8/06/08

Ecos da imprensa Moçambicana - O que é afinal a reconciliação? - Parte 2

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REFRESCANDO A MEMÓRIA DO GENERAL JACINTO VELOSO!
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A interessante entrevista que o general Jacinto Veloso deu ao “País”continua na ordem do dia. Fizemos sobre parte dela o nosso editorial da edição de ontem. Porque as palavras falam mais que os actos, segue-se, na íntegra a nota de fuzilamento, por si chancelada há 28 anos. Apenas para lhe refrescar a memória:
"No espírito das tradições, usos e costumes da luta de libertação nacional, o Comité Político Permanente da Frelimo reuniu e condenou por fuzilamento os seguintes desertores e traidores do povo e da causa nacional, os quais já foram executados: Uria Simango; Lázaro Kavandame; Júlio Razão Nilia; Joana Simião e Paulo Gumane, em ordem a evitar possíveis reacções negativas, nacionais ou internacionais, que podem advir em consequência destes contra-revolucionários, a comissão política publíca esta acta como decisão revolucionária do partido Frelimo e não como acta judicial. Assumido ser "necessário um «dossier» estabelecendo a história criminal completa desses indivíduos, assim como as suas confissões aos elementos do D.D/S.I que os interrogaram, declaração das testemunhas, julgamento e sentença. Um comunicado deverá ser emitido pelo camarada Comandante-Chefe (Samora Moisés Machel), no qual se anunciará a execução dos contra-revolucionários acima mencionados. Foi decidido nomear um comité para compilar o dossier e preparar a comunicação pública". "O camarada Comandante-em-chefe decidiu que o comité fosse dirigido pelo camarada Sérgio Viera e adicionalmente terá os seguintes camaradas: Óscar Monteiro, José Júlio de Andrade, Matias Xavier e Jorge Costa.
A luta continua.
Maputo, 29/7/80.
O ministro da segurança, Jacinto Veloso".
Dizer mais o quê?
- Luís Nhachote, Maputo, Canal de Moçambique, 2008-08-05 06:23:00.
  • Ecos da imprensa Moçambicana - O que é afinal a reconciliação? Parte 1 - Aqui!

Pemba Beach Hotel - Trabalhadores de bolso quase vazio...e outras coisitas mais !

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“Pemba Beach Hotel”: Trabalhadores queixam-se à ministra do Trabalho - Helena Taipo reprova as condições de trabalho e garante que neste mês a inspecção trabalhará naquele hotel para sanar irregularidades.
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Salários considerados miseráveis, disparidades no leque salarial, discriminação racial e étnica são alguns pontos apresentados pela massa laboral do maior hotel existente na província de Cabo Delgado, o “Pemba Beach”, à Ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo que promete fazer tudo para repor a legalidade laboral e devolver a paz nas relações entre o patronato e os trabalhadores.
A ministra do Trabalho garantiu aos trabalhadores que o seu pelouro vai imediatamente tomar conta das queixas a si dirigidas, assim como reconheceu que o alastrar da situação se deve à falta de funcionamento da respectiva Direcção Provincial, muito precisamente da Inspecção do Trabalho, que em nenhum momento se interessou na solução dos problemas apresentados, razão por que as petições tiveram que ser remetidas ao ministério.
A fonte disse que é por isso que o inspector-chefe provincial acabava de cessar funções, dando lugar a um novo que ela trazia na delegação, cujo destino, se não for actuante, segundo Helena Taipo, será o mesmo.
“Neste mês de Agosto o ministério vai enviar para esta província uma equipa de inspectores que vai ajudar Cabo Delgado a resolver a maior parte dos problemas que estamos a detectar nesta visita. Eles vão trabalhar durante um mês e neste hotel trabalharão uma semana, para dar tempo a que vocês apresentem os vossos problemas, sejam analisados e confrontados com o patronato”, avisou.
De acordo com o Inspector-Geral do Trabalho, Joaquim Siúta, será uma selecção dos “melhores inspectores” que o país tem, orientada para vasculhar a província, visando a regularização de toda a situação laboral, devolvendo deste modo a paz, harmonia, justiça social nas relações entre os trabalhadores e as diferentes empresas existentes.
Os trabalhadores do “Pemba Beach Hotel” dizem que há colegas que auferem um salário de 850 meticais, por estarem em período probatório. O hotel não pagou os aumentos salariais segundo a percentagem definida pelo governo e nem sequer os retroactivos a partir de Abril, conforme o estipulado.
A presença de estrangeiros que trabalham no Hotel com visto de turistas, falta de transporte e as diferenças salariais e na alimentação derivadas do facto de uns serem estrangeiros outros nacionais, despedimentos sem justa causa e sem compensações, para além de o sindicato local se considerar desrespeitado pelo patronato, são outras questões levantadas pelos trabalhadores.
A seguir, Helena Taipo reuniu-se com a direcção do hotel para voltar a avisar que a Inspecção do Trabalho irá averiguar as queixas dos trabalhadores e a necessidade de ter sempre em conta que a relação entre uns e outros não deve ser entendida como sendo de favores, mas sim recíproca e de benefícios mútuos.
- Maputo, Quarta-Feira, 6 de Agosto de 2008:: Notícias.