Tanzanianos contrabandeiam castanha de caju.
A Direcção Provincial de Agricultura de Cabo Delgado, através dos Serviços Provinciais do Caju (SPC), acusa comerciantes informais tanzanianos de estarem a participar ilegalmente no processo de compra de castanha de caju a produtores dos distritos nortenhos de Cabo Delgado, sendo o produto, posteriormente, contrabandeando para o país vizinho.
Segundo o chefe dos Serviços Provinciais do Caju (SPC), Adelino Tadeu, o fenómeno deve-se à fragilidade de controlo nas zonas fronteiriças, resultando na saída ilegal de castanha de caju da província.
Não há muito tempo, eram os produtores moçambicanos que levavam a castanha para a vizinha província tanzaniana de Ntwara.
Não há muito tempo, eram os produtores moçambicanos que levavam a castanha para a vizinha província tanzaniana de Ntwara.
Havia duas razões para isso: a falta de compradores no mercado local e o baixo preço praticado no acto da compra.
De acordo com Tadeu, a partir da campanha de comercialização da castanha de caju são comerciantes informais tanzanianos que invadem ilegalmente Cabo Delgado e fixam postos móveis de compra de castanha nas comunidades rurais dos distritos de Nangade, Mueda e Palma, escoando depois, no final da campanha, o produto para Tanzânia.
De acordo com Tadeu, a partir da campanha de comercialização da castanha de caju são comerciantes informais tanzanianos que invadem ilegalmente Cabo Delgado e fixam postos móveis de compra de castanha nas comunidades rurais dos distritos de Nangade, Mueda e Palma, escoando depois, no final da campanha, o produto para Tanzânia.
A monitoria
Felizarda Macome, engenheira dos Serviços do Instituto Nacional de Fomento do Caju (INCAJU) na província de Cabo Delgado, acredita que as quantidades da castanha de caju que a província regista anualmente no final de cada campanha de comercialização deste produto não correspondem à realidade. lsto porque há muita castanha que sai com os comerciantes informais das vizinhas províncias tanzaniana de Ntwara e moçambicana de Nampula.
Felizarda exemplificou que, nas campanhas anteriores, os comerciantes informais de Nampula montavam os seus postos de compra de castanha na ponte sobre o rio Lúrio, que separa a província de Cabo Delgado da de Nampula.
Felizarda Macome, engenheira dos Serviços do Instituto Nacional de Fomento do Caju (INCAJU) na província de Cabo Delgado, acredita que as quantidades da castanha de caju que a província regista anualmente no final de cada campanha de comercialização deste produto não correspondem à realidade. lsto porque há muita castanha que sai com os comerciantes informais das vizinhas províncias tanzaniana de Ntwara e moçambicana de Nampula.
Felizarda exemplificou que, nas campanhas anteriores, os comerciantes informais de Nampula montavam os seus postos de compra de castanha na ponte sobre o rio Lúrio, que separa a província de Cabo Delgado da de Nampula.
Estes postos foram desmantelados graças à intervenção dos governos provinciais.
Face a isto, optaram por entrar nas comunidades rurais de Chiure, Montepuez, Namuno, Balama, Mueda, Nangade e Palma, onde participam ilegalmente no processo de compra de castanha de caju.
A castanha comprada é escoada para Nampula.
O mesmo acontece com os comerciantes informais tanzanianos.
Estes compram nos distritos de Mueda, Nangade e Palma, havendo ainda casos em que estes estrangeiros montam postos de compra da castanha de caju nas margens do Rio Rovuma.
Para fazer face a esta situação, foi montado um sistema de monitoria envolvendo todos os intervenientes da cadeia produtiva de castanha de caju, desde a produção até à comercialização. Tudo para permitir uma forma articulada de recolha de informação sobre o processo de comercialização e as quantidades vendidas.
Para fazer face a esta situação, foi montado um sistema de monitoria envolvendo todos os intervenientes da cadeia produtiva de castanha de caju, desde a produção até à comercialização. Tudo para permitir uma forma articulada de recolha de informação sobre o processo de comercialização e as quantidades vendidas.
Actualmente foram treinados chefes dos postos administrativos, administradores e técnicos de agricultura.
Cada um deles tem a seu cargo a coordenação do controlo das quantidades comercializadas na zona.
Também junto das alfândegas e da guarda de fronteira, está a efectuar-se um trabalho de vigilância no sentido de impedir a saída da castanha de caju para a Tanzânia.
Também junto das alfândegas e da guarda de fronteira, está a efectuar-se um trabalho de vigilância no sentido de impedir a saída da castanha de caju para a Tanzânia.
Essa vigilância está a ser efectuada nas travessias de Namoto, no distrito de Palma, Namatil e Negomano no distrito de Mueda, e Nangade.
Sualehe Saide, produtor da castanha de caju na Comunidade Rural Litingina, no distrito de Nangade, vende a sua produção na província tanzaniana de Ntwara devido aos bons preços da venda do produto naquela zona e à falta de mercado a nível local.
Sualehe Saide, produtor da castanha de caju na Comunidade Rural Litingina, no distrito de Nangade, vende a sua produção na província tanzaniana de Ntwara devido aos bons preços da venda do produto naquela zona e à falta de mercado a nível local.
O administrador de Mueda, Leôncio Julai, vê na degradação das vias de comunicação do interior do distrito o principal entrave para a venda da castanha de caju naquela região.
Outra razão é a falta de mercado para a venda deste produto.
Recorde-se que Cabo Delgado prevê comercializar este ano 7 mil toneladas de castanha de caju, contra as 4 mil da campanha do ano passado.
Recorde-se que Cabo Delgado prevê comercializar este ano 7 mil toneladas de castanha de caju, contra as 4 mil da campanha do ano passado.
A província conta apenas com duas fábricas de processamento de castanha de caju, uma localizada na cidade de Pemba e outra no distrito de Chiure.
SAVANA – 01.12.2006 - Via "Moçambique Para Todos"