8/30/07
Renovação das fontes de energia - Biocombustíveis.
Cabo Delgado - Negomano já tem ponte sobre o rio Rovuma.
Peter Larsen, Engenheiro-residente e representante do empreiteiro, a viver em Mtambwa, Tanzânia, onde o nosso jornal esteve recentemente, diz que nada impede que os prazos estabelecidos sejam rigorosamente cumpridos, concluindo os 720 metros de ponte em caixão pré-reforçado, com 18 vãos de zero metro e a conclusão dos 17 pilares e dois encontros previstos no empreendimento.
É uma obra que promete trazer-nos uma ponte com uma largura total de 13,5 metros, duas faixas de rodagem de 3,25 metros e dois passeios de 1,5 metro cada, num local cuja paisagem empresta uma beleza única, resultante do facto de confluírem ali os rios Lugenda e Rovuma.
Está-se num ponto em que, estando do lado moçambicano, província de Cabo Delgado, distrito de Mueda, temos na margem esquerda do rio Lugendaz, a província do Niassa, através do distrito de Mecula e à nossa frente o rio Rovuma, fazendo-nos ver a Tanzânia.
Administrativamente, Negomano, o ponto aonde de Novembro do próximo ano em diante, cidadãos de todo o mundo vão cruzar a fronteira para ligarem Moçambique e a Tanzânia, é um posto cuja história passa por se ter registo de uma batalha durante a segunda guerra mundial.
Recordando esse acontecimento, na vila de Mueda, frente à administração colonial, está escrito num pequeno monumento “a Pátria reconhecida que por si honrosamente morreram no combate de Negomano, em 17 de Novembro de 1917”, palavras repetidas numa sala de aulas, já na sede do posto administrativo.
É, por outro lado, um dos mais carenciados postos administrativos de Cabo Delgado. Isolado, propenso à seca, muitas vezes incomunicável e cheio de curiosidades. A maioria dos seus habitantes é constituída por homens, ao contrário do que é comum neste país. São 340 homens e 327 mulheres. Mesmo assim, de acordo com Rosema Jairosse, entrevistada no dia 8 de Agosto corrente, há homens polígamos.
“Aqui temos homens polígamos, mesmo sendo eles a maioria. Outros têm três mulheres aqui e outras na outra margem, na Tanzânia, uma espécie de poligamia transfronteiriça. E a nossa vida é esta, fazer filhos, beber nipa (bebida destilada com métodos tradicionais).
Por outro lado, há muitas dificuldades de localizar quem se possa expressar com alguma fluência na língua portuguesa em Negomano, mas parece ser a única região do país onde se fala nada mais, nada menos que sete línguas: matambwe, Ngoni, Yao, Macua, Maconde, Suahili, português e inglês.
Negomano é, por outro lado habitado por pouca gente. Antes do actual censo populacional, os números apontavam para cerca de 3.500 habitantes, vivendo nas diferentes aldeias, entre as quais há as que se localizam a mais de 70 quilómetros da sede, como Chicumba, Nampunda, Nacaca, Chitande e Tuandembo, que até na última semana do censo populacional e de habitação, não haviam sido atingidas pelos brigadistas.
Uma vida rotineira, conforme alguns jovens, que só poderá vir a mudar, provavelmente, por causa da ponte sobre o rio Rovuma. Uma actividade dividida entre a pesca nos dois rios disponíveis a metros, Rovuma e Lugenda e consumo de bebidas alcoólicas.
Numa povoação em que o número de casas não ascende as 125, havia aquando da nossa presença quatro a fabricar “nipa” com os consumidores à espreita e outras seis casas vendiam outros tipos de bebidas alcoólicas em pequenas barracas, na companhia de outros produtos de consumo.
Durante mais de três horas, o nosso jornal não conseguiu localizar o enfermeiro nem servente do posto de saúde local. A porta do hospital estava escancarada, deixando ver muitos medicamentos, incluindo soros, mas o estabelecimento não tinha ninguém, nem enfermeiro, nem doentes.
Negomano continua sem se mexer no sentido de que em breve vai ser um lugar de passagem e espelho do nosso País para todos os estrangeiros que por ali quiserem transitar. A escola é ainda aquele antigo refeitório da tropa colonial, feito de zinco e lá no interior alguém escreveu com letras garrafais: este edifício não apresenta imagem duma escola.
Informações que obtivemos do lado da Tanzânia referem que na região de Mtambaswala vão ser erguidas em breve infra-estruturas sociais e existe um plano-director elaborado pelo Ministério de Terras, tendo sido, inclusive contratado um consultor para a construção da estrada de 70 quilómetros, até Songueia, 40 dos quais totalmente de floresta fechada.
Do lado moçambicano, começou-se recentemente a falar da possível ocupação da vila pacata de Negomano, com os olhos na real necessidade que os diferentes organismos vão ter a partir de 2008. Os representantes das diferentes instituições reuniram-se em Pemba e juntos foram visitar Negomano e a outra margem do Rovuma, na Tanzânia.
Na verdade, chegou-se a uma conclusão de que houve até aqui uma gritante descoordenação das entidades governamentais, a partir do pressuposto de que, afinal, o comité técnico da ponte sobre o rio Rovuma se encontra sediado na capital do país e não dispõe de nenhuma representação na província de Cabo Delgado.
Guilhermina Amurane, directora provincial do Ambiente, chegou a considerar-se intrusa no encontro em que se tratou das questões integradas com relação à ponte do Rovuma. Na sua opinião, nada vinha claro sobre o envolvimento do seu ministério a níveis central e local, muito menos sobre as responsabilidades a si acometidas.
Aliás, Felício Fernando, director nacional adjunto da Avaliação do Impacto Ambiental no mesmo ministério, disse não ter sabido se no projecto de construção da ponte terão sido acauteladas as questões ambientais. O mesmo se constatou a nível de outros sectores como de Energia, das Telecomunicações, Migração e Alfândegas, etc..
Joaquim Nido, director da Ordem e Segurança no Comando provincial da PRM em Cabo Delgado disse que a sua corporação nem sequer havia sido alertada para a necessidade de poder começar a pensar o que fazer na fronteira de Negomano.
O LADO MAIS LENTO
Do lado tanzaniano o acampamento/escritórios do engenheiro residente está concluído em 98 porcento e do nosso lado em 40 porcento. A Tanzânia emprega 200 seus concidadãos no empreendimento e o nosso país, 65, exactamente porque é do nosso lado onde o processo se mostra relativamente mais atrasado.
Mesmo assim vai se colocar um outro problema: não estava previsto nenhum orçamento para o efeito, nem está claro se tal caberá à província ou às estruturas centrais. Mas, Ana Dimande, directora nacional no Ministério de Planificação e Desenvolvimento, avisou que o tempo limite para incorporar nos orçamentos termina daqui a uma semana.
Da mesma forma ainda não está claro em relação à proveniência dos fundos com que vai ser construída ou reabilitada a estrada Negomano/Mueda, 174 quilómetros sem a qual a ponte não terá o sentido real da sua existência.
Atanásio Mugunhe, chefe do gabinete técnico da ponte do Rovuma, do lado moçambicano, disse que ainda se está à procura de financiamento, não tendo inclusive o valor real necessário para a construção da estrada.
Entretanto, o “Notícias” soube que uma primeira estimativa apontava para um valor na ordem dos 55 milhões de dólares e a ideia prevalecente é enveredar por um novo alinhamento da estrada.
8/29/07
Diversificando - Sons eternos de Miles Davis e John Coltrane.
Entre os discos gravados pelo quinteto/sexteto de Miles Davis estão Cookin’, Relaxin’, Milestones e Kind of Blue, um dos mais cultuados da história do jazz.
Depois de deixar o grupo de Miles, Coltrane lidera um quarteto que se propõe a ousadas experimentações sonoras. Alguns críticos, aliás, classificam o saxofonista como um dos precursores do free jazz.
Miles não fica atrás. No fim da década de 1960, ele mergulha numa viagem estética que vai dar na fusão entre jazz e rock, o que arrepia os cabelos dos defensores da tradição jazzística. E estava muito bem acompanhado nessa aventura: tocavam com ele os tecladistas Herbie Hancock e Chick Corea, os contrabaixistas Dave Holand e Ron Carter e o saxofonista Wayne Shoter, só para citar alguns. (In Ponto de Fuga)
8/28/07
Moçambique - Aprovados quarenta projetos para estradas.
Segundo fonte da Administração Nacional de Estradas (ANE), à excepção dos eixos Macarretane/Massingir, na província de Gaza, e Macomia/Oasse, em Cabo Delgado, todas as estradas seleccionadas são primárias, devendo, em todos os casos, os traçados respectivos ser revistos, para garantir que os projectos estejam conforme o padrão estabelecido no plano estratégico e os princípios de optimização da rede.
Para beneficiar de projectos de reabilitação, foram seleccionadas como prioritárias três secções da EN1, a sul do rio Zambeze, nomeadamente os eixos Jardim/Benfica, Xai-Xai/Zandamela/Chissibuca, e Massinga/Nhachengue, para os quais já existem financiamentos garantidos pela agência IDA, embora os correspondentes projectos em detalhe devam ainda ser objecto de pequenas revisões. Outros projectos inclusos neste lote são as estradas Vandúzi/Changara e Macarretane/Massingir que, embora não sendo uma estradas nacionais, vão beneficiar de manutenção periódica e reparação, com financiamento da OPEC.
Relativamente a projectos de melhoria, o plano estratégico do sector de estradas elegeu a EN14, o chamado corredor de Montepuez, que integra as secções Ruaça/Montepuez, em Cabo Delgado, e Marrupa/Ruaça e Lichinga/Litunde, no Niassa. Segundo projecções do Governo, estes projectos deverão ser iniciados em 2008 e concluídos até finais de 2009.
A ideia, segundo dados confirmados pelo Governador do Niassa, Arnaldo Bimbe, é fornecer uma ligação rodoviária em qualquer período do ano através de uma estrada pavimentada ligando as cidades de Lichinga e Pemba, assegurando o acesso da província do Niassa ao mar através do porto de Pemba.
A estrada Cuamba/Lichinga (EN13), porção ocidental da estrada Nampula/Lichinga, que também estabelece ligação ao sul da província do Niassa via Gúruè, na Zambézia, é considerada parte importante da rede primária principal, sendo no entanto muito cara a sua manutenção como estrada não pavimentada. Porque não tem ainda garantido o financiamento para a sua execução, este projecto poderá não ser iniciado antes de 2009, devendo a maioria dos trabalhos ser realizados na terceira fase, que se estende até 2011.
Relativamente à estrada Cuamba/Nampula, com 335 quilómetros, cujo projecto terá financiamento japonês, o Governo prevê que as obras arranquem em 2008, devendo prolongar-se por um período de quatro anos.
As obras na estrada Gúruè/Magige, que faz parte do Corredor do Niassa, incluindo o eixo Nampevo/Gúruè/Cuamba/Lichinga, serão financiadas pelo Bando Islâmico de Desenvolvimento. Com relação à estrada Mocuba/Milange, com 171 quilómetros, um dos corredores regionais no âmbito da SADC, há um compromisso de financiamento por parte da União Europeia, devendo os trabalhos começar em 2008, prolongando-se até 2011.
Outros projectos que poderão ser executados, tanto na fase 2 como na fase 3, em função da disponibilidade financeira, incluem as estradas Boane/Ponta d’Ouro (EN200), Nampula/Nametil (EN104), Moamba/Magude, Sussundenga/Chimoio e Espungabera/Sussundenga, Matema/Mualaze, Moma/Angoche e Oasse/Ponte da Unidade, na ligação entre Moçambique e Tanzânia.
Na opinião do Governo, esta estrada deverá ser reclassificada como secundária, e a sua reabilitação/construção executada em fases, por forma a coincidir com a conclusão das obras da ponte já em construção sobre o rio Rovuma.
Ronda pela imprensa lusa: O que escreve Albano Loureiro.
8/25/07
DARFUR - Até quando o genocídio ?
Grupo de defesa dos direitos humanos afirma que governo viola embargo da ONU.
8/23/07
Diversificando - Nostalgia de um fim de tarde...
surge a suavidade acariciante do anoitecer...
o olhar voa para o horizonte procurando enlevado, lascivo, libertino o galanteio com a sedutora nostalgia...
arrebatado, mergulha apaixonado na saudade...
O que é a nostalgia?
É a dor que só sente o exilado?
É quando quem da pátria afastado
vê chegar uma grã melancolia?
(poeta)
uma saudade linda,
e sentir no coração ,
que apesar do tempo, há festa ainda....
(ligada)
É o que sentimos sem saber porquê,
sem saber reverter
e sem saber remediar!
(Juh)É uma dor que aperta,
que o deixa sem fôlego, quando a ansiedade toma conta...
É como sofrer por paixão, sem saber a razão!
Ouvir uma musica romântica, lembrando de alguém, mas quem?
É um sentimento que machuca, pois vc. só pensa, não tem solução...(Manga Rosa)
É a falta que se sente
daquilo que não se pode reter !
(Luzia)
Pemba terá centro cultural.
A associação afirma que o projecto para o centro Tambo foi executado em cerca de 80 porcento e espera concluir recorrendo ao seu orçamento para 2008, que consistirá na ampliação sonora e equipamento audiovisual, louça sanitária, palco, anfiteatro, transporte, por forma a criar a auto-sustentabilidade do mesmo.
A inauguração vai coincidir com a realização da terceira edição do Festival Tambo. O “Tambo Tambulani Tambo” acaba de eleger uma secretária-geral, Saquina Baboo, eleita numa assembleia-geral que também passou em revista os relatórios narrativos e financeiros.
Saquina destronou no cargo Abubacar Maurício, que chefiava o “Tambo” àquele nível desde a sua última assembleia, há cerca de dois anos. O encontro decidiu igualmente por eleição renovar o mandato de Vítor Raposo, na sua qualidade de coordenador da associação e preencher outras vagas dos órgãos sociais. Para o coordenador da Tambo Tambulani Tambo, os membros da associação estão perante aquilo que outrora foi um sonho e hoje um espaço físico com infra-estruturas e algum equipamento. Acredita que vai ser um lugar privilegiado, onde os artistas, e não só, terão a possibilidade de se encontrar para diversos objectivos culturais, incluindo o lazer.
“Mas devemos reconhecer que neste mandato não conseguimos responder ao workshop de dança que tínhamos como nosso plano neste ano, contrariamente àquilo que foi um sucesso em relação ao outro workshop de teatro, em parceria séria com a organização holandesa Theatre Embassy”, anota Vítor Raposo.
O relatório financeiro fala em termos gerais do acordo que o “Tambo Tambulani Tambo” assinara com a Action Aid Internacional Moçambique para a implementação do projecto de fortalecimento da sociedade civil em Cabo Delgado, financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.
Tratou-se de um orçamento de 24.098,17 dólares, que entretanto só foram desembolsados 12.100 dólares para a realização de actividades da semana de Acção Mundial do Movimento de Educação para todos.
8/22/07
A bela e o monstro - Turismo agrava custo de vida da população de Pemba.
A Baia de Pemba é rica em mariscos, com peixe de varias espécies, camarão, lula, até lagostas. Contudo, estes recursos, apenas, são consumidos por pessoas de maior poder financeiro, como são os casos de dirigentes e turistas, com os nativos a viverem de sobras.
“Você pode ir à praia para comprar peixe directamente aos pescadores, mas os preços são altos. Eles sabem que se você não comprar, há quem pode, os turistas, que, a qualquer preço, adquirem. Por isso, contribuem, grandemente, para o aumento do custo de vida”, desabafou
P. José, funcionário do Aparelho de Estado.
“Os preços dos produtos, sobretudo, no mercado informal, são variáveis. Nos estabelecimentos comerciais são razoáveis, visto existirem fiscalizações regulares”, disse, frisando que “quando o cliente se apresenta de carro ou de mota, o preço sobe, mas quando vai a pé, o mesmo desce. As pessoas aliam o facto de Pemba ser uma cidade turística para alimentar oportunismo e especulações nos preços dos produtos”.
Como alternativa, grande parte dos munícipes vêem-se obrigados a fazer compras na chamada Capital do Norte, Cidade de Nampula, que dista a mais de 410 quilómetros de estrada, num percurso de, sensivelmente, seis horas de tempo.
“Mesmo em Nampula, a vida é
cara, mas é relativamente melhor, em relação a Pemba”, disse, ajuntando que os operadores comerciais deveriam ter em mente, que para além de turistas, existem populações desfavorecidas, que dormem sem que tenham comido, “grande parte dos munícipes têm baixa renda. Eles não deviam avaliar o preço em função do cliente, como tem acontecido”.
T. Jemuce disse estar a pouco menos de três meses a trabalhar numa instituição pública, transferido de Maputo, sendo natural da província de Sofala. A primeira constatação que teve foi a alta de preços praticados no mercado local. A sustentar a afirmação, frisou que um electrodoméstico chega a custar o triplo do preço que custa em Maputo.
“Uma geleira que custa pouco mais de 6 mil meticais em Maputo, em Pemba está a 17 mil meticais. Preferi mandar vir a minha geleira e outros electro-domésticos de Maputo para cá,
pagando apenas cerca de 6 mil meticais que pagar 17 mil”, conta.
Frisou que, apesar de estar há pouco tempo, na Baía de Pemba, prefere fazer suas compras na Cidade de Nampula.
“É longe, mas é preferível”.
Internet banda larga chega a Pemba...
Pesquisa de petróleo movimenta Pemba e Cabo Delgado.
O documento a ser apresentado pela Anadarko foi preparado pela consultora IMPACTO, que pretende notificar as partes interessadas e potencialmente afectadas pela eventual pesquisa sísmica naquela área, dando-lhes as características físico-geográficas, na tentativa de acautelar possíveis incompatibilidades no terreno.
Na verdade, conforme experiências anteriores, o documento marca o início do processo do estudo do impacto ambiental e fornece informações sobre a pesquisa sísmica, o projecto proposto e alguns dos potenciais impactos que podem ocorrer como resultado das pesquisas.
Fonte da IMPACTO disse que este procedimento é ditado pela legislação moçambicana, que obriga que antes do início da pesquisa sísmica se deve dar oportunidade ao público de participar numa das partes do processo, considerando-a um elemento fundamental por poder identificar preocupações ambientais e socioeconómicas prevalecentes.
A Anadarko Moçambique, Área-1, L.da, conforme dados colaterais obtidos pelo nosso Jornal, é uma empresa registada no nosso país, sendo uma filial independente da Anadarko Petroleum Corporation, sediada em The Woodlands, Texas, Estados Unidos da América. Actualmente opera em oito plataformas em águas profundas no Golfo do México, uma no Qatar, três previstas no Brasil e cinco na China, tal como se apresenta como tendo operações amplas nos EUA, Alasca, Argélia e Indonésia.
O bloco concedido pelo Governo moçambicano fica situado a aproximadamente 100 quilómetros a norte de Pemba e estende-se até à fronteira com a Tanzania, e o seu contrato concede à Anadarko e à ENH-EP o direito exclusivo de exploração e produção de quantidades comerciais de hidrocarbonetos, sendo o período inicial de cinco anos, com a opção de prolongar por um período adicional de três anos.
Por outro lado, a ARTUMAS GROUP, uma empresa canadiana que, em associação com a ENH-EP, assinou com o Governo um contrato para a prospecção e exploração de gás e petróleo no bloco terrestre da Bacia do Rovuma, já se prepara para mais uma série de reuniões nos três locais de Cabo Delgado acima referidos.
É já no próximo dia 31 que começa a reunião de Pemba, podendo ir depois aos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, tendo em conta que vai proceder à abertura de linhas de prospecção sísmica naquelas regiões. Trata-se da continuidade do processo que levou a que, entre os dias 7 e 11 de Maio deste ano houvesse sessões públicas nos mesmos locais.
Em meados deste ano, a norueguesa HYDRO fez a sua primeira sessão de pesquisa, conforme a proposta de levantamento sísmico em alto mar, nas áreas 2 e 5 da Bacia do Rovuma, igualmente em cumprimento do contrato que assinou com o Governo, que lhe concede direitos exclusivos de realizar actividades de prospecção com validade de oito anos.
PEDRO NACUO - Maputo, Quarta-Feira, 22 de Agosto de 2007:: Notícias
Combate à fome: o fracasso do investimento agrário em Cabo Delgado.
”Olhando para os níveis de investimentos correntes, no sector de Agricultura, na nossa província, conclui-se, facilmente, que estamos aquém de cumprir com o Plano de Acção de Combate à Fome, a menos que a estratégia em relação aos investimentos seja alterada”, recomenda o documento.
De Janeiro a Julho do presente ano, o Executivo de Mathe, através do Programa Nacional do Desenvolvimento Agrário, PROAGRI, investiu cerca onze biliões de meticais, redistribuídos por vários subsectores, cabendo à Agricultura/Extensão, a fasquia de perto de 4.4 biliões. A Pecuária ficou aproximadamente quatro biliões; ao sector de Florestas foram direccionados 540 milhões meticais. Ao de Investigação foram alocados cerca de 621 mil e para Pescas coube o valor de aproximado a um bilião e meio.
“O valor gasto pelo sector é bastante baixo se comparado com as necessidades”, frisa o Relatório, sustentando que “na componente tracção animal, os 3.88 milhões de meticais apenas
servirão para a aquisição de 150 animais de gado bovino, sendo 100 para o fomento e 50 para a própria tracção animal. Em relação àquilo que se pensa dentro do Plano de Acção de
Combate à Fome, 50 bois vão servir para fazer 25 juntas para a província”.
Para além do Executivo, o sector tem recebido investimentos provenientes das ONG’s e parceiros, que, segundo consta do retrocitado documento, no período em análise, disponibilizaram perto de 430 milhões de dólares americanos. Dos principais parceiros, destacam-se o Programa das Nações Unidas para Alimentação, FAO, Programa de Apoio aos Mercados Agrícolas, PAMA, e Fundação Aga Khan.
“Apesar de sermos confrontados com muitas actividades de ONG’s, nos distritos, os níveis de investimento estão aquém do desejado, se tivermos em conta que, uma parte, se não a maior quantia desses fundos, vão para os custos indirectos”, refere, para de seguida frisar que “pode-se notar, ainda, que os níveis de investimento para a Agricultura, no entanto que actividade produtiva, é muito baixo”.
O Relatório foi elaborado com vista a munir o Executivo provincial com informação necessária para a tomada de decisões, dar a conhecer o índice de investimentos, bem como para avaliar o impacto da implementação dos projectos em curso. A aderência e o envolvimento das comunidades na implementação dos projectos constituem outros objectivos.
O Executivo liderado por Armando Guebuza definiu a agricultura como a base de desenvolvimento económico e social do País.
8/18/07
ELVIS PRESLEY partiu hà 30 anos...2
(Marie's The Name) His Latest Flame - aqui
Can't Help Falling In Love - aqui
Good Luck Charm - aqui
Return To Sender - aqui
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" o "Rádio Moçambique" no lado direito do menu deste blogue.)
Estaleiro Naval de Pemba em Tribunal.
A crise financeira, no Estaleiro Naval de Pemba, ao que soube o "A TribunaFax", iniciou quando o grupo de sócios, formado por três cidadãos nacionais, começou a entrar em conflitos, devido a uma dívida contraída numa firma local, que não nos foi revelada. Como corolário deste conflito, a empresa foi acumulando dívidas entre salários e indemnizações para com os seus trabalhadores, de cerca de 1.5 milhões de meticais, montante que afirma não o possui. A nossa reportagem tentou, sem sucesso, ouvir um dos sócios da empresa. Contudo, ficou a saber que uma das partes que tentou mediar o conflito que assola a sociedade daqueles nacionais, foi a OTM-CS, que, na pessoa do seu secretário provincial, Arlindo Valentim, sem lograr sucesso. “Já tivemos várias negociações com a entidade empregadora, e devido a este conflito entre os sócios não conseguimos chegar a um consenso, pois, com único sócio não era possível resolver este problema”, disse Valentim para, de seguida, frisar que “um sócio é que se mostrava disponível para tentar, por via do diálogo, resolver o problema, o que se tornou impossível, visto que se trata de uma sociedade e não de pertença a única pessoa”. “Esperamos pela decisão do tribunal, que passa pela venda da empresa e/ou contracto de exploração a um outro patronato”, disse, sublinhando que, neste momento, esta é a questão que mais preocupa a sua agremiação. Num outro desenvolvimento, Valentim denunciou à nossa reportagem a existência de muitas empresas que descontam seguro social aos seus trabalhadores, sem, contudo, canalizá-los ao Instituto Nacional de Segurança Social-INSS. A sustentar as suas declarações, a fonte citou empresas de segurança privada, como são os casos da Sosep Coin e Impar Segurança Pemba, FIPAG, Hotel Cabo Delgado, Complexo Nautilus, entre outras. “O trabalhador fica lesado duas vezes. É descontado e, em casos de necessidades, não terá acesso às suas contribuições”, disse, para, de seguida, avançar que “algumas dessas empresas que não canalizam os descontos dos trabalhadores foram remetidas a execuções fiscais, de modo a que paguem as dívidas”. Salientou, no entanto, que existem melhorias da situação do conflito laboral, facto resultante de uma maior abertura por parte das entidades patronais, o que, anteriormente, era difícil, sobretudo, nas empresas madeireiras. “Há empregadores que pensam que o sindicato quer prejudicar a empresa. Estamos a ultrapassar, aos poucos, estas situações, até porque faz parte da nossa luta sindical”.
Nelson Nhatave - A TribunaFAX - Maputo, sexta-feira 17 de Agosto 2007, N°530.
8/17/07
PEMBA na revista "Caras".
Continuamos imaginando Pemba - 5...
Continuamos imaginando Pemba - 4...
Continuamos imaginando Pemba - 3...
Continuamos imaginando Pemba - 2...
Continuamos imaginando PEMBA...
Motivações económico-políticas no roubo de cabos elétricos ?...
“A linha Nampula/Nacala tem sido frequentemente sabotada, assim como o que aconteceu na Beira, em que a subestação de Maquinino, para além de sabotada foi vandalizada, tirando baterias, o sistema de frio, aparelhos de ar condicionado, com um requinte de quem bem conhece a matéria, desta feita não ir apenas vender à sucata, pensamos haver motivos de ordem política que os serviços de inteligência poderão vir a esclarecer”, disse.
Por outro lado, segundo Celestino Sitoe, pode pensar-se na pobreza geral que está a contribuir para o aumento dos roubos, pois de acordo com a fonte, os sucateiros são incitados por quem promete pagar elevadas somas em dinheiro, visto que o preço do cobre na sucata subiu nos últimos tempos de 20 meticais o quilo para 130 meticais a mesma quantidade.
A EDM diz não haver dúvidas de que a sucata, de materiais eléctricos, tem como destino privilegiado a África do Sul, onde é transformada em lingotes de cobre e alumínio e depois reexportada para o mercado asiático, razão porque de 2005 a 2006, as exportações de lingotes daqueles metais cresceram naquele país em cerca de 40 porcento.
“Portanto, está-se perante a caça ao tesouro, na verdade um sério revés ao desenvolvimento do sector eléctrico e do país em geral, que interfere negativamente na expansão da rede, na qualidade da energia distribuída, afecta a imagem da empresa perante os seus utentes e obriga a desvio de recursos, quer humanos, quer materiais e financeiros, para atender a esta nova realidade”, ajuntou.
A Situação líquida da EDM, conforme disse aquele funcionário, pode ser negativa nos próximos tempos, afectando em consequência o seu exercício económico, de tal jeito que o problema não deve ser visto como somente daquela empresa, mas na realidade afectando o país inteiro.
O presidente do Conselho de Administração da EDM, ao seu tempo, disse que se está a correr o risco de a situação se tornar incontrolável e revelou que já há sinais, na sua empresa de alguma incapacidade de reposição dos materiais roubados. Como primeira acção mais contundente visando contornar o fenómeno, a EDM anunciou a criação da Unidade Técnica de Combate ao Roubo de Materiais Eléctricos, que se pretende venha a elaborar um plano de actividades e submetê-lo ao respectivo conselho de Administração.
PEDRO NACUO - Maputo, Sexta-Feira, 17 de Agosto de 2007:: Notícias
8/16/07
ELVIS PRESLEY partiu hà 30 anos...
Elvis tornou-se um dos maiores ícones da cultura popular mundial durante todo o século XX. Entre seus sucessos musicais podemos destacar, "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now or Never", "Can´t Help Falling in Love", "Surrender", "Crying In The Chapel", "In The Ghetto", "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy", "The Wonder of You", "An American Trilogy", "Burning Love", "My Boy" e "Moody Blue". Especificamente na Europa, canções como "Wooden Heart", "You Don't Have To Say You Love Me", "My Boy" e "Moody Blue", foram também marcantes. Particularmente no Brasil, foram bem-sucedidas as canções "Kiss me Quick", "Bossa Nova Baby", "Bridge Over Troubled Water", "Sylvia" e "My Boy", dentre outras que também marcaram época. Após sua morte, novos sucessos advieram, como "Way Down" (logo após seu falecimento), "Always On My Mind", "Guitar Man", "A Little Less Conversation" e "Rubberneckin". Ainda hoje, trinta anos após sua morte, é o detentor do maior número de "hits" nas paradas mundiais e o recordista de venda de discos em todos os tempos, cerca de dois bilhões de cópias vendidas.
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" o "Rádio Moçambique" no lado direito do menu deste blogue.)
Montepuez - Inspecção multa 18 empresas.
8/15/07
Cabo Delgado - Eletrificação dos postos administrativos de Murrébuè e Mucojo...
A situação obriga a uma mobilização de mais recursos financeiros para reposições da rede vandalizada, o que contribui negativamente para o exercício económico da empresa. Calcula-se que de 2001 a 2007, aquela empresa distribuidora de electricidade tenha sofrido prejuízos directos no valor de 6.543.000 dólares (170.118.000,00) meticais em consequência daquelas acções.
Hoje será apresentado o quadro geral resultante da situação. Não obstante, de acordo com o ministro do pelouro, Salvador Namburete, a electrificação com base na extensão da rede nacional de transporte de energia eléctrica já pôde elevar-se para 60 distritos, do total dos 128 do país, com a conclusão do projecto de construção da linha Guruè-Cuamba-Lichinga, que beneficiou o distrito do Ile, na província da Zambézia, no quadro do cumprimento do previsto no Plano Económico e Social do ano passado.
Nas áreas administrativas inferiores, destaca-se a electrificação das localidades de Namitatari, em Nampula, Matulume, Mijalane, Recamba e Maeunda, na Zambézia, província onde igualmente o posto administrativo de Gonhane foi beneficiado, para além dos bairros 2 e 3 da aldeia Julius Nyerere e Micamwine, no distrito de Xai-Xai, na província de Gaza, e o posto administrativo de Murrébuè, em Cabo Delgado.
Segundo o Ministério de Energia, a electrificação dos distritos elevou o número de consumidores de energia eléctrica, tendo permitido até ao primeiro semestre deste ano a ligação para cerca de 43164 novos consumidores, totalizando 458860 ligados à rede nacional de transporte de energia, dos quais 402000 são domésticos. Foram igualmente electificados, na base de geradores, os postos administrativos de Mucojo, distrito de Macomia, e de Namaponda, distrito de Angoche.
“Com a realização destas ligações, torna-se possível alcançar um nível de acesso à energia eléctrica no país de cerca de 10 porcento, resultado que augura a superação da meta de 9.4 porcento para 2009”, disse Namburete.
PEDRO NACUO - Maputo, Quarta-Feira, 15 de Agosto de 2007:: Notícias
8/14/07
Moçambique - Pesquisas de petróleo !
Ronda pela imprensa lusa: O que escreve Albano Loureiro.
Diversificando - A arte de fotografar.
8/13/07
Moçambique - Siba Siba: Permanece a ausência de Justiça.
Há 6 (SEIS) ANOS QUE ASSASSINARAM ANTÓNIO SIBA SIBA MACUÁCUA !
Em Agosto de 2006 publicamos aqui, no ForEver PEMBA: O Centro de Integridade Pública, uma Organização não governamental moçambicana, voltada à assuntos de Boa Governação e Transparência juntou-se ao coro de protestos da sociedade civil, que reclamam a falta de justiça no caso Siba-Siba Macuácua, gestor bancário assassinado há cinco anos, em Maputo.
Dado o interesse e pertinência que o apelo do Centro de Integridade Pública suscitou mediaFAX, reproduz os seus excertos.
A 11 de Agosto de 2001, António Siba Siba Macuácua, um economista do Banco de Moçambique, foi atirado fatalmente pelo vão das escadas do 10º andar do seu gabinete.
Siba Siba estava ao serviço do Estado numa missão espinhosa: sanear um dos maiores bancos estatais moçambicanos que havia sido privatizado em 1997 para interesses malaios e locais. Foi assassinado à sangue frio. Deixou mulher e dois filhos menores.
Siba Siba, director de Supervisão Bancária no Banco de Moçambique, foi indicado para dirigir o Banco Austral, depois que o Governo decidiu retomar o controlo da instituição na sequência da quase falência do banco devido a uma gestão danosa.
Cinco anos depois, a Justiça ainda não foi feita. Este é em caso com porta de entrada para vários debates e questionamentos: a ausência de Justiça, a desprotecção do Estado relativamente à um dos seus gestores brilhantes, a gestão danosa de uma instituição de crédito, a des-solidariedade de classe, a desresponsabilização judicial, etc.
Cinco anos depois ninguém está preso, não há arguidos, parece que também nem suspeitos. Mas há muita matéria legal para responsabilizar pelo menos os culpados da gestão danosa do Banco Austral.
E o estado continua a fingir que os moçambicanos pensam que este foi um crime perfeito.
Maputo, 11.08.2006 - mediaFAX nº. 3595 - Pág. 4/4
FORUM SIBA-SIBA: O Centro de Integridade Pública coloca na sua página na internet ( www.cip.org.mz) um espaço dedicado a António Siba Siba Macuacua, economista moçambicano assassinado a sangue frio em 2001, quanto cumpria uma missão de saneamento das contas do Banco Austral, então privatizado para interesses malaios e locais. Siba Siba, que era funcionário sénior do Banco de Moçambique, foi atirado fatalmente pelo vão das escadas do 10º andar do seu gabinete no Banco Austral. Deixou mulher e dois filhos menores. Seis anos depois, a Justiça ainda não foi feita. O único grande passo dado neste caso foi a realização de uma auditoria forense em 2005, sob pressão dos doadores que canalizam fundos directamente ao Orçamento do Estado (Budget Support). Desde então a família e os moçambicanos continuam à espera que seja feita justiça. A auditoria, ao que apuramos, trouxe elementos importantes para a responsabilização criminal da gestão danosa do banco e pistas para a clarificação do crime. Mas a investigação está a correr de forma muito lenta – se é que, de facto, está a ser feita alguma investigação. Em todo o caso, esperamos que da auditoria resulte uma acção judicial. Todos os anos, quando o 11 de Agosto se aproxima, temos procurado honrar a data, homenagear o homem pela sua postura de integridade e coragem, exigir que seja feita justiça. Mas, logo a seguir, depois de cada 11 de Agosto, recolhemo-nos nos nossos silêncios de conformação. Cremos que a homenagem ao homem e a exigência de justiça deve ser uma atitude permanente. Um dever de cidadania. Para isso, o CIP abre este Forum Siba Siba, que é um espaço de debate de ideias, de monitoria do comportamento das autoridades governamentais relativamente a este caso – e outros casos de injustiças (recordámos, por exemplo, Pedro Langa). O espaço compreende secções com opinião, análises e artigos de imprensa publicados sobre o caso. Também desenhamos um blogue, onde os cidadãos podem deixar os seus comentários. Para que o caso não saia das nossas mentes, para que as autoridades saibam que estão sob permanente vigia. O Forum Siba Siba, que tem o apoio especial da família (a mulher Aquina, e os filhos Valter e Jássica), pertence a todos!!!
Visite o FORUM SIBA-SIBA - http://www.integridadepublica.org.mz/page.asp?sub=sibadoc
Ao relembrar o lamentável aniversário (seis anos) do assassinato de Siba Siba, recordamos outro crime ainda não esclarecido, o do jornalista Carlos Cardoso, também assassinado. E interrogamo-nos do porquê de os mentores da morte violenta destes incorruptíveis moçambicanos continuarem livres e impunes? Ou confirmar-se-à, pelo que se publica em notícias e comentários que correm pelo mundo, que a solução destes crimes não é conveniente a setores poderosos da sociedade moçambicana ?...
Acrescentamos com pesar que o 60. aniversário da morte de António Siba Siba Macuácua, assinalado na data de 11/08/07, foi conveniente e lamentávelmente "desconhecido" por grande parte da imprensa moçambicana !