6/23/08

ZIMBABUÉ - A Vergonha ! - Líder da oposição se refugia em embaixada holandesa...

Um dia depois de anunciar que não participará do segundo turno da eleição presidencial, marcado para sexta-feira, por conta da violência, o líder da oposição do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, buscou refúgio na embaixada da Holanda em Harare, informaram autoridades holandesas na segunda-feira.
Não houve confirmação imediata por integrantes do Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês), liderado por Tsvangirai. O Ministério do Exterior da Holanda informou que o líder oposicionista não pediu asilo político, mas disse que ele era bem-vindo a ficar na embaixada para que se mantenha seguro.
Mais cedo, o MDC informou que a polícia invadiu a sede do partido em Harare e prendeu mais de 60 pessoas. O movimento afirma que cerca de 90 de seus partidários foram mortos por milícias que apóiam o presidente Robert Mugabe. Entre os presos estão mulheres e crianças.
Tsvangirai, que no domingo se retirou do processo eleitoral afirmando que seus correligionários arriscariam a vida ao votarem, disse na segunda-feira que está pronto para negociar com o partido de Mugabe, o ZANU-PF, mas somente se a violência política for interrompida.
Ele também pediu que os líderes regionais pressionem pelo adiamento da eleição ou pela renúncia de Mugabe. Mas o governo afirmou que a desistência de Tsvangirai veio tarde demais e que a eleição não será cancelada.
A preocupação dentro e fora da África com a situação política e econômica do Zimbábue, que levou uma grande onda de refugiados aos países vizinhos, tem aumentado. Tanto a União Africana quanto a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral estão analisando a situação após a desistência de Tsvangirai.
Ex-potência colonial, a Grã-Bretanha disse que Mugabe tem de ser declarado líder ilegítimo e que as sanções contra seus simpatizantes têm de ser endurecidas.
"Estamos preparados para negociar com o ZANU-PF, mas é claro que é importante que certos princípios sejam aceitos antes de as negociações se iniciarem. Uma das precondições é que a violência contra o povo tenha fim", disse Tsvangirai à rádio sul-africana 702.
Vários governos estrangeiros defendem a idéia de criação de um governo de unidade nacional para pôr fim à crise. Os dois lados rejeitam a proposta.
Em nota divulgada após a desistência de Tsvangirai, o Itamaraty anunciou o cancelamento da missão de observadores que enviaria ao Zimbábue para acompanhar o processo eleitoral do país. No comunicado, a chancelaria também condena os atos de violência e faz um apelo para que o governo do país africano garanta a calma para as eleições.
Mugabe tem 84 anos e está no poder desde a independência da Grã-Bretanha, em 1980. Ele prometeu nunca entregar o governo para a oposição, que qualifica de marionete do Ocidente.
Ele também nega que seus partidários sejam responsáveis pela violência, iniciada após Mugabe e o ZANU-PF perderem as eleições realizadas em 29 de março. Por pouco Tsvangirai não conseguiu a maioria absoluta dos votos, o que forçou a realização do segundo turno marcado para a sexta-feira.
HARARE-Reuters-Por Nelson Banya, segunda-feira, 23 de junho de 2008 12:12 BRT
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Acrescento: UMA VERGONHA !! E o mundo assiste impávido e sereno... ...

Ronda pela net - Com fogo na cabine de comando entre Pemba e Maputo avião da LAM aterra de emergência...

Um Boeing das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que ontem fazia o voo Pemba-Joanesburgo com escala em Maputo foi forçada a efectuar uma aterragem de emergência no Aeroporto de Nampula com fogo a bordo. O incêndio deflagrou na cabine de comando cerca de (50) cinquenta minutos depois da aeronave ter descolado da capital de Cabo Delgado. Vinte (20) minutos depois de declarada a emergência o comandante Francisco Miranda conseguiu aterrar com segurança o Boing 737-200, com a matrícula C9-BAO, baptizado com o nome de “Quirimbas” que fazia o voo TM-315. “Havia muito fumo a bordo”, reportou ao «Canal de Moçambique» um dos passageiros que preferiu não ser identificado. O mesmo disse-nos que o “incêndio” deflagrou no «cock-pit» e o comandante informou do facto os passageiros a quem pediu calma ao mesmo tempo que os da classe Executiva – área próxima da zona de onde provinha o fumo, eram evacuados para a classe Económica, na retaguarda da cabine onde na circunstância estava a ser servida uma refeição ligeira. “Houve pânico a bordo, muitos passageiros a chorar e a gritar mas as pessoas acabaram por se conter”, confidenciou-nos a fonte que nos deu a conhecer o sucedida a partir da sala de trânsito do Aeroporto de Nampula. Quando o incêndio foi declarado o comandante pediu extintores que foram prontamente levados para o «cock-pit», referiu o passageiro que nos descrevia a emergência. Estando a ser servida uma refeição ligeira aos passageiros as hospedeiras interromperam imediatamente o serviço e foram soltas as máscaras de oxigénio, contou-nos a fonte. O voo (TM 315) era directo de Pemba para Maputo, e quando foi declarado o incêndio na cabine de comando, o C9-BAO já tinha passado o paralelo de Nampula. A aeronave levou cerca de meia hora até aterrar no aeroporto de Nampula, a alternativa mais próxima. “O voo estava cheio. Muitos chineses, japoneses e sul-africanos Alguns passageiros escalaram Pemba provenientes da Tanzânia para tomarem o voo para Joanesburgo”. A aeronave encontrava-se retida em Nampula à hora do fecho desta edição. Alguns passageiros foram embarcados no voo efectuado por um outro Boing (C9-BAI) comandado por Elísio Banze, que fazia normalmente o percurso Pemba-Nampula-Beira-Maputo. Outros passageiros aguardaram em Nampula por outras alternativas. Os passageiros para a Beira e da Beira para Maputo, ficaram retidos porque o voo que serviu para evacuar passageiros do voo sinistrado não escalou a capital de Sofala. No voo que o avião sinistrado efectuara para Pemba viajou o governador de Cabo Delgado. No voo em que se deu o incidente e que partira de Pemba às 12h30 viajava uma delegação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de que faziam parte Ezequiel Guizai, Zauria Amisse, Leonardo Massango e Alípio Siquice. Ao aterrar no aeroporto de Nampula o comandante Francisco Miranda e sua tripulação foram saudados com palmas pelos passageiros. O serviço de emergência em terra funcionou deficientemente. “Levou muito tempo a colocarem as escadas”, disse-nos um passageiro para quem os serviços de emergência em terra foram muito deficientes.