1/22/07

Pemba - A morte das florestas...II



Por suspeita de tentativa de exportação ilegal : Apreendidos em Pemba 47 contentores de madeira.
As autoridades de Cabo Delgado acabam de abortar a exportação de 47 contentores que se presume tenham madeira em toros e serrada em moldes ilegais, de uma operadora denominada MOFID, pertença de cidadãos chineses, abrindo assim mais um “caso”, cujas investigações decorrem com a promessa de, a breve trecho, o Executivo apresentar os detalhes do acontecimento.
Pelo menos 12 dos 47 contentores, segundo apurou o “Notícias” no contacto com o porta-voz do Governo Provincial, Mateus Matusse, foram inspeccionados pela equipa multissectorial e um deles continha estes produtos madereiros.
Na sexta-feira de manhã iniciou-se o transporte da totalidade dos contentores de volta ao parque de madeiras da MOFID, sito no Bairro de Muxara, arredores da cidade de Pemba, onde está a prosseguir o seu desempacotamento, sob acompanhamento de um aparato policial, para a verificação minuciosa do seu conteúdo.
A operação, que envolveu agentes dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia, Alfândegas, Polícia, SISE e outros, começou no crepúsculo da passada segunda-feira, quando estes grupos se fizeram ao porto de Pemba para uma “inspecção de rotina”, segundo classificou, quando contactado pela nossa Reportagem, o delegado do porto, Joaquim Daúdo.
Na realidade, a operação teve lugar na véspera da chegada do navio “Uafl Express”, que transportaria a madeira para a Ásia e que já partiu deixando-a em terra para o cumprimento das imposições das autoridades visando a averiguação do caso.
A primeira reacção veio de alguns madereiros que operam em Cabo Delgado, contactados por este Jornal e que não quiseram identificar-se, que acham que, a provarem-se os factos, há lugar para pensar que a MOFID podia não estar a cometer a falcatrua pela primeira vez.
“Ela não pode convencer a ninguém que esta seja a primeira vez. Sendo assim, achamos que faltava era mais esta mão dura do Governo provincial, e a tal denúncia que dizem ter sido popular”.
A lei e regulamento vigentes em Moçambique sobre exploração florestal proíbe que a umbila e jambire, espécies encontradas em pelo menos um contentor inspeccionado, sejam exportadas em toros, assim como obrigam a que a madeira serrada tenha que ter no máximo 10 centímetros de espessura, havendo uma tolerância de 10 porcento.
A largura não tem limites.
São pretensamente estas normas que não terão sido cumpridas pela MOFID.
A apreensão é muita, no meio de especulações em relação ao conteúdo dos contentores que vão ser examinados fora do recinto portuário e às medidas que esperam a operadora, que desde que se instituiu a proibição de exportação de madeira em toros daquelas espécies se tornou na primeira a ser apanhada com a “boca na botija”.
É a segunda vez que a MOFID sofre um revés em pleno porto de Pemba.
A primeira deu-se quando em Abril de 2004 e na companhia de outras empresas similares, viu a sua carga embargada sob ordens do Tribunal Provincial Judicial de Cabo Delgado.
Na realidade, nessa altura o juiz de instrução criminal mandara apreender toda a madeira de oito empresas de exploração da área que se encontravam no recinto portuário, em Pemba, prestes a embarcar no navio “Na Yue Jiang”, com destino a Hong Kong, por haver indícios de falsificação de documentos de embarque da mercadoria.
O navio, com capacidade bruta de 11.115 toneladas e líquida de 6.259, acabaria por ficar retido, depois de duas semanas a embarcar madeira das empresas MOFID, Alman Lda, Panga Lda, Moz Wood, Timber World, Sothgate Forest, Naomy Lda e Saftrad (Moçambique) Lda, até que a providência cautelar fosse retirada.
PEDRO NACUO - Maputo, Segunda-Feira, 22 de Janeiro de 2007:: Notícias

1/20/07

Sul de Cabo Delgado: ligação aos pedaços !


As ligações entre os vários pontos do sul de Cabo Delgado estão condicionadas devido às chuvas e tudo leva a crer que se as entidades responsáveis, a nível do Governo, pela manutenção das estradas, não agirem já, pelo menos ficaremos neste período chuvoso, com regiões sem comunicação uma da outra.
Montepuez e Balama estão ameaçados não só pela habitual precaridade da estrada que liga os dois distritos por estas alturas, sobretudo por causa de dois cortes da via que estão a progredir.
Falar da ligação destes dois distritos é fazê-lo em relação aos contactos via rodoviária entre as províncias de Cabo Delgado e Niassa, sem ser necessário passar por Nampula.
Em Namuno só se pode comunicar com dois dos quatro postos administrativos, Machoca e N’cumpe, porque para Papai não se pode ir.
Há três rios, um dos quais, o Nina é normalmente intransponível em todo o período chuvoso. Atravessa-se apenas de canoas.
Ir a Hucula não é obra de todas os dias.
Aliás mesmo na tentativa de se ligar com Montepuez, o rio Namikuio, candidata-se a um sério obstáculo, porque do lado de Namuno, a ponte sobre si está a deixar abrir uma cratera que pode “ajudá-la” abaixo e assim nem Montepuez, por isso, nem com a capital provincial, se bem que por via Balama, para além dos inconvenientes ainda em crescimento, uma pequena ponte desabou.
É tudo isso, mais o oportunismo de sempre, dos automobilistas, dos aldeões junto aos locais críticos que têm que ganhar também um pouco, nalguns casos aumentam as crateras para haver lugar de se lhes solicitar ajuda. etc., etc., etc.

Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 20 de Janeiro de 2007:: Notícias

Águas de Portugal assume recolha de lixo urbano em Maputo, Beira, Pemba e Matola.

A Águas de Portugal (AdP) deverá em breve passar a colaborar na recolha primária de resíduos sólidos urbanos num bairro ainda a designar na capital moçambicana, apoiando também financeiramente o processo.
O acordo de princípio, que representa o «pontapé de saída» da colaboração da empresa com outros municípios moçambicanos, foi alcançado à margem do encontro que esta semana juntou na capital moçambicana representantes da Águas de Portugal e de vários municípios moçambicanos, com destaque para Maputo, Beira, Pemba e Matola.
Para Enrique Castiblanques, da AdP, esta colaboração poderá ser precursora de outros projectos.
«Foi um pontapé de saída. Agora trata-se de definir com detalhe os projectos em que a AP irá colaborar. Há uma forte intenção de caminharmos juntos no futuro», disse, em declarações à Agência Lusa.
A recolha primária e secundária de resíduos sólidos urbanos, bem como a construção de um novo aterro e a selagem do actualmente existente em Infulene, em Maputo, poderão constituir futuras áreas de cooperação.
De resto, apontou Enrique Castiblanques, a AdP tem como atractivos para as autoridades moçambicanas a capacidade de montar projectos complexos, a circunstância de actuar em vários mercados, bem como a sua capacidade financeira e peso institucional.
O encontro realizado em Maputo, subordinado ao tema «Empresarialização do sector do ambiente», serviu, além disso, para conferir «experiências bem e mal sucedidas» nos dois países em matéria de tratamento de resíduos sólidos urbanos e águas residuais.
Diário Digital / Lusa - 19-01-2007 6:10:00

1/19/07

Pemba - A morte das florestas...Última hora...



Hoje: Cabo Delgado - Quarenta contentores carregados de madeira supostamente destinada a exportação ilegal foram apreendidos mas as autoridades recusam-se a prestar declarações, afirmando que o caso ainda está em investigação.

Do Imensis - 19/01/2007 - http://www.imensis.co.mz/

Moçambique - Comercialização de caju já atingiu 58 mil toneladas.


As províncias de Cabo Delgado, Nampula e Zambézia comercializaram 58,5 mil toneladas de castanha de caju, das 75 mil toneladas planificadas para a presente campanha, que vai até Março próximo.
Dados do Instituto de Fomento do Caju (INCAJU), ao nível daquelas províncias, indicam que Nampula, com 45 mil toneladas planificadas para a presente campanha, já comercializou 42 mil toneladas da castanha de caju.Na Zambézia, a quantidade da castanha comercializada até agora atinge a 9.800 toneladas, do total de 10.000 programadas para esta campanha, sendo que em Cabo Delgado estima-se em 6.700 toneladas, das sete mil toneladas estabelecidas como meta.
”Neste momento a colheita terminou, mas a campanha continua, o que nos leva a crer que cerca de cinco a 10 mil toneladas ainda poderão ser comercializadas ao nível daquelas três províncias”, disse Santos Frijone, técnico do Departamento de Economia do INCAJU, falando a AIM.
Contudo, projecções iniciais indicavam que Nampula poderia não atingir a meta de 45 mil toneladas estabelecida para a presente campanha, terminando apenas nas 35 mil toneladas, uma vez ter havido ventos fortes que abalaram a província e que destruíram flores de muitos cajueiros, além doutros milhares que foram afectados por queimadas descontroladas.
Em entrevista a AIM, Frijone disse que “fomos pessimistas em relação as previsões por causa dos fenómenos que ocorreram. As queimadas aconteceram, tiveram o impacto negativo que tiveram, mas parece que, felizmente, havemos de conseguir cumprir com o planificado, ou mesmo se não conseguirmos não estaremos longe das metas”.
O preço médio do quilograma da castanha ao produtor nas províncias da Zambézia e Cabo Delgado mantêm-se estável nos 5.5 Meticais, mas em Nampula, onde o mínimo praticado é de 6.5 meticais, já atingiram o pico de oito meticais.
Ana Machalele, também do Departamento de Economia do INCAJU e ligada a área de exportações, referiu que cerca de 9.500 toneladas deste produto poderão ser exportados para Índia até finais deste mês, estando-se neste momento a terminar com todas as formalidades.
Segundo ela, outra quantidade estimada em 10.000 toneladas já foi comprada pela industria nacional, que poderá processar entre 25 a 30.000 toneladas da produção global da campanha corrente.
“Calcula-se que em toda região norte do pais as exportações atingirão 15.000 toneladas. Mas esses são dados preliminares, creio até ao fim deste mês teremos os números reais”, disse Machalele.
No sul e centro do país, onde os principais produtores da castanha são as províncias de Inhambane e Gaza (sul), ainda não existem dados sobre o ponto de situação de comercialização, contudo há um comerciante que disse possuir cerca de duas mil toneladas e que deseja exportar ainda este mês.
Nesta campanha, prevê-se que Gaza poderá comercializar cinco mil toneladas de castanha de caju, Inhambane quatro mil toneladas e Sofala e Manica (centro) 1.500 toneladas (cada).
A meta para a província de Maputo é de mil toneladas.
Dados estatísticos sobre a comercialização da castanha de caju na campanha passada indicam que Cabo Delgado comercializou pouco mais de quatro mil toneladas, Nampula 29 mil, Zambézia 11 mil, Manica e Sofala 6,500, Inhambane 5 mil, Gaza 6 mil e Maputo 196 toneladas.
(AIM) - Maputo, Sexta-Feira, 19 de Janeiro de 2007:: Notícias