2/14/08

Violação é «epidémica» em zonas de conflito de África, diz a UNICEF.

12/02/2008 - As violações e os actos de violência sexual praticados contra crianças e mulheres disseminam-se pelas zonas de conflito de África como uma epidemia, afirmou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Os casos de violações tornam-se muito mais numerosos em países que enfrentam conflitos armados ou que sofrem desastres naturais, afirmou a vice-directora-executiva da UNICEF, Hilde Johnson, em conferência de imprensa.
Entre as vítimas encontradas na República Democrática do Congo, por exemplo, há desde crianças pequenas a mulheres octogenárias, afirmou Johnson.
Muitas das vítimas sofreram, além da agressão propriamente sexual, mutilação genital, acrescentou a vice-directora-executiva no lançamento de uma campanha da UNICEF para arrecadar 856 milhões de dólares e ajudar este ano, em 39 países, crianças em situação de emergência.
«Percebemos que o número de casos de violação e violência sexual duplicou nos dias seguintes à eclosão do conflito no Quénia», afirmou. A Libéria e a região de Darfur (Sudão) são as outras áreas onde aquele tipo de crime tem sido usado, de maneira cada vez mais frequente, como uma arma.
«Em alguns países, aqueles actos atingiram níveis epidémicos», disse Johnson. A agência descreveu o problema como uma epidemia porque o uso da violação como arma deixou de ser uma prática adoptada apenas por soldados e milícias, para ser adoptada também por civis em situações de conflito e guerra interna.
«Quando uma sociedade entra em colapso, parece que há, em alguns desses países, uma licença para violar. É por isso que vemos neste facto algo de proporções epidémicas, esse fenómeno tem vida própria», afirmou.
O apelo de 2008 feito pela UNICEF inclui 106 milhões de dólares a serem enviados ao Congo. Grande parte daquela verba deve ser gasta com a prestação de ajuda na forma mais tradicional, ou seja alimentos, abrigo e água. Mas parte será utilizada para combater a violação, disse Johnson.
Tal significará trabalhar com o governo, o exército e as milícias em campanhas preventivas, criar áreas de protecção e ajudar as vítimas com tratamento médico e outros tipos de atendimento.
Segundo Johnson, se um acordo de paz assinado no Congo no dia 23 de Janeiro perdurar, as agências de ajuda conseguiriam ingressar novamente em áreas antes inacessíveis e devem encontrar milhares mais de refugiados e outras vítimas que precisam de ajuda.
Diário Digital - 12/02/2008
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Campus Party 2008 - Maior encontro de comunidades de internet do mundo em São Paulo.

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Uma arena para três mil computadores ligado às internet por conexão de 5Gb por segundo.
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Segundo o blog da Santa, desde segunda (11) e até o próximo domingo (17), a Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera, está-se transformando em uma verdadeira cidade tecnológica ao receber a Campus Party 2008, um megaevento realizado pela primeira vez fora da Espanha.
O Brasil foi escolhido como sede este ano por conta do seu grande número de usuários de internet (cerca de 50 milhões segundo o Datafolha) e o maior tempo médio de navegação por internauta (segundo o Ibope/NetRatings).
O público pode participar como inscrito ou visitante.
Os inscritos – três mil pessoas – mudam-se com computadores e malas para as instalações do evento.
Lá, além de barracas e um local para acampar, encontram uma completa infra-estrutura de serviços, lazer, alimentação e, principalmente, tecnologia.
Todos têm à disposição uma poderosa conexão de 5Gb por segundo, a mais potente já oferecida para usuários individuais em todo o mundo.
O presidente do grupo E3 Futura, Paco Ragageles, prevê que essa velocidade só chegará ao usuário doméstico daqui a pelo menos cinco anos.
A grade de programação traz mais de 300 atividades em dez áreas principais: Astronomia, Criação, Desenvolvimento, Games, Modding, Música, Robótica, Simulação, Software Livre e CampusBlog.
São palestras, bate-papos, oficinas, desafios e performances que contemplam todos os níveis de conhecimento.
"É uma chance de reconhecermos o potencial do Brasil nesse novo cenário tecnológico", afirma Marcelo Branco, diretor do evento e uma das principais autoridades em software livre no mundo.
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