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4/17/08

Eleições no Zimbabwe - Diz o ditador Mugabe: Daqui não saio...daqui ninguém me tira ! - V

A "farsa" e a "vergonha" (ou sem) continuam no reino da opressão e do medo perante a complacente benevolência de vizinhos e aliados:
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Apoiantes do MDC são detidos no Zimbabwe !
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"A polícia justificou as detenções com a alegação de que as pessoas encontravam-se a bloquear ruas impedindo a passagem de trabalhadores que se dirigiam aos seus postos de trabalho.
Ontem, o MDC pediu às pessoas para ficarem em casa de forma a evitarem confrontos com a polícia. Centenas de guardas armados continuam a patrulhar a capital impedindo manifestações públicas.
A polícia do Zimbabwe acusou ontem , o partido de Morgan Tsvangirai de incitar a violência com o apelo à greve em virtude de a comissão das eleições não querer divulgar os resultados reais das eleições.
De acordo com várias fontes de imprensa, a greve convocada para ontem pelo MDC, não teve grande impacto devido à elevada taxa de desemprego que ultrapassa os 80 por cento.
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Quintas invadidas.
Em zonas rurais, agricultores afirmam que mais de cento e trinta quintas foram afectadas pelas recentes invasões às plantações. Previa- se que a crise política no Zimbabwe fosse discutida ontem numa reunião de emergência da ONU, convocada pelo presidente sul-africano Tabu Mbeki.
Embora o Zimbabue não faça parte da agenda, o Reino Unido e os Estados Unidos da América afirmam querer debater o assunto.
De acordo com o embaixador norte-americano na ONU, Zalmay Kalilzad, um debate oficial sobre o Zimbabue terá certamente lugar na sessão.
“Seria de surpreender num encontro sobre África no qual estarão presentes uma série de lideres africanos, que um tema tão importante como este não fosse debatido”".
mediaFAX - Maputo, quinta-feira, 17.04.08 * Nº4019
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Mugabe "dispara" para todo o lado.
No Zimbabwe continua tudo na mesma, ou seja mais violência, prisões e intimidações contra todos os que se atrevem a contestar a autoridade de Robert Mugabe que, entretanto, acusou os EUA e o Reino Unido de estarem a forçar a ONU a dar luz verde a um ataque contra o seu país.
Ontem, 50 elementos da Oposição foram detidos, porque, no âmbito da greve geral, exigiam a divulgação dos resultados das eleições de 29 de Março.
Em velocidade de ponta continua também a campanha de intimidação e agressões contra trabalhadores agrícolas e residentes das zonas rurais.
Segundo a Associação de Fazendeiros, foram invadidas 134 propriedades agrícolas, desde o passado dia 5, pelos "veteranos de guerra", que "raptam e torturam os trabalhadores como punição pelo voto errado" nas eleições de 29 de Março.
Ontem, através do jornal estatal "The Herald", o Zimbabwe acusou Londres e Washington de quererem aproveitar a reunião do Conselho de Segurança da ONU para preparar uma intervenção militar no país.
"O plano consiste em obter uma resolução do Conselho de Segurança que permita uma intervenção militar para derrubar o presidente Mugabe", afirma o jornal.
Sobre a situação no Zimbabwe, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu "uma acção decisiva" para resolver a crise, sublinhando que este caso pode pôr em causa "a credibilidade do processo democrático em África".
Por outro lado, o Tribunal de Harare ilibou dois jornalistas estrangeiros acusados de terem feito a cobertura das eleições sem acreditação. O correspondente do "The New York Times", Barry Bearak, e o jornalista "free lancer" britânico Stephen Bevan saíram do tribunal em liberdade.
Jornal de Notícias - Porto - 17/04/2008
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Comissão Europeia considera situação "inaceitável".
A Comissão Europeia exigiu hoje a publicação imediata dos resultados das eleições presidenciais no Zimbabwe, estimando que qualquer novo adiamento será "inaceitável".
As eleições presidenciais e legislativas tiveram lugar no passado dia 29 de Março, há mais de 15 dias, e a comissão eleitoral do Zimbabwe ainda não divulgou os resultados da votação presidencial, que opunha o líder da oposição (Movimento para a Mudança Democrática), Morgan Tsvangirai, ao actual Presidente, Robert Mugabe, que ocupa o cargo desde 1980.
Tsvangirai reivindica a vitória à primeira volta, ao passo que o partido no poder pede a organização de uma segunda volta, argumentando haver um empate entre os dois candidatos.
"A publicação dos resultados é necessária e (...) novos atrasos [a essa divulgação] são inaceitáveis e serão entendidos como um bloqueio ao processo democrático no país", declarou um dos porta-vozes da Comissão, John Clancy, numa conferência de imprensa.
17.04.2008 - 11h24 AFP - Público.pt

4/14/08

Eleições no Zimbabwe - Diz o ditador Mugabe: Daqui não saio...daqui ninguém me tira ! - IV

Ainda sobre o "espetáculo" ou análogo armados no Zimbawe e arredores para tentar manter no poder o regime ditatorial de Robert Mugabe, quando tudo indica a vitória do opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC) nas recentes eleições cujos resultados "forças burocráticas" aliadas ao caudilhismo vigente tentam "abafar" servindo-se de pretensos motivos legais(?), pesquisando informação imparcial e isenta encontrei há momentos na net-jornal Folha de São Paulo, Brasil:
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OPOSIÇÃO NO ZIMBÁBUE REJEITA RECONTAGEM DE VOTOS.
O opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC, em inglês) rejeitou neste domingo uma recontagem de votos em 23 circunscrições do país ordenada ontem pela Comissão Eleitoral zimbabuana, que aceitou as razões apresentadas pela governamental União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF).
"Não aceitaremos nenhuma apuração, porque seria como aceitar resultados fraudulentos. Tiveram em seu poder as urnas durante duas semanas e podem ter colocado seus votos", disse aos jornalistas o porta-voz do MDC, Nelson Chamisa.
As eleições gerais aconteceram no dia 29 de março, mas só são conhecidos os resultados do pleito parlamentar, e nenhum dado, nem sequer parcial, do presidencial. Nas eleições parlamentares, as duas facções do MDC obtiveram 109 cadeiras, enquanto a Zanu-PF conseguiu 97 vagas. A oposição recorreu à Justiça pedindo a divulgação de todos os resultados.
O tribunal de Harare que intervém no caso ditará seu veredicto nesta segunda-feira, mas qualquer das duas partes pode apelar da decisão, o que pode gerar mais atrasos, especialmente depois que a Comissão, cujos membros foram nomeados pelo presidente zimbabuano, Robert Mugabe, ordenou a recontagem dos votos.
O líder do MDC, Morgan Tsvangirai, afirma que venceu as eleições presidenciais no Zimbábue com 50,3% dos votos, frente aos 43,8% de Mugabe, tornando desnecessário um segundo turno, como este último exige.
O MDC compilou os resultados recolhendo os dados da lista publicada em cada mesa eleitoral no final do pleito, enquanto a Zanu-PF utilizou projeções de analistas para reunir suas informações.
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CÚPULA
Os presidentes e chefes de governo dos países do sul da África pediram neste domingo às autoridades eleitorais do Zimbábue que acelerem a divulgação dos resultados das últimas eleições presidenciais no país.
A fim de analisar este atraso e as possíveis conseqüências regionais, a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) promoveu uma cúpula extraordinária que começou no sábado à tarde e se prolongou até esta madrugada.
"A cúpula faz um apelo às autoridades eleitorais do Zimbábue para que o processo de verificação e difusão dos resultados seja acelerado de acordo com as leis", diz o comunicado final.
O texto aprovado por representantes dos 14 países da região pede também que as partes envolvidas neste processo "aceitem os resultados que forem anunciados" finalmente pela Comissão Eleitoral.
13/04/2008 - 11h17 - da Efe, em Harare -Folha Online.

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Especial:

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4/11/08

Eleições no Zimbabwe - Diz o ditador Mugabe: Daqui não saio...daqui ninguém me tira ! - III

Ano 3 - N.º 548 Maputo, Sexta-feira, 11 de Abril de 2008
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Volte face na África do Sul sobre tentativa de fraude eleitoral no Zimbabwe
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Joanesburgo (Canal de Moçambique) 11/04/2008 - O vice-ministro dos negócios estrangeiros da África do Sul, Aziz Pahad, declarou ontem que a Comissão Eleitoral do Zimbabwe devia explicar a razão do silêncio a que se remeteu quanto aos resultados das eleições presidenciais de 29 de Março último. As declarações de Pahad surgem alguns dias após o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, ter declarado a correspondentes no Reino Unido que “se devia aguardar pelo resultado das eleições” realizadas naquele país faz no próximo domingo duas semanas.
O governo sul-africano havia inclusivamente rejeitado a possibilidade de uma intervenção das Nações Unidas, tal como fora solicitado pelo Movimento para a Mudança Democrática (MDC), partido vencedor das eleições no Zimbabwe. A África do Sul, que presentemente detém a presidência do Conselho de Segurança, havia igualmente manifestado a sua oposição à hipótese de uma sessão extraordinária deste órgão da ONU destinada a analisar a crise naquele país.
O volte face do governo sulafricano surge na sequência da iniciativa do chefe de estado zambiano, Levy Mwanawasa, que é o presidente em exercício da SADC, em tomar a dianteira, convocando uma cimeira de emergência para discutir o problema zimbabweano. A cimeira da SADC, a realizar-se amanhã em Lusaka, tem como pano de fundo o coro de protestos por parte das forças vivas do Zimbabwe em virtude da tentativa de fraude eleitoral ensaiada pelo regime no poder neste país. Impossibilitado de repetir a burla de 2002, em que a oposição se viu privada de assumir o poder, não obstante o mandato que lhe fora conferido pelo eleitorado, o regime encabeçado por Robert Mugabe optou desta vez por proibir a ZEC (Comissão de Eleições do Zimbabwe) de divulgar os resultados das eleições presidenciais ao mesmo tempo que, numa clara manobra de intimidação, desdobrava efectivos do seu aparelho repressivo um pouco por toda a parte do país, e, no melhor estilo populista, ordenava os seus «Tom Tom Macoutes» a invadir propriedades agrícolas.
A política de apaziguamento até agora seguida pelos chefes de Estado da SADC será confrontada em Lusaka com o dilema deles continuarem a pactuar com um regime corrupto, que não hesita em recorrer de forma sistemática à burla eleitoral, ou tomarem em linha de conta a vontade da esmagadora maioria de um povo que nas urnas deu nota negativa a uma partido e a um chefe que há muito caíram no descrédito. Ao chefe de fila do regime caduco de Harare resta a esperança de, em Lusaka, os seus tradicionais aliados da SADC virem a pressionar os vencedores do escrutínio de 29 de Março a integrarem um “governo de unidade nacional” em que a “figura histórica”, isto é, o próprio Mugabe, continuaria como timoneiro de um país na bancarrota devido à ruinosa política económica da ZANU-PF.
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4/10/08

Eleições no Zimbabwe - Diz o ditador Mugabe: Daqui não saio...daqui ninguém me tira ! - II

(Imagem original daqui)
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Tendai Biti apelou à Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e à União Africana (UA) para que intervenham de forma "a evitar um banho de sangue" no Zimbábue.
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Harare, 9 abr (Lusa) - O silêncio dos líderes regionais sobre a crise eleitoral e institucional no Zimbábue é criminoso, disse nesta quarta-feira à Agência Lusa o secretário-geral do Movimento para a Mudança Democrática (MDC, oposição), Tendai Biti.
Tendai Biti apelou à Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e à União Africana (UA) para que intervenham de forma "a evitar um banho de sangue" no Zimbábue.
Só uma condenação regional e uma intervenção dos líderes africanos poderá impedir que o Zimbábue mergulhe no caos, disse Biti, que destacou o aumento de incidentes violentos entre forças de segurança, milícias do partido no poder (a Zanu-PF, do presidente Robert Mugabe) e veteranos da guerra de libertação leais a Mugabe, de um lado, e a população que votou na oposição, de outro.
"África foi lenta a reagir no caso de Ruanda e em outros países, o que resultou em genocídios e conflitos desnecessários. A África está sendo muito lenta a responder aos apelos do povo do Zimbábue e a situação está ficando insustentável", disse Tendai Biti.
As preocupações de Biti são partilhadas por Jestine Mukoko, diretora da Zimbabwe Peace Project, organização não-governamental que está recolhendo diariamente um número considerável de queixas contra as forças de segurança.
"Desde 29 de março que em vários pontos do país cidadãos indefesos têm sido visitados, espancados e intimidados verbalmente por agentes da polícia e apoiadores do partido Zanu-PF", disse Mukoko à Agência Lusa em seu escritório, em Harare.
As 15 operadoras que recebem telefonemas de todos os pontos do Zimbábue têm recebido constantemente relatos de incidentes de violência contra a população, especialmente nas áreas onde o MDC obteve a maioria dos votos, que lhe deu vitória nas legislativas. O mais recente relatório divulgado pela Zimbabwe Peace Project menciona casos como o ocorrido em Gweru. Várias pessoas relataram terem sido agredidas por policiais uniformizados, que diziam: "Votaram de forma errada". Matabeleland North e Binga são outras regiões que a ONG, que tem por missão recolher dados sobre a violação aos direitos humanos e a violência do Estado contra os cidadãos, está monitorando com grande apreensão.
Na capital, Harare, a situação é tensa. Os residentes continuam seguindo com grande ansiedade a situação. O impasse na divulgação dos resultados eleitorais levou a esmagadora maioria das pessoas a acreditar que Robert Mugabe perdeu as presidenciais e não aceita a derrota. Vários residentes da capital disseram à Agência Lusa que a frustração e o desespero são os sentimentos dominantes e que muitos zimbabuanos sentem que a única saída é emigrar para os países vizinhos. Na fronteira com a África do Sul, em Beit Bridge, observadores afirmaram que um número crescente de zimbabuanos tem abandonado o país desde 29 de março. "Não sabemos o que fazer das nossas vidas: se vamos para as ruas e começamos a quebrar e a queimar tudo, o presidente terá, então, a oportunidade de mandar as forças policiais agredir e matar o povo. Se nos mantivermos calmos e ordeiros, nos chamam de covardes. Estamos entre a espada e a parede e morrendo lentamente de fome", disse à Lusa Moses Matara, um técnico de informática da capital.
Por António Pina, da Agência Lusa - 09-04-2008 14:21:50.

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4/03/08

Eleições no Zimbabwe - Diz o ditador Mugabe: Daqui não saio...daqui ninguém me tira !

Presidente do Zimbábue nega renúncia e vai disputar segundo turno:
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Mesmo sob pressão da oposição, Robert Mugabe nega que vá renunciar ao cargo. O partido governista avisou, nesta quinta-feira, que irá com mais força para o segundo turno das eleições gerais.
BandNews, Quinta-feira, 03 de abril de 2008 - 12h42
  • Veja com a narração de Millena Machado da BandNews Aqui !
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Última hora - Zimbabué: Dois jornalistas detidos! Harare, 03 Abr (Lusa) - Dois jornalistas estrangeiros, acusados de participar ilegalmente na cobertura das eleições do Zimbabué, foram hoje detidos num hotel de Harare, declarou um porta-voz da polícia. No hotel York Lodge, que foi cercado pela polícia, encontram-se numerosos jornalistas estrangeiros. ER. © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. 2008-04-03 20:55:02