do prazo por causa da crise do seu país, que na semana passada não conseguiu ver nas proporções em que em Moçambique se fala.
Na companhia de mais três moçambicanos, vimos muitos produtos à venda em toda a nossa trajectória, via terrestre, de Mutare até Harare, passando por regiões do interior, entre montanhas. Ficamos chocados pela diferença entre o que ouvimos e o que vimos no Zimbabwe. Serviços, supermercados, estradas, restaurantes e escolas a funcionarem em pleno.
O povo vai-se “lixando” com o que os políticos acham ser uma crise, vendendo os seus produtos ao longo das estradas e no dia 13 deste mês duas carrinhas de matrículas amarelas, cheias de repolho, transpunham a fronteira de Machipanda, na província central de Manica, para fornecimento às instituições sociais (saúde e educação), no interior do nosso país.
Um homem das Alfândegas disse que se tratava de um contrato de fornecimento firmado com alguns sectores sociais das províncias de Sofala e Manica. É verdade!
Há quanto tempo que a produção escolar desapareceu dos centros internatos do meu país, exemplos de Jécua, Iapala, Boroma, Amatongas, entre outros. No Zimbabwe fomos visitar um colégio missionário no interior de Rusepa e ficamos boquiabertos de tanta produção, sobretudo animal para o consumo e venda para a sustentabilidade do centro educacional.
Ficamos impressionados com a organização e os programas educacionais mais virados para a moralização da sociedade. Mas não gostamos das condições de alojamento que contrastam com a dieta que está reservada aos estudantes.
O outro senão que não escapa a qualquer estrangeiro é, na verdade, a quantidade de dinheiro que é necessário para pagar determinada aquisição, de tal jeito que, para pagar um jantar de quatro pessoas no Restaurante Cascais, na mesma avenida onde se localiza o Portugal Restaurant, foi necessário uma máquina de contar notas. Tantas eram, mas que equivaliam no nosso país, a perto de dois mil meticais, que na actualidade podem ser apenas duas.
Esse aborrecimento pode-se transformar em crise, pois é a verdadeira chatice que provoca um mal-estar em quem não está habituado. Há notas a mais, sendo que, algumas nem os mendigos da rua recebem, por saberem que nada valem.
P.S. Nunca tinha visto um povo tão “louco” pelo futebol como o do Niassa em apoio ao seu Futebol Clube de Lichinga. Grita do princípio até ao fim. Bate-se até que se farta. Polícia ou não, desde que seja para apoiar o clube da casa, as normas e tarefas são esquecidas, nem mesmo para deter quem agride outrém e só se recorda dois dias depois que houve quem foi agredido fisicamente até à exaustão.
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 26 de Maio de 2007:: Notícias

3/27/07

Assim vai África: Os protetores de Mugabe...


Liga dos Direitos Humanos (LDH) acusa os estados africanos de darem `protecção´ ao Governo do Zimbabwe, por se "manterem calados e prosseguirem uma diplomacia corporativista" em relação àquele país.
Num comunicado segunda-feira divulgado em Maputo, assinado pela presidente da LDH, Alice Mabota, a organização condena `a diplomacia silenciosa´ com que os Estados africanos acompanham os acontecimentos no Zimbabwe.
`Ao manterem-se calados e protegendo o regime de Robert Mugabe, os Estados africanos estão simplesmente afirmando que podem a qualquer momento optar pelas mesmas vias a fim de protegerem seus interesses e não querem interferências de algum outro país. Isso faz perigar a democracia e cria precedentes para a criação e sobrevivência de Estados, com fundamentos e filosofias na tirania e na demagogia´, realça o documento.
Aludindo especificamente à postura dos países da África Austral, a LDH salienta que `o regime zimbabweano está a desestabilizar a região´, pois os problemas neste país estão a causar `o crescimento do número de refugiados em Moçambique, África do Sul, Malawi, Tanzânia e outros´.
Com esse fenómeno, recrudesceu também a criminalidade, a prostituição, a vadiagem, a mendicidade e o tráfico na África Austral, considera ainda a LDH.
O ex-chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano, é alvo de censura na declaração, devido à sua posição pública de apoio a Mugabe, que estende a sua preocupação a um acordo de cooperação no sector policial entre os Governos zimbabweanos e angolano.
`Os governos africanos têm a responsabilidade de remeter comunicações à Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e inclusive de condenarem pública e expressamente o comportamento do governo do Zimbabwe pela flagrante violação dos direitos humanos´, enfatiza a declaração da LDH.
Na mesma ocasião, falou também Tafadzwa Ralph Mugabe, advogado de Grace Kwinge e Sekai Holland, as duas mulheres que as forças de segurança zimbabweanas impediram de viajar para África do Sul, onde iriam receber tratamento médico a ferimentos provocados por agressões da polícia nos incidentes de 11 de Março último.
Tafadzwa também repudiou a `diplomacia silenciosa´ dos governos africanos, ressalvando que `a crise zimbabweana é também regional, pois milhões de compatriotas estão a emigrar e a pressionar os parcos recursos económicos da zona´.
fonte: LUSA - Via Imensis de 27/03/07

3/23/07

As Vítimas do pernicioso e racista Mugabe no Zimbabwe

http://www.youtube.com/watch?v=0QMlt4Pc5iI

11/16/05

Zimbabué - Péssimo exemplo africano !


Fazendeiros brancos denunciam nova onda de expropriações no Zimbabué.
Os fazendeiros brancos do Zimbabué denunciaram hoje que perderam milhares de dólares em equipamentos e sementes numa nova onda de expropriação de terras, no âmbito da reforma agrária do Governo do presidente Robert Mugabe.
O presidente da União de Propriedades Comerciais (CFU, em inglês), Hendrik Olivier, disse que o "saque" de propriedades registado nos últimos meses inclui a perda de equipamentos como tractores, sementes e fertilizantes.
"É difícil estabelecer um valor exacto, porque as ocupações estão a ocorrer uma pouco por todo o país", acrescentou Olivier.
Actualmente, há no Zimbabué 600 fazendeiros brancos, em contraste com os 4.000 existentes em 2000, antes do Governo do presidente zimbabueano, Robert Mugabe, iniciar a reforma agrária.
No total, as fazendas expropriadas e registadas em nome do Estado, incluindo propriedades comerciais, são mais de 6.000.
"Grande parte das pessoas que se apropriam dos equipamentos são os novos proprietários negros, que se aproveitam do caos criado com as recentes reformas constitucionais", sublinhou Olivier.
O Parlamento do Zimbabué, a partir de uma iniciativa do Governo, aprovou uma reforma da Carta Magna há dois meses, que impede os fazendeiros brancos de recorrer aos tribunais pela ocupação de terras.
Esta modificação constitucional provocou uma nova onda de expropriações de terras por todo o país.
O ministro da Segurança do Estado, Didymus Mutasa, ameaçou recentemente acabar com todas as propriedades dirigidas por brancos.
A caótica reforma agrária do Zimbabué é uma das principais razões, segundo peritos, para a grave carência alimentar no país, antes considerado o "celeiro de África".
A produção de alimentos no Zimbabué caiu 60 por cento, o que obriga milhões de pessoas a depender da ajuda internacional para sobreviver.
15-11-2005 19:30:02 (Fonte : Agência LUSA)
Via: "Stop"

10/27/05

This way to paradise


Holiday-makers have always been deterred by Mozambique's troubled image, but a string of glorious coral islands is about to change all that, says Douglas Rogers.(Filed: 26/10/2005).


The new pioneers are wheeling and dealing down at the Dolphin restaurant on Wimbi Beach: swarthy Portuguese returnees, sunburnt white South Africans, earnest Britons and Scandinavians, all talking about opening dive schools, fishing charters and seafront guesthouses in anticipation of a tourist boom.
Overhead, a light plane is ferrying the latest guests to the new luxury resorts out on the islands, while to the west of the bay stands the Moorish-style splendour of the Pemba Beach Hotel, its lawns and palm-lined courtyards reminiscent of a sultan's palace.
The hotel was built by a Saudi tycoon in 2002. You might wonder what an Arab millionaire is doing investing in a remote coastal town in northern Mozambique.
Well, pretty much the same thing we're all doing, I guess. I'm drinking Dos Mahou beers with my father at the Dolphin's bar, waiting for a boat to take us to see a plot of land.
My sister, a developer in London, had bought (over the internet) five acres of beachfront on a peninsula across the Pemba Bay and hopes to open a guesthouse. Now she had asked my father and me to check it out.
For me, it would be an excuse to see a part of Mozambique I barely knew existed. For my father, a white African of many generations, it could be a lifeline.
Two years ago, the game farm he and my mother built from scratch in the hills of eastern Zimbabwe was designated for "resettlement' by the government of Robert Mugabe.
Their tourism business had collapsed, their home was under siege. Strange as it may seem, Mozambique, might prove a safe haven for them.
Neverthless, when I first heard my sister's idea, I thought she was mad. After decades of war Mozambique is finally at peace and opening up to tourism and foreign investment.
The capital, Maputo, 1,400 miles south, is rediscovering the Latin sizzle that made it the Lisbon of Africa in the 1950s and 60s; while the Bazaruto archipelago off the central coast is the talk of the world's fashion set.
Pemba, on the other hand, is so cut off from the rest of Mozambique it might as well be in Burundi. It barely has electricity (the town still runs on a generator) and the roads leading to it are so bad it is almost impossible to reach by car.
"You're making a mistake,'' I told my sister, but she refused to listen. "It's going to be the Maldives of Africa,'' she said. "You'll see.''
I flew into Pemba from Zimbabwe, ready to prove her wrong. A sweltering port with a lively beach-bar scene and a frontier-town energy, it was attractive enough, but it hardly promised paradise.
If northern Mozambique was going to become like the Maldives, I gathered it would be because of a chain of 32 islands that stretch from Pemba up to the waters off Tanzania, 300 miles north: the Quirimbas archipelago.
I'd never heard of them, but then neither have most Mozambicans. Between the 15th and 19th centuries, the Quirimbas islands were thriving outposts, first of an Arab spice route and slave trade, later for the Portuguese colonists who landed there in 1495, traded in cloth, turtle-shell and slaves, and made Ibo Island, in the heart of the archipelago, the capital of the north.
By the 20th century, trade declined and the islands slipped into obscurity. The war years isolated them even further.
Now tourists and high-end hoteliers have rediscovered the lost islands. To get to them I took a light plane from Pemba and soon realised my sister was on to something: 10 minutes after take-off, a glistening ribbon of coral islands rimmed by white sand and swollen with emerald mangroves revealed themselves through low cloud.
Arab dhows plied a tidal waterway along the coast and the ocean was so blue I could see dolphin and sailfish spear through the waves. For a second I thought this really was the Maldives.
My first stop was Quilálea, a chic, nine-suite lodge owned by an Anglo-Kenyan colonial and his glamorous Belgian wife.
The island is barely a mile wide and too small for an airstrip, so the plane decanted me on a grass runway set between coconut palms on the larger island of Quirimba, and a speedboat crewed by three men in sailor suits, former island fishermen now employed at the lodge, picked me up.
My first stop was Quilálea, a chic, nine-suite lodge owned by an Anglo-Kenyan colonial and his glamorous Belgian wife.
The island is barely a mile wide and too small for an airstrip, so the plane decanted me on a grass runway set between coconut palms on the larger island of Quirimba, and a speedboat crewed by three men in sailor suits, former island fishermen now employed at the lodge, picked me up.
The name Quilálea comes from the Swahili word lala, which means sleep, and dates from the days when Arab ships took shelter in the island's protected cove. We soon cruised into it, a row of thatched pavilions gazing down at us from rocks above.
"Put your watch back an hour,'' said the manager, greeting me on the beach. "We're on island time here.''
Quilálea's nine stone villas are furnished with tribal wood carvings and all have private sea views.
From my sprawling bed I could see fish rippling the water and dhows sailing past my door. Teak walkways linked each villa to a terrace bar and salt-water pool deck overlooking the cove, while fresh lobster, crab and tuna were served in a thatched restaurant or at candlelit tables on the beach.
Years of isolation have been kind to the Quirimbas. The marine life is some of the most exotic on earth and turtles, humpback whales and rare dugong - a seal-like mammal from which the myth of the mermaid derives - populate these waters.
Quilálea was declared a marine sanctuary by the World Wildlife Fund in 2002, and I took time to snorkel the reef on its south side, swimming among writhing moray eels and millions of rainbow-coloured fish.
The real highlight for me, though, came at surface level: a sunset cruise on the lodge's own dhow, the Doña Fatima. As its crew hoisted the sails and teased the tide, I sipped white wine from a pillow bed on deck and went to lala.
Mozambique is said to be named for Mussa-Bin-Tiki, a sultan who ruled here in the 16th century.
Today the region has a modern-day sultan of sorts: Adel Aujan, a Saudi soft-drinks tycoon and president of Rani Resorts, which built the lavish Pemba Beach Hotel on the mainland back when the town was a no-name backwater.
My next stop was the first of two resorts he is opening on the islands: Matemo, a 30-minute flight farther north.
Only the larger islands in the archipelago have permanent settlements and Matemo had one too.
After the flight, the 20-minute transfer to the resort took us through a Quimvani fishing village of thatched mud huts.
Black women with white painted faces - paste from the mussiro root to moisturise their skin - stared at us from under swaying palms; bare-chested men armed with bows and arrows speared fish in the shallows.
I've seen dozens of faux tribal village scenes dished up for tourists in Africa, but there was nothing fake about this.
According to Dave Rissik, a conservationist employed by Rani, whom I met later at the resort, the Quimvani islanders still caught marlin with handlines from wooden dugouts, and the arrows they used to spear shrimp and fish were so similar to those of the Kalahari Bushmen that they could be related.
Most astonishing, many of these islanders had never even set foot on the mainland before, though you could easily see it from Matemo.
I half expected Adel Aujan's resort to be kitsch and glitzy. Instead, it was done in elegant Afro-Arab style, with 24 identical wood-built villas set on the beach. Hammocks were slung between palms and an opulent bar area was furnished with oriental lanterns and lavish day beds, overlooking the water.
Sadly, the service did not yet match the style. The porter who walked me to my suite got all the way there before realising he'd forgotten the key. "Shit!'' he said, and ran back to get it.
Ordering a meal could be hard, too, as the waiters spoke no English. Such teething problems were understandable. Those same villagers who'd never set foot on the mainland were now employed as staff and taking my dinner and cocktail orders.
I felt awkward about this at first, but was reassured to learn that the government is working hard to create sustainable tourism - and protect the local way of life.
In 2002 the 11 southern islands in the Quirimbas were designated a national park, and three more in the far north have been earmarked for the largest conservation project of all: Maluane.
Created by the London Zoological Society, with private investors, it will comprise three luxury lodges and a game reserve on the mainland, teeming with lions and elephants.
The project is expected to employ 350 locals, and part of the profits will go to schools and hospitals. Ibo Island, meanwhile, with its ancient fort and crumbling Portuguese mansions a 30-minute boat ride south of Matemo, was already applying for Unesco heritage status.
I flew back to Pemba with no doubt that in a few years the north will be booming. I met my father at the Dolphin and we set off to find my sister's plot on a peninsula called Londo. Its only development was, conveniently for us, next door: Londo Lodge, an almost-finished boutique property owned by a young Dutch couple.
A boat from the lodge came to pick us up, and we soon rounded the peninsula and pulled into a secluded cove.
If Quilálea had been tranquil and Matemo dramatic, Londo Lodge, even in its half-finished state, was the most beautiful property of all: thatched villas stood on high cliffs, a curved stairwell led up to them, and a spectacular teak deck was carved into the cliffs under a tamarind tree.
We left our bags in one of the villas and a guide walked us down a narrow path for about a mile. I was struck by how different the land was to the islands: the earth was redder, the vegetation bush, not mangrove.
Stub-nosed baobab trees more common to the dry African savannah were everywhere.
Suddenly we came to a grass clearing marked with a stone boundary. This was it. It was on lower ground than Londo Lodge, a few yards back from the water, and it had a huge baobab in the middle.
A gorgeous beach stretched in front for 100 yards. My father envisioned a thatched villa on stilts on the beach; the main house behind that; a deck under the shade of the baobab. He had already spoken to builders in Pemba, worked out how to get materials in by dhow; a water supply connected; a generator set up for electricity.
We opened some beers and watched a dhow sail past. I noticed the plot faced west, back into Africa. As we watched the sun go down I realised it was setting over Zimbabwe. Right here, right now, this piece of land felt like home.
Mozambique basics
Getting there a 10-day trip to Tanzania and Mozambique with Sunvil Africa (020 8232 9777; www.sunvil.co.uk/africa), including seven nights at Quilálea, costs £ 2,479 per person, based on two sharing.
The price includes flights from London Heathrow, all flights and transfers within Africa, all meals and non-motorised activities at Quilálea.
Staying therePemba Beach Hotel (00258 72 21770;
has standard doubles from £ 70 per person, based on two sharing.
Matemo Island Resort (book through Rani Resorts in Johannesburg, (0027 11 465 6904; www.matemo.com)
has b&b in a standard room from about £ 170 per person.
Londo Lodge (00258 72 21048;
opens next month; full board in a double costs £185 per person, based on two sharing and excluding drinks.
The first Maluene lodge, on Vamizi, opened last month with others due to open next year on Rongui and Macaloe; further information from The Outposts (01647 231007; www.theoutposts.com).

Via: Travel.Telegrafh
=======================

Use as "Ferramentas de idiomas" do Google para traduzir o texto acima

10/21/05

FOME - Hipocrisia internacional...

...por Paulo Leite, de Washington, DC

Se alguém ainda precisava de provas do lastimável estado em que se encontram as chamadas “instituições multilaterais” – quer dizer, quem não tinha prestado atenção, por exemplo, ao escândalo petróleo x comida ou às ridículas nomeações de países como Cuba e Líbia para presidir a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas – agora não tem mais desculpas.
A comemoração dos 60 anos da FAO (agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) foi marcada por alguns dos mais eloqüentes episódios de hipocrisia e alienação da realidade já vistos.
Para começar, temos a entrega ao nosso presidente Lula da Silva da maior distinção outorgada pela FAO, a Medalha de Mérito Agrícola.
Segundo o diretor-geral da organização, o senegalês Jacques Diouf, Lula é “uma das figuras de maior destaque na luta global contra a fome”.
Para Diouf, “a determinação do governo brasileiro em combater a fome inspirou outras nações a livrar o mundo da fome e da pobreza.”
O pior é que o diretor da FAO provavelmente acredita no que disse.
No mundo de faz-de-conta dos burocratas internacionais, o simples fato de Lula ter anunciado seu “Fome Zero” ao iniciar o governo já é suficiente para merecer um prêmio.
Não importa que o programa tenha sido mais ficção do que realidade.
No modo de pensar dessa gente, o que vale é a retórica.
Creio que já citei por aqui o radialista Rush Limbaugh, que sempre observa que “a esquerda quer ser julgada por suas boas intenções, nunca pelos resultados práticos de suas ações”.
Apenas como parêntese, noto que nosso presidente aproveitou a ocasião para mais uma de suas piadinhas cada vez mais sem graça.
Ao receber a condecoração, disse: “agora finalmente eu tenho um diploma.”
Desculpe, presidente, se não estou rindo.
Se os acontecimentos da festa de aniversário da FAO tivessem se resumido à medalha de Lula, um bocejo seria boa resposta.
Mais uma reunião de dignatários e funcionários internacionais, paga com nossos impostos, claro.
Duro, mesmo, foi ver na tal reunião figurinhas carimbadas como Hugo Chávez e, acredite se quiser, Robert Mugabe, o presidente (ditador, na verdade) do Zimbábue.
Convidar Mugabe a uma reunião sobre alimentação é como convidar a turma do PT para uma reunião sobre o combate à corrupção.
Quando se viu frente ao microfone, Mugabe fez exatamente aquilo que se poderia esperar: começou a acusar a tudo e a todos, para jogar o mais longe dele mesmo qualquer culpa sobre a fome que muitos passam em seu outrora próspero país.
No tempo em que ainda se chamava Rodésia, o país agora governado por Robert Mugabe era uma potência agrícola.
Ao assumir o poder, Mugabe começou uma campanha de intimidação (violenta, em muitos casos) dos fazendeiros brancos, tomou a maioria das fazendas e distribuiu entre seus amigos e correligionários.
Os novos donos, evidentemente, tinham “conhecimento zero” de agricultura.
O resultado não surpreende a ninguém.
A fome que boa parte da população do Zimbábue hoje passa é consequência direta das “reformas” de Mugabe.
O “presidente” africano, sem ter como se defender, partiu para o ataque.
George W. Bush e Tony Blair, que nada têm a ver com a fome no Zimbábue, foram os alvos escolhidos.
Mugabe comparou os líderes dos Estados Unidos e Grã-Bretanha a Hitler e Mussolini.
Bush e Blair, segundo ele, são “terroristas” que formaram uma “aliança sinistra” para “dominar o mundo”.
Diz a Folha Online, citando agências humanitárias, que 5 milhões de pessoas no Zimbábue vão precisar de ajuda neste ano para poder comer.
Uma vez mais, é preciso lembrar que se não fosse por Mugabe o país ainda seria um exportador de alimentos.
A estridência de Robert Mugabe pode fazer sucesso entre a platéia esquerdista de uma conferência das Nações Unidas.
Mas entre adultos responsáveis deveria suscitar indignação.
Se os países do mundo estivessem realmente empenhados em acabar com a fome, como quer fazer crer o diretor-geral da FAO, jamais teriam deixado Mugabe passar pela porta da organização, quanto mais colocado um microfone à sua disposição.
Publicado em 19/10/2005 .