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vento
minhas mãos são de prata
o vento disse nada
vento
minhas mãos são de oiro
o vento disse nada
vento
minhas mãos são de água
o vento disse
lavas-me a alma manchada
vento
minhas mãos são de pedra
o vento disse nada
vento
minhas mãos são de pano
o vento disse
enxugas-me as lágrimas de areia que trago d'áfrica
vento
minhas mãos são raízes
o vento disse
penteio contigo teus longos cabelos nas noites estreladas
vento
porque minhas mãos são de vidro
o vento disse
pra poder espreitar por elas teu sorriso vivo
vento
sopra em minhas mãos de prata
de oiro
de pedra
e faz um caminho largo
minhas mãos são de prata
o vento disse nada
vento
minhas mãos são de oiro
o vento disse nada
vento
minhas mãos são de água
o vento disse
lavas-me a alma manchada
vento
minhas mãos são de pedra
o vento disse nada
vento
minhas mãos são de pano
o vento disse
enxugas-me as lágrimas de areia que trago d'áfrica
vento
minhas mãos são raízes
o vento disse
penteio contigo teus longos cabelos nas noites estreladas
vento
porque minhas mãos são de vidro
o vento disse
pra poder espreitar por elas teu sorriso vivo
vento
sopra em minhas mãos de prata
de oiro
de pedra
e faz um caminho largo
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- Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal é também, além de poetisa, artista plástica e escritora. Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net aqui:
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