6/12/08

Insulto, ofensa ao povo do Zimbabué - "La Dolce Vita" de Grace Mugabe !

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O mundo democratico vem-se manifestando contra certos ditadores que ainda "poluem" o planeta e os infelizes povos que dizem governar com suas arbitrariedades, com seus desmandos que, não fosse o sofrimento e miséria que causam, chegam a beirar o ridículo, o grotesco.
África também possue, de uma forma ou outra, "disfarçados" ou não, representantes desses "espécimes" que me parece, felizmente se vão tornando cada dia mais raros.
E, Roberto Mugabe é um desses "espécimes" tentando "sobreviver" e "segurar" o poder a todo o custo, sem respeito algum por regras humanas, democráticas ou por seus conterrâneos pobres, infelizes, que se vão espalhando pelo mundo quando podem, fugindo da desdita de suas vidas no antes promissor Zimbabué.
Entretanto, esses ditadores e seus "colaboradores diretos", porque se sentem impunes, donos e senhores de seus "reinos", afrontam-nos e deixam-nos revoltados (para não dizer algo mais pesado) com atitudes como as que abaixo transcrevo, do Jornal eletrónico "A Semana" do dia 09/06/08:
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La Dolce Vita" de Grace Mugabe.
Mulher do Presidente zimbabweano levantou 80.000 dólares do banco central para gastar na capital italiana enquanto se debatia numa cimeira da FAO o problema da fome no mundo.
Grace Marufu Mugabe, antiga secretária de 44 anos que desde 1996 é casada com o Presidente do Zimbabwe, levantou a semana passada 80.000 dólares (50.845 euros) do banco central do seu país para fazer compras em Roma, enquanto o marido participava na cimeira da FAO sobre a fome no mundo, escreveu ontem o jornal sul-africano The Cape Argus.
A nova e louca despesita da primeira dama, numa altura em que milhões de compatriotas seus estão a viver no estrangeiro por não encontrarem emprego no Zimbabwe, enfureceu mesmo alguns dos altos funcionários do banco, que falaram de uma atitude "desumana", refere o artigo.
É conhecimento geral que a antiga Rodésia necessita de todo o dinheiro que for possível para adquirir alimentos e outros bens essenciais, mas a primeira dama prefere gastar as reservas nacionais nas criações de grandes costureiros; e até mesmo em sapatos, como acontecia com a filipina Imelda Marcos. "Tenho os pés muito estreitos, de modo que só calço Ferragamo", explicou recentemente Grasse, a propósito da sua predilecção pelas colecções do italiano Salvatore Ferragamo.
A forma muito especial de a ex-secretária de Mugabe ter assinalado a cimeira mundial contra a fome verificou-se alguns meses depois de, em Janeiro, ter levantado 100.000 dólares (63.557 euros) para ir de férias com o marido e os três filhos até à Tailândia e à Malásia, tendo-se chegado entretanto a especular que este último destino poderia um dia vir a ser o lugar de exílio para o casal, se a isso fossem obrigados pelas circunstâncias.
Cada uma das deslocações do Presidente e da sua mulher, 40 anos mais nova, significa um grande saque no Tesouro zimbabweano, com o pormenor de que Grace ainda está a beneficiar de uma cotação muito especial: 30.000 dólares zimbabweanos por cada dólar norte-americano, enquanto no mercado paralelo são já necessários pelo menos 1.500 milhões de dólares nacionais para se obter um só dólar dos Estados Unidos.
A mulher cujo casamento com o líder da ZANU-Frente Patriótica ficou a marcar o resvalar do país para o abismo é já conhecida ironicamente como a "primeira compradora" da nação, em vez de primeira dama, dizendo-se até que ela é uma das pessoas mais influentes do regime. E já lhe chegou a ser atribuída a afirmação de que o candidato presidencial do Movimento para a Mudança (MDC), Morgan Tsvangirai, jamais irá ocupar a State House, sede do poder.
Em Roma, enquanto Mugabe ouvia debater a melhor forma de se acabar com a fome no mundo, Grace, nos intervalos das compras, ocupava uma suite de 890 euros diários no Ambasciatori Palace Hotel, em Via Veneto. Era "La Dolce Vita".
- Jorge Heitor - A Semana de 09/06/08 - Fonte: Bar da Tininha-MSN.
  • A notícia no "The Cape Argus" - Aqui !
  • Alguns post's anteriores deste blog sobre a situação social e política vivenciada no Zimbábue - Aqui; Aqui; Aqui; Aqui; Aqui ; Aqui; Aqui e Aqui !

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