Milhares de miseráveis moçambicanos que fugiram da onda violência contra os estrangeiros na África do Sul podem se revoltar contra seu governo se suas necessidades não forem preenchidas.
Esta é a opinião da ex-primeira dama moçambicana Graça Machel, casada com o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e conhecida defensora dos direitos criança. Ela falou sobre o assunto hoje, em Maputo, capital de Moçambique, durante conferência sobre a limpeza étnica.
Uma onda de ataques contra imigrantes na África do Sul, que matou pelo menos 60 pessoas no mês passado, obrigou 39 mil moçambicamos a voltar para casa, segundo autoridades.
Alguns fugiram em ônibus lotados enviados pelo governo de Moçambique, outros pegaram trens ou encontraram outros meios para retornar ao país de origem. No entanto, assim que chegaram, tornaram-se mais dependentes de terceiros para sobreviverem.
"Nas primeiras semanas, eles vão chorar nos ombros dos familiares por terem perdido tudo", disse Machel. "Então, eles vão chorar para o governo, e, no fim, vão se revoltar contra o governo e contra quem estiver ao redor deles."
Os sul-africanos mataram 27 moçambicanos durante a onda de violência. Eles acusam os imigrantes de ocuparem as vagas de emprego e cometerem crimes.
Embora nem todos tenham sido agredidos durante os ataques, cenas de violência divulgadas pela mídia, como uma foto de uma moçambicana sendo queimada por um homem, que estampou as páginas dos jornais locais, convenceram muitos a abandonar a África do Sul.
Machel disse que foram as inadequadas condições de vida nas áreas pobres da África do Sul que motivaram os ataques. Ela afirma que a violência é resultado de anos de falta de monitoramento na imigração, o que provocou enorme pressão sobre a infra-estrutura urbana da África do Sul. "Extrema pobreza desumaniza as pessoas e as leva a cometer loucuras", disse ela. "Foi isso que aconteceu em Ruanda há anos atrás."
A África do Sul há muito tem sido um ímã para as pessoas que fogem da pobreza ou da violência em outras nações do continente. Acredita-se que apenas zimbabuanos existam mais de três milhões, os quais fugiram devido ao colapso econômico e a repressão política no país.
- Com Associated Press - 11/06/2008 - 16h30 - FolhaOnLine
Esta é a opinião da ex-primeira dama moçambicana Graça Machel, casada com o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e conhecida defensora dos direitos criança. Ela falou sobre o assunto hoje, em Maputo, capital de Moçambique, durante conferência sobre a limpeza étnica.
Uma onda de ataques contra imigrantes na África do Sul, que matou pelo menos 60 pessoas no mês passado, obrigou 39 mil moçambicamos a voltar para casa, segundo autoridades.
Alguns fugiram em ônibus lotados enviados pelo governo de Moçambique, outros pegaram trens ou encontraram outros meios para retornar ao país de origem. No entanto, assim que chegaram, tornaram-se mais dependentes de terceiros para sobreviverem.
"Nas primeiras semanas, eles vão chorar nos ombros dos familiares por terem perdido tudo", disse Machel. "Então, eles vão chorar para o governo, e, no fim, vão se revoltar contra o governo e contra quem estiver ao redor deles."
Os sul-africanos mataram 27 moçambicanos durante a onda de violência. Eles acusam os imigrantes de ocuparem as vagas de emprego e cometerem crimes.
Embora nem todos tenham sido agredidos durante os ataques, cenas de violência divulgadas pela mídia, como uma foto de uma moçambicana sendo queimada por um homem, que estampou as páginas dos jornais locais, convenceram muitos a abandonar a África do Sul.
Machel disse que foram as inadequadas condições de vida nas áreas pobres da África do Sul que motivaram os ataques. Ela afirma que a violência é resultado de anos de falta de monitoramento na imigração, o que provocou enorme pressão sobre a infra-estrutura urbana da África do Sul. "Extrema pobreza desumaniza as pessoas e as leva a cometer loucuras", disse ela. "Foi isso que aconteceu em Ruanda há anos atrás."
A África do Sul há muito tem sido um ímã para as pessoas que fogem da pobreza ou da violência em outras nações do continente. Acredita-se que apenas zimbabuanos existam mais de três milhões, os quais fugiram devido ao colapso econômico e a repressão política no país.
- Com Associated Press - 11/06/2008 - 16h30 - FolhaOnLine
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