12/11/07

ENQUANTO MAIS DE 60 DIRIGENTES DE ÁFRICA E EUROPA SE REUNIAM EM LISBOA...

(Imagem original daqui)
.
...Mulheres eram violadas em frente aos pais, filhos e maridos !

Correio da Manhã - Ano XI-Nº 2723, Maputo, segunda-feira, 10/Dezembro/2007 - Enquanto decorria a Cimeira UE/África, “mulheres estão a ser violadas em frente aos pais, aos filhos e aos maridos”, lembrou em Lisboa Iklass Mohammed, uma sobrevivente de Darfur que mantém naquela região a sua “tribo diariamente perseguida”.
De véu rosa a cobrir todo o cabelo, Iklass Mohammed participou na conferência de imprensa realizada sábado num hotel em Lisboa, que reuniu à mesma mesa sobreviventes do genocídio em Darfur e das violações cometidas no Zimbábuè.
“Mulheres são violadas à frente dos pais, dos filhos e dos maridos. Muitas são rejeitadas pela família. E muitas suicidam-se”, afirmou Iklass Mohammed, uma activista dos Direitos das Mulheres no encontro realizado a poucos metros do local onde decorreu – sábado e domingo – a cimeira UE/África.
O advogado e activista activista Salih Osman contou outros episódios “da história do sofrimento humano que se vive em Africa”.
.
Estamos a falar de humilhação.
“Não estamos a falar só de genocídio. Estamos a falar de violações de mulheres perante os familiares. Estamos a falar de humilhação”, lembrou o activista que esta segunda-feira recebe o Prémio Sakharov do Parlamento Europeu pelo trabalho a favor das vítimas da guerra civil na região de Darfur.
Também o presidente da União Nacional de Estudantes do Zimbábuè, Promise Mkwananzi, relatou numero das atrocidades cometidas no Zimbábuè: “Enquanto falo neste momento, activistas estão a ser presos e mal tratados”.
“Há situações de dezenas de pessoas que vivem no mesmo quarto com crianças doentes e que sabem que nos hospitais não há medicamentos, não há comida”, lembrou Mkwananzi, que acusa os governantes de “fingirem que estas situações não estão a acontecer”.
“Não há comida, não há água, não há electricidade, não há dinheiro”, lamentou o representante dos estudantes, defendendo ser urgente a realização de “eleições livres e justas que ajudem a a reconstruir o Zimbábuè”.
A coordenadora da Associação de Médicos pelos Direitos Humanos no Zimbábuè, onde trabalha diariamente com vítimas de tortura, Primorose Matambanadzo, também entende ser “urgente discutir a situação no Zimbábuè”.
Primorose considera lamentável que as pessoas estejam mais preocupadas em saber quais os líderes que vieram e quais boicotaram a cimeira, do que preocupadas “com as pessoas que vivem em desespero e lutam por coisas tão elementares como ter água”.
.
Iraque e Afeganistão.
Todos os sobreviventes presentes no encontro questionaram os resultados do trabalho desenvolvido pela comunidade internacional e defenderam uma intervenção internacional eficaz que “garanta a sobrevivência das pessoas”, que “proteja a vida dos deslocados”.
“Não é aceitável dizer que estão ocupados no Afeganistão e no Iraque e que por isso não podem intervir no Darfur”, criticou o advogado, que tem defendido a população de Darfur que há anos vive um conflito que já causou mais de 200 mil mortos e 2,5 milhões de refugiados.
“A comunidade internacional toma resoluções, mas nenhuma tem efeitos sobre a segurança dos civis. Os líderes sentam-se com o Governo do Sudão que faz promessas de paz. Mas quando os líderes abandonam o país, o Governo abandona as promessas”, alertou o advogado sudanês.
“Queremos apenas protecção para regressar às nossas casas”, afirmou Osman, garantindo que “os sobreviventes nunca vão esquecer as pessoas que lutaram por eles, que se levantaram contra o genocídio”
No final da conferência, os responsáveis juntaram-se a um grupo de activistas em frente à estação do Oriente e ergueram um cartaz onde se podia ler: “Espancados, presos, mas determinados a serem livres”.
( LUSA e Redacção CM)

12/10/07

PEMBA - O Farol da Maringanha, a lenda e o progresso 2

(Clique na imagem para ampliar)
(Imagens originais daqui e daqui)
.
Um comentário que é destaque e notícia:
.
Lúrio disse:
Caro 'amigo' Jaime, o que se fala do desaparecer do encanto do Farol da Maringanha, é fruto do progresso a que assistimos diáriamente na terra que escolhi para viver.
Se conseguirmos alhearmos ao 'fazer tudo de qualquer maneira para ter o sentimento de posse' de alguns ditos empresários locais, estamos à mingua de grupos hoteleiros e de empresários a sério para investir em Pemba, talvez quando aparecerem, já não haja encanto algum nesta linda terra.
O que se precisa é de pessoas que ponham de lado a parte saudosista das coisas, e queiram intervir para um desenvolvimento saudável e sustentado dos recursos que a natureza oferece aqui na Provincia de Cabo Delgado.
Quanto ao novo estádio, para já parece uma realidade irreversível. Já está numa fase de terraplanamento e vedação do recinto do futuro estádio - melhor dizendo, de um complexo desportivo completo, ao nivel de um dos melhores de Àfrica Austral.
Este complexo, está a ser construído na chamada zona de expansão que fica do lado sul para quem desce do Aeroporto até à Praia do Wimby pela nova estrada alcatroada e inaugurada aquando da abertura do Pemba Beach Hotel em 2002.
Esta zona, já começa a ficar com cores diferentes das que tinha a alguns anos, existem novas construções com uma arquitectura ainda um pouco 'duvidosa' de alguns 'chefes' da urbe.
Contudo, é de louvar esta iniciativa do Municipio em alargar a zona Urbana para os Bairros periféricos, assim quiçá se protege um pouco o ambiente saudável que em tempos se vivia na chamada zona Bairro Cimento que engloba as construções da Urbe do tempo colonial, protegendo assim a história e a Baixa da cidade...
Segunda-feira, 10 Dezembro, 2007.
.
Lúrio:
Que dizer aqui de longe?...
Talvez...que a cupidez do lucro não extrapole o razoável...
Que se tente resguardar por meio da recuperação do patrimônio, a parte baixa da cidade hoje em ruínas e quase abandonada...
Que o progresso seja vigiado para que não destrua o atrativo e rico formato arquitetónico/colonial e o belo desenho da natureza que privilegia esse cenário delicado e já incomum...
Que a população de Pemba venere com educação, civismo e "ciúme" (no bom sentido), sua urbe...
E que o saudosismo, saudade, nostalgia ou o que quer que titulem a "paixão" por Pemba, seja o tonificante salutar que alçará o destino desejado para nossa bela cidade.
Obrigado por teu oportuno comentário.
E vai dando notícias!
  • Post inicial - aqui