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12/21/08

Diversificando - Juliette ajuda deficientes em Portugal...

A notícia chegou via e.mail mas está no jornal "O Algarve". E diz:

Juliette ajuda deficientes - Inédito: Projecto inovador em São Brás de Alportel.

O Centro Médico de Reabilitação do Sul (CMRS) em São Brás de Alportel, conta com um novo funcionário, neste caso uma funcionária e se ladra em vez de falar esse é um pormenor a que todos já se habituaram.

Juliette é uma jovem cadela de raça Flatcoated que para além de ser o orgulho de sua dona é também um "protótipo" do que poderia ser a melhor amiga de quem tem a mobilidade reduzida, por acidente ou doença.

Margarida Sizenando, diretora clínica do CMRS, e médica fisiatra define o que apelida de "Projecto Juliette" como um processo de treino faseado, que tornará o canídeo e todos os que se seguirem em auxiliares para tetraplégicos ou paraplégicos. "A cadela está a ser treinada para desatar atacadores de sapatos, abrir portas, gavetas e acender a luz", podendo numa fase mais avançada tirar roupa da máquina de lavar, abrir torneiras ou mesmo puxar o autoclismo através de um sensor e, claro, levar e trazer objectos, para além de os apanhar do chão e entregá-los ao doente. Algo vital para um tetraplégico que muitas vezes acaba por cair na tentativa de apanhar algo longe do do seu alcance.

Se à primeira vista estas tarefas podem parecer básicas, não o são e exigem muito trabalho, esforço e experiências falhadas, como relembra a sua treinadora: "os doentes pensam que a cadela é um robot, pelo que tem que se treinar também os pacientes". A médica critica os que exigem demais de Juliette que muitas vezes fica confusa com várias ordens de comando diferentes.

Juliette está ainda no treino básico ou, como brinca Margarida Sizenando, no "cãolégio", depois seguir-se-á "a socialização e o treino mais avançado". Até lá está a interagir com um rapaz de 18 anos em coma vigil hà um ano e começa agora a reagir visualmente, desde que, hà pouco mais de uma semana, Juliette se tornou presença assídua no seu quarto. "Se há quem acorde com o toque de um telemóvel, porque não com a ajuda de um cão", acredita a mãe do jovem.

Tiago Inácio, de 24 anos, internado há dois meses e a quem Juliette ajuda a desabotoar e descalçar os sapatos é também peremptório nas melhorias da qualidade de vida: "É uma experiência muito interessante e para além da companhia com um cão destes a autonomia é quase total".

NINHADAS E TREINADORES PRECISAM-SE: Ainda que Juliette seja experiência inovadora, Margarida Sizenando prefere não colocar "as expectativas demaisado altas. É precoce fazê-lo e mesmo que um dia sejam capazes de accionar o comando de um alarme, nunca conseguirão lavar os vidros de uma casa". E deixa um apelo para o que seria um cenário perfeito: "Precisava de um treinador especializado e de uma ninhada para ser treinada a tempo inteiro".
- Pedro Chaveca: pedro.chaveca@oalgarve.pt

Acrescento: A Drª. Margarida Sizenando Ribeiro da Cunha, Médica Fisiatra, cujo trabalho eficiente e dedicado em Portugal vou acompanhando hà algum tempo por imposição do destino, é Directora Clínica do Centro de Reabilitação do Sul (CMRS) em S. Brás de Alportel e também responsável pela Clínica Dr. Sizenando em S. João de Loure/Aveiro, clínica essa fundada pelo Dr. Sizenando Ribeiro da Cunha, figura reconhecida e recordada também por sua luta passada na defesa dos ideais republicanos do concelho de Albergaria.

10/17/08

Por não reembolsarem cuidados médicos, a Comissão Europeia decidiu apresentar queixa contra Portugal e França.

A Comissão Europeia decidiu esta quinta-feira apresentar queixa contra Portugal perante o Tribunal de Justiça europeu devido a casos de não-reembolso de cuidados médicos recebidos noutro Estado-membro, noticia a Lusa.

O executivo comunitário, que também decidiu levar a França a tribunal pelos mesmos motivos, lembra que o Tribunal de Justiça, que se pronunciou várias vezes sobre a questão do reembolso dos cuidados de saúde recebidos noutro Estado-Membro, reconheceu aos doentes certos direitos que são ignorados por Portugal e França.

Bruxelas aponta que o Tribunal considerou nomeadamente, que, à luz do tratado europeu, os Estados-Membros deveriam suprimir a exigência de autorização prévia para efeitos de reembolso no que diz respeito aos cuidados de saúde não hospitalares que sejam prestados noutro Estado-Membro.

«A Comissão considera que, ao manterem a exigência de uma autorização prévia para o reembolso dos cuidados não hospitalares, no que diz respeito a Portugal, e de certos cuidados não hospitalares, no que diz respeito à França, estes dois Estados-Membros restringem os direitos reconhecidos aos doentes pelo Tribunal», finaliza a Comissão.
- IOL Portugal Diário, 17/10/08.

Portugal - Saúde: Negócio de shopping ???

Assim "diz" o Jornal virtual "Labor" de hoje:

""S. João da Madeira e Santa Maria da Feira estiveram na corrida, mas terá sido o concelho oliveirense a apresentar as melhores contrapartidas
O arranque da construção está previsto para o próximo ano, em local próximo da cidade de Oliveira de Azeméis. A autarquia oliveirense não quis divulgar os termos das negociações com a Sanusquali, o grupo privado proprietário do conceito Casa da Saúde que esteve nos últimos meses em conversações semelhantes com as câmaras municipais de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira. Pelo menos, não até haver uma decisão oficial sobre o assunto, o que deverá acontecer no início de 2009. No entanto, a empresa confirmou ao Labor que Oliveira de Azeméis será a primeira localidade a acolher uma Casa da Saúde, juntamente com outra no sul do país.

As Casas da Saúde são uma espécie de “loja do cidadão da saúde”, já que concentram no mesmo espaço físico uma diversidade de prestadores de cuidados de saúde e de todas as actividades que apoiam a acção médica, com excepção da cirurgia de internamento. Estão assegurados todos os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, mas também uma clínica de medicina física e reabilitação , residências seniores, etc.

A lógica do conceito passa também por concentrar no mesmo espaço serviços comerciais que complementem os médicos, como farmácias, lojas de produtos naturais, ópticas, loja de próteses auditivas, loja de aparelhos ortopédicos, etc., e outros como restaurantes, cafés, papelaria, banco, seguradora, cabeleireiro, florista, health club, spa e OTL.

Em Oliveira de Azeméis, a Casa da Saúde será em “versão maxi”, uma vez que será complementada com uma unidade de internamento. Estima-se que a inauguração seja em 2011.

Inicialmente, o projecto previa abranger os utentes do Serviço Nacional de Saúde, mas feita a proposta ao Ministério da Saúde, este nunca respondeu. A ausência de uma confirmação por parte da tutela acabou por atrasar todo o processo e implicar reduções de investimento.

Se antes estava prevista a construção de 25 Casas de Saúde, hoje são 15 as unidades que a Sanusquali se propõe construir, sendo que o orçamento passou de 1,2 milhões de euros para 800 milhões.

O projecto foi apresentado a 68 câmaras municipais, sendo que mais de 50 se mostraram interessadas. Desta meia centena foram seleccionadas as melhores ofertas de contrapartidas.

A Sanusquali SGPS e a Sanusquali Serviços “sentam à mesa” várias figuras conhecidas da Saúde em Portugal. Na lista de nomes sonantes estão o presidente do Grupo Trofa, José Vila Nova, o representante da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Teófilo Leite, e o ex-deputado do PSD Nuno Delerue.

Aos investidores juntam-se ainda o ex-bastonário da Ordem dos Médicos — e responsável pelo laboratório de análises do Hospital Amadora-Sintra — Germano de Sousa e o economista e professor na Universidade Católica Miguel Gouveia. Ambos asseguram a presidência da Assembleia-geral das empresas.

Não foi possível recolher comentários da Câmara Municipal de S. João da Madeira sobre este assunto, a tempo do fecho desta edição.
- Por: Anabela S. Carvalho, Labor.pt, 16/10/08.""

E termino só com uma pergunta: Será possível um aposentado(a) português(a) usufruir de todas essas mordomias-hospitalares "vendidas" em shopping, com uma reforma miserável de 316,00 Euros por mês???... ...

7/28/08

Diversificando: Um blogue que fala sobre o mal de Alzheimer.

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui)
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Mal de Alzheimer - doença terrível, traiçoeira, falsa, disfarçada que se vai apoderando da mente, do corpo de nossos parentes queridos e idosos, sem complacência. E leva à demência e morte com sofrimento para o doente e quem com ele convive!
Descrita pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1909, vem, ainda sem cura, atravessando décadas, principalmente em países com serviço de saúde pública deficiente como por exemplo Portugal ou até em países africanos como Moçambique, consumindo rápidamente vidas, muitas vezes precocemente por diagnóstico médico equivocado ou incompetente quando existem tratamentos e cuidados que visam confortar os pacientes e retardar o máximo possível a evolução da doença.
Sensibilizado por experiência dolorosa recente vivenciada em ente querido onde, pelas razões citadas acima foi diagnosticada tarde e a más horas tal doença, encontrei na net o blogue "Cuidar de Idosos", transcrevendo aqui alguns "alertas":
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DOENÇA DE ALZHEIMER: SINAIS QUE RAPIDAMENTE PRECISAMOS CONHECER!
Quando, talvez apenas por intuição, observamos em nossos pais, nossos avós ou no idoso com quem relacionamos, algum sinal de que a memória não vai bem, devemos ter em mente que pode ser normal para idade. Mas, também, pode ser algum sinal de que a doença de Alzheimer possa estar iniciando. Assim, aprenda sobre os 10 sinais mais comuns da doença de Alzheimer:
  • 1. Perda de memória que afeta as relações pessoais - quando o esquecimento ocorre com mais frequência sem que seja possível lembrar-se, por exemplo, de nomes, telefones, compromissos, etc.
  • 2. Dificuldades em executar tarefas domésticas - quando atividades simples e rotineiras como o acender e apagar o fogo do fogão, são esquecidas podendo oferecer risco;
  • 3. Problemas com vocabulário - quando acontece o esquecimento de palavras comuns, podendo acontecer até a substituição por outras totalmente inadequadas;
  • 4. Desorientação de tempo e espaço - quando ocorre dificuldade para localizar-se dentro da própria casa, um determinado cômodo ou ainda localizar a própria casa na rua onde vive;
  • 5. Incapacidade para julgar situações - quando existe diminuição ou perda do senso crítico, levando a pessoa a ter comportamentos não usuais ou estranhos, frente a outras pessoas;
  • 6. Problemas com raciocínio abstrato - quando existe, por exemplo, dificuldade em entender e controlar o próprio dinheiro, talão de cheque ou cartão bancário;
  • 7. Colocar objetos em lugares errados - quando, por exemplo, a pessoa guarda o relógio no açucareiro ou o ferro elétrico na geladeira, etc.;
  • 8. Mudanças de humor ou comportamento - quando se observam comportamentos de calma, seguidos de choro ou sinais de raiva, sem nenhuma razão aparente;
  • 9. Mudanças na personalidade - quando, por exemplo, a pessoa demonstra medo, complexo de perseguição, desconfiança e/ou confusão;
  • 10. Perda de iniciativa - quando a pessoa torna-se muito passiva, necessitando de estímulos para voltar a se envolver em alguma atividade.

E acrecento de minha parte: Não se esqueça, em caso de suspeita, de procurar sempre um médico ou clínica especializados e competentes. De preferência, se tiver possibilidades financeiras ou não fôr parente de algum membro proeminente do poder instituido, extra serviços públicos de saúde.

  • Convivendo com Alzheimer - Manual do Cuidador - Aqui!

(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a rádio "ForEver PEMBA.FM". O player localiza-se no menu deste blogue, lado direito. )

7/27/08

Em Portugal, A Ministra da Saúde descobriu que: Saúde vai atravessar período "muito crítico"...

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui - Portugal-Douro-Peso da Régua - Foto de J. L. Gabão)
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Transcrevo abaixo, texto do Correio da Manhã, contrapondo entretanto à afirmação da titular da pasta da Saúde em Portugal que afirma a Saúde em Portugal "vai atravessar período muito crítico":
- Sra. Ministra, a Saúde em Portugal não vai, já está a atravessar um período tremendamente crítico e lastimável! Será que não dá para notar?
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A ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou que Portugal vai passar por um período “muito crítico”, dentro de três ou quatro anos, devido à falta de médicos.
No final da reunião de Conselho de Ministros, Ana Jorge, disse que não é possível prever quando é que Portugal vai poder resolver o problema da falta de médicos, sobretudo de família.
“O número de médicos que têm vindo a ser formados aumentou em cerca de 500 por ano, mas ainda é insuficiente para podermos atribuir médicos de família a todos os portugueses”.
Ainda segundo a ministra, “Portugal tem uma carência muito grande não só de médicos de família, como também em áreas de especialidade como urologia, obstetrícia, pediatria e anestesia”.
“Precisamos de mais médicos ainda nos próximos 10 a 15 anos”.
Dados apresentados pelo ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, indicam que em 2008, existirão 1.614 vagas para os cursos de Medicina.

7/10/08

SAÚDE EM PORTUGAL - NOTA NEGATIVA !

(Clique na imagem para ampliar)
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A situação é séria, grave. Mas pouco se fala. Vencem a mídia quase muda ou branda, pelo cansaço, pelo continuismo careta. E despacham a população carente, sem recursos financeiros que a protejam em clinicas ou hospitais privados, para longas filas de emergências distantes do lar, para atendimento frio, impessoal, para longos períodos de espera por um exame clínico que deveria ser imediato, para longas viagens de ambulância num vai e volta que castiga corpos doentes, para o perigo de infecções hospitalares em hospitais lotados, em tratamentos feitos por intuito, quase a correr e à sorte (quem sabe dá certo?...), para um mundo de profissionais de saúde desmotivados, desvalorizados, abarrotados de impotência profissional, onde se é obrigado, a meio do desespero de ver entes queridos definhar a cada hora, a recorrer à constrangedora "cunha", ao clientelismo, ao favor, ao poderoso que é poderoso e renasce porque é chefe disto e daquilo, amigo deste ou daquele, tentando-se assim ultrapassar muros de rocha, impenetráveis, rígidos em regras e burocracias que valorizam mais um requerimento, um título, uma norma, umas férias, um horário, que a vida de um ser humano.
Me perdôem os profissionais de saúde injustiçados por um desabafo gerado na dor de vivência atravessada poucas horas atrás. Reconheço que existe algum trigo benigno, salutar, perdido no meio desse imenso mar de jóio que é o sistema de saúde público em nosso país, arrasado por gerentes-políticos inábeis. Mas é impossível dominar a insurreição que cresce na alma, no coração, quando se vivencia, individual e particularmente, na pessoa de um ente querido, o drama de um povo que um dia acreditou na possibilidade da dignidade humana, da equidade social, da justiça e de direitos para todos sem exceção.
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Transcrevo:
Nota negativa para a saúde em Portugal.
Diz o Observatório Português dos Sistemas de Saúde que há falta de investimento no sector público e que os médicos fogem para o privado. O mesmo Observatório refere que as Unidades de Saúde Familiares (USF) chegaram apenas a 13% da população e que continua a ser longo o tempo de espera por uma cirurgia oncológica. São assim várias as críticas às políticas de saúde do Governo.
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde avaliou a evolução do sector em 2007 e considera pesada a herança que a ministra Ana Jorge recebeu de Correia de Campos. O ex-ministro que, diz o relatório, geriu de «forma insensível e pouco competente» os fechos de maternidades e urgências.
O alerta vermelho do documento vai no entanto para a fuga de médicos do sector público para o privado. Um cenário que pode comprometer a qualidade do serviço público de saúde, dentro de poucos anos. O relatório propõe que o sistema fixe os profissionais necessários ao sector público remunerando-os de acordo com a sua produção.
Nota negativa também para o processo de abertura das Unidades de Saúde Familiares, a bandeira da reforma dos cuidados de saúde primários. O coordenador do documento sublinha a falta de consistência e a demora na abertura das USF, salientando que apenas 13% da população sentiu as mudanças nesta área.
O destaque positivo vai para a redução do tempo médio de espera por uma cirurgia. Mas o relatório lembra que muito há ainda a fazer quando um doente com cancro em Portugal tem de esperar três meses e meio por uma operação.
- TVI
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Post's anteriores do ForEver PEMBA sobre o tema :

7/05/08

Portugal - Obras faraónicas num País pobre, sem saúde nem empregos.

Assim li no site da da TVI: - Surpreendentes ou talvez não, são os resultados de uma sondagem TVI/ Intercampus sobre as grandes obras públicas do País. Por exemplo, fique a saber que 47,3% dos inquiridos não concorda com o programa de grandes obras públicas lançado pelo Governo. Quanto às motivações para tantas e tantas obras, os portugueses têm algumas ideias: 41,9% dos inquiridos respondeu que as obras servem para satisfazer grupos de interesses.
Aeroporto, TGV, auto-estradas e barragens: os portugueses dizem maioritariamente não ao programa de grandes obras públicas do Executivo. Com excepção feita à região da Grande Lisboa, 47,3% dos inquiridos considera não serem necessárias mais grandes obras para o País.
E para quem diz que já basta de grandes obras, o dinheiro devia ser investido noutras áreas. A esmagadora maioria (58,8%) considera que esse dinheiro seria melhor empregue na Saúde. Já 20,1% dos inquiridos prefere ver o investimento canalizado para reformas na área da Segurança Social, enquanto 12% acredita ser na Educação que o dinheiro faz mais falta. Justiça, Forças de Segurança e Ambiente são as áreas menos referidas pelos inquiridos.
O investimento nas grandes obras públicas já está previsto e, para 39,3% dos inquiridos, a economia nacional vai piorar com o esforço financeiro. Opinião contrária tem quase um terço: 31,3% acredita que o investimento vai ter efeitos positivos na economia. Apenas 23,1% é da opinião que tudo vai ficar na mesma.
Quanto às razões que estão por trás destes investimentos, 41,9% dos inquiridos diz que as obras vão avançar fundamentalmente para satisfazer grupos de interesse. Para a esmagadora maioria não será surpresa se houver derrapagens orçamentais: 56,9% respondeu que no fim os custos vão ficar muito acima do previsto, contra apenas 4,5% que acredita que as contas vão bater certas no final.
À pergunta «Quem ganha mais com as grandes obras?» 47,1% aponta o dedo às empresas de obras públicas., 33,1% acredita ser a banca quem mais vai beneficiar contra apenas 10,1% dos inquiridos que considera ser o País que fica a ganhar. Para a esmagadora maioria, 54,6%, as grandes obras vão dar emprego aos imigrantes, contra os 30,1% que são da opinião que os portugueses vão ter mais oportunidades de emprego.
No que toca às várias opções para as ligações da alta velocidade, 48,3% é da opinião que a ligação Lisboa-Madrid é prioritária, enquanto que 25,8 % dos entrevistados considera prioritária a ligação Lisboa-Porto.
À pergunta sobre a necessidade de um novo aeroporto em Lisboa, a maioria acha que deve ser construído. Isto apesar dos resultados serem diferentes no Norte de Portugal, onde há mais quem não concorde com o investimento.
Quanto ao aeroporto da Portela, a esmagadora maioria discorda do encerramento, mas se for esse o destino do actual aeroporto, 91,8% dos inquiridos defende que os terrenos devem ser utilizados para espaços públicos.
- 2008-07-04 21:18-Sondagem TVI/Intercampus.

1/08/08

SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares...II

(Imagem original daqui)
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Resumo de uma sexta-feira (dia 4-janeiro-2008) à noite no hospital do Lordelo em Vila Real - Portugal - Europa - Primeiro Mundo, ou "flagrantes da vida real" de um hospital em Portugal:
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Cena Primeira - Porque fecharam as emergências hospitalares na cidade da Régua, chega uma ambulância daquela cidade a Vila Real - Hospital do Lordelo, com uma Mãe de 83 anos (que não é a digníssima Mãe do Senhor Sócrates nem de nenhum ministro) doente, vomitando, passando mal e que precisa de cuidados hospitalares.
Embora a Mãe (que não é a digníssima Mãe do Senhor Sócrates nem de nenhum ministro) tenha de ser internada, não há quartos vagos nem macas disponíveis.
É atendida na própria maca da ambulância, no corredor da emergência onde fica retida, isolada dos familiares que a acompanham impedidos de ficar a seu lado por normas internas do hospital.
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Cena Segunda - Outras ambulâncias chegam continuamente ao hospital do Lordelo em Vila Real, vindos de outras cidades do norte de Portugal que ficaram, por determinação do governo, sem os serviços de emergência.
Os doentes vão-se acumulando nos corredores da emergência.
São atendidos, consoante surge disponibilidade de escassos, perante a demanda, enfermeiros e médicos de plantão que tentam superar sem resultado o caos em que está sendo lançado o serviço de saúde em Portugal.
E vão ficando a Mãe de 83 anos (que não é a digníssima Mãe do senhor Sócrates nem de nenhum ministro) e os doentes, por lá, jogados nos corredores da emergência do hospital do Lordelo de Vila Real, aguardando a demorada vez de receberem cuidados médicos, um quarto que vague, uma cama na enfermaria que fique disponível ou uma maca do próprio hospital que não aparece.
Não fossem as macas das próprias ambulâncias em que chegaram, teriam de ficar deitados no chão dos corredores do hospital.
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Cena Terceira - Sete longas horas depois, já de madrugada, chegam finalmente os exames (análises) da Mãe (que não é a digníssima Mãe do senhor Sócrates...etç., etç.) confirmando, acreditem, a necessidade de internação no corredor do hospital, já que não há disponibilidade de quartos nem enfermarias vagas.
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Cena Quarta - Os familiares são aconselhados a voltar para casa na Régua, porque não lhes é permitido o acesso à Mãe (que não é a digníssima Mãe do Senhor Sócrates...etç., etç.) deitada com seus 83 anos, numa maca há mais de sete horas e "internada" num corredor do hospital do Lordelo em Vila Real na madrugada do dia 5 de janeiro de 2008 - sábado.
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Cena Quinta - Sábado, dia 5 de janeiro de 2008 -Em casa na Régua, preocupados, cansados e sem dormir, às 10 horas da manhã, os familiares da Mãe (que não é a digníssima Mãe do senhor Sócrates...etç. etç.) são avisados (porque telefonaram para o hospital) que podem voltar a Vila Real para buscar a paciente já em alta do hospital do Lordelo em Vila Real.
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Cena Sexta - Correm para Vila Real, que fica a uns 25 Kms. da Régua e providenciam o regresso da Mãe (que não é a digníssima Mãe do senhor Sócrates...etç., etç.) ao aconchego do lar e da Família na Régua, transportando-a penosamente em carro comum particular, porque se pretendessem utilizar uma ambulância dos serviços hospitalares, adquirida pelo governo do senhor Sócrates com recursos monetários dos impostos que o cidadão comum paga, teriam de "contribuir" com a taxa obrigatória de trinta e poucos euros...
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Cena Final - Felizmente a Mãe (que não é a digníssima Mãe do senhor Sócrates...etç., etç.) melhorou e está a recuperar as energias em casa, acarinhada por filho e netos.
E continua tentando viver, preocupada e preocupando-nos com a possibilidade de vivenciar tão lamentável experiência em nova emergência de saúde que a obrigue a ficar internada, deitada numa maca, num corredor frio de qualquer hospital distante da Régua, em sua pátria - Portugal!
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E acrescento
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O sangue transmontano é assim, rijo, estóico, teimoso.
Não quer morrer.
Resiste, luta, mesmo abandonado criminosamente por quem é eleito para melhorar a qualidade de vida da nação portuguesa, mesmo na humildade de suas possibilidades económicas que não lhe permitem usufruir nem ingressar no lucrativo mercado privado de saúde, mesmo quando grande parte da mídia lusitana se cala e aceita servil as aberrações que vão acontecendo no país Portugal.
É inaceitável o que está a acontecer em Portugal.
Para não dizer vergonhoso.
As "cenas" que coloco acima, são reais, aconteceram, estão a acontecer diáriamente e vão-se ampliando gravemente por todo o Portugal.
A saúde da nação portuguesa, principalmente da população humilde, pobre está a ser jogada na lama.
Não é um bem de consumo como outro qualquer.
Está agregada á vida humana e a qualidade dessa vida depende da facilidade de acesso, dos predicados dos serviços de saúde e, fundamentalmente, de infraestruturas modernas, funcionais, que se multipliquem apetrechadas de equipamentos novos e profissionais atualizados, dedicados, competentes, com espírito de missão.
A necessidade de serviços de saúde cresce na mesma proporção das privações sofridas no tempo pelo cidadão português (e não só) e quanto menor foi a possibilidade de acesso a cuidados de saúde ao longo da vida.
Não se pode ECONOMIZAR em saúde. Principalmente com a saúde da NAÇÃO.
Isso de dizer que “quem quiser saúde que a pague” não só contraria o que se encontra estabelecido na Constituição da República Portuguesa que dispõe “que todos têm direito à protecção da saúde” (artº 64, nº1), e não apenas aqueles que têm dinheiro para a pagar, sendo este direito garantido “através do serviço nacional de saúde universal e geral…tendencialmente gratuito” (artº 64, nº2, alínea a da Constituição da República).
Repetindo, o principio de “quem quiser saúde que a pague” que alguns defendem é não só contrário ao que estabelece a nossa Constituição mas também ao respeito que deverão merecer o ser humano e as Mães, Irmãos, Família, Amigos e conterrâneos de todos nós!
E também porque a maioria da Nação Portuguesa não aufere salário nem prerrogativas de ministro que permitam suportar o custo de consultas médicas e serviços de saúde privados...de primeiro-mundo!
Há que criar, inaugurar cada vez mais e mais Unidades de Saúde. Fechar, encerrar Unidades de Saúde demonstra escassez de clarividência e crueldade social!
  • Visite aqui a cidade de Peso da Régua, a cidade que ficou sem Hospital por determinação do Governo - aqui !

1/02/08

Portugal-SAÚDE-Como não é a Digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares...

(Imagem original daqui)
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Em 24 de Abril de 2007 a agência "Lusa" divulgava:
  • "Portugal ofereceu estádio à cidade palestiniana de Al-Kahder - O novo Estádio Internacional da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento (IPAD), vai ser inaugurado segunda-feira.
    O recinto, uma oferta de Portugal aos desportistas palestinianos cuja construção custou dois milhões de dólares, tem capacidade para 6.000 espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação.
    A cerimónia de inauguração, que tem o alto patrocínio do presidente Mahmoud Abbas, abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
    Na cerimónia discursarão a ministra do Turismo, Khouloud Daibes, em representação do Presidente, Jorge Torres Pereira, representante de Portugal junto da Autoridade Nacional Palestiniana, em nome do Governo português e do IPAD, e o presidente da Câmara de Al- Khader, Adnan Sbeih.
    Segundo informações obtidas pela Agência Lusa, Portugal irá oferecer camisolas dos jogadores Cristiano Ronaldo, Deco e Quaresma, que serão expostas numa sala do estádio Al-Khader.
    Os organizadores estão a envidar esforços para a obtenção de mensagens vídeo de Luís Figo, Cristiano Ronaldo, José Mourinho e Luís Filipe Scolari, para serem difundidas durante a cerimónia.
    Segundo o representante diplomático de Portugal, estas "seriam naturalmente, mensagens de apoio às esperanças e às alegrias bem conhecidas dos praticantes e adeptos do futebol e representariam mais uma forma de passar uma mensagem de paz à juventude palestiniana, na língua internacional, que é o desporto".
    Após a cerimónia inaugural, vai disputar-se um jogo entre a equipa local Al-Khader, reforçada com os melhores jogadores palestinianos, e a equipa Maccabi Akhi Natsrat (Nazareth), uma equipa da primeira divisão israelita, que integra jogadores árabes e judeus.
    Khalil Shahwan, director do Departamento de Juventude e Desportos de Belém, agradeceu, em entrevista publicada hoje pelo diário El-Quds, à "nação amiga portuguesa" pela sua importante contribuição, esperando que esta sirva de exemplo a outros países, para que ajudem o povo palestiniano a realizar as suas necessidades."
- Bonito...politicamente correto. Ficaram todos bem na fotografia!
Entretanto, "rondando" a net, encontrei e transcrevo com a preocupação e angustia de quem vê parentes Queridos, em Portugal, sofrerem as vicissitudes da incompetência, da frieza, da falta de sensibilidade humana demonstrada por quem governa Portugal e com as revolta e repulsa que voto a determinados políticos que, do alto de seus pedestais de vidro, olham para os mais humildes como seres insignificantes:
  • Blog "Eu Jornalista" - "O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira... ... ... Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina. Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão. A seguir fechávamos a cidade Universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo."

Pois é...digo eu para fechar: Não é a digníssima Mãe desses senhores que carece de proteção hospitalar decente e próxima em caso de emergência. Residem em templos repletos de benesses sociais e cívicas exclusivas, com o padre de plantão ao pé do altar... E, se assim não acontecer, qualquer avião particular ou helicóptero será solução imediata e rápida que os levará para os melhores centros hospitalares, quem sabe além fronteiras ou até à vizinha Espanha. O "resto", que aguente e pague a ambulância e os impostos ! ...ou morra !