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2/24/12

PEMBA pede socorro !


Linha d'água: Por Luís Loforte - CORREIO DA MANHÃ – 23.02.2012
Não sei se chamaria a estes escritos de carta aberta, ou se me limito apenas a escrever e deixar a cada leitor a liberdade de lhes atribuir o título que quiser. E tudo porque não encontraria uma expressão que resumisse a minha revolta interior em relação àquilo que um conjunto de pessoas, com responsabilidades, deixa fazer à minha cidade, a cidade de Pemba. E para bem dizer, nem sei por onde começar.

Cumpri cedo, este ano, o dever de ir a Pemba.

Infelizmente, o meu desagrado em relação ao que (não) fazem à cidade é recorrente. Na minha opinião, acho que a incúria e a indiferença terão já atingido o limite, o limiar de um desastre social numa cidade que tinha tudo para dar certo.

Literalmente, Pemba transformou-se num mercado de rua, numa pocilga, numa latrina pública, numa lixeira e, pior ainda, numa cidade em que as pessoas supostamente esclarecidas e responsáveis assobiam para o lado, como se nada tivessem a ver com este estado de coisas. Começo pelo aspecto social e económico, pedindo à partida que ninguém me catalogue, maldosamente, pelas minhas simples constatações.

Já observara em Nampula, mas nunca pensei que o fenómeno chegasse a Pemba. A urbe cimentada foi conquistada pelo moçambicano de origem asiática, porque os autóctones, depois de um curto período do usufruto das nacionalizações, alugaram e depois venderam uma bandeira política de Samora Machel.

Os novos ricos ficaram com as casas e com os estabelecimentos de cimento, relegando, temporariamente, os autóctones para as barracas da periferia.

Vieram depois os somális, etíopes, malianos, guineenses, senegaleses. Corromperam as estruturas municipais e construíram lojas de bugigangas por cima dos passeios e a toda a sua largura. Os autóctones, sem meios para concorrer com os expatriados, e muito menos com os seus compatriotas de origem asiática, o seu estabelecimento é o chão firme ou palmilhando a cidade de lés-a-lés.

É assim a cidade de Pemba. Todos vendem e todos compram. E se o produto é comestível, ele é ali adquirido e consumido, e o lixo resultante do seu processamento (o ovo cozido é o paradigma) é ali abandonado; e se o seu consumo obriga a evacuar, fá-lo ali sem qualquer tipo de problema, à vista de todos. Mas o observador engana-se quando pensa que tudo acaba na vista frontal. Se nos embrenhamos pelo interior, por qualquer labirinto entre as barracas em frente das ruas, nós encontramos mundos estranhos, ou melhor, submundos, avenidas labirínticas, restaurantes entre urinóis e charcos de água e imundície, concorridas sessões de bebedeiras, prostíbulos.

Tudo em plena zona urbana e à luz do dia.

Nas zonas residenciais, entre casas maticadas da população, ergueram-se autênticas fortalezas dos expatriados, em violação das mais elementares regras de construção urbana. Muros de três a quatro metros de altura na parte frontal, encimados por arame electrificado; nos tectos, uma infinidade de antenas, entre emissoras e receptoras. Obviamente, nem todas servem para receber sinais de rádio ou televisão por satélite. A conta parece ser simples de fazer, difícil será compreender como as autoridades nunca se indagam, ou nunca indagam.

Este ano, levei comigo alguém que nunca havia estado na cidade de Pemba. Levei-o a conhecer a urbe e não consegui mostrar a casa onde morei ou moraram os meus amigos, os clubes onde jogámos futebol ou dançámos os nossos bailes, os espaços municipais de diversão e de cultura. Não, não consegui, e ninguém por lá conseguirá jamais. E o recurso era sempre o mesmo: por detrás destas barracas! E tudo isto em plena zona urbana!

Em Pemba, as varandas e os seus jardins deixaram de ter a importância que têm em qualquer cidade, os números de endereçamento já não cumprem a sua função, a cidade está totalmente esburacada, até a via que nos leva a passar junto da residência oficial do governador, e isto para não falar do matagal consolidado em toda a sua residência de praia, no Wimbe, onde parece que nunca por lá alguém passou.

Mas eu não quero ser injusto.

O único sítio limpo e arejado é o cemitério de Pemba. Campas e muros caiados. E não se engane, leitor. Quem o cuida não é o município, é um simples cidadão de nome Claudino, que paga a um grupo permanente de homens e mulheres para manter limpa e digna a última residência de todos. Ora, ainda que não trazendo no bolso o nosso cartão político, o que custaria indigitar um homem desses para tomar conta das nossas coisas?

Finalmente, pergunto-me: quem deve arcar com a culpa da destruição de Pemba?

Bem, quando cheguei ao Maputo, de imediato liguei a um amigo, militante superior da FRELIMO, e indaguei: como é que uma cidade de anarquia total, destruída e fedorenta pode albergar um conclave maior da FRELIMO? Como é que convidados do mundo irão por ali circular? Como, como, como?

E porque por lá passara recentemente, o homem limitou-se apenas a concordar, que realmente a cidade de Pemba está de rastos, prestes a explodir, social e economicamente, cujo desfecho ninguém pode imaginar. Sim, é verdade, disse eu.

E porque nos habituamos a ser sinceros e frontais um para com o outro, adiantei-lhe eu as razões de tudo isto. Disse-lhe que na indicação das pessoas para dirigirem as nossas coisas, quaisquer que elas sejam, não bastará pertencer às nossas cores e confissões políticas. Que podia até ser uma exigência estatuída, e eu até não me oponho a isso, mas que dentre elas se identifiquem, claramente, aquelas que sabem e com provas dadas, e não aquelas que se limitem a cumprir ordens e nunca discordarem. E ninguém me vai dizer que na FRELIMO não há pessoas preparadas para colocarem as nossas cidades na senda do progresso!

Texto transcrito do "Correio da Manhã" via "Moçambique para Todos". Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Fevereiro 2012. 

11/21/11

A realidade de PEMBA

Pemba: Desenvolvimento adiado - Escrito por Hélder Xavier - Sexta, 18 Novembro 2011 07:00 - Com uma ampla costa e beleza natural, Pemba orgulha-se de ser uma das principais atracções turísticas do país, ao contrário de outras urbes localizadas no litoral moçambicano. Porém, à semelhança das outras capitais provinciais, a terceira maior baía do mundo ainda carrega problemas de uma cidade em desenvolvimento: crescimento desordenado, miséria, lixo espalhado um pouco por todo lado e fecalismo a céu aberto ao longo da praia. Essas são apenas algumas questões que o próximo edil vai herdar.

À entrada da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, um problema salta à vista. Um pouco por todos os cantos da urbe é possível deparar-se com um dos fenómenos que assola os principais municípios do país: o lixo nas ruas, colocando a nu a ineficiência das autoridades municipais. Mas isso é apenas parte de um universo de questões que a considerada maior baía do mundo carrega há anos e não se vislumbra uma solução a curto e médio prazos.

Ao longo da costa mais um problema desponta. À luz do dia, dezenas de pessoas recorrem à praia para fazer necessidade maior, não obstante a existência de chapas proibindo essa prática naquele local. Adultos e crianças fazem do litoral uma casa de banho a céu aberto. Na sua maioria, são moradores dos bairros circunvizinhos – vivem a 100 metros da beira-mar –, enquanto outros têm de percorrer pelo menos 500 metros.
Esta situação, que já é frequente, tem duas justificações. A primeira é o facto de a maior parte dos munícipes viver em zonas em que, quando a maré sobe, a água do mar invade as habitações construídas ao longo do litoral, o que impossibilita a edificação de latrinas melhoradas. E a segunda é referente à incapacidade da edilidade em construir sanitários públicos em alguns pontos da cidade, além de responder ao constante crescimento desordenado dos bairros e da população.

Além disso, há um outro terceiro e grande problema. Cresce o número de buracos nas principais vias de acesso da cidade, obrigando os automobilistas a malabarismos hercúleos.

Estes são alguns dos problemas que assolam a cidade de Pemba, outrora conhecida por Porto Amélia, e, ao mesmo tempo, são os principais desafios que o próximo edil – a ser eleito nas eleições municipais intercalares no dia 7 de Dezembro próximo – irá encontrar.

Nas ruas e nas esquinas da urbe, os munícipes quase não falam sobre o pleito eleitoral que se avizinha. Até porque não acreditam que a situação possa mudar. Mas, quando chamados a comentar, têm sempre algo para dizer.

“Eu particularmente acho que o próximo presidente do município não vai reverter a situação, pois ele precisará de pelo menos 10 anos para trabalhar”, diz Abel Jafar, residente em Pemba há mais de 25 anos, e acrescenta: “Dois anos não são suficientes para resolver problemas como a falta de água, lixo nas ruas, o fecalismo na praia, entre outros”. Mas Ornílio Mussa Ali, outro munícipe, tem uma visão diferente. “Esta cidade anda abandonada e acredito que um novo dirigente poderá mudar o estado das coisas”, afirma.
Os problemas dos munícipes de Pemba vão para além do que se pode imaginar, e, à mesma velocidade, cresce o cepticismo dos residentes em relação aos três candidatos que disputaram a vaga de edil daquela cidade. O desemprego e a miséria são algumas das preocupações dos habitantes.

O crescimento da economia local é galvanizado pela indústria do turismo, um sector que emprega, ainda que informalmente, um número cada vez mais crescente da população sem ou com baixo nível de escolaridade. O artesanato é uma das actividades mais visíveis. As praias têm sido os locais escolhidos por maior parte das pessoas para ganhar o sustento diário. Além disso, também a pesca torna-se na principal ocupação dos munícipes.

O comércio informal prossegue sem freios e ganha vida nas ruas, maioritariamente controlado por cidadãos estrangeiros oriundos sobretudo da Tanzânia. Em quase todas as artérias do município, é frequente ver homens, mulheres e crianças em busca de sustento diário, através das mais diversas actividades económicas. Aliás, percebe-se que a revolução da informalidade em Pemba está só a começar.

Diariamente, dezenas de pessoas viajam para a cidade, oriundos de diferentes distritos da província de Cabo Delgado, à procura de emprego ou em busca de oportunidades, na sua maioria, ilusórias. Atraídos pela indústria do turismo – ainda que se faça sentir timidamente –, muitos abandonam a sua terra natal, mas encontram pobreza.

Abdul Ali, de 48 anos de idade, e a família, chegaram há dois anos em Pemba, depois de percorrerem 203 quilómetros. Atraído pelas oportunidades ilusórias no sector de turismo, viu as portas todas fecharem-se. Sem nenhuma escolaridade, apenas com mais de 10 anos de experiência em fazer cobertura (tecto de palha) das instâncias turísticas e vivendas que despoletam ao longo da praia, com ajuda da sua esposa e dois filhos, optou por comprar mariscos para revender, mas logo descobriu que a actividade paralela permitia ganhar mais dinheiro. Agora, é pescador. “Vou pescar e depois a minha mulher vende”, conta.

O fluxo das pessoas acaba por criar outros problemas sociais, nomeadamente o aumento de nível de criminalidade e destruição de uma cidade que não parece preparada para receber mais indivíduos. Nos últimos cinco anos, os casos de furtos, roubos e assaltos na via pública e a residências triplicou.

Uma cidade que mingua
Situada à saída da baía de Pemba na margem sul, o município, com uma população estimada em 141300 pessoas, ocupa uma superfície de 102 km2. Cerca de 50.4 porcento dos habitantes é do sexo masculino e 49.6 é feminino. Nos últimos anos, o número da população cresceu, segundo o Censo de 2007, e o crescimento da cidade mostra- se demasiado lento para responder às exigências que emergem em decorrência desse incremento. Os bairros periféricos são exemplos mais bem acabados de lugares quase irrespiráveis, onde não foi respeitado nenhum plano de urbanização. Quase todos os dias, surgem habitações precárias em zonas baixas e em direcção ao mar. Na zona de cimento, além de pouco iluminadas, algumas ruas não têm asfalto.

Os problemas da falta de água potável e erosão, na zona costeira, são outras situações que dão à Pemba aspectos de um município esquecido aos 53 anos de elevação à categoria de cidade. No centro da urbe funcionam diversos tipos de negócios, formal e informal, o “mova” da economia local, além de se mostrar saturado. Na zona baixa, sobretudo próximo do porto, encontra-se uma cidade velha, abandonada e de uma feiura arquitectónica.

Na área conhecida por Expansão despontam, ao longo da costa, vivendas e algumas mansões de uma elite emergente para o gáudio do sector imobiliário. E um pouco pela cidade é possível ver obras de construção de habitação, centros comerciais, agências bancárias e instâncias turísticas. Mas tudo isso não esconde o lixo que tomou de assalto e os inúmeros buracos nas estradas contrastando com o slogan do município “Mantenha a baía limpa”.

Há 53 anos
Pemba pode orgulhar-se de ter uma das melhores praias do país denominada Wimbe. Numa cidade onde a oportunidade de diversão é coisa rara, este tem sido o ponto de encontro dos munícipes, e não só, aos fins-de-semana, além das casas nocturnas. Todos os dias, turistas de diversos cantos do mundo visitam o litoral e apreciam a arte maconde em diferentes galerias situadas à beira-mar.

Mas nem tudo é motivo de orgulho, pois há 53 anos de elevação à categoria de cidade, apenas 6.2 porcento da população do distrito de Pemba tem acesso à água canalizada dentro de casa, 54 fora de casa, aproximadamente 6 consome água do poço, enquanto cerca de 30 tem acesso a um fontenário. De um total de 26.155 agregados familiares existentes na cidade, somente 38 porcento tem a electricidade como fonte de energia e 59 utiliza petróleo de iluminação. O distrito dispõe de 10 unidades sanitárias, nomeadamente um Hospital Provincial, nove Centros de Saúde.

Breve historial
Antigamente, a área em que se encontra localizada a cidade de Pemba era visitada por pescadores swahilis e malgaxes e não há registo de ocupação permanente no período pré-colonial. A primeira tentativa da dominação portuguesa apenas ocorreu em meados do século XIX com a construção de um fortim, que foi abandonado poucos anos depois. Só em 1989, com a criação da Companhia do Niassa, é que a ocupação viria a tornar-se definitiva.

A Companhia do Niassa detinha poderes de administração do território, tendo elevado um pequeno posto comercial à categoria de povoação. Mais tarde, Pemba passou a denominar-se Porto Amélia em homenagem à última rainha de Portugal. Com o fim da concessão da companhia, em 1929, torna-se capital do recém-criado distrito de Cabo Delgado, pondo um ponto final à transferência da administração portuguesa desta região da vila do Ibo para Pemba.

Esta transferência correspondeu a mudanças no transporte marítimo que benefi ciava das excelentes características do porto natural, e à ocupação e exploração do interior do território, para a qual Pemba estava melhor localizada. Em 19 de Dezembro de 1934, Porto Amélia foi elevada à categoria de vila e, em 18 de Outubro de 1958, a cidade regressando à designação Pemba depois da independência nacional, em Março de 1976.
- Transcrição do @Verdade.

8/11/11

Falar sobre os Bombeiros da Régua

Jaime Luis V. F. Gabão

Falar sobre os Bombeiros da Régua não é difícil para as gentes da Régua. Ao longo da vida e do tempo acompanham-nos em um quotidiano repleto de episódios reveladores de abnegação, doação ao semelhante, generosidade desinteressada, modelos de coragem, sacrifício e por aí adiante. Difícil é para quem como eu, nado e criado até aos 9 anos de idade na sempre estimada Peso da Régua e posteriormente emigrou por força do destino e das circunstâncias para lugares distantes que juntam África, Europa e América do Sul, detalhar o caminho grandioso e beneficente para com o povo vareiro, traçado por essa Instituição já centenária em período no qual, sem abandonar espiritualmente as raízes, só vivenciei fatos da Régua por notícias, por cartas e testemunho de meu saudoso Pai, Jaime Ferraz Rodrigues Gabão quando vivo, também por estadias curtas no berço pátrio para colmatar saudades ou ainda por relatos de Amigos.
No entanto, apesar dessa ‘ausência’, dois acontecimentos marcam nitidamente a minha memoria. Um é o ‘grito’ angustiado da sirene instalada no característico ‘quartel antigo’ dos bombeiros, que ecoava tristemente por toda a Régua na minha meninice feliz, chamando os soldados da paz, ‘grito’ quase desesperado, representativo do acontecer de algum drama em algum lugar, como tantos que o Amigo Dr. José Alfredo Almeida vem descrevendo no Escritos do Douro e vou absorvendo-editando aqui pelos trópicos como se na Régua estivesse fisicamente, fruindo deste ‘milagre’ da comunicação e da informação que é a internet e que tanto nos aproxima. De tal forma ficava apavorado e trémulo em minha ingénua meninice, que buscava aconchego nos braços de minha Querida Mãe Nair ao ouvir essa sirene aflitiva, assim ela me contava... E o segundo, refere o dramático e tantas vezes evocado incêndio da Casa Viúva Lopes, já assim descrito por mim: “Na dramática noite do dia 8 de Agosto de 1953 eu estava lá, em frente à estação da Régua, junto ao muro que dá para o rio Douro, a assistir ao dantesco espetáculo. Com seis anos de idade na época, acompanhava meu Pai Jaime Ferraz Rodrigues Gabão. Nunca saiu de minha memória a beleza assustadora e dramática das chamas envolvendo o edifício enorme da Casa Viúva Lopes. Foi experiência que marca minhas lembranças com nitidez impressionante até aos dias de hoje!”. Dessa data e desse espetáculo belo, dantesco e triste emoldurado pelas sombras de uma noite de verão há 58 anos passados, resultou a morte do Bombeiro João Gomes Figueiredo, também conhecido por João dos Óculos e que o  mestre da escrita do Douro, João de Araújo Correia, homenageou em “HISTÓRIA DE UM SONETO” que pode ser lido aqui (Escritos do Douro).

Em outras paragens, os Bombeiros são-no por profissão. Auferem salário e a isso se dedicam inteiramente. Na Régua não, contava-me meu Pai, ainda em Porto Amélia-Moçambique, enquanto redigia as suas ‘Cartas de Longe’ para o ‘Notícias do Douro’ publicadas nos anos 60/70 ou à mesa de nossa casa africana, em refeições com sabor a Douro e Trás-os-Montes, elaboradas pela mão atinada de minha Querida Mãe e compartilhadas por reguenses como meu estimado Irmão Júlio Gabão, o Guedes tipógrafo, o marinheiro de fragata Zagalo, o Major Leite Pereira, ou mais destacados nas letras como o alferes Manuel Coutinho Nogueira Borges, o tenente médico Dr. Camilo de Araújo Correia (filho de João de Araújo Correia, escritores já falecidos). Todos eles, pela guerra colonial de então ou em busca de uma vida melhor, iam parar em terras de Cabo Delgado e em nossa sala de visitas sempre hospitaleira e de portas franqueadas, amenizando saudades em longas conversas dulcificadas e entremeadas por saborosos cálices de Porto e acepipes culinários, nas tardes domingueiras ensolaradas ou anoiteceres quentes de cacimbo africanas.
Pois e como dizia acima, na Régua os bombeiros são-no por amadorismo e doação desinteressada. Uns trabalham no campo, outros são empregados de balcão, outros sapateiros, comerciantes e assim para diante. E, sem proveito material adicional, nas horas vagas ou, quando avocados pela tal sirene, são Bombeiros da Régua e de todos que precisam de socorro e ajuda. Como ininterruptamente aconteceu afinal, quando no antigo e hoje abandonado cinema sentíamos a segurança tranquila da sua presença física durante as projeções, quando as velhas bancadas de madeira do campo de futebol do Peso, nos anos 50, desmoronaram (e eu junto) repletas de adeptos do SC da Régua, quando de plantão para qualquer eventual acidente em corridas de motos realizadas na beira-rio (organizadas também pelo SC da Régua de que meu Pai era diretor), quando o autocarro com estudantes se despenhou da ponte, quando as ainda existentes casas construídas à moda antiga em esqueleto de madeira se incendeiam, quando os pinhais e montes são desgastados pelo fogo do estio, quando alguém submerge no rio Douro ou quando o mesmo rio Douro, corre farto lá de Espanha e estende com indiferença fria suas águas, transformando em leito as ruas e caminhos da Régua, quando algum automóvel se acidenta nas encostas do Marão, quando alguma pessoa adoece e precisa de uma ambulância que o leve à saúde num hospital do Porto ou mais distante até, quando acompanham à última morada pessoa querida, quando e ainda hoje (assim lemos na internet) acodem um barco de turismo avariado, repleto de viajantes admiradores das belezas do recanto fluvial duriense...,  tudo e sempre num comportamento de grandeza e generosidade, sem diferenças sociais, que sobrevém ao longo de nossas vidas desde que, em “1842, a Câmara Municipal do Peso da Régua resolveu enviar um representante à Câmara dos Deputados a solicitar a concessão de uma bomba, para que na vila se pudesse acudir aos incêndios que por cá deflagrassem” e, mais tarde, quando em “28 de Novembro de 1880, nascia a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua ou Real Associação Humanitária, comandada por Manuel Maria de Magalhães”...

E tivesse eu a sabedoria atilada e conhecimento de meu querido, saudoso Pai e de Amigos que pela Régua e arredores pelejam e escrevem, permaneceria horas a fio ‘falando’ sobre os Bombeiros da Régua, contando a ode de seres anônimos, de parentes, de heróis em feitos exemplares, já fenecidos como seres físicos, mas não esquecidos como entes imortais participantes da minha vida, de muitas vidas, da História da Régua e de um dos seus maiores patrimônios, num hoje ininterrupto, estruturado e continuado na pujança de jovens Bombeiros sempre Voluntários.
Portanto, repetirei e para terminar este meu ‘desabafo’ provocado pelo Amigo José Alfredo Almeida, que é para eles e por tudo que representam minha inabalável admiração!
30 de Julho de 2011
Este post também pode ser lido no Blogue "Escritos do Douro"
Texto e edição de Jaime Luis Gabão. Colaboração de imagens do Dr. José Alfredo Almeida para o blogue "Escritos do Douro" em Agosto de 2011. Clique nas imagens acima para ampliar.

Falar sobre os Bombeiros da Régua
Jornal "O Arrais", Quinta feira, 11 de Agosto de 2011
(Click com o "rato/mouse" para ampliar e ler)

2/13/11

Tambo Tambulani Tambo 2011 - Educating through Art

Tambo Tambulani Tambo
Educating through Art
Acontecerá de 11 de Julho a 18 de Julho 2011
em PEMBA - Cabo Delgado - Moçambique.
(Will be held from July 11 to July 18, 2011,
Pemba - Cabo Delgado - Mozambique)
:: ::
7 dias de possibilidades únicas onde sentirá a multicultura moçambicana através da arte e tradições dos povos de Pemba, em Cabo Delgado/Moçambique.
:: ::
Dê duplo click com o "rato/mouse" para ampliar e ler:
Convite - versão em português:
Tambo Campo Internacional de Arte Pemba - Moçambique
Convite - versão em inglês:
Tambo Campo Internacional de Arte Pemba - Moçambique
Tambo Tambulani Tambo - Educating through Art
Tambo International Art Camp and Festival Tambo “Celebrando a Diversidade Cultural”- Nanhimbe-Pemba, Mozambique (versão 2010):
Tambo Tambulani Tambo - Educating through Art
Tambo Tambulani Tambo foi fundado em 1995 em Pemba.
Contatos e informações:
Telefones - 258 82 66 13 400 / 82 46 80 289 - cel. 82 66 13 400
Portal - www.tambo.nl
E. mail - tambotambulanitambo@yahoo.com
E. mail - tambulanimoz@gmail.com
:: :: :: ::
Post's deste blogue referindo edições anteriores:
Video do evento em 2009:
(Para escutar sem interferência os sons locais do evento, desligue, no final desta página do blogue, o player da "LM Rádio")

    5/05/10

    Retalhos: De Porto Amélia a Pemba - Memórias a preto e branco...

    Entre cidades irmãs (Ovar e Régua) fala-se do construtor de Porto Amélia - Pemba - Afonso Henrique Andrade Paes.
    - Transcrição - Jornal João Semana - Ovar - 1 de Junho de 2004.

    Achámos curiosa e digna de registo esta referência do Dr. Camilo de Araújo Correia, filho do grande escritor João de Araújo Correia, a um Vareiro que conheceu bem em Porto Amélia, Moçambique, publicada no jornal "O Arrais", da Régua.

    “(...) No meu tempo, o grande construtor civil de Porto Amélia era o arquitecto Afonso Henriques de Andrade Paes. Os seus camiões amarelos com grandes letras da cada lado (A.H.A.P.) estavam sempre a passar e repassar.

    O encarregado das obras de Andrade Paes era um homem simpático, eficiente e surdo. Para ir ouvindo alguma coisa, usava um aparelho. Um aparelho auditivo de quarenta anos... Constava de uma grande pilha metida no bolso do lado esquerdo do peito e de um fio que, partindo daí, terminava numa oliva introduzida no ouvido. Foi este fio que veio a caracterizar o homem de confiança de Andrade Paes. Entre negros era conhecido por "mucunha narame" (senhor arame).

    Porto Amélia... Porto Amélia...”
    - Camilo de Araújo Correia ("O Arrais")

    O Arquitecto Afonso Henriques Andrade Paes, natural de Válega (da família Soares Paes, comerciantes em Ovar), formado na Escola de Belas Artes do Porto, casado com a escritora Glória de Sant’Ana, nossa ilustre colaboradora, partiu, aos 25 anos, para Moçambique, onde fez trabalhos da sua especialidade em Nampula, cidade que o acolheu por 2 anos e onde fez o seu 1° projecto de construção civil, e em Porto Amélia, para onde partiu, a pedido do Governador, que lhe encomendou um projecto de casas sociais, ali constituindo a sua empresa (A.H.A.P) de Arquitectura, Engenharia e Construção.

    Obs.: As cidades de Ovar e Peso da Régua são consideradas "Irmãs"... Existe em Ovar a "rua da Régua" e na Régua a "rua das Vareiras".
    *Vareiros(as) são designados os naturais de Ovar.

    E é bom lembrar e repetir que as ruas e recantos de Pemba sempre irão "falar" deste seu incansável obreiro...
    Muitos durienses viveram e visitaram, quando Moçambique era colónia portuguesa, essa bela cidade, capital da província de Cabo Delgado ao norte de Moçambique. E visitam ainda hoje. Por lá também andou e viveu o saudoso jornalista Jaime Ferraz Rodrigues Gabão... e de lá escrevia as inesquecíveis "Cartas de Longe" para o semanário duriense Notícias do Douro. Tudo isso antes de 1975... Tentando preservar algumas imagens dessa época que já é história, aqui deixamos o endereço do ForEver PEMBA (blogue)  que tenta retratar a Porto Amélia de muitos de nós, portugueses e durienses que a conhecemos com encanto e ajudamos a construir.
    - J. L. Gabão


    (Transferência de arquivos dos sitios "Peso da Régua/Pemba" que serão desativados em breve. Este post  é reproduzido em simultâneo no blogue "Escritos do Douro")

    1/07/10

    Revendo "Pemba Mozambique, Tambo International Festival 2009"


    Revendo Pemba em 2009: Video-clip com cenas de Pemba e praia Wimbe (Moçambique), filmado durante o festival Tambo International 2009.
    "Clip featuring shots of Pemba and Wimbe beach (Mozambique) filmed during the Tambo International Festival 2009. This one week festival contained workshops on drama, dance and visual arts. Also a wide variety of performances were given from local teens dancing modern dance to traditional Cabo Delgado dances like Mapiko. After the performaces the festival terrain turned in to a disco or open air cinema. Foor more info visit http://www.tambo.nl/

    10/17/09

    DIA DA CIDADE DE PEMBA - Domingo 18/10

    ''Extr. da publicação PEMBA, SUA GENTE, MITOS E A HISTÓRIA-1850 a 1960, de Luis Alvarinho, que também se baseou em documentação do Arquivo Hist. de Moçambique, B.O. e Boletim da C. do Niassa, entre outros:

    - O embrião que veio dar origem à actual cidade de Pemba, data de 1857, como parcela da Colónia 8 de Dezembro, fundada por Jerónimo Romero e dissolvida 5 anos depois por diversos problemas de organização e adaptação dos colonos
    • - Porto Amélia ascende a vila por portaria de 19 de Dezembro de 1934.
    • - É elevada à categoria de cidade em 1958 pelo decreto-lei de 18 de Outubro-G.G. da Província.''.
    PEMBA DE ONTEM E DE HOJE
    Por Carlos Lopes Bento para o ForEver PEMBA
     
    Ao comemorar-se mais um aniversário da elevação de Pemba a cidade, aproveito a ocasião para saudar todos os seus habitantes e respectivas autoridades e visualizar algumas imagens do meu Album, que lembram um pouco da História recente desta bela urbe, do norte de Moçambique.
     



     (Clique nas imagens para ampliar)
     
    Para a cidade de Pemba e suas Gentes votos de um futuro próspero e pacífico.
    - Portugal, Lisboa, 18 de Outubro de 2009, Carlos Lopes Bento.

    5/14/09

    Pemba no V Congresso das Mais Belas Baías do Mundo

    (Clique na imagem para ampliar - Foto retirada do álbum de "Andre M. Pipa")

    A baía de Pemba está representada no V Congresso das Mais Belas Baías do Mundo que amanhã inicia em Setúbal, Portugal, durante a qual vai ser oficial e definitivamente admitida naquele prestigiado clube a nível planetário, com a entrega do respectivo certificado, depois de ter sido aprovada a sua candidatura em Maio do ano passado, em resposta ao pedido feito no decurso do congresso anterior, realizado na Praia da Rosa, Estado de Santa Catarina, Brasil, em Outubro de 2007.

    O congresso de Setúbal, segundo o clube e a Câmara Municipal daquela cidade portuguesa, será realizado sob o lema “Oceanos Que Nos Unem”, que na opinião dos organizadores pretende emprestar um contributo decisivo na afirmação do grupo das mais belas baías do mundo enquanto plataforma de conjugação de vontades de todos os continentes e povos na defesa e valorização dos oceanos na sua qualidade de património da humanidade.

    “Os oceanos são também a marca mais forte na génese da cidade de Setúbal que por causa do mar aqui se criou e desenvolveu, permitindo o V Congresso do Clube das Mais Belas Baías do Mundo uma abordagem valorizadora das várias matérias de importância global, seja no domínio do conhecimento, das relações internacionais ou transacções económicas”, defendem os organizadores.

    As 29 mais belas baías do mundo estarão, com efeito e segundo a organização, reunidas em Setúbal para uma reflexão conjunta e uma chamada de atenção mundial para o património e um futuro que a todos importa.

    O programa na posse do “Notícias” refere que o congresso será aberto pelo presidente do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, o francês Jerôme Bignon, acompanhado pelo Secretário de Estado do Turismo de Portugal, D. Bernardo Trindade e de Maria das Dores Meira, em representação das autoridades da cidade anfitriã.

    Serão debatidos vários temas ligados à conservação e preservação dos oceanos, mas o dia 16, sábado, poderá vir a ser o mais importante para a delegação moçambicana ao congresso, se bem que está reservado para a assembleia geral e extraordinária do clube, durante a qual a baía de Pemba poderá ser formalmente admitida no Clube das Mais Belas Baías do Mundo.

    Para representar o país em geral e muito particularmente a baía de Pemba já se encontram em Portugal o presidente do Conselho Municipal, Sadique Âssamo Yacub, acompanhado do presidente cessante, Agostinho Ntauale, de cujo mandato terminou com a candidatura daquela baía moçambicana ao Clube das Mais Belas do Mundo, sonho que será definitivamente concretizado no presente congresso.

    Também estarão em Setúbal dirigentes associativos do “Cabo Delgado em Movimento” uma organização dos amigos e naturais de Cabo Delgado que tem pela frente o general Alberto Chipande, contando-se ainda a presença de nomes de João Carrilho, entre outros.

    Alias, a candidatura de Pemba ao Clube das Mais Belas Baías do Mundo foi iniciativa desta associação, que procurou assessoria de muitos parceiros com o objectivo de colocar a baía naquele grupo cujo prestígio é largamente conhecido e que tem a chancela da Agência das Nações para Educação, Ciência e Cultura.

    O congresso termina a 18 de Maio, data em que se saberá o país cuja baía organizará o próximo.
    - Maputo, Quinta-Feira, 14 de Maio de 2009:: Notícias

    - Alguns post's anteriores sobre a baía de Pemba:

    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 1 - 11OUT2007 - Aqui !
    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 2 - 11OUT2007 - Aqui !
    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 3 - 11OUT2007 - Aqui !
    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 4 - 11OUT2007 - Aqui !
    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 5 - 11OUT2007 - Aqui !
    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas II - 18OUT2007 - Aqui !
    • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas III- Histórias e lendas - 20OUT2007 - Aqui !

    12/01/08

    Encontrei na net: O Ibo foi decepcionante...

    (Clique na imagem para ampliar)
    Sob o lema "Nunca se é demasiado velho para viver seus sonhos", o casal Alec and Cherry Yarrow vai percorrendo a costa de Moçambique desde a África do Sul no iate Rainbow Gypsy e relatando por blogue as impressões do que vão encontrando.

    Chamou-nos a atenção sua passagem hà poucas horas por Pemba e Ibo já a caminho da Tanzânia.

    Tentarei, em curtos parágrafos, colocar aqui algumas poucas linhas do que nos dizem sobre a Ilha do Ibo. O texto na versão original em lingua inglesa está aqui :

    ""O Ibo foi decepcionante, um triste reflexo do que era a ex-colônia portuguesa em toda a sua glória.

    Nenhum dos restaurantes descritos no Lonely Planet, como locais para comer, ainda existiam... ... apenas as habituais mãos estendidas de jovens na praia correndo para o barco que se recusam a deixar ir. Havia muitos deles a tentar convencer-nos para contrata-los como "guias profissionais" ou guardas, cada um tentando afugentar os demais "concorrentes"... Explicámos que não precisavamos de um guia, mas ainda assim eramos seguidos por uns poucos persistentes...

    O Ibo está cheio de edifícios abandonados, um reflexo da incapacidade ou falta de qualquer interesse em manter tudo o que os europeus têm deixado no tempo. Alguns estão a ser restaurados, principalmente com dinheiro estrangeiro é claro.

    Encontramos uma moradia particular que chamou a nossa atenção e imaginação, com um grande jardim murado e uma enorme árvore que dá sombra. A casa não tinha janelas nem telhado, as paredes estavam a cair por todo o jardim.

    O que nos surpreendeu foi que nesta ilha que é tão quente, não é feito uso da sombra e frescor admiráveis destes jardins. Em vez disso vimos crianças sob o sol e areia quentes, apáticas, talvez desnutridas...

    Depois de três horas de caminhada pela Ilha do Ibo sob o calor intenso, retornanos ao nosso barco, puxamos âncora e continuamos no sentido norte da Tanzânia, parando repentinamente na pequena ilha das Rolas... ...""

    Se encontrar dificuldades de leitura em lingua inglesa, traduza aqui.

    11/26/08

    Ronda pela net - The Times fala hoje das Quirimbas.

    The sparsely inhabited Quirimbas are an unspoilt natural sanctuary, writes Mark Le Chat FLYING over an emerald mat of mangroves in a Cherokee Piper with the Indian Ocean islands of the Quirimbas unfolding beneath you is tantamount to crossing over into a long-forgotten world.
    Here, the grand integrity of nature takes on an immediate yet ethereal quality as brackish deltas etch through the greenery, and a smattering of islands and sand- banked atolls glow in the warm indigo sea...

    - Leia o texto na íntegra aqui!
    - Traduza aqui!

    O que já se publicou neste blogue sobre as Quirimbas e a bela Cabo Delgado:
    • Quirimbas - O Paraíso á distância de 300 Euros a diária... - aqui!
    • Pemba/Porto Amélia na net - aqui!
    • A minha viagem imaginária a Pemba - aqui e aqui (YouTube)!
    • Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
    • Quirimbas o Paraíso -aqui!
    • Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui!
    • A costa de Pemba - aqui!
    • Maluane Island Resort - Quirimbas - Mozambique - aqui!
    • Matemo Islande Resort - aqui!
    • Medjumbe Island Resort - aqui!
    • Quilalea - Quirimbas- Mozambique - aqui!
    • Islands: Quirimbas Achipelago - aqui!
    • Ilhas do Ibo, Quirimba e Sito - aqui!
    • Matemo Island - o paraíso a dois passos de Pemba - aqui!
    • As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui!
    • ...e muito mais sobre Pemba, Ibo, Quirimbas e arredores aqui e aqui !

    10/27/08

    Navio PEMBA - Lembram-se dele ?...

    Segundo o ShipStamps.co.uk o navio Tenos, construída como navio de carga pelo estaleiro naval Zosen Mitsui Engineering Co. Ltd., Tamano, Japão para Rederi A / B Sirius, Helsingborg, Suécia foi em 21 Setembro 1960 lançado à água sob o nome TENOS, com velocidade máxima de 16 nós e podendo alojar em simultâneo 12 passageiros.

    Em Julho de 1970 foi vendido à Comp. Nacional de Navegação em Lisboa, Portugal e renomeado PORTO AMÉLIA tendo sido transferido em 1972 para a Comp. Moçambicana de Navegação na então Lourenço Marques.

    Com a independência de Moçambique em 1975 seu nome foi alterado para Pemba, assim como o nome da empresa parece-nos ter mudado para EE Navique Empresa Moçambicana de Navegação, que o vendeu para o Paquistão em 1986 para desmonte.

    Saiu em 23 de julho de 1986 do porto de Maputo, rebocado, com destino a Karachi onde parece ter chegado em 07 de Setembro de 1986... (Fontes: Hillerström's 1891-1976 por Tomas Johannesson. Navicula e Marinhas Notícias-ShipStamps.co.uk.).

    Encontrei também no blogue SHIPS & THE SEA - BLOGUE dos NAVIOS e do MAR em post de 24 de Fevereiro deste ano:

    ""O navio de carga português PEMBA, que operava na cabotagem em Moçambique desde 1996, foi vendido pela Transinsular (East Wind - Transportes Marítimos, Lda., Madeira) à companhia World Shipping Management Corporation, de Miami e entregue em Lisboa a 29-11-2007, data em que se passou a chamar SILVY e foi registado no Panamá (World Neptune SA, Panamá).

    O PEMBA entrou em Lisboa pela última vez a 29-08-2007 procedente de Durban e foi substituído na costa de Moçambique por um navio afretado de maior capacidade. Esteve imobilizado no Seixal até Novembro quando veio para Lisboa permanecendo atracado a Santa Apolónia até ser entregue aos compradores. Trata-se de uma empresa propriedade de um emigrado cubano sediado e Miami, que opera navios nas Caraíbas. Construído na Alemanha pelo estaleiro Buesumer Werft (construção nº 2034), foi acabado em Junho de 1986 e chamou-se KAROLA S até 1992, e depois JETTY (1992-1996) e PEMBA (1996-2007).

    Com 2.726 TAB e 2.958 TDW, o PEMBA tem capacidade para 204 contentores de 20 pés. O PEMBA é gémeo do SONGO, construído no mesmo estaleiro em 1985 e comprado pela Soponata em 1996 para operar em Moçambique. O navio foi posteriormente adquirido pela Transinslar e ainda se encontra na costa oriental de África ao serviço da Navique, empresa gerida pela Transinsular"".(Imagens e post em Ships & The Sea).

    Deduz-se pelos textos acima das duas fontes, que existiram ou existem dois navios Pemba percorrendo os portos da costa moçambicana. Ficariamos gratos se algum leitor com conhecimentos sobre o navio Pemba e factos da história da navegação comercial desde os tempos de Moçambique colónia, colocasse por aqui, como comentário, informações adicionais a respeito.

    • Duas imagens sobre o navio Porto Amélia (ex-Tenos) aqui!

    10/18/08

    PEMBA é cidade hà 50 anos. Parabéns PEMBA!

    (Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)

    Um pouco da História de Pemba no dia do aniversário de sua elevação a cidade:

    ""Abandonada a região de Pemba pelos portugueses, e mais tarde praticamente pelos povos macuas da regedoria Muária, alguns baneanes e mouros ocuparam-na nos finais da década de 1880 sob a chefia de um tal malgache chamado “Muenhe Amade”, fundador da povoação do mesmo nome em Pampira.

    Instituída a Companhia do Niassa esta manda, 4 anos mais tarde, ocupar a baía, tomando em consideração o então notável desenvol­vimento comercial dos territórios a Sul de Quissanga bem como a necessidade de controlar o comércio do sertão.

    Por outro lado, porque o posto militar criado em Pemba há mais de um ano havia permitido um clima de boas relações com os régulos e consideradas garantidas as condições de segurança, é instituído o Concelho de Pemba com sede na povoação de Pampira.

    Assim o comandante do posto militar de Pemba é nomeado chefe do Concelho em acumulação com as anteriores funções.

    Projectara a companhia magestática a construção de uma linha férrea que ligasse Pemba ao Niassa no intuito de monopolizar o tráfico de Tanganica /Niassalândia:
    "O caminho de ferro de Pemba ao Niassa chamará a meio caminho a mercadoria que for descendo pela boca de Chire, inclusive a que, por ventura proceda da própria bacia do Congo. Hoje que à nossa com­panhia foram concedidos os territórios, será pratica­da a ligação ferroviária do lago com a excelente baía de Pemba, realizando-se assim não só um desideratum da moderna civilização mas também o caminho que será o único e incontestado para o grande co­mércio da África"(12). Esperava-se que Pemba pudesse ser o porto para o abastecimento do carvão do Medo e do Itule, bem como madeira, metais, nomea­damente o ferro e o cobre e ainda o marfim entre outros artigos originários de zonas do interior.

    Para o lisonjeio de Coutinho (13):
    "... a explêndida baia de Pemba - está entre aqueles dois empórios comerciais (Zanzibar e Moçambique) em excepcionais condições geográficas numas cir­cunstâncias tais que aproveitadas convenientemen­te, lhe chamarão o que lhe pertence de direito, e pertence de facto o exclusivo do tráfico do Tanganica-Niassalândia”.

    Por outro lado, Pemba a um dia das Comores poderia daí receber a borracha, a cera, a copal, a urzela, o marfim e peles.

    É ainda a finais do século passado, mais concretamente em 1899 que a companhia do Niassa contrata Gilbom Spilsbury (delegado do Conselho da Administração da Companhia) para uma expedição militar para avaliar as possibilidades de desenvolvimento dos territórios de Cabo Delgado e Niassa mas o facto de se pretender atingir zonas mais para o interior Pemba foi nesse projecto relevada para segundo plano.

    Porque se pretendia reabilitar o processo de desenvolvimento de Pemba num momento em que a povoação estava ameaçada ao isolamento devido ao internamento de comerciantes e indígenas no interior para fugir à alçada da autoridade colonial (14) ela é inicialmente considerada terra de terceira ordem e são dispensados de direitos e emolumentos de portos aos vapores que para ali fazem carreiras regulares, nos primeiros anos do nosso século.

    Também na primeira década de 1900 é criada em Porto Amélia no ano de 1908 uma escola de sexo masculino denominada "António Centeno” nome de um Administrador de Companhia em Portugal, no qual logo se matricularam 14 alunos dos quais 2 europeus, 1 branco natural, 6 mestiços e 5 negros. (15)

    Dados estatísticos da população de Porto Amélia em 1908 indicam haver nessa altura 18.604 habitantes, sendo 18.498 negros, 50 asiá­ticos, 26 europeus e 17 brancos naturais. (16)

    Em 1909 é ocupado todo o concelho de Porto Amélia.

    A finais de 1917 desembarca em Porto Amélia uma expedição militar inglesa para colaborar com o exército português na luta contra os alemães no decurso da primeira Guerra Mundial.

    Foi esta expedição que, aproveitando as condições da lagoa existente na planície de Natite, colocou uma bomba de água e um pequeno sistema de abastecimento de água canalizado.

    Como memória dos militares ingleses tombados durante a 1ª Guerra Mundial, ainda hoje se pode ver no cemitério de Pemba uma zona com as suas sepulturas que o governo de Sua Magestade Britânica mandava visitar periodicamente, deslocando navios de guerra com oficiais que no local procediam às cerimónias na presença do capelão do Navio. Este cemitério particular esteve durante longos anos à responsabilidade de Carlos Delgado da Silva.

    Pelo Decreto nº 16.757 de 20 de abril de 1929, foram retirados à Companhia do Niassa os poderes de administração dos territórios concedidos em 1894, tomando o Estado posse dos mesmos a 27 de Outubro do mesmo ano. Foi assim restabelecido o Distrito de Cabo Delgado, na Província do Niassa com sede em Porto Amélia, deixando assim esta povoação de estar agregada ao Distrito de Niassa.

    Para o período a que nos referimos duas reclassificações sucessivas para o terreno de Porto Amélia têm lugar na sequência da restrutu­ração que se inicia em 1930. A primeira verifica-se a 11 de Janeiro desse mesmo ano classificando-a em 1ª ordem e a outra em Agosto seguinte descendo-a para 2ª alegadamente por se encontrar tal como o Ibo criada à data da passagem dos territórios para a administração portuguesa com aquela ordem.

    Em 1936 é aprovada a planta de modificação da vila de "Porto Amélia, Concelho e Distrito do mesmo nome, província do Niassa" (17), constituída inicialmente por 232 talhões para em 1941 entrar em vigor uma portaria delimitando a zona urbana e a suburbana.

    Um bairro económico constituído por 16 blocos de aproximadamente 50/80 metros é criado no Cariacó em Porto Amélia no ano de 1943.

    Ainda nesse mesmo ano e tomando em conta a necessidade de autonomizar o município da vila e dotá-la de poderes mais amplos em vista do desenvolvimento local é concedido o foral de Porto Amélia.

    Em 1953 determinou o Secretário Provincial, Eng. Pinto Teixeira, em nome do Governador Geral, comandante Gabriel Teixeira empreender a construção de um cais acostável para navios de grande porte, obra que viria a ser inaugurada a 26 de Janeiro de 1957 com a acostagem inaugural do paquete "Angola".

    Foi só com a materialização desta obra que Porto Amélia inicia a sua arrancada ao desenvolvimento. Assim constata-se que o movimento de mercadorias eleva-se de cerca de 40 mil para 48 mil toneladas aproximadamente.

    A Vila de Porto Amélia é elevada à categoria de cidade a 18 de Outubro de 1958.

    Contudo o desenvolvimento esperado talvez nunca tenha passado de sonhos e pequenas iniciativas. Um jovem da cidade em 1971 desa­bafava numa entrevista a um jornal:

    "... É pena Porto Amélia ser muitas vezes esquecida, pois se podia fazer mais por ela e só os seus ver­dadeiros habitantes é que a podem desenvolver e engrandecer, mas nenhum deles é Onassis ou Rockfeller” (18).

    Pemba... A solidão da sua simplicidade parece tão natural quanto a sua beleza e destino à sorte do acaso...""

    - Do Livro "Pemba - Sua gente, mitos e história, 1850 a 1960" Por Luis Alvarinho que também se baseou em documentação do Arquivo Hist. de Moçambique, B.O. e Boletim da C. do Niassa, entre outros: O embrião que veio dar origem à actual cidade de Pemba, data de 1857, como parcela da Colónia 8 de Dezembro, fundada por Jerónimo Romero e dissolvida 5 anos depois por diversos problemas de organização e adaptação dos colonos.Porto Amélia ascende a vila por portaria de 19 de Dezembro de 1934. É elevada à categoria de cidade em 1958 pelo decreto-lei de 18 de Outubro-G.G. da Província.''.

    • A Biblioteca do Macua - Aqui!

    10/03/08

    Ronda pela net - Girl at Wimbi beach, Pemba by Sanne Houlind

    (Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
    .
    Quando se é jovem, o mundo não tem fronteiras e a sede pela descoberta do novo conjugada com o anseio generoso em ajudar os povos é imensa e leva à aventura de trilhar caminhos onde o belo contrasta com a pobreza mas continua belo. Assim acontece com a jovem Sanne Houlind que nos vai oferecendo em suas viagens de trabalho e missão imagens excelentes dos locais por onde passa e, no momento, de Pemba-Cabo Delgado onde colabora com o "MS Danish Association for International Co-operation"(MS Mozambique).
    A imagem acima é de uma jovem de Pemba, fotografada na que vai ficando famosa, praia do Wimbe.
    Segundo informa em seu blogue, já passou por vários países, entre eles o Butão, Cuba, Honduras e outros.
    • O álbum de Sanne Houlind no Flickr - Aqui!
    • Stories from Sanne - Aqui!

    9/02/08

    Retalhos da história de PEMBA - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia. Parte 3.

    (Clique na imagem para ampliar)
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    A COMPANHIA DO NIASSA E A FUNDAÇÃO DE PORTO AMÉLIA. - (continuação daqui!)
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    O chamado distrito militar de Cabo Delgado que se localizava em Pampira, na orla da baía de Pemba, foi extinto em 1981 e o território entre os rios Rovuma e o Lúrio foi concedido a partir de 1894 a uma companhia majestática - a Companhia do Niassa, isto é, sem deter o controlo ou exercer qualquer tipo de autoridade ou influência no interior do território, o governo português entregava a exploração de todo o norte de Moçambique a uma sociedade privada.
    A Companhia do Niassa inspirou-se no modelo da British South Africa Company criada por Cecil Rhodes e era uma companhia privada de capitais e influência maioritáriamente britânicas, tendo por objecto a exploração colonial do território. A administração da Companhia do Niassa era exercida por seis administradores em Lisboa e quatro em Londres, tendo o governo português um Intendente no Ibo, cujo concelho não integrava os territórios da companhia.
    Assentava num negócio financeiro que se pretendia ser muito lucrativo para satisfazer os seus accionistas e, estatutáriamente, tinha a concessão por 35 anos para a exploração de um território com cerca de 200.000 Km², devendo construir um caminho-de-ferro e podendo cobrar impostos, arrecadar as receitas da alfândega e exercer em exclusivo o direito de conceder as autorizações para quaisquer actividades comerciais, agrícolas, minerais e industriais.
    O resultado não poderia ser bom, devido às lógicas bolsistas e às mudanças de accionistas, de orientações e de gestão da companhia e, sobretudo, porque o seu sentido não era o desenvolvimento do território, mas apenas a sua exploração.
    Como salienta René Pélissier, "o extremo norte, colónia privada no interior de uma colónia portuguesa, era portanto a quintessência da mais egoista dominação europeia. A Companhia não estava em África para colonizar mas sim para extorquir o máximo lucro"(René Pélissier, Op. cit., Vol. I, p. 396).
    Em Maio de 1897, quando a sede da Companhia ainda estava no Ibo, foi designado o capitão José Augusto Soares da Costa Cabral para instalar uma povoação na baía de Pemba, que deveria posteriormente ser a capital dos territórios da Companhia do Niassa.
    Em 13 de Outubro de 1899 foi criado um posto fiscal à entrada da baía de Pemba e em 30 de Dezembro de 1899, por proposta da Companhia do Niassa, a povoação de Pampira passou a denominar-se Porto Amélia, em homenagem à raínha de Portugal.
    O Boletim da Companhia do Niassa, n.º 23, de 13 de Janeiro de 1900, insere a Ordem n.º 230, cujo teor é o seguinte:

    -- Tendo o Exm.° Conselho de Aministração da Companhia do Niassa deliberado dar o nome de Sua Magestade a Rainha Senhora Dona Amélia à nova povoação de Pemba, que deve ser a futura capital dos territórios, prestando assim um preito de homenagem, respeito e sympatia a tão Excelsa Senhora, e tendo Sua magestade auctorizado tal deliberação;

    Hei por conveniente ordenar que essa povoação na bahia de Pemba, e futura capital dos territórios da Companhia do Nyassa, se denomine - Porto Amélia.

    Secretaria do Governo dos territórios de Cabo Delgado, no Ibo, 30 de Dezembro de 1899.

    O Governador - J. A. A. Mesquita Guimarães.

    O autor:
    Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.
    Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.
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    O livro:
    Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;
    Edição - Comissão Cultural da Marinha;
    Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.
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    - Em breve neste blogue:
    • O nascimento de Mocimboa da Praia;
    • Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas;
    • A Ilha do Ibo;
    • As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.

    8/26/08

    Matemo Isaland - O paraíso a dois passos de Pemba...

    Na net encontrei:
    (Alerta aos "navegantes": O local é para quem "pode", ora pois!)
    .
    Filed Under (Quirimbas Archipelago) by Mozambique on August-25-2008.
    Matemo Island Resort is located in the Quirambas Archipelago in Northern Mozambique off the coast of Pemba. The resort offers something for a variety of guests – family holidays, fishing and diving as well as cultural enthusiasts.
    Matemo Island, Quirambas Archipelago is a tropical heaven offering 24 thatched, air conditioned chalets each with only a meters to the sea. The public areas are elevated above the ocean, ideal of sundowners while watching the orange sun dip beneath the Indian Ocean.
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    Accommodation:
    • There are 24 Chalets: 8 Twin Beds; 16 Queen Size Double Beds, all with en-suite bathroom with indoor and outdoor showers, bathtub with a view, large airy windows
    • All chalets are within 10 meters of beach, with a large front verandah with Hammock, Chair / Loungers and Beach Towel Drying Rack. All Chalets have air conditioning, mosquito screens, mini bar, satellite TV, tea-/coffee-making facilities, hair dryer & electronic safe
    • 2 Chalets offer a private dining area (Chalet #1 & Chalet #2)
    • Of the 24 Chalets, there are 2 units consisting of a Double and a Twin with a hallway link; two chalets have a common verandah with another chalet.
    - Daqui!
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    :: Se encontra dificuldades em entender o idioma inglês, use um dos "tradutores" gratuítos da net. Por exemplo este aqui! ::
    .
    Alguns link's que falam de Pemba e Quirimbas:
    • Quirimbas - O Paraíso á distância de 300 Euros a diária... - aqui!
    • Pemba/Porto Amélia na net - aqui!
    • A minha viagem imaginária a Pemba - aqui e aqui (YouTube)!
    • Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
    • Quirimbas o Paraíso -aqui!
    • Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui!
    • Fotos do Pemba Beach Hotel em Pemba/Porto Amélia -aqui!
    • A costa de Pemba - aqui!
    • Maluane Island Resort - Quirimbas - Mozambique - aqui!
    • Matemo Islande Resort - aqui!
    • Medjumbe Island Resort - aqui!
    • Quilalea - Quirimbas- Mozambique - aqui!
    • Islands: Quirimbas Achipelago - aqui!
    • Ilhas do Ibo, Quirimba e Sito - aqui!
    • As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui!
    • ...e muito mais sobre Pemba, Ibo, Quirimbas e arredores aqui e aqui !