10/14/08

Diversificando: Britney Spears - a “princesinha do pop” está de volta...

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original do site oficial de Britney Spears)

Britney Spears exibindo figurinos decotados e justos além de boa forma física, surge nua numa sauna na abertura do video para seu novo single 'Womanizer' desde sábado, dia 11, em seu site oficial. O fundo musical do video faz parte do novo cd da cantora, 'Circus', que vai ser lançado em 2 de dezembro.
Depois de passar por má fase no último ano, quando se tornou presença constante de jornais sensacionalistas devido a problemas pessoais, internações psiquiátricas, excesso de bebidas, brigas com jornalistas e a perda da guarda dos filhos, a cantora apresenta-se renovada, em boa forma e aparentando querer recuperar o posto de "princesinha do pop".
O primeiro passo dessa nova fase foi dado no Vídeo Music Awards 2008, a premiação da MTV americana. Britney venceu as três principais categorias pela música “Peace of me”. Na edição anterior do evento – período em que a cantora estava no auge da crise - ela foi bastante criticada por estar gorda e se apresentar mal em palco.
Dia 2 de dezembro próximo, data em que completará 27 anos, fará o lançamento do novo álbum. Junto com o disco, também será lançado o documentário “Britney: for the record”, em que a cantora faz declarações reveladoras e comenta a fase conturbada que passou. (Fontes BlueBus e G1).
O video Womanizer colocado dia 11 último no YouTube:

Canal oficial de Britney Spears no YouTube - Aqui!

10/13/08

Ecos da imprensa moçambicana: A vizinha África do Sul pode autorizar prática de prostituição durante a Copa de Futebol de 2010...

Algo vai mal na vizinha Républica da África do Sul. Ou parte da sociedade local anda tomando sol em excesso na testa, o que a impede de raciocinar com lucidez e acompanhar a evolução dos tempos.

Em Março divulgamos aqui a legalização pura e simples, nesse país africano que parece marchar na contra-mão do progresso social, da chacina dos elefantes. Agora e pelo que leio no moçambicano "Diário do País" de hoje, "uma lei autorizando a prática da prostituição durante a copa mundial de futebol de 2010 poderá ser aprovada na vizinha África do Sul, como forma de atrair um maior número de turistas estrangeiros para assistir ao campeonato".

Aqui fica o texto na íntegra:

"Segundo Inácio Mussanhane, advogado que está por detrás do desmantelamento de uma rede de tráfico de crianças para a prostituição envolvendo moçambicanos, a oficialização da prostituição está a ser defendida por vários segmentos da sociedade civil sul africana que vêm na lei a possibilidade daquele país registar um maior número de turistas estrangeiros.

Mussanhane disse que, a prostituição está a ganhar terreno, envolvendo, particularmente a camada infantil da sociedade, ajuntando que, mensalmente, mais de 200 crianças são aliciadas e importadas para Ásia com objectivo de serem exploradas sexualmente pela indústria do sexo em várias partes do mundo.

Outro fenómeno ligado ao tráfico abordado por Mussanhane está ligado a extracção de órgãos humanos para fins de obscurantismo, acrescentando que as autoridades governamentais dos países onde se registam maiores casos daquelas práticas têm conhecimentos do fenómeno, sendo por isso estranho que levem tantos anos para aprovar leis para punir os infractores.

Aquele advogado disse não ser verdade que Moçambique lidere a lista dos países da África Austral no crime de tráfico de seres humanos para prostituição no mundo, dizendo que tais informações não correspondem a realidade, pois há várias pessoas de outros países envolvidos no crime, ajuntando que Moçambique trabalha com seriedade na luta contra o fenómeno e é um dos países que inclusivamente tem um dispositivo legal de prevenção e combate ao tráfico de pessoas.

Respondendo sobre a sensibilidade do governo sul-africano acerca do tráfico depois que despoletou o caso Diana, Mussanhane disse que, o assunto está a ser tomado a sério, esperando-se que até ao fim do presente ano se aprove uma lei contra o tráfico de pessoas."
- Bernardo Mbembele, 13/10/08, Diário do País - Maputo.

Absurdo mas real em tempos onde padrões de comportamento ético se vão perdendo e nos apresentam sociedades em decadência. E não só em África já que a prostituição, considerada a profissão mais antiga do globo terrestre, se apresenta às claras e prolifera em sua moderna e lucrativa faceta denominada de "turismo sexual" em outros países diversos e conhecidos, muitas vezes com impunidade quase plena, tendo como maiores vítimas as(os) próprias(os) "profissionais do sexo"!

Assinado em Pemba contrato para a pesquisa e produção de petróleo nas áreas 3 e 6 do Bloco do Rovuma, na província de Cabo Delgado.

Companhia malaia vai prospectar petróleo na Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.

O governo moçambicano e a companhia petrolífera Petronas Carigali, Limitada da Malásia assinaram sexta-feira, em Pemba, um contrato de concessão para a pesquisa e produção de petróleo nas áreas 3 e 6 do Bloco do Rovuma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

O jornal Notícias refere que o Rovuma constitui uma das bacias menos estudadas do ponto de vista de ocorrência de hidrocarbonetos, muito embora se suspeite que pelas características geológicas que apresenta possa ter recursos petrolíferos consideráveis.

A entrada da Petronas na região, segue-se às operações das companhias canadiana Artumas Group, da norueguesa Hidro, da americana Anadarko e da italiana ENI.

O jornal Notícias refere ainda que entre 2006 e 2009 "serão investidos em operações petrolíferas na Bacia do Rovuma, pouco mais de 300 milhões de dólares norte-americanos".

O presidente do Instituto de Petróleos, Arsénio Mabote, reconheceu ao jornal do Maputo que ainda são poucos os estudos realizados na Bacia do Rovuma mas admitiu que a zona tem grandes potencialidades.

“Temos, por exemplo, a ocorrência na zona, de hidrocarbonetos à superfície, naturalmente que isso dita por parte das empresas, grande expectativa não só em termos de ocorrência de petróleo, mas também de gás natural. Sabemos que do outro lado da fronteira, mais concretamente na Tanzania, há ocorrência de gás natural em Navibay e Songo-Songo que já está em produção”, referiu Mabote.

O presidente do Instituto de Petróleos considera que "estes elementos todos levam a admitir que a Bacia do Rovuma, do lado de Moçambique, também tenha bastante interesse, o que quer dizerque existem condições para a ocorrência de gás natural ou petróleo na Bacia do Rovuma".

Arsénio Mabote assinalou, no entanto, que "só as perfurações a realizar nos próximos anos poderão determinar com clareza a ocorrência ou não de petróleo".
- In Macauhub - 13/10/08.

  • Post's anteriores sobre prospecção de petróleo em Cabo Delgado (bacia do Rovuma) - Aqui!

10/12/08

Moçambique - Solução inovadora, barata, corajosa e bem-sucedida traz saúde para o povo.

Li hà momentos no Diário de Notícias de Lisboa:
Técnicos de cirurgia são vigorosa arma de luta em Moçambique. Apesar da pobreza que ali persiste, o segundo maior país lusófono de África dá passos decisivos no combate à doença, aproximando-se das metas definidas pelos organismos internacionais para o sector. As doenças materno-infantis têm regredido graças à melhoria dos cuidados de saúde.
"Quando as pessoas estão a morrer e não há médicos, o que é que se pode fazer?

"Esta pergunta, feita, um dia, por uma alta figura da saúde, em Moçambique, é a resposta a quem questiona a solução encontrada em 1982. Uma solução inovadora, barata, corajosa e bem-sucedida, a da formação de técnicos de cirurgia.

Em 1982, debatendo-se com os problemas da guerra e com um enorme caudal de dificuldades na área da saúde, Moçambique teve uma ideia controversa: formar técnicos de cirurgia, homens e mulheres que, mesmo sem formação académica, fossem capazes de se fixar nas zonas rurais e começar a melhorar a grave situação da mulher, na gravidez e no parto.

A solução moçambicana pode ser controversa mas, com as pessoas a morrer e sem médicos para as atender, era preciso fazer alguma coisa, e Moçambique, "de uma forma corajosa, inovadora e barata", agiu, como disse Margareth Chan, directora-geral da OMS, numa entrevista à produtora que recentemente realizou e transmitiu, pela rede pública da televisão americana, um programa de choque, com o significativo título de Birth of a Surgeon ("Nascimento de Um Cirurgião").

O documentário, feito pela Wide Angle, produtora de programas educativos, provocou forte reacção nos Estados Unidos e os telespectadores emocionaram-se com a história pessoal de Emília Cumbane, uma parteira de Maputo, treinada para praticar actos cirúrgicos (cesarianas e histerectomias, por exemplo) e que afirma adorar essa sua profissão, "que produz pessoas".

Não faltam, claro, as vozes críticas de quem entende que os técnicos de cirurgia não têm preparação académica, nem formação prática, para realizar intervenções e prevenir ou resolver complicações. De forma directa, Margareth Chan entrou no debate e, numa entrevista à mesma produtora, Wide Angle, citou o dirigente moçambicano na pergunta que abre este texto, reconhecendo o mérito destas soluções, práticas, corajosas, baratas, inovadoras e… que ajudam realmente a reduzir a dimensão do problema. A considerável redução da taxa de mortalidade materna e os números contidos em estudos científicos já publicados provam que a solução funciona e indicam o que é essencial - que a face da saúde em África pode estar já a mudar.

A experiência moçambicana foi já profundamente estudada e os resultados de, pelo menos, cinco estudos científicos, realizados em 1996, 1999 e 2007, muito animadores. Para além da constante redução da taxa de mortalidade materna, há outras situações que têm sido sublinhadas: de uma forma geral, as intervenções feitas por técnicos de cirurgia não diferem das que são realizadas por pessoal especializado e, ao contrário do que acontece com os médicos, os técnicos fixam-se nos locais e, num balanço feito cinco anos depois do início do processo, verificou-se que nenhum médico colocado num determinado hospital permanecia nele, mas que, pelo contrário, uma considerável maioria de técnicos nele se conserva em funções.
- In Diário de Notícias, 12/10/08.

10/10/08

Diversificando - Vamos comer bacalhau?...

(Clique na imagem para ampliar)
"Os portugueses foram os primeiros a introduzir, na alimentação, este peixe precioso, chamado bacalhau e universalmente conhecido e apreciado", segundo afirmou Auguste Escoffier, chef-de-cuisine francês, em 1903.

E foram os portugueses que descobriram o bacalhau no século XV, na época das grandes navegações e descobrimentos. Precisavam de produtos que não fossem perecíveis e suportassem as longas viagens de travessia pelo Atlântico, que levavam por vezes mais de 3 meses.

Depois de experimentarem vários peixes da costa portuguesa, foram encontrar o peixe ideal próximo do Pólo Norte. Também foram os portugueses os primeiros a ir pescar o bacalhau na Terra Nova (Canadá). Consta em documentos que em 1508 o bacalhau correspondia a 10% do pescado comercializado em Portugal e em 1596, no reinado de D. Manuel, cobrava-se o dízimo da pescaria da Terra Nova nos portos de Entre Douro e Minho. Também pescavam o bacalhau na costa da África.

Incorporado aos hábitos alimentares lusos é, até nossos dias, uma das tradições alimentares basilares da cultura gastronómica portuguesa, chegando a considerar-se Portugal o principal consumidor mundial de bacalhau, apelidado carinhosamente pelos portugueses de "fiel amigo", o que revela a importância e o papel que este peixe tem na alimentação do povo português.

Sua pesca ao longo dos tempos, sempre foi difícil e árdua nas águas geladas e perigosas da Terra Nova até meio do século XX. No século XIX, as embarcações portuguesas destinadas à pesca do bacalhau eram de madeira e à vela, sendo usada a pesca à linha. Este tipo de pesca praticava-se a partir dos dóri "(pequenas embarcações de fundo chato e tabuado rincado)" que eram lançados ao mar com um só pescador, ficando este, isolado do navio-base, cumprindo sua meta de pesca. Muitos se perdiam a meio da bruma e jamais eram encontrados.
Segundo o site "Bacalhau, a história de um alimento milenar", um artigo de Teresa Reis sobre a Pesca do Bacalhau, retrata um pouco desta aventura:

"Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado. Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa. Quando chegava à Terra Nova ou Groenlândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu. ... Vidas duras...!"
Atualmente Portugal importa praticamente todo o bacalhau salgado e seco que consome. Também importa muito bacalhau "verde", que é salgado e curado nas próprias indústrias portuguesas.

O começo do bacalhau no Brasil, segundo o site "Bacalhau, a história de um alimento milenar":
""O hábito de comer bacalhau veio para o Brasil com os portugueses, já na época do descobrimento. Mas foi com a vinda da corte portuguesa, no início do século XIX, que este hábito alimentar começou a se difundir. Data dessa época a primeira exportação oficial de bacalhau da Noruega para o Brasil, que aconteceu em 1843.
Na edição do Jornal do Brasil de 1891 está registrado que os intelectuais da época, liderados por Machado de Assis, reuniam-se todos os domingos em restaurantes do centro do Rio de Janeiro para comer um autêntico "Bacalhau do Porto" e discutir os problemas brasileiros. Mais de um século depois, ainda são muito comuns nos restaurantes especializados estes "almoços executivos", onde a conversa sobre negócios é feita saboreando um bom bacalhau.

Durante muitos anos o bacalhau foi um alimento barato, sempre presente nas mesas das camadas populares. Era comum nas casas brasileiras o bacalhau servido às sextas-feiras, dias santos e festas familiares.
Após a 2ª Guerra Mundial, com a escassez de alimentos em toda a Europa, o preço do bacalhau aumentou, restringindo o consumo popular. Ao longo dos anos foi mudando o perfil do consumidor do bacalhau, e o consumo popular do peixe se concentrou, principalmente, nas principais festas cristãs: a Páscoa e o Natal.
Atualmente, o bacalhau está totalmente incorporado à cultura culinária brasileira. Todos os bons restaurantes oferecem em sua carta o nobre pescado, e o bolinho de bacalhau é preferência nacional nos bares e botequins. Como em Portugal, também desperta paixões e inspira famosos escritores."" (Fonte - Bacalhau, a história de um alimento milenar).

... e cantores que, com humor, apesar da "alta do dólar" dos últimos tempos em território brasileiro, o que deixará o preço do dito peixe "bem salgado", nos convidam a comer um "bom bacalhau", como podem constatar no video clip do YouTube:

Bom apetite, ora pois !