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12/31/13

Que venha 2014 ... !

Clique na imagem para ampliar. Imagens da net e texto de J. L. Gabão. Este artigo pertence ao blogue ForEver PEMBA. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores.

10/09/09

Herta Muller - sobrevivente de ditadura comunista que ganha Prémio Nobel da Literatura 2009

Herta Muller, escritora radicada na Alemanha desde 1987, nascida na Romênia e que viveu 30 anos sob intensa ditadura comunista, vence o Nobel de literatura 2009.

Herta Muller venceu o Prêmio Nobel 2009 na categoria literatura nesta quinta-feira, por conta de uma obra "com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, que descreve a paisagem dos excluídos''.

- Minha escrita sempre tratou de como uma ditadura surge, como uma situação pode ocorrer em que um punhado de pessoas poderosas dominam um país e o país desaparece, e só resta um Estado - disse Muller à Reuters.

- Acho que a literatura sempre emerge de coisas que fizeram dano a alguém, e há um tipo de literatura em que os autores não escolhem seu assunto, mas lidam com um que lhes foi lançado - não sou a única escritora assim.
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Muller, que imigrou para a Alemanha após deixar a então comunista Romênia em 1987, fez sua estreia em 1982 com uma coletânea de contos intitulada ''Niederungen'', que foi prontamente censurada pelo governo romeno. O livro relata a vida em um vilarejo na região de Banat, na Romênia, onde ainda vive uma minoria que fala alemão, língua em que a autora sempre escreveu. Em 1984, uma versão sem censura foi publicada na Alemanha e seu trabalho foi devorado pelos leitores.
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- Este país me salvou. Quando cheguei, em 1987, pude finalmente respirar - afirmou. - E quando a ditadura caiu, senti que não estava mais ameaçada. Eu me sinto livre no presente, e as coisas que aconteceram não foram canceladas, estão na minha cabeça. Só tenho uma cabeça, essa que levo por aí, e ela contém tudo aquilo com que cheguei a este país.
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O livro foi seguido por ''Oppresive tango'', lançado na Romênia. Por conta de suas críticas abertas ao governo romeno, e à sua temida polícia secreta, a escritora e seu marido deixaram o país em 1987.

Sua obra é marcada por suas experiências de estranhamento e perseguição política, como no livro "O compromisso", lançado no Brasil pela editora Globo, em que narra as adversidades e humilhações sofridas na Romênia comunista.
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- Não sei se o prêmio tem a ver com os 20 anos do fim do regime comunista. Mas tudo o que escrevi tem a ver com o que tive que viver durante 30 anos sob uma ditadura, disse Herta, em entrevista coletiva, ao ser perguntada sobre o possível caráter político da concessão do Nobel.

- Para as pessoas que viveram nas ditaduras as coisas não terminam quando mudam os tempos, explicou Herta. "Há gente que morreu como vítima da ditadura. Tive amigos que morreram e a queda da ditadura não os reviveu", disse a escritora. Segundo ela, esse é o tema de todos os seus livros e a escritora acredita que "toda a literatura tem a ver com as coisas que fizeram dano às pessoas".

A obra da autora reflete em grande parte o destino das minorias na Alemanha e nos países da Europa Central que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, em muitas ocasiões tiveram que pagar duplamente pelas culpas do nacional socialismo em seus países.

Muller, que vive em Berlim desde 1987, nasceu em Nytzkydorf, na Romênia, em 1953 em uma família de minoria alemã - da qual faziam parte outros escritores como Oskar Pastior - e desde muito cedo tentou fazer a ponte entre as duas culturas a quer pertencia. Ela estudou filologia germânica e romena para se aprofundar no conhecimento das duas literaturas das quais se sentia parte.

"Niederungen", seu primeiro livro de contos, foi publicado em 1982, depois de ficar quatro anos na editora e de sofrer cortes impostos pela censura na Romênia do ditador Nicolae Ceaucescu. Antes de se lançar como escritora, Muller chegou a ser demitida de seu cargo de tradutora em uma fábrica de máquinas por negar-se a colaborar com o serviço secreto comunista.

A obra de Muller é uma combinação de uma linguagem especial, por um lado, e o fato de que ela tem uma história para contar sobre como é crescer em uma ditadura, em uma minoria, em outro país. E de como crescer como estrangeira em sua própria família", declarou o secretário da Academia Sueca após o anúncio do Nobel. "É uma escritora fenomenal", concluiu.
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Em seu romance mais recente, "Atemschaukel", Muller conta a história de um jovem de 17 anos que, após a Segunda Guerra Mundial, é levado pelos russos a um campo de trabalhos para ajudar na reconstrução da União Soviética - destino que foi compartilhado por muitos membros da minoria alemã na Europa Central. Os russos acreditavam que, com isso, os alemães estariam pagando suas dívidas por terem sido "cúmplices de Hitler", sem se dar conta que alguns deles também haviam sido vítimas do nazismo.

A obra é uma tentativa de Herta Muller de revelar o que se escondia por trás do silência de sua mãe e de outros romeno-alemães de sua geração que não se atreviam a falar nunca do tempo que haviam passado nos campos de trabalho-escravo soviéticos.

Esta é a primeira vez desde 2003 que o prêmio vai para uma autora em língua alemã, após o recebido pela austríaca Elfriede Jelinek, naquele ano. O último alemão que ganhou o prêmio foi Günter Grass, em 1999. O Nobel da Literatura é entregue anualmente desde 1901. Entre os escritores que já venceram o prêmio estão Thomas Mann, Herman Hesse, Ernest Hemingway, Samuel Beckett, Gabriel García Márquez, José Saramago e J.M. Le Clézio, ganhador do prêmio em 2008.
- Fontes de dados: portal "G1" e "O Globo".

11/04/08

No reino do Marrocos libertado jovem de 18 anos que comparou o "rei" com o time do Barcelona...

Em certos territórios do absurdo geográfico que ainda nos rodeia e envergonha, continua-se brincado aos reizinhos poderosos, quase divindades, senhores da vida e da morte de seus humildes, esfarrapados súbditos acorrentados a pesadas grilhetas de obediência servil e inquestionável, advindas por herança de dinastias tirânicas, repletas de história de insensibilidade, abuso, violência, enriquecimento ignóbil, complementadas por excessivas doses de ignorância fanático-religiosa que se mantêm até nossos dias, com o complacente alheamento de todos nós que nos dizemos sociedade livre.

E não é só no "reino das Arábias" ou do "Marrocos", como no caso que mostro abaixo. Existem outros reizinhos e outros reinados, com outros nomes e sistemas que enojam, depauperam e martirizam povos e mentes de formas diversas, atuantes por esse mundo afora... É só ficarmos atentos ao que acontece de lamentável no Congo da martirizada mãe África, no Zimbabwe do ditador desavergonhado Mugabe, na Venezuela do tirano e presunçoso Chavez, na China dos propagados jogos olimpicos que acobertaram e ainda por cima exportam como algo justificável ou desculpável, a vergonha da negaçao à liberdade e os excessos de crúeis déspotas, entre outros para ser breve...

Do brasileiro site "Espaço Vital", que leio diáriamente, transcrevo:

Libertado jovem de 18 anos que comparou o rei do Marrocos com o time do Barcelona.

Por Marina Birnfeld, de Sevilla, Espanha - 03/11/2008.
Foi colocado em liberdade provisória, no fim-de-semana, em Marrakech, o jovem Yassin Belassal, 18 de idade, que foi condenado, em setembro, a um ano de prisão por ofender à monarquia do Marrocos.

Em um desenho, pintado em um quadro-negro da escola, ele relacionou o rei Muhammad VI ao time do Barcelona.

Segundo a denúncia que o levou a julgamento, "o réu modificou o lema nacional marroquino e equiparou a figura do rei com a de um time de futebol".

Abalado pelas condições que enfrentou atrás das grades, onde dividiu cela com mais de 80 presos, a primeira coisa que ele fez foi agradecer ao rei Muhammad VI pela libertação.

O jovem reconheceu ter pintado "Deus, a pátria, o rei e o Barça" na sala de aulas, modificando com isso o lema nacional marroquino e equiparando a figura do monarca com a do Futbol Club Barcelona.

"Seu amor pelo Barcelona foi o que o levou à prisão", assegurou seu pai, ao ir buscá-lo na saída da prisão.

Em uma das muitas versões contraditórias que circularam em torno do caso, foi especulado que Belassal teria substituído no lema nacional a palavra "rei" pelo nome de seu clube favorito. No entanto, a denúncia apresentada acusa o jovem de ter escrito em um desenho a frase "Que Deus maldiga a teu pai", em referência ao monarca.

Pela ofensa à monarquia explicita nessa última frase, o jovem poderia ter sido sentenciado a cinco anos de prisão, segundo admitiu Mohammed el-Ghalussi, advogado da Associação Marroquina de Direitos Humanos, que esteve à frente da defesa. Durante a audiência foi solicitado ao promotor e ao juiz que levassem em conta a juventude de Belassal, de 18 anos, assim como o fato de que essa frase não foi lançada por uma verdadeira falta de respeito à coroa, mas como uma provocação sem transcendência dirigida aos seus companheiros. Além disso, os advogados de defesa mostraram a inexistência de maior dano à monarquia, à imagem exterior do país e à democracia, que poderia supor a permanência na prisão de um estudante.

A liberdade provisória não garante a absolvição que será examinada pelo chamado Juízo de Apelações.

- O Marrocos é uma monarquia. O atual rei Mohammed VI, filho do falecido Mohammed V, é casado com uma engenheira de sistemas e tem um filho, o próximo herdeiro do trono.

- Seus gigantescos palácios estão fincados em cada cidade marroquina.

- Em algumas cidades, como Casablanca, ele tem mais de um palácio.
- Tanta riqueza de um lado e tanta pobreza de outro.

- A população sofre com a falta de emprego e salários baixos. Situação não muito diferente de contrastes e exclusões do nosso Brasil. As mulheres - especialmente as brasileiras - que pensam em ir ao Marrocos precisam saber que a sociedade marroquina é muito machista; assim, mulher sozinha é sinônimo de garota de programa. Existem duas soluções para essa situação: viajar em grupo ou contratar um guia. Outra coisa importante, e obvia, nada de usar minissaia, blusa muito justa ou decotada, nem os braços à mostra.

3/24/08

Ronda pela net - Tibete: Viver e morrer no teto do mundo ou a opressão da ditadura chinesa.

De António Oliveira no lusitano "Estrada Poeirenta":
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O Tibete
Mais cedo ou mais tarde, as manifestações tinham de regressar. E a repressão também voltou em força. Significa que os protestos estão a ser levados muito a sério por Pequim. A polícia chinesa já causou centenas de mortes só nos nos últimos dias. Por tudo isto, o Tibete voltou às manchetes dos media mundiais. Com um regime de terror instaurado, muitos tibetanos esperam agora ajuda das instâncias internacionais. Mas tal como o Darfur, Quénia, Zimbabué e Haiti, só para mencionar estes, vão ter de esperar. Por nada. O ocidente não vai ajudar os tibetanos, como não ajudou a Birmânia. Na balança dos interesses ocidentais, o Tibete é um incómodo. O Dalai Lama bem pode implorar, dizendo que o Tibete está a ser vítima de um genocídio cultural. O ocidente mostra-se preocupado, para os media. Depois das câmaras de televisão desaparecerem, assunto encerrado. Têm medo de enfrentar a China. Um país que pesa cada vez mais nos cofres das grandes potências. E por saber isso, Pequim faz o que quer. Diz que é uma questão interna e ninguém se intromete. Depois de algumas críticas soft, o ocidente acaba por se calar. Mas há um novo peso na balança: os Jogos Olímpicos. Será esta uma boa altura de punir a China, boicotando o evento? Há muita gente que pensa que sim. Mas os países ocidentais entendem que não. Há uma semana, os Estados Unidos retiraram a China da lista dos piores violadores dos direitos humanos. Sem que Pequim tivesse mexido uma palha, note-se. Os restantes países ocidentais vão pelo mesmo caminho. Business a quanto obrigas. Mas será esta via uma fatalidade? Tem mesmo de ser assim? Eu acho que não. E os tibetanos já provaram que não vão baixar os braços. Dizem eles que o Nirvana também se pode conquistar a lutar nas ruas.
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Post' s deste blog que falam da China:

E acrescento: Vergonhosa, de dar vómitos a omissão dos tais "grandes" do Ocidente, embriagados pelos interesses económicos !

3/19/08

Ronda pela net - Chavez cada dia mais impopular na Venezuela...

(Clique na imagem para ampliar)
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Segundo o "Noticias24" em lingua espanhola, o populista Chavez e suas diatribes arrogantes já vão cansando o povo venezuelano. Pesquisa recente da empresa de pesquisas "Keller" aponta em 24% a aprovação de Chávez, contra 51% de desaprovação. Lá diz com razão o ditado luso: tantas vezes o cântaro vai à fonte... ...
O artigo completo sobre essa pesquisa - Aqui !

11/21/07

Ronda pela net - Ditadores !

(Imagem original daqui)
Ditadores modernos sempre ascendem ao poder em tempos de crise.
Muitas vezes tomaram o poder através de um golpe de estado.
Outras através de meios legais e, uma vez no poder, gradualmente dissolveram as suas restrições constitucionais.
A concentração de poder do Partido Comunista da União Soviética em Joseph Stalin se desenvolveu numa ditatura pessoal, mas após a sua morte emergiu um sistema de ditadura coletiva. Que frutificou e frutifica em diversos países.
Fica aqui a ligação para um site italiano - Dittatori - que reúne a biografia de diversos ditadores.
Entretanto, outros e inéditos ditadores que o site não menciona estão surgindo...Vestem pele de cordeiro, por enquanto.
(Fonte de pesquisa - Blog do Noblat)