Agência Ecclesia 17/03/2008 13:00 - O Ir. João Gonçalves, missionário português da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN), foi ferido num assalto à missão católica de Chiúre, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, durante o qual foi morto um segurança moçambicano.
O Pe. Albino dos Anjos, superior Geral da SMBN, manifesta à Agência Ecclesia a sua preocupação, condenando o ataque contra a missão e “lamentando profundamente a morte de um cidadão moçambicano”, que desempenhava as funções de guarda.
“Obviamente, estamos muito preocupados com a situação do nosso colega, porque o atentado físico contra a sua integridade foi grave, foi um assalto violento, no qual realmente sentimos a nossa fraqueza perante esse tipo de criminalidade”, aponta.
O actual Geral da SMBN foi missionário no Chiúre durante mais de dez anos. Segundo este responsável, o assalto terá sido levado a cabo por quatro indivíduos, com o objectivo de “roubar uns painéis solares”.
O Pe. Albino dos Anjos espera que as autoridades moçambicanas “possam desenvolver a investigação, de forma a responsabilizar” os autores do ataque.
Segundo a agência Lusa, o Ir. João Gonçalves, de 78 anos, está agora "fora de perigo" no Hospital Central de Maputo, mas vai ainda ter que ser submetido a intervenções cirúrgicas.
O Superior Geral da SMBN considera que o trabalho dos missionários em Moçambique irá continuar, para “servir o povo”, “mantendo a serenidade e a confiança, ainda que com sofrimento” e "superando as adversidades que vão surgindo".
“Isto não nos assusta, mas é claro que estamos preocupados”, acrescenta.
Para o Pe. Albino dos Anjos, esta é uma situação sem ligação a “atentados contra missionários que trabalham em diversas províncias de Moçambique”, mas insere-se num “tipo de criminalidade emergente no país”, perante a “incapacidade governamental de oferecer condições de emprego” aos jovens.
“Esta situações não acontecem por acaso, há causas conhecidas, e esperamos que todos os intervenientes da sociedade possam ter uma atitude positiva e preventiva”, conclui.
Em Novembro de 2006 foi assassinada em Moçambique a portuguesa Idalina Gomes, uma leiga missionária que se encontrava a trabalhar na Missão da Fonte Boa, situada numa zona remota da província de Angónia, a mais de 200 quilómetros de Tete, capital da província com o mesmo nome, junto da fronteira com o Malawi. Estava ao serviço da Organização “Leigos para o Desenvolvimento”.
A jovem missionária morreu na sequência de um ataque levado a cabo por um grupo armado, na residência jesuíta onde se encontrava. Na ocasião foi ainda assassinado o Pe. Waldyr dos Santos, brasileiro de 69 anos, tendo ficado feridos outros dois religiosos.
O Pe. Albino dos Anjos, superior Geral da SMBN, manifesta à Agência Ecclesia a sua preocupação, condenando o ataque contra a missão e “lamentando profundamente a morte de um cidadão moçambicano”, que desempenhava as funções de guarda.
“Obviamente, estamos muito preocupados com a situação do nosso colega, porque o atentado físico contra a sua integridade foi grave, foi um assalto violento, no qual realmente sentimos a nossa fraqueza perante esse tipo de criminalidade”, aponta.
O actual Geral da SMBN foi missionário no Chiúre durante mais de dez anos. Segundo este responsável, o assalto terá sido levado a cabo por quatro indivíduos, com o objectivo de “roubar uns painéis solares”.
O Pe. Albino dos Anjos espera que as autoridades moçambicanas “possam desenvolver a investigação, de forma a responsabilizar” os autores do ataque.
Segundo a agência Lusa, o Ir. João Gonçalves, de 78 anos, está agora "fora de perigo" no Hospital Central de Maputo, mas vai ainda ter que ser submetido a intervenções cirúrgicas.
O Superior Geral da SMBN considera que o trabalho dos missionários em Moçambique irá continuar, para “servir o povo”, “mantendo a serenidade e a confiança, ainda que com sofrimento” e "superando as adversidades que vão surgindo".
“Isto não nos assusta, mas é claro que estamos preocupados”, acrescenta.
Para o Pe. Albino dos Anjos, esta é uma situação sem ligação a “atentados contra missionários que trabalham em diversas províncias de Moçambique”, mas insere-se num “tipo de criminalidade emergente no país”, perante a “incapacidade governamental de oferecer condições de emprego” aos jovens.
“Esta situações não acontecem por acaso, há causas conhecidas, e esperamos que todos os intervenientes da sociedade possam ter uma atitude positiva e preventiva”, conclui.
Em Novembro de 2006 foi assassinada em Moçambique a portuguesa Idalina Gomes, uma leiga missionária que se encontrava a trabalhar na Missão da Fonte Boa, situada numa zona remota da província de Angónia, a mais de 200 quilómetros de Tete, capital da província com o mesmo nome, junto da fronteira com o Malawi. Estava ao serviço da Organização “Leigos para o Desenvolvimento”.
A jovem missionária morreu na sequência de um ataque levado a cabo por um grupo armado, na residência jesuíta onde se encontrava. Na ocasião foi ainda assassinado o Pe. Waldyr dos Santos, brasileiro de 69 anos, tendo ficado feridos outros dois religiosos.
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SMBN em Moçambique
A Sociedade Missionária da Boa Nova foi criada no ano de 1930, tendo completado mais de 75 anos de história ao serviço da missão cristã em Angola, Brasil, Japão, Moçambique, Portugal e Zâmbia. É uma Sociedade de Padres diocesanos e de Leigos que se consagram por toda a vida à evangelização do mundo: actualmente, tem 130 membros, entre sacerdotes e leigos, presentes em Portugal, Moçambique, Brasil, Angola, Zâmbia e, desde 1998, no Japão.
Em 11 de Abril de 1937 aportaram em Moçambique os primeiros cinco missionários da Sociedade Portuguesa das Missões Católicas Ultramarinas (hoje SMBN), e foi-lhes confiada a Missão de S. Paulo de Messano.
O número de membros foi aumentando e em 1940 contava 15 sacerdotes e 3 irmãos. O campo de acção da Sociedade estende-se hoje por: Maputo; Chibuto; Nampula; Pemba.
Ao longo de 68 anos, de 1937 a 2005, mais de 200 missionários passaram por Moçambique, edificando a Igreja, criando comunidades e paróquias; fundando escolas, colégios e seminários; colaborando na construção de hospitais e centros de saúde.
No Chiúre, a equipa missionária é formada por três Padres e um Irmão (P. António Gonçalves e P. José Marques da SMBN, P. João Torres, da Diocese de Braga, e o Ir. João Gonçalves) para as paróquias de Chiúre, Ocua e uma comunidade de Irmãs Salesianas residentes no Chiúre e outra de Missionárias da Boa Nova residentes em Ocua.
A Sociedade Missionária da Boa Nova foi criada no ano de 1930, tendo completado mais de 75 anos de história ao serviço da missão cristã em Angola, Brasil, Japão, Moçambique, Portugal e Zâmbia. É uma Sociedade de Padres diocesanos e de Leigos que se consagram por toda a vida à evangelização do mundo: actualmente, tem 130 membros, entre sacerdotes e leigos, presentes em Portugal, Moçambique, Brasil, Angola, Zâmbia e, desde 1998, no Japão.
Em 11 de Abril de 1937 aportaram em Moçambique os primeiros cinco missionários da Sociedade Portuguesa das Missões Católicas Ultramarinas (hoje SMBN), e foi-lhes confiada a Missão de S. Paulo de Messano.
O número de membros foi aumentando e em 1940 contava 15 sacerdotes e 3 irmãos. O campo de acção da Sociedade estende-se hoje por: Maputo; Chibuto; Nampula; Pemba.
Ao longo de 68 anos, de 1937 a 2005, mais de 200 missionários passaram por Moçambique, edificando a Igreja, criando comunidades e paróquias; fundando escolas, colégios e seminários; colaborando na construção de hospitais e centros de saúde.
No Chiúre, a equipa missionária é formada por três Padres e um Irmão (P. António Gonçalves e P. José Marques da SMBN, P. João Torres, da Diocese de Braga, e o Ir. João Gonçalves) para as paróquias de Chiúre, Ocua e uma comunidade de Irmãs Salesianas residentes no Chiúre e outra de Missionárias da Boa Nova residentes em Ocua.
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