8/22/08

Exposição OLHAR PICASSO é inaugurada no Algarve-Portimão.

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Acontece no dia 24 de Agosto, na nova Galeria do Arade, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão - Algarve e é comissariada pelo artista plástico natural de Pemba, Rui Andrade Paes:
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Pela primeira vez no Algarve.
Exposição dedicada a Picasso é inaugurada em Portimão.
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A exposição “Olhar Picasso” é inaugurada no dia 24 de Agosto, na Galeria do Arade, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão, numa iniciativa da Câmara Municipal desta cidade.
Esta é a primeira exposição que se realiza no Algarve dedicada a Picasso e assinala a abertura da Galeria do Arade, um novo espaço cultural de 1.400 metros quadrados, junto ao Portimão Arena.
“Olhar Picasso” está dividida em três áreas: uma, com pinturas, cerâmicas, litografias e desenhos originais do artista espanhol; “Lee Miller & Picasso” com fotografias da autoria de Lee Miller, mulher de Sir Roland Penrose, o biógrafo mais importante de Picasso; e “Picasso e a Arte Portuguesa do Século XX”, com 100 obras de artistas portugueses influenciados pela arte picassianao.
A inegável influência de Picasso na Arte Portuguesa do século XX junta nesta mostra obras dos maiores génios da pintura nacional: Almada Negreiros (1893-1970), Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), Mário Eloy (1900-1951), Santa-Rita Pintor (1889-1918), Artur Bual (1926-1999), Júlio Pomar, Júlio Resende, Mário Cesariny (1923-2006), Vieira da Silva (1908-1992), Graça Morais, José Emídio, Alberto Péssimo, Rui Paes, Alcino Soutinho, Álvaro Siza e Jorge de Oliveira, entre outros.
A exposição das obras engloba três períodos distintos: até aos anos 50, dos anos 50 aos anos 80, e dos anos 80 à actualidade. Os textos dos catálogos são da autoria dos críticos e historiadores de arte Rui-Mário Gonçalves, José Luís Porfírio e Laura Castro.
“Lee Miller & Picasso” é a primeira exposição individual da fotógrafa em Portugal, e representa o período da vida do artista entre 1936 e 1970. Nesta selecção de imagens, exposta recentemente no Museu Picasso, em Barcelona, são retratados momentos únicos da vida de Picasso, dos seus amigos, amantes e companheiros, captados em situações de intimidade especiais.
Picasso foi o artista mais produtivo da sua época. O génio, sinónimo de modernidade artística, manifestou-se em várias vertentes: do desenho à gravura, da escultura à cerâmica e, principalmente, através da pintura.
A exposição é comissariada pelo pintor e ilustrador Rui Paes, que colaborou no último livro infantil de Madonna, “Pipas de Massa”, editado em 2005 e traduzido em 40 línguas.
Para os mais novos, “Olhar Picasso” inclui, ainda, o espaço lúdico “À descoberta de Picasso”, no qual cada criança pode adquirir novos conhecimentos e experiências através da pintura.
“Olhar Picasso” está patente até 19 de Outubro e tem a coordenação e montagem da Árvore, cooperativa de actividades artísticas com uma extensa experiência neste tipo de projectos.
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“Olhar Picasso”
· De 24 de Agosto a 19 de Outubro.
· Preço: 5,00 € - Gratuito para estudantes
· Horários:
- 24 de Agosto a 14 de Setembro das 15h00 às 23h00
- 15 de Setembro a 19 de Outubro das 10h00 às 18h00
· Galeria do Arade – Parque de Feiras e Exposições – Portimão
. Informações adicionais para a Comunicação Social: - Margarida Pereira - LPM Comunicação - Tel. 218 508 110 :: Tlm. 961 334 957.
-Ed. Lisboa Oriente, Av. Infante D. Henrique, 333 H - Escritório 49, 1800-282 Lisboa.

ANTÓNIO SIBA SIBA MACUACUA - Assassinado em 2001 e injustiçado até 2007 - Parte 2.

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Vontade política trava investigação do caso Siba-Siba.
A
falta de vontade política minou a investigação do assassinato de António Siba-Siba Macuacua, morto na sede do extinto Banco Austral, em Agosto de 2001, quando se preparava para entregar a ABSA, o relatório de contas mal paradas, que envolve alguns devedores, pertencentes, supostamente, a Frelimo.
Volvidos sete anos após o assassinato do Presidente do Conselho da Administração daquela instituição bancária, função que assumia, interinamente, a Procuradoria Geral da Repúblicas, PGR, decidiu reabrir o “caso Siba Siba”, com o objectivo de encontrar o autor e o mandante da morte do jovem economista. As investigações da PGR recomeçaram com a audição de alguns declarantes, acção que, para alguns analistas, não passa de simples atirar areia aos olhos do povo, pois, as investigações não vão trazer novidades que possam conduzir ao esclarecimento deste assassinato e, deste modo, fazer-se a justiça.
“Com a reabertura do “caso Siba Siba”, gostaria que a justiça fosse feita, mas tenho dúvidas que isso aconteça, pois, a prior, me pareceu que houve falta de vontade política para o esclarecimento deste assassinato”, quem assim afirma é Venâncio Mondlane, analista, em declarações num canal televisivo.
Para melhor elucidar sua alocução, Mondlane explica que, logo após o assassinato de Siba-Siba, houve acções que minaram as investigações em torno do crime. Citou, como exemplo, o exame pericial, processo que foi feito por uma instituição estrangeira, peritos sul-africanos.
“A perícia feita pelos sul-africanos poderia ter sido feita pela Polícia de Investigação Criminal, PIC, que, no caso vertente, foi proibida. Tudo leva a crer que não havia interesse para se chegar à verdade mais cedo”.
A PIC, dirigida, na altura, por António Frangulius, que assumia o cargo de director, iniciou com as investigações, mas, de repente, as mesmas foram interrompidas, devido a falta de meios. Consta que o poder político não quis alocar meios para que Frangulius e sua equipa continuassem com o trabalho de busca de elementos que pudessem esclarecer o assassinato de Siba-Siba.
“A investigação não poderia ter sido interrompida. Volvidos sete anos, os elementos que existem são residuais, não há nada que possa conduzir ao esclarecimento deste crime”, afirma Mondlane, explicando que, num processo como este, a investigação deve ser mais alargada. “A base da investigação não pode ser restrita, só aos devedores do Banco Austral, mas sim, alargada, pois, Siba-Siba era um funcionário do Banco Central”.
Na mesma diapasão, Eduardo Namburete acredita que a reabertura do “caso Sib- Siba”, não vai trazer algo de novo, mas sim, o facto constitui “um teatro para entreter os doadores que pressionam para que o mesmo seja esclarecido”.
“No meu entender, a reabertura deste caso é uma forma encontrada para o encerrar, formalmente, e não para trazer os autores do crime ao conhecimento público”, disse, frisando que a pressão exercida pelos doadores é boa, dai a motivação da PGR em reabrir o dossier Siba Siba Macuacua.
“É um teatro que estamos a assistir, pois, no fim das investigações, não vamos conhecer quem encomendou a morte de Siba-Siba. E se isso acontecesse, seria bom para o bem da justiça moçambicana, pois, iria ressarcir a família do malogrado”.
O ex-director da PIC, António Frangulius, reconheceu, publicamente, que, durante as investigações do “caso Siba-Siba”, houve interferências. “O processo todo teve obstrução, para além de que a PIC não é autónoma e, quando se está neste tipo de dependência, há dificuldades de toda natureza. A mim, disseram-me que havia exiguidade de meios”.
Frangulius sublinhou, ainda, que a investigação levada a cabo pelos peritos sul-africanos não ajudou em nada à polícia moçambicana. “Eu tive algumas fricções, pois, negava a vinda deles, que não passou de perca de tempo. Foi uma vinda ilegal e contraproducente, pois, o que vieram fazer é o que poderíamos ter feito. No corrimão das escadas do banco, havia um arrastamento da mão de Siba Siba, e , essa investigação foi feita pela PIC”.
Segundo explicou, a investigação tem uma séria de itens que depois “morreram” na praia, por falta de meios. “Eu, era director da PIC, e Zainadine estava à frente das investigações, mas teve bolsa de pós-graduação em Direitos Humanos e a investigação foi interrompida.
Passam, agora, sete anos, a PIC tem que ser objectiva”, terminou Frangulius.
- Redacção A TribunaFax, Maputo, quinta-feira 21 de Agosto de 2008, N° 785.
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