12/13/07

CABO DELGADO - Investimento agrário fracassa.

(Imagem original daqui)
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Maputo, 12/12/07 - A TribunaFAX – O investimento direccionado ao sector agrícola, na província de Cabo Delgado, está aquém de cumprir o Plano de Acção de Combate à Fome, desde o primeiro semestre deste ano, situação que vai tornar difícil, os desígnios do Executivo transformar o pequeno produtor em produtor comercial.
Esta constitui a principal conclusão a que chegou o relatório da Direcção Provincial da Agricultura, apresentada, recentemente, ao Governo local, a que o A TribunaFax teve acesso, que reconhece a necessidade do Executivo reflectir sobre a situação, de forma a traçar estratégias em relação aos investimentos para o sector.
“Olhando para os níveis de investimentos correntes no sector de Agricultura, na nossa província, conclui-se, facilmente, que estamos aquém de cumprir o Plano de Acção de Combate à Fome. A menos que a estratégia em relação aos investimentos seja alterada”, recomenda o documento.
De Janeiro a Julho do presente ano, o Executivo, através do Programa Nacional do Desenvolvimento Agrário, PROAGRI, investiu cerca de 11 milhões de meticais, distribuídos por
subsectores, cabendo ao da Agricultura/Extensão, a fasquia de 4.375.796,4 milhões de meticais, Pecuária ficou com 3.888.228,00, Florestas 540 mil meticais, na Investigação foram entregues 620.5 mil e para Pescas coube o valor cerca de 1.6 milhões de meticais.
“O valor gasto pelo sector ainda é bastante baixo, se comparado com as necessidades”, frisa sustentando que, “por exemplo, na componente tracção animal, os 3.88 milhões de meticais apenas servirão para aquisição de 150 animais de gado bovino, sendo 100 para o fomento e 50 para a tracção animal. Em relação àquilo que se pensa do Plano de Acção de Combate à Fome, 50 bois vão servir para fazer 25 juntas de bois para toda a província”.
Para além do Executivo, o sector agrário tem recebido investimentos provenientes das ONG’s e parceiros que, segundo consta do documento, no período em análise, disponibilizaramcerca de 428 mil dólares. Dos principais parceiros, destacam-se o Programa das Nações Unidas para Alimentação, FAO, Programa de Apoio aos Mercados Agrícolas, PAMA, e Fundação Aga Khan. “Apesar de sermos confrontados com muitas actividades de ONG’s nos distritos, os níveis de investimento estão aquém do desejado, se tivermos em conta que a maior partes desses fundos vão para os custos indirectos”, refere, frisando que “pode-se notar, ainda, que os níveis de investimento para a Agricultura são muito mais baixos”, refere o relatório.
O relatório foi elaborado com vista a munir o Executivo provincial com informação necessária para a tomada de decisões relativas ao índice de investimentos, bem como, avaliar o impacto da implementação dos projectos em curso.
A aderência e o envolvimento das comunidades na implementação dos projectos constituem outros objectivos.
O Executivo definiu a agricultura como a base de desenvolvimento económico e social do País. (Nelson Nhatave)

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