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6/16/14

Mueda (Cabo Delgado - Moçambique) - 16 de Junho de 1960 - O Massacre...

16 de Junho - ANIVERSÁRIO DO MASSACRE DE MUEDA EM CABO DELGADO - MOÇAMBIQUE - PORQUÊ O SILÊNCIO CONVENIENTE? Data outrora tão badalada, nem o NOTÌCIAS (on line) - (orgão 'oficioso' patrocinado pelo do poder em Moçambique, acrescento eu) de hoje, a ela se refere. Porque será? - Fernando Gil - MACUA DE MOÇAMBIQUE.
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A verdade, honestidade, coerência e frontalidade nunca envergonham nem têm preço. Só assim se aprende com o passado e se poderá acreditar no futuro. Do "Moçambique Para Todos" de 15/06/08 transcrevo:
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E continua-se a mentir despudoradamente!
"Para o deputado Casimiro Huate, da bancada da Frelimo, o 16 de Junho é símbolo da resistência dos moçambicanos contra o colonialismo português. Segundo afirmou, o massacre de Mueda de 1960 é ponto mais alto da recusa do regime colonial do direito do povo moçambicano à autodeterminação e independência.
“Os moçambicanos estavam cansados da opressão colonial, das barbaridade e crueldades do regime colonial. Por via pacífica, exigiram ao administrador colonial português em Mueda a independência, mas a resposta massacre. Os moçambicanos sempre pautaram pelo diálogo, mas o regime colonial sempre negou”, disse, acrescentando que o 16 de Junho foi o elemento catalisador da consciência de que a independência só podia ser conquistada por via armada.
Casimiro Huate afirmou que os jovens devem saber valorizar as obras dos heróis moçambicanos, as conquistas da independência nacional, demonstrando o seu patriotismo e cidadania com boas obras. Segundo o deputado, as almas e o sangue de mais de 500 moçambicanos que naquele foram barbaramente assassinados em Mueda só estarão descansadas e valorizado quando todos os moçambicanos, em particular os jovens, trabalharem em prol do desenvolvimento do país e da consolidação da unidade nacional. Questionado sobre a promoção do desenvolvimento em locais históricos, como é o caso de Mueda, que neste momento se ressente da falta de água e energia eléctrica, Casimiro Huate afirmou que o mês passado na Assembleia da República, o Governo falou do programa visando o abastecimento de água em Mueda, bem como de outras acções ara benefício da população local.
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Ao senhor deputado e a todos os historiadores de Moçambique:
- Vejam tudo sobre este acontecimento aqui !
Resta-me acrescentar que, ainda nos anos 60, Mueda e o planalto dos macondes beneficiavam de abastecimento de água. Mais de 30 anos após a independência, porque não terão?
Fernando Gil 
  • O video "Pidjiguiti e Mueda-6º Episódio" - YouTube - aqui !
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2/12/10

Em nome da Pátria - Portugal, o Ultramar e a Guerra Justa


O Tenente-Coronel, piloto Aviador, Comandante de Linha e Mestre em Estratégia, João José Brandão Ferreira é um dos autores militares que merece palmas por não se enfeudar ao espírito corporativista da geração que renegou os seus deveres e traiu o juramento que fez em relação à guerra do Ultramar.

Ainda está por escrever a História do golpe militar que de cobardes fez heróis e de golpistas fez mitos que começam, agora, a desdizer-se, uns aos outros, em obras de saldo que se inspiram umas nas outras, não para cada qual aperfeiçoar a verdade, mas para se defenderem das recíprocas acusações e contradições que se avolumam e que daqui a cem ou duzentos anos, quando já não existirem o medo e o complexo, vão reduzir-se ao oportunismo primário. Poucos serão aqueles que ainda não escreveram o seu testemunho sobre a Guerra do Ultramar. Uma das provas do que deixamos dito é a contradição crescente, por cada mais um protagonista que surge no mercado. Nenhuma bate certo, porque a essência do golpe foi a revolta dos capitães do quadro contra uma lei que saiu e que dava oportunidade aos milicianos de continuarem, querendo, a prestar serviço. Essa possibilidade amedrontou os militares profissionais que temiam a concorrência dos milicianos. Retardavam as promoções, interferiam na antiguidade, nas comissões de serviço, nas condecorações, nos proventos. Salvar o povo, foi o pretexto. Mas não o motivo primeiro. Que a guerra do ultramar teria que ter um fim, é inegável. Mas mais o desejavam os milicianos e os filhos do povo que nada tinham a ver com a guerra do que aqueles que, sabendo dela, acorriam à Academia militar e se preparavam para a enfrentar, profissionalmente.

As montras das livrarias estão hoje cheias dessas resmas de papel, porque todos reclamam uma heroicidade que só resultou em sucesso, porque a opinião pública não percebeu os intentos da revolução. Hoje, friamente, pode concluir-se por essa evidência.

Entretanto chegou-nos um volume de 600 páginas do Tenente-Coronel Brandão Ferreira, que é uma honrosa excepção. Preocupou-se ele em explicar o modo como se processaram as últimas campanhas militares ultramarinas, entre 1954 e 1975. Está longe de ser consensual na sociedade portuguesa. Bem pelo contrário, tem-na dividido profunda e transversalmente. Por isso começam a ser horas de encontrar consensos baseados na correcta interpretação dos factos históricos e nas verdadeiras intenções dos principais protagonistas do momento.

«Tudo não terá passado de uma «grande traição»? A pergunta pertence ao ilustre militar que acrescenta: «falamos de questões incontornáveis no panorama da história contemporânea portuguesa, aqui abordadas de um modo muito pouco ortodoxo em relação às ideias que a «história oficial» nos apresenta».

O autor começa por explicar a sua motivação: «decidi enveredar pela «carreira das armas» quando terminei o antigo 5º ano, no Liceu de Oeiras. Estávamos no ano de 1969. Preparei-me e entrei para a Academia Militar, em 20 de Outubro de 1971. Foi aí que o 25 de Abril me apanhou...

Nunca me conformei com a perda das nossas províncias ultramarinas, que na altura representavam cerca de 95% do território nacional e 65% da população portuguesa. Sobretudo pela forma iníqua e desastrosa como tudo se processou, já para não falar dos indecorosos comportamentos políticos e militares que então se registaram. Mais: até hoje, nunca houve a coragem de se assumir isso, nem de retirar as respectivas consequências. Em seguida, assisti ao desmantelamento de umas magníficas Forças Armadas que chegaram a dispor de 220 mil homens espalhados por quatro continentes e outros tantos oceanos. Motivado por todas estas perplexidades, decidi estudar o que se tinha passado, bem como a verdadeira razão que estava por trás dos acontecimentos.

O objecto deste livro é a justiça da guerra e o direito de fazê-la». O autor cita Melo Antunes que «pouco antes de morrer acabou por reconhecer que se tinha tratado de uma tragédia». E também Almeida Santos que, publicou uma obra onde declara «reconhecer que toda uma série de coisas que tinham corrido mal - «obviamente por causa dos militares, que não quiseram combater mais». Por outro lado, os combatentes começaram por ser execrados e condenados por lutarem numa guerra «imperialista», ao serviço dos «colonialistas» e de um «governo fascista». «Cerca de um milhão de homens ficou arrumado nas prateleiras do esquecimento e da ignomínia. Exaltaram-se desertores». E Brandão Ferreira é mais claro: «Este livro pretende demonstrar que Portugal fez uma guerra justa e, além disso, tinha toda a razão do seu lado!»

Adriano Moreira, afirma no Prefácio que nos Estados Unidos, em 1971, se verificou uma manifestação da sociedade civil contra o envolvimento do país na Guerra do Vietname. E que entre 19 e 24 de Abril desse ano, mais de 500 mil pessoas convergiram para Washington com o propósito de convencer a Administração a mudar de rumo. Os veteranos, os mutilados daquela guerra, deitaram fora as suas medalhas, cansados e arrependidos de terem participado nela. Não foi o aparelho militar que forçou o governo, mas o cansaço da sociedade civil. «Em Portugal, pelo contrário, foi uma decisão militar que colocou um ponto final na guerra», mas por razões paradoxais: eles tinham escolhido a profissão da armas. Tiveram de ser chamados, em reforço, aqueles que nada tinham a ver com essa profissão. Ora, em vez de serem os milicianos e os soldados em geral, a revoltar-se, deu-se o contrário: com medo de serem prejudicados nos direitos, os profissionais traíram os seus deveres. E aqueles que foram em seu socorro, provando ser tão bons como eles, foram traídos, perseguidos e enxovalhados.

Este livro é a voz dessa ignomínia.
- Peso da Régua, Barroso da Fonte, Dr. - bf@ecb.hopto.org - In Notícias do Douro, 12/02/10

10/29/09

Tenente-coronel Brandão Ferreira: Guerra colonial... Guerra justa?

Brandão Ferreira: Três décadas depois da guerra colonial, a sociedade portuguesa encontre-se dividida em relação à mesma. «A descolonização enfraqueceu o país». O Tenente-coronel Brandão Ferreira no livro «Em Nome da Pátria» questiona se o portugueses travaram uma «guerra justa».
Trinta anos volvidos sobre o fim da guerra colonial, Brandão Ferreira questiona no livro «Em Nome da Pátria» se os portugueses travaram uma «Guerra justa» e se tinham o direito de a fazer e conclui que a descolonização enfraqueceu o país.

O livro, com quase 600 páginas, é lançado quarta-feira, na Academia Militar, em Lisboa, pela Publicações D. Quixote.

No prefácio, o professor universitário Adriano Moreira recorda que «foi o elo militar o definitivamente atingido pela fadiga, e a decisão, do centro do poder que deslizou para as bases, foi a de colocar um ponto final na guerra, logo com o apoio ao regime político mas inevitavelmente com o efeito colateral de colocar um ponto final no conceito estratégico secular».

Para Brandão Ferreira, não é surpreendente que, três décadas depois de terminada a guerra colonial (1961-1975), «a nossa sociedade se encontre completamente dividida em relação àquilo que se passou e à verdadeira interpretação a dar aos complexos acontecimentos então vividos».

No entender do autor, impõe-se «conseguir um conjunto elaborado de conhecimento que permita que a nação portuguesa caminhe para um futuro assente em bases sólidas e verdadeiras e não sobre falsos postulados».

O tenente-coronel piloto-aviador Brandão Ferreira, 56 anos, é um militar de transição entre dois regimes políticos. Estava ainda na Academia Militar quando ocorreu o 25 de Abril de 1974 e seguiu depois para os Estados Unidos.

Esteve 27 anos na Força Aérea e foi adido de Defesa na Guiné-Bissau, Senegal e Guiné-Conacri. Nunca combateu na guerra colonial mas os valores que professa no livro (Pátria, um Portugal do Minho a Timor) são os dessa época.

Os seus princípios parecem inabaláveis: «Por aquilo que é secundário, negoceia-se; pelo que é importante, combate-se; pelo que é fundamental, morre-se».

No seu entender, com a descolonização, os portugueses perderam «liberdade estratégica» e ficaram «enfraquecidos e divididos como comunidade».

Apesar de declarar que não pretende impor «uma linha de pensamento único» mas sim reflectir sobre o tema, Brandão Ferreira opina que «Portugal fez uma guerra justa e, além disso, tinha toda a razão do seu lado».

Admite, contudo, que «a guerra é sobretudo uma luta de vontades».

O militar culpa Marcelo Caetano («uma pessoa de bem», com «grandes qualidades intelectuais») de nada ter feito «para contrariar eficazmente» aqueles que então começaram a defender a independência das ex-colónias.

No livro, Brandão Ferreira rejeita Nega que a guerra fosse insustentável, nomeadamente devido ao número de baixas portuguesas: «A verdade é que, por ano, morria mais gente nas estradas de Portugal Continental do que nas três frentes de luta em África», sustenta.

«Será mais digno combater no Afeganistão que no Estado português da Índia? No Líbano que em Angola? Na Bósnia que na Guiné-Bissau? No Kosovo, que em Moçambique? São estes os novos ventos da história?», pergunta.
- In IOLDiário, 26/10/09.

4/03/09

A Guerra Colonial em África na RTP e na ótica de J. Furtado

(Clique na imagem para ampliar)

""Foi ontem apresentado pela RTP1 o 13º episódio da série A GUERRA, na sua quase totalidade dedicado a Moçambique(FRELIMO).

São todos os intervenientes(entrevistados) sobejamente conhecidos.

De salientar as omissões de uns, a fuga de outros e as contradições entre alguns. Por exemplo, uns falam do relatório da polícia tanzaniana sobre a morte de Eduardo Mondlane, enquanto a viuva diz que nunca o viu.... É um documento importante para a História de Moçambique e da Frelimo...""
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  • RTP - A Guerra - aqui!
  • Videos e documetários RTP - Guerra Colonial 1961/1974 - aqui!
  • Portal sobre a Guerra Colonial de Portugal em África - aqui!

Acrecento: A História se escreve pelos factos e pela verdade. Ninguém, muito menos "heróis de barro" quebradiço, a conseguirá desvirtuar!

6/16/08

Mueda (Cabo Delgado - Moçambique) - 16 de Junho de 1960 - O Massacre...

(Imagem original daqui)
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A verdade, honestidade, coerência e frontalidade nunca envergonham nem têm preço. Só assim se aprende com o passado e se poderá acreditar no futuro. Do " Moçambique Para Todos" de 15/06/08 transcrevo:
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E continua-se a mentir despudoradamente!
"Para o deputado Casimiro Huate, da bancada da Frelimo, o 16 de Junho é símbolo da resistência dos moçambicanos contra o colonialismo português. Segundo afirmou, o massacre de Mueda de 1960 é ponto mais alto da recusa do regime colonial do direito do povo moçambicano à autodeterminação e independência.
“Os moçambicanos estavam cansados da opressão colonial, das barbaridade e crueldades do regime colonial. Por via pacífica, exigiram ao administrador colonial português em Mueda a independência, mas a resposta massacre. Os moçambicanos sempre pautaram pelo diálogo, mas o regime colonial sempre negou”, disse, acrescentando que o 16 de Junho foi o elemento catalisador da consciência de que a independência só podia ser conquistada por via armada.
Casimiro Huate afirmou que os jovens devem saber valorizar as obras dos heróis moçambicanos, as conquistas da independência nacional, demonstrando o seu patriotismo e cidadania com boas obras. Segundo o deputado, as almas e o sangue de mais de 500 moçambicanos que naquele foram barbaramente assassinados em Mueda só estarão descansadas e valorizado quando todos os moçambicanos, em particular os jovens, trabalharem em prol do desenvolvimento do país e da consolidação da unidade nacional. Questionado sobre a promoção do desenvolvimento em locais históricos, como é o caso de Mueda, que neste momento se ressente da falta de água e energia eléctrica, Casimiro Huate afirmou que o mês passado na Assembleia da República, o Governo falou do programa visando o abastecimento de água em Mueda, bem como de outras acções ara benefício da população local.
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Ao senhor deputado e a todos os historiadores de Moçambique:
- Vejam tudo sobre este acontecimento aqui !
- Retirado da série de Joaquim Furtado A GUERRA para a RTP(2007) vejam igualmente aqui !
Resta-me acrescentar que, ainda nos anos 60, Mueda e o planalto dos macondes beneficiavam de abastecimento de água. Mais de 30 anos após a independência, porque não terão?
Fernando Gil - MACUA DE MOÇAMBIQUE.
  • O video "Pidjiguiti e Mueda-6º Episódio" - YouTube - aqui !
  • 67 videos YouTube (criação de ccac2321) sobre a série televisiva da RTP "A Guerra" - aqui !
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4/14/08

CHAI - O Ataque ! - O que macula mais: A Verdade ou a Mentira ???...

(Clique na imagem para ampliar)
Continua em "aberto" por tempo indeterminado ou até que a História se faça por purificação dos factos e para que não se transforme em caricata historieta do "folclore" moçambicano contado á sombra da bananeira, o evento "Chai-O ataque..." ocorrido em Cabo Delgado (A localidade de Chai pertence ao distrito de Macomia) no já distante 25/09/1964. E hoje, o dinâmico 'Moçambique Para Todos' desperta o tópico com o abaixo transcrito item publicado no "Savana".
Reparamos e lamentamos entretanto que parte (ressalvando honrosas e corajosas exceções) da emergente e crescente mídia e blogoesfera moçambicanas, soberba, "inchada" e que vem apenas tentando desvendar se o "cavanhaque" do vizinho mergulhado em brilhantina é mais resplandecente ou brilhante que o seu, "fala" de tudo ou quase, menos da(s) Verdade(s) inconveniente(s) a respeito da História Colonial e do Chai em detalhe. O que é uma pena. Mas, com o tempo, quem sabe amadurecem e deixam de ir ao "espelho" com tanta frequência...??!!
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Ataque ao posto do Chai - A verdade.
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ULTIMA - À hora do fecho.
"" Também levou mais um forte abanão a historiografia do ataque ao posto do Chai no longínquo 25 de Setembro de 1964. Uma série portuguesa que corre entre nós e se reporta à guerra colonial, mostrou variados testemunhos dizendo que o chefe do posto nem estava lá. Por esta e por muitas outras, equipas de antigos combatentes estão a dar no duro para trazer aos moçambicanos muitos acontecimentos que são desconhecidos ou foram deliberadamente “compostos”.
SAVANA - 11.04.2008
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Nota do "Macua" Fernando Gil: Como muitos dos protagonistas ainda estão vivos, não acredito em novas e verdadeiras versões de "acontecimentos...(que) foram deliberadamente compostos". Como os acontecimentos de Mueda, Chai e muitos outros...
Fernando Gil - MACUA DE MOÇAMBIQUE.
  • Ninguém morreu no Chai no dia 25/09/1964 - Aqui !
  • 25/9/64-Completa-se às 21:00 de Mocambique... - Aqui !
  • Memórias - Guerra em Moçambique - Aqui !
  • A GUERRA de Joaquim Furtado - Aqui !

1/14/08

Guerra Colonial em África - Série documental "A Guerra" - IV

Do Moçambique Para Todos: Passou a RTP no seu 1º canal uma série intitulada A GUERRA, da autoria do jornalista Joaquim Furtado.Essencial para quem quer conhecer a história de Portugal e dos novos países de língua oficial portuguesa nas últimas décadas.
Se não viu, poderá encontrar e ver a 1ª Série de 9 episódios aqui.
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Video de um depoimento no programa Prós e Contras da RTP - Comando Sargento Monteiro:

(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a "Last.FM" no lado direito do menu deste blogue)

11/17/07

Guerra Colonial em África - Série documental «A Guerra» - III

Cabo Delgado foi palco também desta peça dramática da história colonial que compoê a série documental «A Guerra», realizada por J. Furtado e que vem sendo transmitida pela RTP1.
O documentário, que percorre de forma cronológica 13 anos de conflitos nas antigas colónias portuguesas, resulta de uma «pesquisa bastante aprofundada com recurso a muitas fontes para dar uma visão global dos acontecimentos», explicou Joaquim Furtado à Agência Lusa.
Após imensos anos de tanta "lenda" mal contada às jovens gerações dos povos envolvidos e falsos "mitos" fabricados por conveniências políticas, surge a esperança que a verdade da História Colonial Portuguesa seja reposta com imparcialidade justa, transparente e a confiança de que sejam derrubados do pedestal imerecido, muitos "heróis de barro" auto-proclamados e falsificados.
Os primeiros nove episódios da série vão sendo apresentados de 16 de Outubro a 11 de Dezembro de 2007. Os restantes irão para o ar, na RTP 1, em 2008, ainda sem previsão de data.
Para quem acompanha, aqui fica o roteiro para os episódios da primeira parte da série:
  • Massacres da UPA - 16 de Outubro de 2007 - 1. Os ataques da UPA a fazendas e povoações do norte de Angola (cinco a seis mil mortos, colonos brancos e bailundos seus empregados) contados pelos que os fizeram. Resposta portuguesa, inicialmente com os civis praticamente sozinhos a organizarem-se em milícias. Êxodo das mulheres e crianças, também homens, para Luanda e Lisboa. Morte dos primeiros militares.
  • "Rápidamente e em força" para Angola - 23 de Outubro de 2007 - 2. Assalto às prisões de Luanda. Resposta leva o terror aos muceques. Deposto o ministro da Defesa, Botelho Moniz que, sintonizado com os EUA, tinha uma opinião diferente sobre o futuro das colónias. Salazar manda as Forças Armadas, "rapidamente e em força", para Angola.
  • Violência do lado português - 30 de Outubro de 2007 - 3. Resposta portuguesa aos massacres da UPA. Episódios desconhecidos sobre a violência da parte portuguesa. Partida para norte das primeiras grandes colunas militares, em 13 de Maio de 1961.
  • Nambuangongo - 6 de Novembro de 2007 - 4. Criação do Corpo de Voluntários. Operação Viriato, para a reconquista de Nambuangongo, é "reconstituída" através de filme e grafismo 3D. Relato das operações da Pedra Verde, Quipedro e Serra da Canda, com as quais os portugueses retomam o domínio sobre o norte angolano.
  • Indígenas e assimilados - 13 de Novembro de 2007 - 5. O início da contestação, os indígenas, os assimilados, o trabalho forçado, os castigos corporais. Falam antigos chefes de posto que aplicaram castigos corporais. Resposta às pressões internacionais com medidas governamentais de natureza económica. Incentivo à emigração através de colonatos brancos em Angola e Moçambique.
  • Pidjiguiti e Mueda - 20 de Novembro de 2007 - 6. Como viviam os colonos: tranquilidade e desenvolvimento. Insatisfação com Lisboa. Apoio, lá, como cá, a Humberto Delgado. A formação, em Lisboa, de líderes como Cabral, Neto, Mondlane, Pinto de Andrade. Massacre de Pidjiguiti, na Guiné. Nova versão sobre o que se passou em 1964, em Mueda, Moçambique, dada pelos que dispararam.
  • Baixa do Cassange - 27 de Novembro de 2007 - 7. Massacre da Baixa do Cassange, contando com entrevista, não filmada, com Teixeira de Morais, um dos capitães enviados para reprimir a greve dos camponeses do algodão. Primeiros tiros na Guiné, dados pelo MLG de Kankoila Mendy, entrevistado no programa. Revelações sobre o projecto de um triângulo atlântico, envolvendo Angola, Brasil e Lisboa, partilhado em esferas do poder. Demissão do ministro do Ultramar, Adriano Moreira.
  • Frente da Guiné - 4 de Dezembro de 2007 - 8. Ataque do PAIGC ao posto de Tite abre, na Guiné, a segunda frente de guerra. Salazar aceita conversar com autonomistas, mas recua. Em Angola, a UPA transforma-se em FNLA, movimento que começa a combater o MPLA. As forças militares e militarizadas prestam vassalagem à política ultramarina de Salazar, aclamado na Praça do Comércio em Lisboa. Entre a multidão, uma americana, casada com Eduardo Mondlane, que virá a ser o líder da Frelimo.
  • Frente em Moçambique - 11 de Dezembro de 2007 - 9. Inicialmente contrário à luta armada, Mondlane inicia a guerra em 1964, depois de um outro movimento ter atacado em Nangololo e morto um padre holandês. Na Guiné, a operação Tridente mobiliza 1200 homens durante 71 dias, mas não inverte o sentido da guerra, cada vez mais intensa. E cada vez mais presente na vida do país. O 10 de Junho, Dia de Portugal, passa a ser de homenagem aos militares mobilizados.

In jornal "Público" de 18 de Outubro de 2007 - Fontes: Moçambique para Todos, Moçambique Guerra Colonial e Arquivo do ForEver PEMBA.

10/21/07

Guerra Colonial em África - Série documental «A Guerra» - II

(Imagem original daqui)
Transcrevo post do "Instante Fatal" sobre a discutida mas necessária série televisiva "A Guerra" de Joaquim Furtado que a RTP 1 está transmitindo desde o dia 16 de Outubro.
Após imensos anos de tanta "lenda" mal contada às jovens gerações dos povos envolvidos e falsos "mitos" fabricados por conveniências políticas, surge a esperança que a verdade da História Colonial Portuguesa seja reposta com imparcialidade justa, transparente e a confiança de que sejam derrubados do pedestal imerecido, muitos "heróis de barro" auto-proclamados e falsificados.

(A Guerra - Primeiro Episódio - Nota importante: se não conseguir ver o video acima, já que exige boa largura de banda devido a seu "peso" - 163Mb. em 53 m. e 10 s., tente o acesso por aqui)
A verdade inconveniente de Furtado
Não vi todo o programa do Joaquim Furtado sobre a Guerra Colonial.
Do que vi gostei muito.
Parece que foi um sucesso de audiência.
Isto prova que vale a pena fazer televisão com qualidade e não apostar só na fancaría das telenovelas e dos reality- shows.
É evidente que só a RTP tem rede para poder arriscar a pôr no ar, no horário nobre, um programa daqueles.
Numa privada o falhanço de uma experiência destas pode causar muito prejuízo.
Ninguém hoje arrisca.
O programa do Joaquim tem a grande qualidade de ser isento, objectivo.
É jornalismo puro: testemunha sem preconceitos.
As imagens de arquivo são de grande qualidade e vem reforçar a idéia de que na RTP havia uma escola de grandes repórteres, de grandes cameramen, na década de sessenta.
As imagens não são só boas por serem documentos únicos.
Têm qualidade técnica e formal.
A vida nas colônias era uma boa vida e ali dá para percebermos melhor o nosso passado muito mal contado no pós-25.
Aquelas manifestações na baixa contra a guerra, com milhares de pessoas, não podiam ser só encenadas.
Havia ali fervor, autenticidade, idéia de Pátria.
A forma como Holden Roberto (que entretanto morreu) contou o ataque da UPA no Norte de Angola, é brutal em verdade.
Os portugueses foram barbaramente chacinados para darem lugar a ditaduras, mas nada há a fazer contra a avalanche da História.
Sobrevivemos e pode-mo-nos orgulhar do que deixámos em África.
Assim pudéssemos dizer o mesmo do que fizemos em 30 anos de democracia.
Blogue "Instante Fatal"- 17/10/2007

10/16/07

Guerra Colonial em África - Série documental «A Guerra» estreia terça-feira na RTP1.

Vem sendo anunciada com destaque esta série documental «A Guerra», realizada por Joaquim Furtado sobre o período da guerra colonial - que estreia terça-feira (16 - hoje - 21:00 após o telejornal) na RTP1.
O documentário, que percorre de forma cronológica 13 anos de conflitos nas antigas colónias portuguesas, resulta de uma «pesquisa bastante aprofundada com recurso a muitas fontes para dar uma visão global dos acontecimentos», explicou Joaquim Furtado à Agência Lusa.

Detalhes poderão ser lidos nos "Jornal de Notícias", "Correio da Manhã" e "Diário Digital".

Segundo o portal "Moçambique - Guerra Colonial", na passada noite de 15 de Outubro/07, o programa "Prós e Contras" da RTP1, moderado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, debateu o tema sem a participação da maioria dos ex-combatentes que vivenciaram essa guerra.
Em sequência, o mesmo portal abrirá espaço aqui para que ex-combatentes se pronunciem, elogiando ou criticando tal debate.

Resta-nos aguardar que os primeiros nove episódios, com cerca de uma hora cada, que vão ser exibidos na RTP1 até ao final do ano a partir de hoje, retratem, contribuindo para a História, a verdade da guerra colonial com imparcialidade e sem emoções políticas.

Esperemos para ver...